HOJE NO
"EXPRESSO"
Autoeuropa
Sábados pagos a dobrar e mais 250 euros pelos novos horários, defende sindicato
Sindicato afeto à CGTP quer sábados pagos como trabalho extra e mais 250 euros mês por novos horários na fábrica de Palmela
O SITESUL, sindicato afeto à CGT, quer que a Autoeuropa pague os
sábados como trabalho extraordinário e mais 250 euros por mês para os
trabalhadores que aderirem ao novo horário de transição.
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Estas
reivindicações fazem parte de um conjunto de propostas apresentadas na
passada terça-feira à administração pelo sindicato mais representativo
na Autoeuropa, para ajudar a resolver o conflito laboral sobre os novos
horários na fábrica de Palmela.
Segundo um comunicado divulgado
esta sexta-feira pelo Sindicato dos Trabalhadores das Industrias
Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul (SITESUL) "a
administração tem agora a derradeira oportunidade de se aproximar de uma
solução que permita a resolução do conflito".
Adesão voluntária
Entre
outras reivindicações, o sindicato defende que a Autoeuropa permita a
adesão ao novo horário de transição, que deverá vigorar de finais de
janeiro a julho deste ano, em regime de voluntariado, e reclama o
pagamento do acréscimo de despesas com a guarda dos filhos dos
trabalhadores que aderirem a este regime, mediante apresentação do
respetivo comprovativo.
Outra reivindicação é o "pagamento dos
sábados como trabalho extraordinário, ou seja um acréscimo de 100% em
relação ao valor da retribuição diária", mais 250 euros mensais para
todos os trabalhadores que aceitem praticar aquele horário de transição,
por forma a "compensar a desorganização da vida familiar e pessoal".
O sindicato defende ainda "um aumento salarial mínimo de 50 euros", com
efeitos retroativos a setembro de 2017 ( para todos os trabalhadores) e
um aumento para 770 euros do salário aplicável aos trabalhadores
recém-admitidos. As pausas laborais devem passar para 15 minutos,
(atualmente são de sete minutos) como forma de "prevenir o surgimento de
doenças profissionais e contribuir para a melhoria da produtividade".
O
documento sindical defende ainda que o "investimentos na fábrica deve
continuar, nomeadamente numa nova linha de montagem, por forma a
permitir uma melhor organização do tempo de trabalho de segunda a
sexta-feira".
Ontem, a administração da Autoeuropa reuniu com a
Comissão de Trabalhadores, mas nem nenhuma das partes deu conta dos
resultados do encontro.
No final de 2017, a administração da
Autoeuropa anunciou a intenção de avançar unilateralmente com o novo
horário transitório após a rejeição de dois pré-acordos negociados
previamente com duas comissões de trabalhadores. Na altura, a empresa
anunciou que estava disponível para negociar, mas apenas no que respeita
aos novos horários de laboração contínua, que deverão ser aplicados no
segundo semestre de 2018.
A administração da fábrica da
Volkswagen em Palmela mantém-se fiel à política de só negociar com a
Comissão de Trabalhadores, apesar do protagonismo assumido pelos
sindicatos nos últimos meses.
* Não nos parece que a proposta seja aceite nem que leve a um entendimento.
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