HOJE NO
"OBSERVADOR"
Portugal tem demasiados jovens médicos, faltam clínicos de idades intermédias
O número de médicos em Portugal será excessivo no curto/médio prazo, havendo demasiados licenciados em Medicina, enquanto há carência de clínicos de idades intermédias, segundo um estudo demográfico.
O número de médicos em Portugal será excessivo no curto/médio prazo,
havendo demasiados licenciados em Medicina, enquanto há carência de
clínicos de idades intermédias, segundo um estudo demográfico.
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O
trabalho, da autoria do médico João Correia da Cunha, da secção Sul da
Ordem dos Médicos, mostra a “grande contradição sobre a classe médica em
Portugal: existem demasiados licenciados em Medicina, mas o Serviço
Nacional de Saúde tem cada vez menos médicos”.
Segundo a análise, feita com base em estatísticas nacionais de
1996 a 2014, a curto ou médio prazo haverá um provável excesso de
médicos.
“Este cenário deve-se ao facto de este ano ter começado a
não haver vaga para todos os médicos de acesso ao internato”, diz o
estudo “O que fazer de tantos médicos”, apontando para a necessidade de
rever os ‘numerus clausus’ (vagas no Ensino Superior).
Outra das
conclusões do estudo, a que a agência Lusa teve acesso, identifica uma
carência de médicos de idades intermédias. Isto pode, refere o autor,
comprometer a assistência a doentes agudos e a formação pós-graduada,
uma vez que são necessários orientadores de formação em idade ativa e no
terreno para formar jovens médicos.
“É imperativo que sejam
recativadas as carreiras profissionais”, defende João Correia da Cunha,
médico atualmente reformado, antigo Presidente do Conselho de
Administração do Centro Hospitalar Lisboa Norte e Presidente da Mesa da
Assembleia Geral da Secção Regional Sul da Ordem dos Médicos.
A
revisão dos ‘numerus clausus’ e a reativação das carreiras serviria para
contrariar a tendência de envelhecimento dos médicos e também para
incentivar a dedicação em áreas especializadas com poucos médicos e
apoiar a sua fixação.
Até porque, segundo este estudo, há
assimetrias regionais significativas no que toca ao número de médicos,
com o Algarve e o Alentejo a apresentarem as principais carências.
“Isto
resolve-se apoiando a formação pós-graduada nas regiões e incentivando a
fixação de médicos a nível regional”, defende João Correia da Cunha.
Como
recomendação global, o autor do estudo defende que a Ordem dos Médicos e
o Ministério da Saúde devem trabalhar em conjunto para redefinir as
capacidades formativas e as vagas, sobretudo nas áreas carenciadas: “É
fundamental a planificação para se preparar os próximos 20 anos no
âmbito da atividade deste grupo profissional”.
A análise
demográfica dos anos de 1996 a 2014 mostra que se deu uma feminização da
classe médica, com uma imersão gradual de mulheres um pouco por todas
as especialidades, ascendendo a 51% face aos homens.
* Médicos jovens é bom, especialmente nas especialidades em que as mãos precisam de maior precisão.
Esta situação era previsível há mais de 20 anos, quando se abriram buracos na continuidade de formação de especialistas, governos do sr. Cavaco Silva. O que houver em excesso de médicos jovens serão sempre bem recebidos noutros países dado que Portugal tem excelente formação.
Portugal tem demasiados jovens "matriculados" em partidos, isso é mau.
Se as meninas são mais estudiosas têm de existir mais médicas.
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