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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
02/02/2017
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HOJE NO
"DESTAK"
Solução para problemas de sono pode
.estar em passar mais tempo ao ar livre
A solução para os problemas de sono pode estar em passar mais tempo ao ar livre, ao sol, segundo um estudo publicado hoje na revista Current Biology.
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NÃO DORME |
A investigação, conduzida pela Universidade de Colorado Boulder, nos Estados Unidos, concluiu que poucos dias no campo, por exemplo numa atividade de campismo, bastam para as pessoas irem para a cama mais cedo, quer no verão, quer no inverno.
Para um dos autores do estudo, Kenneth Wright, o dia-a-dia tal como hoje é vivido "contribui para um ritmo circadiano tardio, independentemente da estação", que pode resultar, após uma noite mal dormida, em sonolência e, consequentemente, em acidentes de viação, reduzida produtividade no trabalho e na escola, abuso de drogas, oscilações de humor e doenças como a diabetes e a obesidade.
* Nada melhor que o quotidiano do Presidente português para contrariar esta teoria, dorme poucas horas, é inteligente como poucos, malabarista das palavras, afectuoso e apesar de ser hipocondríaco goza de boa saúde.
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HOJE NO
"i"
"i"
A vida no IPO de Lisboa
em cadernos de desenhos
‘Urban Sketchers’ passaram duas semanas no Instituto
Português de Oncologia para capturar o quotidiano. Mostra de desenhos
arranca este sábado e assinala o Dia Mundial de Luta Contra o Cancro.
Leilão vai ajudar Unidade de Transplante de Medula
A exposição chama-se “a condição humana” e quer retratar isso mesmo: a
vida normal, alegre e triste, dos doentes, dos familiares e de quem
trabalha no IPO de Lisboa.
Em janeiro do ano passado, membros do movimento Urban Sketchers
Portugal passaram duas semanas no Instituto Português de Oncologia a
registar o dia-a-dia, as pessoas e os lugares tantas vezes ensombrados
de más memórias, mas onde também há boas notícias.
É o resultado desse trabalho que dá corpo à mostra, que inaugura este
sábado – assinalando o Dia Mundial de Luta Contra o Cancro – e que
estará patente até 18 de março.
A marcar a abertura ao público, mas também a data, haverá um leilão de alguns desenhos pelas 17h30.
A base de licitação de 59 trabalhos originais, oferecidos pelos
autores ao IPO de Lisboa, varia entre os 20€ e os 140€ e o dinheiro
angariado vai ajudar a financiar as obras previstas para este ano na
Unidade de Transplante de Medula, que passará de sete para 12 quartos.
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A UTM, como é chamada esta unidade onde os doentes têm de permanecer
isolados no período do transplante, assinala em 2017 os 30 anos.
Nas próximas semanas estarão expostos mais de 68 desenhos de 34
autores no IPO de Lisboa. A mostra pode ser vista no corredor do 3º piso
do Pavilhão Central do IPO e abre ao público às 10h00 do dia 4 de
fevereiro.
A exposição está organizada em quatro áreas temáticas: nós e os doentes; por dentro do IPO; tecnologias; arquitetura e jardins.
Em comunicado, o IPO de Lisboa sublinha que esta residência artística
dos urban sketchers procurou retratar a complexa dinâmica hospitalar.
“Da cozinha à limpeza, da esterilização aos laboratórios, passando pelo
bloco operatório, enfermarias, unidade de cuidados intensivos e unidade
de transplante de medula, da biblioteca ao espólio histórico, parque de
ambulâncias, salas de espera e tantos outros lugares com história e
histórias narradas nos diários gráficos dos artistas”, descreve a
organização.
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“Do labor desses dias resultaram mais de cem desenhos sobre o ser
humano nas suas diferentes faces e múltiplas dimensões. Conhecimento,
humanidade, tecnologias, perseverança, confiança e esperança. Mas também
a ideia da finitude, a impotência, a fragilidade, o sofrimento, a dor e
o temor. A condição humana sempre.”
Para organizar a exposição, o IPO de Lisboa contou com a ajuda do
Museu da Marinha, que emprestou vitrinas para a exposição dos desenhos. A
Pinkplate Artes Gráficas imprimiu os desenhos em painéis de PVC e a CIN
facultou as tintas para a pintura do espaço.
* É fundamental sermos solidários.
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ONTEM NO
"A BOLA"
Orientação
«Portugal O´Meeting»
bate recorde de países participantes
Quando já falta menos um mês para a 22.ª edição do
«Portugal O´Meeting», já foi superado o recorde de países presente na
prova, visto que estão 35 nações.
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A Alemanha, Austrália, Áustria,
Bélgica, Brasil, Bulgária, Canadá, Colômbia, Croácia, Dinamarca,
Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estónia, Finlândia, França,
Grã-Bretanha, Holanda, Hungria, Irlanda, Itália, Japão, Letónia,
Lituânia, Noruega, Polónia, Portugal, Republica Checa, Rússia, Suíça,
Suécia, Taiwan, Turquia, Ucrânia e Estados Unidos confirmaram que vão
participar no evento.
A principal estrela da competição feminina, Simone Niggli, está confirmada. Na prova masculina, Thierry Gueorgiou também estará presente e irá tentar triunfar pela sexta vez.
Vão estar igualmente presentes nomes como, por exemplo, de Gustav Bergman e Albin Ridefelt (Suécia), Lucas Basset e Thierry Gueorgiou (França), Baptiste Rollier (Suíça) e Milos Nykodym (República Checa).
A principal estrela da competição feminina, Simone Niggli, está confirmada. Na prova masculina, Thierry Gueorgiou também estará presente e irá tentar triunfar pela sexta vez.
