28/11/2009

AL-QAEDA III

Actividades do grupo

Incidentes atribuidos à Al-Qaeda

Nota: A Al-Qaeda não se responsabiliza pela maioria das ações descritas abaixo, o que resulta em ambigüidade sobre quantos atentados o grupo realmente cometeu. Após a declaração dos Estados Unidos da Guerra contra o Terrorismo em 2001, o governo norte-americano tem lutado para enfatizar qualquer conexão entre outros grupos terroristas à Al-Qaeda. Alguns preferem chamar as ações de "Al-Qaedistas", ou seja, que não devem ter sido diretamente planejadas pela Al-Qaeda como um quartel militar, mas que foram inspiradas pelos seus pilares e suas estratégias.

Mapa dos ataques mundiais atribuídos à Al-Qaeda

O primeiro atentado militante que a Al-Qaeda alegadamente realizou, consistiu-se de três bombas em hotéis onde tropas americanas estavam hospedadas em Aden, Yemen, em 29 de dezembro de 1992. Dois turistas, um do Yemen e outro da Áustria morreram neste atentado.

Há protestos aclamados de que as operações da Al-Qaeda foram responsáveis pelo abatimento de um helicóptero norte-americano e na morte de norte-americanos em serviço na Somália em 1993. (ver Batalha de Mogadishu).

Ramzi Yousef, que estava envolvido no atentado de 1993 ao World Trade Center (apesar de provavelmente não ser um membro da Al-Qaeda naquela época) e Khalid Sheik Mohammed planejaram a Operação Bojinka, que visava destruir aeronaves em vôo no meio do oceano pacífico usando explosivos. Um incêndio em um apartamento em Manila, Filipinas revelou o plano antes que ele pudesse ser implementado. Youssef foi preso, mas Mohammed escapou à captura até 2003.

A Al-Qaeda é frequentemente citada como suspeita de haver cometido dois atentados na Arábia Saudita em 1995 e 1996: as bombas colocadas em acampamentos norte-americanos em Riyadh em Novembro de 1995, que mataram duas pessoas da Índia e cinco norte-americanos, e outro em junho de 1996 atentado às Torres Khobar, que mataram pessoal militar americano em Dhahran, Arábia Saudita. Entretanto, estes atentados são também frequentemente atribuídos ao Hizbullah.

Acredita-se que a Al-Qaeda conduziu o Atentado à Embaixadas Norte Americanas de 1998 em agosto de 1998 em Nairobi, Kenia, e em Dar es Salaam, Tanzânia, matando mais de duzentas pessoas e ferindo mais de cinco mil outras.

Entre dezembro de 1999 até 2000, a Al-Qaeda fez os Planos de Atentados do Milênio 2000 contra os Estados Unidos e turistas israelenses que visitavam a Jordânia para as comemorações do milênio; entretanto, as autoridades jordanianas impediram os atentados planejados e levaram 28 suspeitos à julgamento. Parte desta trama incluiu bombas planejadas ao Aeroporto Internacional de Los Angeles em Los Angeles, Califórnia. Estes planos fracassaram quando o homem-bomba Ahmed Ressam foi pego na fronteira dos Estados Unidos com o Canadá com explosivos no porta-mala de seu carro. A Al-Qaeda também planejou atacar os USS Sullivans (DDG-68) em 31 de janeiro de 2000, mas os esforços não foram bem sucedidos devido ao peso excessivo que colocado no pequeno barco que iria bombardear o navio.

Apesar do revés com o USS Sullivans, a Al-Qaeda teve sucesso em explodir uma esquadra americana em outubro de 2000 com o bombardeiro USS Cole. A polícia alemã frustrou o esquema de destruir a catedral de Notre-Dame de Strasbourg em Strasbourg, França, em dezembro de 2000. (ver A trama para explodir a Catedral de Strasbourg).

O ato mais destrutivo atribuído à Al-Qaeda foi uma série de atentados aos Estados Unidos, os ataques de 11 de Setembro de 2001.

Vários atentados e tentativas de atentados desde 11 de setembro de 2001 foram atribuídos à Al-Qaeda. O primeiro foi o esquema para atacar a Embaixada de Paris, que foi descoberto. O segundo diz respeito a uma tentativa de atentado de um homem com um calçado bomba, Richard Reid, que se auto proclamou um seguidor de Osama bin Laden e quase destruiu o vôo 63 da American Airlines.

Outros atentados atribuídos à Al-Qaeda e seus afiliados incluem:

A Al-Qaeda tem ligações fortes com várias outras organizações militantes, incluindo o grupo extremista indonésio Jemaah Islamiyah. Este grupo foi o responsável pelo atentado de Bali em outubro de 2002 e aos atentados de 2005 em Bali.

Apesar de não haver atentados identificados da Al-Qaeda dentro do território dos Estados Unidos desde os atentados de 11 de setembro de 2001, vários atentados da Al-Qaeda no Oriente Médio, Extremo Oriente, África e Europa causaram casualidades e tumultos extensivos. Na conclusão de vários atentados a trens urbanos de Madrid em 11 de março de 2004, um jornal de Londres relatou ter recebido um e-mail de um grupo afiliado à Al-Qaeda, assumindo a responsabilidade e um vídeo assumindo a responsabilidade também foi achado. O senso de oportunidade dos atentados com as eleições espanholas, e também a falta de provas da real identidade dos criminosos levou à dúvidas a respeito da teoria da Al-Qaeda por trás destes atentados.

