BRAGA
DISTRITO DE BRAGA
LOCALIZAÇÃO
Situada no coração do Minho, Braga encontra-se numa região de transições de Este para Oeste, entre serras, florestas e leiras aos grandes vales, planícies e campos verdejantes. Terras construídas pela natureza e moldadas pelo Homem. Inserida na região do Minho, Braga é sede do distrito homónimo.
Geograficamente Braga localiza-se no vale do Cávado, na região Noroeste de Portugal Continental, à latitude N 41º 32`39`` e longitude W 8º 25`19``.
Com uma área de 184 Km2 confronta a Norte com os concelhos de Vila Verde e Amares, a Nordeste e Este com Póvoa de Lanhoso, a Sul e Sudeste com Guimarães e Vila Nova de Famalicão e a Oeste com o concelho de Barcelos.
O relevo do concelho, é caracterizado por uma relativa irregularidade com áreas de vale que se espalham por todo o território, que se contrapõem amiúde com pequenas formações montanhosas, dispostas segundo alinhamentos paralelos aos rios principais. Limitado a norte pelo rio Cávado, a sul pelo conjunto de elevações que formam a Serra dos Picos (566m) e a nascente pela Serra dos Carvalhos (479m), o concelho de Braga, abre-se a poente para os concelhos de Famalicão e Barcelos. O território desenvolve-se de nordeste para sudoeste, acompanhando os vales dos dois rios que o atravessam, os quais, juntamente com os outros cursos de menores dimensões, geraram duas plataformas.
Predominam as zonas de vale, que não atingem altitudes elevadas, variando os seus valores entre os 20 e os 570 metros, pelo que a exposição solar, é de um modo geral boa em quase todo o território.
Administrativamente, o concelho de Braga é a capital do distrito de Braga e abrange a totalidade de 62 freguesias, atingindo a população total residente um valor de 164 192 habitantes, em 2001. Sendo um concelho predominantemente urbano, principalmente em torno da cidade.
IN "SITE DO MUNICÍPIO"
OUTRAS DESIGNAÇÕES
Na gíria popular é conhecida como:
A "Cidade dos Arcebispos", durante séculos o seu Arcebispo foi o mais importante na Península Ibérica; É ainda detentor do título de Primaz das Espanhas.
A "Roma Portuguesa": no século XVI o arcebispo D. Diogo de Sousa, influenciado pela sua visita à cidade de Roma, desenha uma nova cidade onde as praças e igrejas abundam tal como em Roma. A este título está também associado o facto de existirem inúmeras igrejas por km² em Braga. É, ainda, considerada como o maior centro de estudos religiosos em Portugal
A "Cidade Barroca": durante o século XVIII o arquitecto André Soares transforma a cidade de Braga no Ex-Libris do Barroco em Portugal.
A "Cidade Romana": no tempo dos romanos ser a maior e mais importante cidade situada no território onde seria Portugal. Ausónio, ilustre letrado de Bordéus e prefeito da Aquitânia, incluiu Bracara Augusta entre as grandes cidades do Império Romano.
Gentílico | bracarense, bracaraugustano, brácaro, braguês |
Área | 183,4 km² |
População | 181 474 hab. (2011[1]) |
Densidade populacional | 989,5 hab./km² |
N.º de freguesias | 62 |
Presidente da Câmara Municipal | Mesquita Machado (PS) Mandato 2009-2013 |
Região (NUTS II) | Norte |
Sub-região (NUTS III) | Cávado |
Distrito | Braga |
Antiga província | Minho |
Orago | São Geraldo Arcebispo Primaz de Braga |
Feriado municipal | 24 de Junho |
Código postal | 4700 Braga |
Endereço dos Paços do Concelho | Praça do Município 4704-514 Braga |
Sítio oficial | http://www.cm-braga.pt |
Endereço de correio electrónico | municipe@cm-braga.pt |
A "Capital do Minho" ou o "Coração do Minho", por estar localizada no centro desta província. Braga reúne um pouco de todo o Minho e todo o Minho tem um pouco de Braga.
A "Cidade dos Três Sacro-Montes": são santuários situados a Sudeste da cidade numa cadeia montanhosa, e são pela ordem Este a Sul: O Bom Jesus, Sameiro e a Falperra (Sta. Maria Madalena e Sta. Marta das Cortiças).
A cidade está estritamente ligada a todo o Minho: a Norte situa-se o tradicional Alto Minho, a Este o Parque Nacional da Peneda-Gerês, a Sul as terras senhoriais de Basto e o industrial Ave e a Oeste o litoral marítimo Minhoto.
CLIMA
O clima de Braga é favorecido pela influência Atlântica, devido aos ventos de Oeste que são canalizados ao longo dos principais vales, transportando grandes massas de ar húmido, assim pode considerar-se que o clima da região é ameno e com as quatro estações bem definidas. Com efeito, essas massas, de ar mantêm a humidade relativa em valores que rondam os 80%, permitindo a manutenção dos valores médios da temperatura anual entre os 12.5º C e 17.5ºC. No entanto, devido ao acentuado arrefecimento noturno, geram-se frequentemente geadas, cuja época dura de três a quatro meses, cerca de trinta dias de geada por ano. A precipitação anual ronda os 1659 mm, com maior intensidade nas épocas de Outono e Inverno e Primavera.
CÁVADO |
Os Invernos são bastante pluviosos e frios, e geralmente com ventos moderados de Sudoeste. Em anos muito frios pode ocorrer a queda de neve. As Primaveras são tipicamente frescas, as brisas matinais ocorrem com maior frequência, principalmente nas maiores altitudes. De salientar o mês de Maio que é bastante propício às trovoadas, devido ao aquecimento do ar húmido com a chegada do Verão. Os Verões são quentes e solarengos com ventos suaves d'Este. Nos dias mais frescos, podem ocorrer espontaneamente chuvas de curta duração, bastante importantes para a vegetação, tornando a região rica em vegetação durante o ano inteiro e pela qual é conhecida como Verde Minho. Os Outonos são amenos e pluviosos, geralmente com ventos moderados. Enquanto a temperatura desce, aumenta a pluviosidade até atingir os valores mais altos do ano. Existe uma maior frequência de nevoeiros, principalmente no Vale do Rio Cávado onde ocorrem nevoeiros matinais bastante densos.
HISTÓRIA DE BRAGA
Com origem no Mesolítico o território que hoje é designado por Braga já existia como cidade antes de os romanos invadirem a Península Ibérica e estava já habitada pela tribo dos Brácaros quando o imperador César Augusto a rebaptizou como Bracara Augusta, conforme atestam vestígios de aglomerados populacionais de há milhares de anos, estando comprovados estudos arqueológicos a partir da Idade do Bronze.
MAPA DA CIDADE SEC XVII |
Sendo uma das mais antigas cidades europeias convertidas aos cristianismo, a história bracarense divide-se em diferentes períodos que podem ser mais claramente divididos desta forma devido às influências que produziram no território: Os Brácaros, Os Romanos, Os Suevos, Os Muçulmanos, A fundação de Portugal, A afirmação como Primado Católico, O Estado Novo e o Pós-25 de Abril.
