.
HOJE NO
"DINHEIRO VIVO"
Mais de um terço dos portugueses deixaria ser vigiado nas redes sociais
Apenas 19% dos portugueses que participaram no estudo ouviram falar em sistemas de qualificação social.
Mais de 30% dos portugueses permitiriam que
o Governo monitorizasse a sua actividade nas redes sociais por questões
de segurança e metade dos consumidores nacionais partilharia informação
privada sensível para aceder a oportunidades de emprego.
.
.
A conclusão é do estudo ‘Social credits and
Security: embracing the world of ratings‘ da empresa de cibersegurança
Kaspersky, que concluiu ainda que 51% dos internautas a nível global
concordam que o Governo os vigie nas redes.
.
Segundo o estudo, que “avaliou a percepção das pessoas sobre sistemas de hierarquização – ‘crédito social’ –, os utilizadores estão dispostos a partilhar os seus dados pessoais e concordam que o Governo supervisione a sua actividade nas redes sociais por razões de segurança”, refere a Kaspersky num comunicado divulgado esta sexta-feira.
.
.
Segundo o estudo, que “avaliou a percepção das pessoas sobre sistemas de hierarquização – ‘crédito social’ –, os utilizadores estão dispostos a partilhar os seus dados pessoais e concordam que o Governo supervisione a sua actividade nas redes sociais por razões de segurança”, refere a Kaspersky num comunicado divulgado esta sexta-feira.
.
“Assim o afirmaram 31% dos portugueses que foram inquiridos pela
Kaspersky e 51% dos utilizadores, a nível global”, adianta.
.
.
O estudo demonstra que 52% dos inquiridos portugueses partilharia
informação privada sensível para aceder a oportunidades de emprego,
“melhores tarifários e descontos (36%) ou serviços especiais (35%)”.
.
.
“Os utilizadores portugueses mostraram-se também disponíveis para
revelar dados dos perfis das suas redes sociais para vários aspetos da
vida quotidiana”, diz a Kaspersky.
.
.
O estudo aborda os sistemas de pontuação social ou ratings sociais que
assentam “em algoritmos automatizados baseados no comportamento dos
utilizadores e na sua influência na Internet”.
“Inicialmente, estes algoritmos de avaliação foram introduzidos por
instituições financeiras e de comércio electrónico. Hoje em dia, são
sistemas que se aplicam a muitas outras esferas e setores – governos e
organizações podem ser capazes de avaliar quem tem direito a uma ampla
gama de serviços com base nestas pontuações”, explica a Kaspersky.
.
.
Segundo o estudo, “apenas 19% dos portugueses que participaram nesta
investigação tinham ouvido falar em sistemas de qualificação social, uma
percentagem bastante inferior à média mundial de 46%”, e 36% dos
consumidores portugueses têm problemas em compreender como funciona um
sistema de pontuação social.
.
.
O estudo sublinha que, “embora os ratings sociais já estejam a ser
utilizados e sejam cada vez mais conhecidos, não existe ainda consenso
acerca do seu funcionamento e eficácia”.
.
.
Com o surto do novo coronavírus que origina a doença Covid-19, têm vindo
a ser implementados sistemas automatizados para controlar o movimento
das pessoas, o que pode colocar questões sobre o direito à privacidade, à
liberdade de movimentos dos cidadãos e proteção de dados.
.
.
O Partido Comunista Chinês está a desenvolver um sistema de crédito
social com o alegado propósito de levar os cidadãos e empresas a
cumprirem a lei na China, país que vive sob um regime que censura e
reprime a liberdade de expressão. Com base na sua reputação, os cidadãos
e empresas serão premiados ou castigados, conseguindo ou não ter acesso
a determinados serviços e direitos.
.
.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário