HOJE NO
"OBSERVADOR"
Estado de calamidade nas 19 freguesias de Lisboa prolongado por mais 15 dias
O número de infetados por 100 mil habitantes na Área Metropolitana de Lisboa mantém-se alto, mas menor que no início de julho. Decisão será reavaliada dentro de 15 dias. Restrições continuarão até lá.
Serão, pelo menos, mais 15 dias de restrições apertadas na Área
Metropolitana de Lisboa (AML) — em relação ao que vigora no resto do
país — e, ainda mais, em 19 das freguesias onde foram identificados
níveis de transmissão da Covid-19 elevados e onde foi necessário aplicar
medidas de restrição maiores. O anúncio, que já tinha sido antecipado pelo primeiro-ministro,
foi feito pela ministra de Estado e da Presidência Mariana Vieira da
Silva, depois de uma reunião do Governo com os autarcas dos cinco
concelhos onde se localizam as 19 freguesias mais afetadas: Lisboa,
Sintra, Loures, Amadora e Odivelas (todos no distrito de Lisboa).
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COVID FASHION? |
Uma reunião conjunta que demorou mais de duras horas e teve também a
participação da ministra da Saúde, Marta Temido, do Ministro da
Administração Interna, da Ministra do Trabalho, Solidariedade e
Segurança Social e do Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares,
na qualidade de Coordenador da Região de Lisboa e Vale do Tejo. Ficou
decidido estender o prazo do estado de Calamidade nas 19 freguesias, o
estado de Contingência em toda a restante Área Metropolitana de Lisboa e
o estado de Alerta na generalidade do país. A
diretora-Geral da Saúde já tinha dito esta segunda-feira que o número
de casos por 100 mil habitantes tinha reduzido nos últimos 15 dias, mas a diferença não é suficiente para que os níveis de alerta fossem alterados.
A taxa de incidência é menor que há 15 dias. Tendo novos casos, por cada 100 mil habitantes surgem hoje menos novos casos que há 15 dias. Assumir que temos de continuar e não temos condições para atenuar a situação nestas freguesias. Aquilo que vemos é uma situação decrescente que precisa de ser consolidada”, disse a ministra
Mariana
Vieira da Silva frisou que a situação “carece de um forte
acompanhamento” e não permite ao Governo e autarcas estarem “totalmente
descansados”: o número de casos desceu de 154 para 121 por cada 100 mil
habitantes nos concelhos de Lisboa, Sintra, Loures, Amadora e Odivelas
segundo a ministra que acrescentou ainda que as 18 equipas
multidisciplinares constituídas na AML puderam nos últimos 15 dias
contactar “3.100 pessoas, infetadas ou que contactaram com infetados”.
Assim, nas 19 freguesias continuará a ser proibida a venda de álcool nas
estações de serviço e nos estantes estabelecimentos após as 20 horas; o
encerramento da generalidade dos estabelecimentos às 20 horas e as
limitações nos ajuntamentos. Nas 19 freguesias em estado de calamidade
manter-se-á a limitação de ajuntamentos de cinco pessoas, na Área
Metropolitana de Lisboa de 10 pessoas e no restante território do país a
20 pessoas, um prolongamento daquilo que está em vigor desde o dia 1 de julho.
Na lista das zonas com maiores restrições vão manter-se todas as
freguesias dos concelhos da Amadora e Odivelas; as freguesias de
Queluz-Belas, Massamá-Monte Abrãao, Agualva- Mira-Sintra, Algueirão-
Mem-Martins, Rio de Mouro e Cacém-São Marcos, no concelho de Sintra e,
em Loures, as freguesias de Camarate, Unhos, Apelaão e Sacavém-Prior
Velho; o concelho de Lisboa mantém apenas a freguesia de Santa Clara no
mapa das zonas em Portugal com maiores restrições.
* Deixemo-nos de hipocrisias senhora ministra. A responsabilidade deste aumento infeccioso na região de Lisboa é de todas as autoridades que obrigatoriamente confinaram 74 cidadãos em cada 10 metros quadrados de habitabilidade, este é o primeiro e verdadeiro problema. Diga-nos senhora ministra, quantos metros quadrados tem o seu quarto?
A grande calamidade foi sempre a hipocrisia governativa.
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