Pré-História
Os vestígios da presença humana na região vem de há milhares de anos, como comprovam vários achados no região. Em Braga um dos achados mais antigos é a Mamoa de Lamas, um monumento megalítico edificado no período Neolítico. A sua descoberta revelou várias informações sobre o passado da região. No entanto apenas se consegue provar a existência de aglomerados populacionais em Braga na Idade do Bronze.
FONTE DO ÍDOLO |
Caracterizam-se por fossas e cerâmicas encontradas no Alto da Cividade, local onde existiria uma povoação e por uma necrópole que terá existido na zona dos Granjinhos.
Na Idade do Ferro, desenvolveram-se os chamados “castros", próprios de povoações que ocupavam locais altos do relevo. Em Braga conhecem-se vários Castros de pequena e média dimensão: Castro do Pedroso e Castro do Monte de Vasconcelos em Adaúfe, Castro de Cabanas em Dume, Castro da Santa Marta das Cortiças (Imóvel de Interesse Público) em Esporões, Castro do Monte Redondo (Monumento Nacional) em Guisande, Castro do Monte da Consolação (Imóvel de Interesse Público) em Nogueiró, Castro da Sola em Palmeira, Vinha de Laje - Castro Agrícola em Pousada, Castro do Monte das Caldas em Sequeira, Castro Máximo (Imóvel de Interesse Público) em São Vicente, Castro de Vimieiro em Vimieiro. Apesar destes serem os únicos castros que chegaram até hoje, e que provam a sua existência, existiria ainda um grande castro, a Cividade.
S: MARTINHO DE DUME |
A Cividade, nome que deriva de grande Castro, situa-se no coração da cidade de Braga. Apesar de não estar provado que ali tenha existido um castro, certos historiadores defendem a existência de um Castro no alto da colina. A teoria baseia-se principalmente em que Bracara Augusta foi construída sobre um castro destruído pelas guerras entre os povos locais e os romanos, aproveitando o material existente, o que eliminara grande parte dos vestígios anteriores. Castro esse que fora a evolução natural do povoado que existiu no local na Idade do Bronze. Bracara Augusta situa-se no topo de uma colina, e não à beira rio ou perto de campos férteis condições típicas nas fundações de cidades romanas, essas condições existem a poucos quilómetros na zona ribeirinha do rio Cávado. Os historiadores de opinião contrária criticam esta teoria, pois a colina de Cividade é de relevo suave a Sul, não possuindo grande desnível. O astrónomo e geógrafo grego Claudius Ptolemeu (c. 85 – c. 165), em meados do século II, referiu na sua obra - Geografia (8 v.) -, que a cidade de Bracara Augusta era anterior à dominação romana. Recentemente a descoberta ao acaso de um Balneário pré-romano em Maximinos (freguesia adjacente) relançou a questão. No entanto, esta questão está longe de ser resolvida, dado que o presumível castro situa-se no centro histórico de Braga sob Monumentos Nacionais o que impede a realização de pesquisas arqueológicas profundas. É também de relevo o facto do local ser habitado continuamente há mais de dois mil anos, e palco de grandes guerras e destruições, o que alterou substancialmente o local.
Nos séculos anteriores ao nascimento de Cristo, na área ocupada actualmente pela cidade de Braga instalaram-se os Celtas, conhecidos por Brácaros ou Bracai (daí a denominação de Bracara, a actual Braga).
BRACARA AUGUSTA
Bracara Augusta, o nome romano da actual cidade de Braga, no norte de Portugal, foi construída no lugar de um povoado anterior de origem celta. A cidade romana foi fundada pelo imperador César Augusto cerca de 16 aC, após a pacificação definitiva da região. Durante o período dos Flávios, Bracara Augusta recebeu o estatuto municipal e foi elevada a sede do conventus, tendo tido funções administrativas sobre uma extensa região.
MAPA DAS ESTRADAS ROMANAS |
A partir da reforma de Diocleciano passou a ser a capital da recente província da Galécia. No século V a cidade foi tomada pelos invasores suevos, que a escolheram como capital do seu reino.
São conhecidos da cidade romana restos de alguns edifícios. Nas escavações efectuadas no claustro do Seminário de Santiago encontrou-se uma grande sala com resto de colunas, tendo ao centro uma piscina decorada com mosaicos, que foi provavelmente parte de um balneário. Em escavações realizadas pela Universidade do Minho foram descobertas umas quantas termas. Na área da Fonte do Ídolo, situada na actual Rua do Raio e fora do antigo perímetro da cidade romana, terá existido um edifício religioso consagrado ao deus Tongoenabiagus.
Fundação (136 a. C. a 14 d. C.)
As primeiras explorações militares ao noroeste da península Ibérica realizaram-se entre os anos 136 a 138 antes de Cristo (século II a.C.), comandadas pelo cônsul romano D. Junius Brutos. Nessa altura realizou-se uma grande batalha entre romanos e brácaros (povos locais descendentes dos Celtas), provavelmente nas imediações da futura Bracara Augusta. Após a conquista definitiva do noroeste peninsular (guerras franco-cantábricas), o imperador Augusto ordena a reorganização administrativa.
CERTIFICADO ROMANO |
A reorganização consistia principalmente na integração das populações no mundo romano, fundação de cidades, construção de vias e o comércio a nível inter-regional. É nesta política que entre o ano 20 a 10 antes de Cristo foi fundada a cidade Bracara Augusta sobre um possível povoado indígena local. A finalidade da fundação foi de carácter religioso e difusão cultural do império sobre os povoados nas proximidades. Também é provável que a cidade desde o início teria funções jurídicas e económicas.
Dinastia Júlio-Cláudio (14 a 68 d. C.)
As primeiras décadas da cidade foram marcadas por grande crescimento. Foram construídos os primeiros edifícios públicos (Domus, templo…), abriram-se estradas (vias XVI, XVII e XIX), desenvolveram-se as actividades económicas (metalurgia, olaria e comércio), a criação de novos bairros.
Foram formadas condições para que inúmeros indígenas, militares e imigrantes se deslocassem para ali viver. A cidade desenvolveu-se em forma ortogonal (ruas alinhadas) orientada Noroeste/Sudeste, e era dividida por quarteirões. Nos anos 50 d. C. o comércio já desempenhava um papel fulcral na cidade e na região.
A cidade Flávio-Antonina (68 a 192 d. C.)
A cidade sofre reestruturações, devido à dimensão que terá atingido, mais de 48 hectares. São reparadas as vias e a construção da Via Nova (Geira). Continuam as construções de edifícios públicos como teatro, termas, templos, senado, e a “monumentalização” da cidade. Aumentam os bairros e assiste-se à instalação de pessoas abastadas na zona oriental da cidade.
Verificou-se a promoção jurídica de peregrinos à cidadania romana, das elites da cidade e da região envolvente. O forte comércio é caracterizado pelas importações de vidro, cerâmica e objectos de adorno, alguns produtos importados eram de grande qualidade e gosto refinado, o que sugere a existência de uma poderosa elite. As exportações eram marcadas pela cerâmica de qualidade e metais. A cidade no Alto Império era já de referência a nível peninsular.