Também se acredita que a Al-Qaeda esteja envolvida nas explosões de 7 de julho de 2005 em Londres, uma série de atentados no trânsito urbano em Londres que mataram 56 pessoas (ver Mohammad Sidique Khan). Um grupo previamente desconhecido denominado "A Organização Secreta da Al-Qaeda na Europa" fez uma declaração se responsabilizando. Entretanto, a autenticidade desta declaração e a ligação do grupo com a Al-Qaeda não foi identificada de maneira independente. Os suspeitos criminosos não estão definitivamente ligados à Al-Qaeda, apesar do conteúdo de um vídeo feito por um dos homens bomba Mohammad Sidique Khan antes de sua morte e em seguida enviado à Al Jazeera que dão fortes credenciais à conexão com a Al-Qaeda. Um grupo aparentemente desconecto conseguiu refazer este atentado mais tarde naquele mês, mas suas bombas falharam em detonar.

Suspeita-se que a Al-Qaeda esteja envolvida com os atentados de Sharm el-Sheikh em 2005 no Egito. Em 23 de julho de 2005, uma série de carros bombas mataram cerca de 90 pessoas e feriram mais de 150. O atentado foi a ação terrorista mais violenta na história do Egito.

Suspeita-se também que a Al-Qaeda seja responsável pelos três atentados simultâneos em 9 de novembro de 2005 em Amman, Jordânia que ocorreram em hotéis norte-americanos. As explosões mataram pelo menos 57 e feriram 120 pessoas. A maioria dos feridos e mortos estavam em uma festa de casamento no Hotel Radisson.

Atividades na Internet

No início de sua retirada do Afeganistão, a Al-Qaeda e seus sucessores devem ter migrado em fila para escapar da detenção em uma atmosfera de vigilância internacional crescente. Como resultado, o uso da Internet pela organização ficou mais sofisticado, abrangendo financiamento, recrutamento, contatos, mobilização, publicidade, tanto quanto disseminação da informação, união e compartilhamento. Mais que qualquer outra organização terrorista, a Al-Qaeda elegeu a Web para estes propósitos. Por exemplo, Abu Musab al-Zarqawi do movimento da Al-Qaeda no Iraque regularmente solta vídeos curtos glorificando as atividades dos homens bomba suicidas do jihadist. A crescente variedade de conteúdos multimédia inclui clipes de treinamento terrorista, fotografias de vítimas que logo serão assassinadas, testemunhos de homens bomba suicidas e vídeos épicos com altos valores de produção que romanceiam a participação no jihad através de retratos estilizados de mesquitas e emocionantes partituras musicais. Uma página da internet associada à Al-Qaeda, por exemplo, mostrava um vídeo de um homem chamado Nick Berg sendo decapitado no Iraque. Outros vídeos e fotos de decapitação, incluindo aqueles do seqüestro de Paul Johnson, Kim Sun-il, e Daniel Pearl, foram colocados primeiro em páginas jihadist.

Com o surgimento dos terroristas “com raízes locais e inspirados globalmente”, especialistas em contra-terrorismo estão sempre estudando como a Al-Qaeda está usando a Internet – através de websites, salas de discussão, fóruns de discussão, mensagens instantâneas, e tudo mais – para inspirar uma rede mundial de apoio. Os homens bomba de 7 de julho de 2005, alguns dos quais estavam bem integrados em suas comunidades locais, são um exemplo de terroristas “globalmente inspirados” e eles usaram noticiadamente a Internet para planejar e coordenar, mas o papel preciso da Internet no processo de radicalização não é completamente compreendido. Um grupo chamado a Organização Secreta da Al-Qaeda na Europa reivindicou a responsabilidade destes atentados Londrinos em uma página militante islamista – outro uso popular da Internet por terroristas buscando publicidade.

A oportunidade de publicidade oferecida pela Internet tem sido particularmente explorada pela Al-Qaeda. Em dezembro de 2004, por exemplo, bin Laden lançou uma mensagem de áudio diretamente em uma página, ao invés de mandar uma cópia para a al Jazeera como ele havia feito no passado. Alguns analistas especularam que ele fez isto para ter certeza que o vídeo estaria disponível sem edição, sem medo que sua crítica da Arábia Saudita — que era muito mais veemente que o usual em seu discurso, pois durou mais de uma hora — pudesse ser editada pelos editores da al Jazeera preocupados em ofender os emotiva família real Saudita.

No passado, a Alneda.com e a Jehad.net eram talvez os sites mais significantes da Al-Qaeda websites. Alneda foi inicialmente desmontada por americanos, mas os operadores resistiram mudando o site para vários servidores e mudando estrategicamente seu conteúdo. Os EUA estão atualmente tentando extraditar um especialista em IT, Babar Ahmad, do Reino Unido, que é o criador de vários websites de língua inglesa da Al-Qaeda tais como Azzam.com[8][9]. Várias organizações muçulmanas inglesas, tais como a Associação Muçulmana da Bretanha, se opoem à extradiçao de Ahmad's.

Finalmente, em uma apresentação para analistas de terrorismo dos EUA em meados de 2005, Dennis Pluchinsky chamou o movimento jihadist de “Web-direcionado,” e o ex diretor da CIA, John E. McLaughlin também disse que ele é agora primariamente direcionado pela “ideologia e pela Internet.”

Atividades financeiras

As atividades financeiras da Al-Qaeda tem sido a maior preocupação do governo dos EUA após os atentados de 11 de setembro de 2001, que levaram por exemplo à descoberta da evasão de taxas do ex ditador Chileno Augusto Pinochet, pela qual sua esposa Lucía Hiriart de Pinochet, foi presa em janeiro de 2006. Também, foi descoberto pelo repórter investigativo Denis Robert que fundos de Osama Bin Laden no Banco Internacional do Bahrain transitaram através de contas ilegais e não publicadas de "casa limpa" Clearstream, que foram qualificadas como um "banco dos bancos".

wikipédia

Sem comentários: