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Denunciar
táticas de perseguição
O Twitter/X, uma rede social comprada por Elon Musk que permite a disseminação de ódio, racismo, xenofobia e propaganda falsa, a coberto da “total liberdade de expressão”, serviu para me mover uma campanha de difamação.
Quando trabalhamos na área política, seja em que cargo for, estamos naturalmente sujeitos a um maior escrutínio. No entanto, nos últimos anos, tornou-se comum assistir, graças à extrema-direita e direita radical, a tentativas de difamação, bullying e assassinato de caráter contra políticos ou profissionais da área. Na última semana, tornei-me alvo de uma dessas campanhas concertadas, um episódio cujas táticas merecem ser denunciadas.
Começou no Twitter/X, uma rede social comprada por Elon Musk que tem permitido a disseminação de ódio, racismo, xenofobia e propaganda falsa, a coberto de “total liberdade de expressão”.
Elementos pró-sionistas desencadearam uma campanha feia após eu ter criticado o ataque do governo de Israel contra o Líbano através da explosão de pagers. Os defensores de Netanyahu foram rápidos a reagir e tentaram descredibilizar-me, indicando que tinha sido um ataque brilhante, cirúrgico, contra terroristas.
Para eles, não importa que o governo israelita esteja a atacar o Líbano, um país soberano, nem importa o facto de eu ser de origem libanesa, com família na região. Foram ao ponto de questionar a minha lealdade enquanto portuguesa de origem libanesa com uma campanha de difamação em que vasculharam detalhes sobre o meu percurso profissional (que sempre foram públicos), combinando isso com tweets descontextualizados sobre o Hezbollah, que foram escritos no contexto da crise saudita-libanesa de 2017.
Quiseram fazer de mim, falsamente, uma antissemita, pró-regime iraniano e pró-Hezbollah. Quem me conhece, ou lê as minhas crónicas há anos, sabe que não existe qualquer verdade nestas acusações.
A realidade no Médio Oriente não pode ser explicada a preto e branco, mas também nunca houve qualquer ambiguidade da minha parte, ou do meu partido, o LIVRE, em denunciar o Hezbollah, o Hamas, Netanyahu, como fundamentalistas que põem em perigo toda a região. Acham que se repetirem uma mentira mil vezes ela passa a ser verdade, uma estratégia que mancha a imagem pública dos alvos que escolhem. Ao defender a minha honra, em que denunciei essas tentativas de bullying, só posso estar imensamente grata pela enorme onda de solidariedade a meu favor.
Quis usar esta crónica para denunciar abertamente estas táticas perigosas que pretendem não só destruir a reputação de uma pessoa, mas condicioná-la e calá-la. No meu caso não tiveram sucesso, mas é urgente que se imponham limites à falta de decência. Na política não pode valer tudo.
* Empresária
IN "O JORNAL ECONÓMICO" -27/09/24
NR: A autora é uma pessoa de seriedade intocável, é melhor tomar atenção. Não somos anti semitas, somos anti assassinos que no caso são judeus..
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