Século III
O terceiro século de existência é marcado pelo abrandamento do crescimento devido à crise instalada na Hispânia, e consequentemente a construção da muralha citadina. A muralha circulava a cidade por completo, e continha torreões.
Dada a localização peninsular e a dependência local na sobrevivência, Bracara Augusta ficou fora das agitações de então, o que permitiu uma plenitude vida urbana. É criada “Hispania Nova Citerior Antonina” (futura Galécia). Visita dos imperadores Galieno (253 a 268 d. C.) e Claúdio II (268 a 270 d. C.).
Baixo-império (285 a 409 d. C.)
Por ordem de Diocleciano é criada a Galécia, e Bracara Augusta sua capital. A Galécia integra os três conventos do Noroeste peninsular e parte do convento Clunia. Com esta decisão, a cidade sofre uma nova expansão urbana, reestruturam-se e criam-se edifícios públicos, requalifica-se as vias, introduz-se melhoramentos na cidade, enriquecimento da população, inclusão de zona de banhos e pavimento de mosaicos nas vivendas privadas. O comércio intensifica-se fortemente e aparecem os ateliers de cerâmica. A decretal do Papa S. Sirício em 385 faz referência à metropolitana de Bracara Augusta, sugerindo que Bracara Augusta possuía já um bispado. A cidade assume a centralidade do Noroeste peninsular.
Alta Idade Média
O reino Suevo
Após a conquista do império romano, Bracara Augusta tornou-se na capital política e intelectual do reino dos Suevos, que abarcava a Galiza e se prolongava até ao Rio Tejo. Posteriormente foi dominada pelos Godos, durante mais de três séculos.
Invasões Muçulmanas
No ano de 715, os Mouros conquistaram a cidade, mas foram, pouco tempo depois, obrigados a render-se ao Rei de Leão, D. Afonso III. Braga foi nessa altura oferecida como dote, por Afonso VI de Castela, à sua filha D. Teresa, no seu casamento com D. Henrique de Borgonha, Conde de Portugal.
Cerca de 1070, a Diocese é reorganizada desenvolvendo-se a urbe em volta da Sé Catedral, ficando restringida ao perímetro amuralhado.
BAIXA IDADE MÉDIA
Idade Moderna
No século XVI, o Arcebispo de Braga D. Diogo de Sousa modifica-a profundamente. Do século XVI ao século XVIII, os edifícios de traça romana vão sendo apagados e substituídos por edifícios de Arquitectura religiosa.
No século XVIII, Braga por intermédio da inspiração artística de André Soares (Arquitecto 1720- 1769) transforma-se no Ex-Libris do Barroco em Portugal. Mas também foi uma das maiores cidades em arquitetura, pois as pessoas a bem dizendo tinham muita imaginação.
Idade Contemporânea
Nos fins do século XVIII surge em várias edificações o Neoclássico com Carlos Amarante (Engenheiro e Arquitecto 1742-1815). Nos cem anos que se seguem, irrompem conflitos devidos às invasões francesas e lutas liberais. O centro da cidade deixa a área da Sé de Braga e passa para a Avenida Central.
No século XX, dá-se a revolução dos transportes e das infra-estruturas básicas, reformula-se a Avenida da Liberdade, de onde se destaca o Theatro Circo e os edifícios do lado nascente. No final do século, Braga sofre um grande desenvolvimento e converte-se na terceira cidade do País.
Demografia
O concelho é densamente povoado, com 962 hab/km² e 181 474 habitantes (2011), é um dos mais populosos de Portugal e é um dos mais jovens da Europa. A maioria da população concentra-se na área urbana, onde a densidade atinge cerca de 10 000 hab/km².
A população bracarense é constituída por 78 954 indivíduos do sexo masculino e 85 238 indivíduos do sexo feminino. O grupo etário dos 0 aos 25 anos representava 35% da população total, enquanto 54% da população tinha entre 26 a 64 anos, o grupo etário dos idosos representava 11%. A população é maioritariamente portuguesa, mas existem também comunidades imigrantes, nomeadamente brasileiros, africanos principalmente oriundos das antigas colónias portuguesas, chineses e europeus de leste.
No que diz respeito a habitação, em Braga há 70 268 alojamentos (Censos de 2001), valor excedentário se tivermos em consideração o conceito clássico de família (51 173 agregados).
No entanto, estas 19 095 habitações sobrantes não estão todas em excesso na realidade, muitas delas destinam-se a residência temporária, normalmente associadas a estudantes, a trabalhadores temporários e a estrangeiros que exercem a sua actividade profissional na cidade. Existe também um grande número de habitações que pertencem a cidadãos residentes no estrangeiro que as utilizam quando regressam periodicamente a Portugal. O constante crescimento populacional e o aumento da habitação individual associado à não constituição de uma família clássica são também realidades que justificam este facto na sociedade bracarense.
As 19 095 habitações atrás referidas, representam em média uma capacidade para 60 000 indivíduos, o que faz com que a população real de Braga esteja próxima de um valor intermédio situado entre os 174 000 indivíduos e os 230 000 indivíduos.
O concelho cresceu 16,2% entre 1991 a 2001, o maior crescimento registou-se nas antigas freguesias suburbanas (hoje urbanas), por exemplo: Nogueira 124,6%, Frossos 68,4%, Real 59,8%, Lamaçães 50,9%. As previsões apontam para que Braga seja um dos concelhos com maior crescimento nos próximos anos.
PATRIMÓNIO (ALGUM)
Termas romanas de Maximinos
As Termas romanas do Alto da Cividade em Maximinos ficam situadas na freguesia de Maximinos, em Braga.
Em 1977, escavações efectuadas no Alto da Cividade (Colina de Maximinos), puseram a descoberto as ruínas dumas termas públicas junto ao Forum da antiga cidade romana (Bracara Augusta), situado, segundo a tradição, no actual Largo de Paulo Orósio. As termas públicas eram vastos edifícios preparados para proporcionar aos habitantes ou visitantes da cidade a possibilidade de tomar o seu banho de acordo com as regras prescritas pela medicina da época. Segundo estas, o banhista devia começar por untar o corpo com óleos e praticar alguns exercícios de ginástica, desporto ou luta livre. Entrava depois numa sala muito aquecida, o sudatório, onde transpirava abundantemente. Passava então ao caldário, sala ainda aquecida, onde podia lavar-se e retirar os restos de óleo. Depois de uma curta passagem pelo tepidário, mergulhava na piscina do frigidário, cuja água gelada lhe revigorava o corpo, sendo em seguida massajado e untado de óleos aromáticos.
CONDUTAS DE ÁGUA |
A área escavada das termas ocupa cerca de 850 m². Estas termas eram, todavia, mais vastas, como se pode ver pela presença do hipocausto e piscina a sul, separados do restante corpo do edifício por um estreito corredor. De acordo com o espólio encontrado, foram construídas nos finais do século I (período flaviano), restando desta fase o testemunho das quatro salas quentes cujos hipocaustos se encontram relativamente bem conservados. Não se conseguiu ainda definir o seu circuito interno nem a função de alguns dos seus compartimentos anexos. Em finais do século IV e início do século seguinte[1], o edifício sofreu uma grande remodelação e a sua superfície foi muito reduzida.
