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IN"DELAS"
OUTUBRO
2018
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Que se lixe a genética,
eu posso mudar!
A mim, ensinaram-me que aquela sequência de ADN condicionaria a minha vida para sempre.
Sou assim por causa do meu pai. É possível que venha a ter
determinada doença porque há alguém na família com o mesmo problema.
Todas as crenças que me passaram e que fazem parte de quem eu sou.
Mas, e se isto fosse mentira? Não aquela mentira premeditada, mas
aquela verdade que afinal não está escrita em pedra e a realidade fosse
um pouco mais maleável?
Existe uma nova corrente chamada Epigenética – mudanças nas funções
dos genes sem alterar o ADN – e Neuroplasticidade – capacidade de
mudança e reorganização dos neuróticos de acordo com mudanças
ambientais, experimentais e sociais.
Ou seja, no fundo sim, temos o código de barras imbuído no ADN mas
ele só fica ativo mediante o acesso ao gene. Este acesso ao gene dá-se
através da expansão dos histones. Quando estes últimos se expandem,
conseguimos aceder ao gene podendo reprograma-lo.
A Epigenética fornece-nos alguma esperança no que diz respeito a
doenças graves como é o caso do cancro. Embora os estudos não sejam
conclusivos, alguns autores, como é o caso do Dawson Church referem o
poder da gratidão, pensamento positivo, horas de sono e alimentação como
fatores fundamentais na alteração destes genes. Já imaginou ter o poder
curar algumas das suas doenças?
Adicione a esta disciplina a neuroplasticidade que refere que o
Sistema Nervoso Central pode modificar algumas das suas propriedades
morfológicas e funcionais em resposta às alterações do ambiente.
Caso queira aumentar a plasticidade de forma a fazer crescer as
conexões das sinapses deverá alterar os seus comportamentos e fazer algo
que seja mais difícil para si. Parece simples não?
A forma como experienciamos o Mundo condiciona a forma como o cérebro
se desenvolve e tendencialmente as situações negativas são aquelas que
estão mais presentes nos neurónios por questões de sobrevivência.
Para mudar isto devemos:
* Ter consciência das coisas em que nos focamos
* Manter um diário para escrever todas as coisas pelas quais somos gratos
* Visualização – o nosso cérebro reage muito bem à visualização, podemos criar os nossos filmes mentais.
Estas disciplinas permitem-lhe controlar o que lhe acontece. Pode não
querer que isto seja verdade porque implica alguma responsabilidade,
nomeadamente a de mudar, tornando-se a sua melhor versão. Mas, já viu
todas as possibilidades que desconhecia?
* Especialista em Inovação Digital e Empreendedorismo
IN"DELAS"
OUTUBRO
2018
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