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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
"Senti-me enganada".
Rosa Mota não vai à reabertura
de pavilhão em protesto
A atleta
Rosa Mota não vai marcar presença, esta segunda-feira, na reabertura do
pavilhão em sua honra no Palácio de Cristal, no Porto, como forma de
protesto.
"Senti-me enganada". Rosa Mota não vai à reabertura de pavilhão em protesto
A atleta está indignada com o facto de o pavilhão ter também associado o nome do patrocinador das obras no espaço, a marca de cervejas Super Bock.
O
espaço que reabre nesta segunda-feira, depois de ter passado por obras
de reabilitação, vai passar a chamar-se Super Bock Arena - Pavilhão Rosa
Mota.
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Numa
carta dirigida à Câmara do Porto, Rosa Mota diz sentir-se enganada e
alega que o seu nome foi subalternizado para ser dado destaque a uma
marca de bebidas alcoólicas.
"Quando
recebi o convite do senhor presidente da Câmara para a reabertura do
Pavilhão, e no qual está escrito 'Super Bock Arena Pavilhão Rosa Mota'
senti-me definitiva e claramente enganada", afirmou Rosa Mota, que estava convencida de que o nome do espaço seria "Pavilhão Rosa Mota - Super Bock Arena".
E
mais a atleta fez saber na dita carta: "Comunico a todos os vereadores,
em primeira mão, que não dou a minha anuência a algo que parece estar
definitivamente estabelecido e que não foi o que foi acordado".
Os vereadores da oposição na Câmara do Porto anunciaram também que vão faltar à inauguração do renovado pavilhão no Palácio de Cristal por estarem contra a "menorização" do nome da atleta Rosa Mota.
Na
reunião do executivo desta manhã, os vereadores do PS, PSD e CDU
lamentaram que o nome do pavilhão seja agora "Super Bock Arena -
Pavilhão Rosa Mota", reiterando a posição que tinham assumido em
novembro do ano passado, aquando da aprovação da proposta de acrescentar
ao nome Pavilhão Rosa Mota a designação daquela marca de cervejas.
Através de um comunicado, a Câmara
do Porto já reagiu à polémica afirmando que o nome da atleta vai ficar,
pela primeira vez, inscrito sobre a entrada principal do pavilhão
e também em vários locais do seu interior, sendo apenas acrescentado o
nome da empresa acrescentando o patrocinador da empresa concessionária.
Da
mesma forma, o Município refere que o investimento da reabilitação do
pavilhão "foi totalmente suportado por privados, que encontraram a forma
de financiamento adequada".
"Pediram,
esses mesmos privados, para mudar o nome ao equipamento, o que foi
recusado pelo presidente da Câmara. Foi, contudo admitido que pudessem
colocar um patrocinador, que ajudasse a suportar os elevados custos de
reabilitação", pode ler-se ainda no comunicado da autarquia.
No
mesmo documento é ainda explicado que nesse processo "ficou assegurado
que ninguém poderia retirar o nome da atleta da designação formal, mas
que também no uso comercial o seu nome teria sempre que estar presente. E
estes dados foram fornecidos à atleta, que com eles concordou e se
congratulou há mais de um ano".
A
Câmara do Porto faz também saber que "a atleta e o seu representante
terão entrado em negociações com o patrocinador e em conversações com o
concessionário", desconhecendo o Município "o que estava em jogo, o que
negociaram as partes e que tipo de contrapartidas incluía tal
negociação".
Em suma, a Câmara
considera "que o nome da atleta está mais do que nunca protegido, não
compreendendo que alguém se possa considerar mais respeitado dando nome a
um edifício em pré-ruína e sem uso, do que num moderno centro e
congressos onde a sua designação está claramente inscrita. E não tem
preconceitos quanto à existência de patrocinadores comerciais que, como
noutros equipamentos semelhantes noutras cidades, ajudam à concretização
de objetivos de interesse público não onerando os impostos dos
cidadãos".
Já sobre a ausência prevista
da atleta, na tarde desta segunda-feira, na reabertura do espaço, a
Câmara do Porto escusou-se a comentar, remetendo a sua posição para o
comunicado já emitido.
Também a Super Bock, contactada pelo JN, preferiu não tecer qualquer comentário.
O
JN contactou também Jorge Lopes, do consórcio Porto 100%, que vai gerir
o equipamento nos próximos 20 anos, mas ainda não obteve resposta.
* A Rosa Mota que nos perdoe mas todo o seu historial é passado, a dignidade mantém-se mas não é relevante para quem quer vender "bjecas" nem para a maioria dos portugueses. Ressalve-se a grande queda para as parcerias do sr. presidente da Câmara do Porto.
Nós queremos ver as instituições desportivas candidatas à utilização do pavilhão a recusarem-se a usá-lo enquanto não for devidamente respeitado o nome de Rosa Mota.
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