Dumio
Dumio (também conhecido como Dume ou Dumium) é um antigo mosteiro próximo de Braga, no nordeste de Portugal.
Ele foi fundado pelo Santo Martinho de Braga, no século VI d.C., durante os anos de 550 a 560[1]. Atualmente, o mosteiro é um local destinado a arqueologia, onde funciona o Núcleo Museológico de São Martinho de Dume, um museu na freguesia de Dume Braga, em Portugal. Inaugurado a 6 de Agosto de 2006, expõe vestígios arqueológicos locais.
O museu tem como objectivo principal expor o Sarcófago de S. Martinho de Dume e a Basílica de São Martinho de Dume, irá também expor outros achados arqueológicos locais. Nesta primeira fase apenas está exposto o Sarcófago de S. Martinho de Dume. Na segunda fase pretende-se também expor a Basílica de São Martinho, onde actualmente decorrem escavações arqueológicas dirigidas pela Universidade do Minho.
O Sarcófago de São Martinho, classificado como um Bem Cultural Móvel de Interesse Nacional (pelo Decreto-Lei n.º19, de 18 de Julho de 2006), é um sarcófago, datado entre o século XI a XII, onde se encontram os restos mortais de S. Martinho de Dume.
O sarcófago de pedra calcária é constituído por duas peças, uma arca tumular e a respectiva tampa, que se encontram decoradas em baixo relevo.
IGREJA DE S. SALVADOR
A Igreja de São Salvador situa-se na freguesia de Figueiredo, Braga, Portugal.
Segundo a tradição, a Igreja de São Salvador foi mandada edificar nos finais do século XVI pelo Arcebispo de Braga D. Pedro de Castro, também conhecido por Frei Agostinho de Jesus, sendo posteriormente integrado no senhorio do convento beneditino de Vitorino das Donas.
A estrutura primitiva foi muito alterada no século XVIII, numa campanha de obras que lhe conferiu a fachada de gosto barroco, cheia de motivos decorativos e a torre sineira que ocupa quase o mesmo volume que o corpo da igreja.
O interior apresenta uma nave central e uma nave lateral à direita, separadas por arcos de volta perfeita assentes sobre colunas.
MOSTEIRO DE TIBÃES
Mosteiro de Tibães ou Mosteiro de São Martinho de Tibães, englobando a Igreja de Tibães e o Cruzeiro de Tibães, situa-se em Mire de Tibães, concelho de Braga e foi fundado no século XI.
A partir do século XII foi ocupado pela congregação Beneditina. No século XVI, tornou-se a casa mãe da ordem para Portugal e Brasil. Os edifícios principais actualmente existentes foram construídos nos séculos XVII e XVIII. Um dos arquitectos que neles trabalhou foi André Soares.
Com a extinção das ordens religiosas masculinas ocorrida em 1834, é vendido em hasta pública, com excepção da Igreja, Sacristia e Claustro do Cemitério.
Ficou nas mãos de privados até 1986.
Foi classificado como Imóvel de Interesse Público em 1944.
CASTELO DA D. CHICA
O Castelo da D. Chica, também conhecido como Castelo de Palmeira, Casa da Chica ou Palácio de D. Chica, localiza-se na freguesia de Palmeira, concelho e Distrito de Braga, em Portugal.
Trata-se de um edifício apalaçado, de características ecléticas sobre um estilo romântico, projetado pelo Arquitecto suíço Ernesto Korrodi.
História
A sua construção iniciou-se em 1915, por iniciativa de Francisca Peixoto de Sousa, nascida no Brasil, que mandou vir do seu país muitas das espécies arbóreas actualmente existentes na mata envolvente.
Ao longo de sua história mudou várias vezes de proprietário, arrastando-se as obras por décadas, só sendo concluídas em 1991.
Foi homologado como Imóvel de Interesse Público por Despacho de 20 de Fevereiro de 1985.
Atualmente o imóvel encontra-se num estado de abandono e degradação, no centro de uma disputa judicial quanto à sua posse, envolvendo várias entidades.
A disputa judicial
Tendo sido adquirido pela Junta de Freguesia de Palmeira, em 1990, por cerca de 95 mil Euros, a autarquia arrendou-o por contrato a uma empresa de turismo, a IPALTUR. Esta, por sua vez, procedeu-lhe beneficiações, adaptando as instalações do imóvel a zona de lazer, com bar, discoteca, restaurante e salas de reuniões e de congressos.
Com o "de acordo" da autarquia, a IPALTUR hipotecou o imóvel por 750 mil Euros junto à Caixa Geral de Depósitos. Pelo acordo, durante dez anos a autarquia não receberia rendas.
Em 1994 a IPALTUR entrou em processo de falência. Desse modo, o imóvel veio a ser vendido em hasta pública, em 1998, à Caixa Geral de Depósitos, por 1.500 mil Euros. A instituição financeira, desse modo, conseguiu reaver parte do seu crédito, mas cerca de vinte outros credores continuaram sem conseguir reaver os seus montantes.
Em 2001 o tribunal de Braga determinou que a CGD deverá pagar 2.250 mil Euros aos demais credores a título das obras de beneficiação efectuadas pela falida IPALTUR no imóvel. Essa decisão, em Novembro de 2002 foi anulada pelo Tribunal da Relação de Guimarães, o que foi confirmado pelo Supremo Tribunal de Justiça em Junho de 2003.
Características
O edifício é constituído por quatro pavimentos. Desenvolve-se num jogo de volumes muito acentuado e caracteriza-se por uma ampla diversidade de materiais e linguagens, misturando referências populares e eruditas, num ecletismo extravagante onde se misturam o estilo neogótico, o neoárabe e o "rústico".
Isolados, os volumes têm uma imagem própria e estabelecem ligações através de algumas pontes (materiais e elementos decorativos). A análise dos pormenores construtivos evidencia a importância dada à imagem, em detrimento de um método de construção. As janelas são indiferentemente de madeira ou de ferro, ou mesmo executadas com os dois materiais, sendo difícil saber se obedecem a um projecto de execução da obra ou se, definida inicialmente a imagem pelo arquitecto Korrodi, a solução construtiva ficaria a cargo dos diferentes artistas / artesãos que as executaram. O ferro é empregado ainda no gradeamento, no coroamento da cobertura e no catavento. A repetição da "folha de hera" como elemento decorativo, simultaneamente no desenho dos gradeamentos de ferro e em algumas molduras de mármore, convive com a aplicação de diferentes motivos florais, nos capitéis das diferentes colunatas e com as rosáceas geometrizadas, nos fechos dos arcos ogivais.
As telhas estão "assinadas" pelo projectista. Coloridas de verde pretendem a integração na paisagem que o restante do edifício recusa.
A mata envolvente caracteriza-se por vegetação exótica (amendoeira brasileira, pau-santo, pinheiro brasileiro, palmeira, eucaliptos, japoneiras e outras) e muitas variedades nacionais (carvalho, plátanos, cedros, pinheiro bravo, castanheiros, salgueiros, mimosas, sobreiros e outros), com percursos sinuosos. O conjunto do lago, com uma gruta com falsas estalactites, destaca-se, traduzindo uma visão romântica, que pretendeu imitar o período medieval, reproduzindo a natureza, preferindo o "bosque" ao geometrizado jardim barroco.
CASTELO DE BRAGA
O Castelo de Braga localizava-se na freguesia de São João do Souto, concelho e distrito de Braga, em Portugal.
Cidade com mais de dois mil anos de história, importante centro administrativo - civil e religioso -, as suas defesas, atravessaram diversas fases construtivas.
História
Antecedentes
O astrónomo e geógrafo grego Claudius Ptolemeu (c. 85 – c. 165), em meados do século II, referiu na sua obra - Geografia (8 v.) -, que a cidade de Bracara Augusta era anterior à Invasão romana da Península Ibérica. A recente pesquisa arqueológica, conduzida pela Universidade do Minho, identificou uma cerca defensiva com planta poligonal, reforçada por torreões de planta semi-circular, que remonta ao século III.
À época das invasões bárbaras, por sua importância e tradição, a cidade foi escolhida como capital do reino dos Suevos, acreditando-se que tenha diminuído de importância quando da sua conquista pelos Visigodos e de seu saque pelos Muçulmanos, e mesmo mais tarde, quando conquistada pelas forças cristãs do reino de Leão.
Embora não existam informações seguras sobre a evolução de suas defesas nestes períodos conturbados, sabe-se que, a partir do século XI, uma segunda cerca estava em construção, a Sul e a Oeste, complementando o troço Norte da antiga muralha romana. Sabe-se ainda que em 1145, o arcebispo de Braga, João Peculiar (1139–1175), garantiu aos cavaleiros da Ordem dos Templários uma importante casa na cidade.
O castelo medieval
A partir do século XIII, uma nova fase construtiva se inaugurou, com o abandono do troço norte da muralha romana e um crescimento da urbe em torno da Sé-Catedral. Existem poucas informações acerca desta fase, tão somente as de que, sob o reinado de D. Dinis (1279-1325), iniciou-se uma nova cerca, complementada por uma torre de menagem. As obras progrediram com lentidão e, no reinado de D. Fernando (1367-1383), a nova cerca se mostrou ineficaz, permitindo a invasão da cidade por tropas de Castela na década de 1370. Durante a crise de 1383-1385, Braga, juntamente com outras cidades do norte de Portugal, manteve-se fiel ao partido de Castela. Entretanto, tendo o novo soberano sido aclamado nas Cortes de Coimbra de 1385, a cidade franqueou-lhe as portas. D. João I (1385-1433) também dispensou cuidados a essa defesa, a partir de quando a cerca foi reforçada com novas torres, de planta quadrangular.
A partir do século XVI, entretanto, a perda da sua função defensiva era comprovada pela quantidade de edificações adossadas à cerca, pelo exterior.
Em 1906, o Castelo de Braga foi demolido, restando apenas a sua Torre de Menagem.
Mais tarde, a Torre de Menagem e alguns troços da muralha medieval foram classificados como Monumento Nacional por Decreto publicado em 24 de Junho de 1910.
CASA DOS CRIVOS
Casa dos Crivos ou das Gelosias, é um exemplar arquitectónico da freguesia de São João do Souto, Braga nos séculos XVII e XVIII.
O edifício é marcado pela cobertura total por gelosias "a partir do século XVII, quando o ambiente de excessiva religiosidade fez cobrir as janelas de gelosias que dariam a Braga o aspecto de uma cidade muçulmana"
CASA DOS MACEIS ARANHA
A Casa ou Solar Maciel Aranha, também conhecido como Casa do Gato Bravo, é um solar situado na Praça Conde de Agrolongo em Braga, Portugal.
Da autoria do arquitecto Carlos Amarante, o edifício foi construído na segunda parte do século XVIII. O solar em forma de U (planta do solar) possui dois pisos e uma entrada entre as extensões laterais do edifício.
A entrada possui ainda a pedra d'armas onde estão as insígnias dos Maciel e Aranha.
O edifício está classificado como imóvel de interesse público desde 22 de Novembro de 1971.
BASÍLICA DOS CONGREGADOS
A Basílica dos Congregados situa-se na freguesia de São José de São Lázaro em Braga, Portugal e está incluída no antigo Convento dos Congregados.
A Basílica é da autoria do arquitecto André Soares, construída no século XVI, embora só terminada no século XX.
O inicio da construção foi em 1703, sendo benzida em 27 de Outubro de 1717, embora faltando construir as torres e colocar estátuas nos nichos respectivos da fachada.
Estes trabalhos seriam levados a cabo já no século XX, tendo a torre poente sido concluída em 1964, por acção do benemérito António Augusto Nogueira da Silva, com projecto do arquitecto Alberto da Silva Bessa, que se inspirou nas torres do convento de S. Miguel de Refojos.
As estátuas da fachada - São Filipe de Nery e São Martinho de Dume - foram içadas para os seus locais em 16 de Fevereiro de 1964, e são devidas ao escultor Manuel da Silva Nogueira.
CONVENTO |
Acidente com avioneta
Em 14 de Julho de 1944, uma avioneta embateu com uma asa na torre nascente (a única existente na altura), despenhando-se em seguida. O piloto, Fernando Sanches Ferreira de Sousa de Magalhães, de 50 anos, director do cemitério Municipal, nascido na Sé a 3 de Dezembro de 1893 perdeu a vida.
PALÁCIO DO RAIO
O Palácio do Raio, ou Casa do Mexicano é um palácio, localizado em Braga, Portugal
Construído em 1754-55, por encomenda de João Duarte de Faria, poderoso comerciante de Braga, e projecto do arquitecto André Soares, é um dos mais notáveis edifícios de arquitectura civil da cidade de Braga, em estilo barroco joanino.
O palácio foi vendido em 1853, por José Maria Duarte Peixoto, a Miguel José Raio, visconde de São Lázaro, ficando conhecido como Palácio do Raio.
Miguel José Raio era um capitalista brasileiro, nascido em Braga, na rua da Cruz de Pedra, em 10 de Maio de 1814 e falecido em 14 de Agosto de 1875.
O novo proprietário, em 1863, abriu a rua em frente do palácio, para permitir uma melhor visão da sua casa e poder construir duas habitações para as suas filhas.
Em 1882 os herdeiros de Miguel José Raio venderam o palácio ao Banco do Minho que, por sua vez, a revendeu, no ano a seguir, à Santa Casa da Misericórdia que nela instalou alguns serviços do Hospital de S. Marcos.
Está classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1956.
THEATRO CIRCO
História
O Theatro Circo é um teatro localizado na Avenida da Liberdade em Braga, Portugal.
É considerado o mais prestigiado teatro bracarense.
Em 1906, um grupo de bracarenses liderado por Artur José Soares (então presidente da Câmara Municipal de Braga), José António Veloso e Cândido Martins idealizou o Theatro Circo. Nessa data a cidade possuía apenas o pequeno Teatro São Geraldo (no local onde hoje se encontra o Banco de Portugal), vindo assim o Theatro Circo satisfazer as necessidades da cidade, que assistia a um grande desenvolvimento teatral, a exemplo do que acontecia no resto do país. Com a construção do Theatro Circo, o edifício do Teatro São Geraldo foi vendido ao Banco de Portugal, que aí construiria mais tarde a sua delegação em Braga.
O Theatro Circo foi projectado pelo arquitecto Moura Coutinho, sendo construído em parte do espaço anteriormente ocupado pelo extinto Convento dos Remédios. As obras iniciaram-se em 1911 e terminaram três anos mais tarde (1914). A sala principal, de estilo italiano e com uma capacidade de 1500 lugares, estava organizada em taburnos para uma fácil adaptação entre os vários tipos de espectáculos. Dada a sua dimensão e arquitectura foi considerado um dos maiores e mais belos teatros de Portugal.
Em 21 de Abril de 1915, foi inaugurado pela companhia do “Éden Teatro de Lisboa”, com a opereta de Leoncavallo La reginetta delle rose (A Rainha das Rosas), com Palmira Bastos no papel principal.
Entre 1918 e 1925 o Theatro Circo é gerido pelo Teatro Sá da Bandeira. Neste período assiste-se a grandes espectáculos, como as óperas Madame Butterfly de Puccini e Aida de Verdi. É também tempo para revelações artísticas locais, como as estreias do Orfeão de Braga e da Orquestra Sinfónica de Braga. Durante a década de vinte foi criado no imóvel o Salão Nobre.
Na década de trinta, ao teatro, à revista, ao circo, ao cinema mudo e à música junta-se o cinema sonoro. Esta renovada arte marca um ponto de viragem no Theatro Circo. As exibições de filmes de Charlie Chaplin ou de Rudolfo Valentino ou de filmes nacionais como Minha Noite de Núpcias, provocam o declínio das então artes tradicionais. No ano de 1933 o Theatro Circo e o Cinema São Geraldo mudam de gerência, que é entregue a José Luís da Costa do Teatro Garrett da Póvoa de Varzim. A Sociedade Dramática Bracarense, em 1935, inicia-se aqui no mundo do espectáculo.
Durante a ditadura do Estado Novo, além das actuações culturais censuradas pelo Estado, é utilizado como palco de campanha e acções de propaganda. De salientar o dia 1 de Junho de 1958, quando os espectadores foram convidados a assistir da varanda do Salão Nobre à enorme violência exercida pela policia sobre o povo adepto da Oposição Democrática liderada pelo General Humberto Delgado.
Após o 25 de Abril de 1974, com o fim da censura, as peças teatrais convergem todas para o tema central da liberdade. No entanto, a abertura de novas salas de cinema na cidade e a ascensão da televisão em Portugal provocam o declínio económico do Theatro Circo. Na tentativa de recuperar alguma rentabilidade, foi vendido o Café Bristol (café situado na esquina do edifício) a uma instituição bancária, que aí instalou uma agência. Em 1987, a Companhia de Teatro de Braga instala-se no Theatro Circo. Um ano depois, em 1988, a Câmara Municipal de Braga adquire o Theatro Circo.
Características
A tela da boca de cena, com 12m de largura por 8m de altura, é da autoria de mestre Domingos Costa (discípulo de Silva Porto) e retrata músicos, o drama e a comédia.
A tela da cúpula da autoria de Benvindo Ceia (1915), retrata uma dança de ninfas libidinosas, é circundada pela duração de um dia, do nascer do sol ao entardecer, em circuito aberto.
CASA DE ÍNFIAS
A Casa de Ínfias ou Solar de Ínfias ou Casa de Vale de Flores é uma casa, localizada na freguesia de São Vicente, concelho de Braga, Portugal.
A Casa de Ínfias foi edificada no último quartel do século XVII por João Borges Pereira Pacheco, fidalgo da Casa Real e Cavaleiro da Ordem de Cristo.
O solar, disposto segundo planimetria em U de inspiração francesa, é considerado o exemplo da casa nobre seiscentista, quer pela regularidade da planta quer pela sobriedade das fachadas.
A planta da casa é fechada pela disposição do portão nobre, que através do muro onde se insere, une as alas laterais, ficando desta forma o edifício inserido num grande rectângulo que comporta ao centro um pátio. Tal como era habitual na época, os andares da casa estavam divididos segundo as suas funções específicas. O piso térreo albergava as divisões destinadas aos serviços da casa, o andar nobre acolhia o espaço habitacional.
A capela privada tem um papel preponderante no conjunto. Dedicada a Nossa Senhora do Pilar, esta capela era pertença do Bispo de Elvas D. Alexandre da Silva Botelho, passando para a posse da irmã D. Natália da Silva após a sua morte, que mais tarde deixou o templo à Irmandade de Santa Cruz.
João Borges Pereira Pacheco adquiriu a capela à irmandade cerca de 1687, época em que a casa estava em construção, colocando uma inscrição evocativa do seu padroado sobre a porta do templo. Situada numa das alas laterais, a capela foi integrada no conjunto da casa de forma harmoniosa, não perturbando a simetria do edifício.
Foi classificada como Imóvel de Interesse Público em 1977.
Actualmente, e por linha directa, a casa é propriedade de Nuno Augusto Alcoforado de Faria Roby, 5º conde de Vila Pouca.
SÉ DE BRAGA
A Sé de Braga, localiza-se na freguesia da Sé, na cidade de Braga, em Portugal. O seu altar é dedicado à Virgem Maria. Sede do Bispado fundado por São Tiago Maior (segundo a tradição), que aqui deixou como primeiro bispo o seu discípulo São Pedro de Rates. Por causa desta origem apostólica é considerada Sacrossanta Basílica Pimacial da Península Ibérica.E o seu Arcebispo, Primaz das Espanhas.Possui uma liturgia própria,a liturgia bracarense.
Assenta sobre as bases de um antigo mercado ou templo romano dedicado a Ísis (como atesta uma pedra votiva na parede leste), e muros de uma posterior basílica paleocristã.
Considerada como um centro de irradiação episcopal e um dos mais importantes templos do românico português, a sua história melhor documentada, remonta à obra do primeiro bispo, D. Pedro de Braga, correspondendo à restauração da Sé episcopal em 1070, de que se conservam poucos vestígios.
Nesta catedral encontram-se os túmulos de Henrique de Borgonha e sua mulher, Teresa de Leão, os condes do Condado Portucalense, pais do rei D. Afonso Henriques.
Nas dependências da antiga casa do Cabido, mandada construir no início do século XVIII, pelo Arcebispo D. Rodrigo de Moura Teles encontra-se o Tesouro Museu da Sé Catedral. Já no século XX, foi colocado junto aos claustros o túmulo da taumaturga, religiosa e estigmatizada, Irmã Maria Estrela Divina, centro de grande devoção popular.
História
Em 1128 foi iniciado um edifício de cinco capelas na cabeceira, por iniciativa de D. Paio Mendes, parcialmente destruído pelo terramoto de 1135. Respeitando os cânones arquitectónicos dos Beneditinos clunicenses, os trabalhos foram dirigidos por Nuno Paio.
Mais antigos serão os absidíolos, hoje no exterior norte, e talvez alguns elementos do transepto. Em 1268 as obras ainda não estavam concluídas. O edifício continuou a ser modificado com algumas intervenções artísticas, sendo particularmente significativa a galilé, mandada construir, na fachada, por D. Jorge da Costa nos primeiros anos do século XVI e que viria a ser concluída por D. Diogo de Sousa.
