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ESTA SEMANA NA
"GERINGONÇA"
Parlamento aprova lei que impõe
.igualdade salarial de género
.igualdade salarial de género
A Assembleia da República aprovou esta quarta-feira,
em votação final global, a proposta de lei que impõe mecanismos
efetivos para impedir a discriminação salarial com base no género.
Segundo dados do Ministério do Trabalho, as mulheres recebem em média
menos 16% que os homens, valor que sobe para 26% se atendermos apenas
aos quadros superiores.
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A proposta de lei foi aprovada no Parlamento oito meses
depois da sua aprovação em Conselho de Ministros, com as abstenções de
PSD e CDS-PP e o voto favorável dos restantes partidos. Depois de
publicada em Diário de República ela efetivará mecanismos para garantir o
princípio constitucional de salário igual para trabalho igual e de
igual valor.
São quatro os mecanismos inscritos na lei.
Em primeiro lugar, a divulgação estatística por empresa e por setor das
diferenças salariais. Em segundo lugar, a obrigação das empresas em
“assegurar uma política remuneratória transparente assente em critérios
objetivos e não discriminatórios”. Em terceiro, a obrigação de as
empresas apresentarem à Autoridade para as Condições do Trabalho um
plano de avaliação dessas diferenças, a implementar durante um ano. Por
último, passa a ser possível a qualquer trabalhador requerer à Comissão
para a Igualdade no Trabalho e no Emprego a emissão de parecer sobre a
existência de discriminação remuneratória em razão do sexo.
Portugal junta-se assim à Alemanha e à Islândia nesta
legislação pioneira que deixa de colocar a igualdade salarial com um
princípio e passa a responsabilizar as empresas pela sua implementação. O
cepticismo em relação a este tipo de lei é desafiado desde logo pelos
resultados apresentados pela Islândia nos primeiros seis meses de
implementação da lei, bem sintetizados numa reportagem da Bloomberg.
* A igualdade salarial de género não pode ser um cartaz de propaganda para mascarar a verdadeira igualdade de género.
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