Este último mandou fazer as grades que agora a fecham, tendo ainda alterado o pórtico principal, (destruindo duas das suas arquivoltas) e mandado executar a abside e a capela-mor, obra de João de Castilho datada do início do século XVI.
Em 1688 destacam-se as obras do arcebispo D. Rodrigo de Moura Teles, que modificou toda a frontaria ao gosto barroco, mandando executar também o zimbório que ilumina o cruzeiro.
PAÇOS DO CONCELHO
Os Paços do Concelho de Braga, sede da Câmara Municipal de Braga, ficam situados na Praça do Município daquela cidade.
Os actuais Paços do Concelho, que vieram substituir uns anteriores, renascentistas, foram mandados construir, por proposta do Arcebispo de Braga D. José de Bragança, (irmão de D. João V).
O edifício, considerado por alguns especialistas como um dos mais notáveis exemplares da arquitectura Barroca da Península Ibérica, foi construído no local da antiga praça de touros. O projecto foi da autoria do arquitecto André Soares, sendo a sua única obra devidamente documentada na cidade de Braga. Apesar da sua construção se ter iniciado em 1753, só foi completamente terminado em 1865.
SANTUÁRIO DO BOM JESUS DO MONTE
O Santuário do Bom Jesus do Monte, também referido como Santuário do Bom Jesus de Braga, localiza-se na freguesia de Tenões, na cidade, concelho e distrito de Braga, em Portugal.
Este santuário católico constitui-se num conjunto arquitetónico-paisagístico integrado por uma igreja, um escadório onde se desenvolve a Via Sacra do Bom Jesus, uma área de mata (Parque do Bom Jesus), alguns hotéis e um funicular (Elevador do Bom Jesus).
A sua peculiar disposição serviu de inspiração para outras construções, como por exemplo o Santuário de Nossa Senhora dos Remédios em Lamego, e o Santuário do Bom Jesus de Matosinhos na cidade de Congonhas, em Minas Gerais, no Brasil.
História
Acredita-se que a primitiva ocupação deste sítio remonte ao início do século XIV, quando alguém terá erguido uma cruz no alto do monte Espinho. No ano de 1373 já é mencionada uma ermida no local, sob a invocação da Santa Cruz. Esta ermida terá estado anexa à paróquia de Tenões.
Local de devoção e peregrinação das gentes da região de Braga, em 1494 foi erguida uma segunda ermida, por iniciativa do então Arcebispo de Braga, D. Jorge da Costa, conforme atestam as armas desse prelado, encontradas durante as obras empreendidas em 1839.
Uma terceira ermida foi erguida em 1522 por iniciativa do deão da Sé de Braga, D. João da Guarda, período em que se registou um aumento da devoção no local.
IGREJA DO BOM JESUS |
Em 1629 um grupo de devotos constituiu a Confraria do Bom Jesus do Monte, sendo edificada uma capela onde foi colocada uma imagem de Cristo Crucificado, além de casas para abrigo dos romeiros, e as primeiras capelas dos Passos da Paixão, sob a forma de pequenos nichos, dedicados aos episódios da descida da Cruz, da deposição no túmulo, da Ressurreição e da Ascensão. Foi nomeado o primeiro ermitão, Pedro do Rosário.
A partir de 1722, o então Arcebispo de Braga, D. Rodrigo de Moura Teles, concebeu e iniciou um grande projeto que desembocaria no atual Santuário.
A Igreja do Bom Jesus
Este templo foi projetado pelo arquiteto Carlos Amarante, por encomenda do então Arcebispo de Braga, D. Gaspar de Bragança, para substituir a anterior, erguida por D. Rodrigo de Moura Teles. As suas obras iniciaram-se a 1 de junho de 1784, tendo ficado concluídas em 1811.
ESCADÓRIO DO PÓRTICO |
O adro, também projetado por Amarante, apresenta oito estátuas que representam personagens que intervieram na condenação, paixão e morte de Cristo.
A igreja apresenta planta na forma de uma cruz latina, constituindo-se em um dos primeiros edifícios em estilo neoclássico no país. A sua fachada é ladeada por duas torres, encimada por um frontão triangular.
Cultura
Artesanato
O artesanato bracarense há muito que ultrapassou as fronteiras do país. Na música, os cavaquinhos, violas, guitarras (nomeadamente a Viola Braguesa). É interessante notar que será este instrumento a dar origem ao famoso ukelele ao ser levado por emigrantes portugueses para o Hawai. Na Arte Sacra as representações bíblicas e a Vela Votiva de Braga são os ex-libris.
Embora estes quatro sejam famosos, o artesanato Bracarense é mais diversificado, os artigos de linho (panos, colchas, cortinados…), os bordados, a cestaria, miniaturas em madeira, farricocos [(também em cêra)], bijuteria, ferro forjado (sinos, miniaturas, material para agricultura…), as louças típicas de Braga coloridas e de forma atractiva, entre outros, são artigos tradicionais que facilmente se encontram nas ruas, ruelas ou nas zonas rurais nas imediações.
Gastronomia
Braga, como o resto do Minho tem uma gastronomia riquíssima. O bacalhau assume-se como o prato de peixe favorito, a cidade é famosa pelas suas inúmeras receitas de bacalhau (bacalhau à Narcisa, bacalhau à Minhota (Braga), bacalhau à moda de Braga…).
CALDO VERDE |
O arroz de Pato, as papas de sarrabulho com rojões, a tripa enfarinhada, os farinhotes, os enchidos de sangue, o cabrito à moda de Braga, as frigideiras do Cantinho ou as da Sé, os rojões à moda do Minho, o frango "pica no chão", o vinho verde, o Pudim Abade de Priscos, o toucinho do céu, o bolo rei escangalhado, fidalguinhos, pederneiras, suplícios, paciências, entre muitos outros, fazem de Braga uma cidade de sabores.
Tradições e Festividades
Festa de São João em Braga[ — Os primeiros registos do S. João de Braga datam de 1515, data que pela primeira vez a Câmara Municipal assume a sua realização, mas que agregam muitos elementos comprovadamente mais antigos, como por exemplo a Procissão dos Santos do Mês de Junho, onde tradicionalmente aparece o carro com a Dança do Rei David, que apesar do nome, é de inspiração moçárabe. De salientar também, a presença de "lavradeiras" ostentando as Velas Votivas de Braga (cumprindo a tradição de a oferecer ao São João pela graça concedida). Estas festas repetem-se anualmente no mês de Junho.
Semana Santa — Páscoa— Durante toda essa semana os altares das Igrejas, cada um invocando uma cena da Paixão de Cristo, encontram-se decorados com flores e velas. Esta semana atrai muitos turistas à cidade. Os visitantes procuram essencialmente as grandes procissões nocturnas que se caracterizam pelas centenas de figurantes. Na quarta-feira realiza-se a tradicional Procissão da burrinha, na quinta-feira a procissão de Ecce Homo e, na Sexta-feira Santa, a solene Procissão Teofórica do Enterro do Senhor.
Em todas elas se recriam quadros da história religiosa. No sábado à noite, é habitual uma sessão de fogo-de-artifício, onde rebenta uma figura de homem, simbolizando o suicida Judas, que traíra Jesus. Após a Vigília Pascal da madrugada de Domingo de Páscoa, conjuntos de pessoas saem de todas as igrejas da cidade para anunciarem a todas as casas a Ressurreição de Jesus, dando uma Cruz especialmente decorada a beijar aos residentes.
Em todas elas se recriam quadros da história religiosa. No sábado à noite, é habitual uma sessão de fogo-de-artifício, onde rebenta uma figura de homem, simbolizando o suicida Judas, que traíra Jesus. Após a Vigília Pascal da madrugada de Domingo de Páscoa, conjuntos de pessoas saem de todas as igrejas da cidade para anunciarem a todas as casas a Ressurreição de Jesus, dando uma Cruz especialmente decorada a beijar aos residentes.
Braga Romana — Reviver o Passado em Bracara Augusta. Braga regressa há 2000 anos, época em que integrava o Império Romano, evocando o seu quotidiano como cidade-capital da província da Gallaecia. Nestas festividades, que decorrem anualmente no início do mês de Junho, é recriado um mercado romano que é palco de artes circenses, representações dramáticas, simulações bélicas, personificações mitológicas, malabarismos, interpretações musicais e bailados da época de Bracara Augusta. Esta viagem no tempo inclui ainda a organização de uma escola romana, uma área de animação infantil e a tradicional recepção ao imperador Augusto, em que se procede à leitura do édito fundador e à nomeação do administrador da cidade. No dia da abertura dá-se o grandioso Cortejo Romano pelas ruas do centro histórico da cidade.
Festas Académicas do Enterro da Gata — A primeira referência na imprensa relativamente ao "Enterro da Gata" reenvia-nos ao distante ano de 1889 e vem publicada no jornal "Aurora do Minho" com o título pomposo de "Enterro Xistoso". Lá se conta como um grupo de estudantes "para festejar o fim do ano e enterrar a gata" fizeram um "enterro xistoso e novo na espécie". A academia bracarense era então representada pelos estudantes do Liceu Nacional (hoje Escola Secundária Sá de Miranda), que estava sediado no Convento dos Congregados. O primeiro interregno nas festividades aconteceu entre 1934/35 e 1959. Salazar usaria a mordaça para calar a irreverência aos minhotos. O luto decretado por Coimbra após as manifestações de 1969 levaria a segunda interrupção entre 1970 e 1989. No estudo solicitado em 1989 pela Associação Académica da Universidade do Minho ao director da Biblioteca Pública de Braga, Dr. Henrique Barreto Nunes, concluiu-se que o 1º Enterro da Gata se havia realizado em Maio de 1889. Assim, e passados exactamente 100 anos sobre o seu nascimento, era retomada a tradição, agora nas mãos dos estudantes da jovem Universidade do Minho. A "gata" representa o indesejado insucesso escolar. É feito um velório em que a "Gata" é transportada pelas artérias da cidade seguida por um séquito que não pára de chorar a "finada". As festas têm a duração de uma semana e realizam-se todos os anos no início do mês de Maio.
Festas Académicas do 1.º de Dezembro — Reza a História que os Estudantes da Cidade de Braga no ano de 1640, com o intuito de comemorar a restauração da independência, saíram à rua. No meio da folia, estes jovens assaltaram galinheiros e celebraram o acontecimento bebendo e comendo um prato típico chamado "Frango Pica No Chão". A tradição do jantar do 1.º de Dezembro é ainda seguida pelos estudantes da cidade, juntamente com uma Récita que conta com a participação dos Grupos Culturais da Universidade do Minho.
Procissão dos Passos — realiza-se em: Real (terceiro Domingo antes da Páscoa), Celeirós (segundo Domingo antes da Páscoa), Cabreiros (terceiro Domingo de Quaresma) e Braga (Domingo de Ramos).
Peregrinações ao Sameiro — Realizam-se no primeiro Domingo de Junho, último Domingo de Agosto e 8 de Dezembro.
Procissão do Corpo de Deus — A primeira "manifestação" pública, foi proposta aos Católicos como uma forma de afirmarem publicamente a sua crença no Santíssimo Sacramento da Eucaristia, isto é, que o pão e vinho se transubstanciavam efectivamente no Corpo e Sangue de Cristo. É, por isso, uma procissão diferente das restantes: aqui não há quadros explicativos da história religiosa, apenas a expressão do culto ao Santíssimo Sacramento, transportado pelo Arcebispo. Foi nesta procissão em Braga que, em 1923, pela primeira vez se mostraram ao público os Escuteiros do Corpo Nacional de Escutas, pelo que é tradicional que nesta procissão apenas os Escuteiros constituam corpo participativo, ao invés de apenas contribuírem para a sua organização como na Semana Santa.
Festa em Honra do Divino Espírito Santo - Uma das festas mais antigas da cidade de Braga, realizada na freguesia de Nogueira.
Festa em Honra do Divino Espírito Santo - Uma das festas mais antigas da cidade de Braga, realizada na freguesia de Nogueira.
Peregrinação à Sra. da Cabeça — Mire de Tibães (segundo Domingo de Julho)
Romaria de Santa Marta — Realiza-se nos Montes da Falperra e Santa Marta, dia vinte e nove de Julho.
Festas dos Patronos — Por toda a cidade, cada paróquia celebra a festa do seu patrono. São particularmente conhecidas as de São Vicente e da 'Cónega' (nome dado à zona ao fundo do Campo da Vinha e Rua da Boavista)
Dia da Cidade — Celebra-se no dia de São Geraldo, padroeiro da cidade de Braga, a 5 de Dezembro. É uma celebração de cariz oficial, com sessão solene e entrega de medalhas da cidade, não havendo festa popular. De salientar ainda a especial decoração da Capela de São Geraldo na Sé Catedral, que neste dia é enfeitada com fruta.
IN "WIKIPÉDIA"
JARDINS
Jardim do Bom Jesus do Monte
O Jardim do Bom Jesus, (V.)* encontra-se um local que é um dos seus expoentes máximos no que concerne a beleza e envolvência espiritual.
Ao travessa-lo, entra-se num espaço místico, com as escadarias envolvidas por árvores centenárias que conduzem o caminhante a capelas que exprimem a paixão de Cristo. São paragens obrigatórias, quer para o devoto quer para o turista.
Num patamar médio, encontra-se o primeiro miradouro, do qual se avista a cidade de Braga e paisagem envolvente. A partir daí, as escadarias já não ziguezagueiam por entre o bosque frondoso e o espaço torna-se aberto. Ao cimo está a igreja do Bom Jesus, imponente, convidando o caminhante a alcançá-la.
O Jardim de Santa Bárbara, (V.)* é um jardim público da cidade de Braga, junto à ala Medieval do Paço Episcopal Bracarense.
No centro do jardim há uma fonte encimada pela estátua de Santa Bárbara, daí o nome do jardim.
ROTEIROS (disponíveis em várias línguas no site do município)
- Roteiro Barroco
- Roteiro Romano
- Roteiro Medieval
IN "SITE DO MUNICÍPIO"
.
Sem comentários:
Enviar um comentário