Vão estar igualmente presentes nomes como, por exemplo, de Gustav Bergman e Albin Ridefelt (Suécia), Lucas Basset e Thierry Gueorgiou (França), Baptiste Rollier (Suíça) e Milos Nykodym (República Checa).
* Oxalá seja uma festa.
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MANUEL SÉRGIO
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IN "A BOLA"
31/01/17
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Aurélio Pereira:
meu companheiro de jornada
Sempre que me surge uma situação propícia, mormente
pela simpatia contagiante de quem me rodeia, não me esqueço de
relembrar que nada sei de futebol e portanto nunca tentei ensinar
futebol a ninguém. Não posso negar que cheguei a fazer amizade com nomes
grandes do futebol português. Não posso também esconder que, hoje
ainda, alguns treinadores têm a bondade de permitir-me um demorado
diálogo sobre esta problemática.
Mas, apesar de tudo isto, nunca me senti com a força psicológica bastante para sentir-me um especialista nesta modalidade desportiva. Aliás, para mim, “quem só teoriza não sabe”. E eu, no que ao futebol diz respeito, continuo encerrado na “turris eburnea” da teoria. Então, o que venho eu fazendo, nas minhas aulas e nas minhas conferências, sobre o futebol, e nas minhas conversas com “agentes do futebol”? Pura interdisciplinaridade – nada mais! E lembrando portanto aos meus interlocutores que não há conhecimento científico que não tenha implícito uma filosofia inspiradora.
Entrelaçando o particular (do futebol) com o geral (do mundo em que o futebol se movimenta e desenvolve) é pouco saber só de futebol, quando se julga que se sabe de futebol. Estiolar no recanto do futebol, com a convicção de que o futebol não deverá informar-se, esclarecer-se com uma teoria e uma síntese mais amplas - trata-se de um lamentável erro que, no século XXI, já não se justifica. A prática não deve subordinar-se à teoria, mas deve encontrar, nela, capacidade interpretativa e ainda a significação e o sentido do que se faz. Não é por acaso que os grandes cientistas nos deliciam com vastos conhecimentos, no âmbito da literatura, da arte, da filosofia. É que não há conhecimento científico inovador, sem uma recolha de dados, em campos que são humanos, mas não são científicos. Sem uma cultura orientadora, não há ciência!
O meu Amigo Aurélio Pereira, que ensinou futebol e mais do que futebol ao Paulo Futre, ao Simão Sabrosa, ao Ricardo Quaresma, ao Luís Figo, ao Cristiano Ronaldo, ao Rui Patrício, ao Adrien, ao William Carvalho, etc., etc., é um cidadão de indubitável inteireza moral, sem a qual não teria sido (como poucos, ou nenhum, no mundo todo, acrescento eu) um inigualável formador de jogadores de futebol. Com a atribuição da Medalha de Mérito Desportivo ao treinador Aurélio Pereira, a Câmara Municipal de Lisboa praticou um ato justo, que restitui ao adjetivo o seu pleno significado. De facto, o prémio é justo, no sentido de “merecido” e mais “devido”. Não conheço melhor exemplo de amor e devoção ao futebol do que, de essencial, emerge da prática profissional do diretor da formação do Sporting Clube de Portugal – amor e devoção que se desenvolvem no mais exato e genuíno sentido nacional. Com efeito, só entre os campeões europeus de 2016, dez deram os primeiros passos e corridas e chutos, no futebol, sob a sua orientação, sob o seu olhar verdadeiramente paternal.
Não tenho qualquer receio de escrever que Aurélio Pereira é uma síntese viva dos mais altos valores que na prática desportiva se aprendem e se vivem. Mas… quantos livros escreveu ele? Nenhuns! Quantas conferências proferiu? Bem poucas! Na vida, no entanto, mais importante que o esplendor das palavras é o mérito das obras. Acima do interesse intelectual ou literário, situam-se os mais altos valores humanos. E tudo o que o Aurélio Pereira tem feito está carregado de história, de significações, de humanidade. A sua prática reporta-se, essencialmente, a ideias, a juízos, a valores, com uma função condicionante e condutora. Sem estas ideias, sem estes juízos, sem estes valores, não se entenderá jamais a presença de Aurélio Pereira no Sporting C.P. e no futebol português.
Do futebol tem este “senhor do futebol” um conhecimento fraternal, magistral e despretensioso – é seu íntimo e amigo de todos os momentos. Mas, porque sabe que não há jogos, mas pessoas que jogam, para ele, gostar do futebol é principalmente gostar dos rapazes que, com ele, aprendem a jogar futebol. Disse-me, certo dia: “Tive convites para orientar equipas do Nacional da Primeira Divisão, mas não fui capaz, nem de deixar o Sporting, nem de deixar a minha rapaziada, a minha segunda família”. E, com um lampejo de emoção, aduziu: “Posso estar errado, mas estou no futebol como estou na vida. Sem determinados valores, não sei viver”. Eu aproveitei para sugerir: “E o facto de colher tantos êxitos com o que faz também o não deixam sair das suas atuais funções…”. Ele atalhou: “Sim, é verdade. Não sei se tenho um grande domínio da pedagogia, mas os miúdos dão a entender que gostam de trabalhar comigo”.
E, com a mão espalmada a indicar-me as larguezas do mundo: “E, quando jogam no estrangeiro, não se esquecem de mim, de enviar-me notícias”. E, com o bornal bem repleto de vivências, confidenciou-me: “A mãe do Cristiano Ronaldo, se tem problemas que a preocupam, não se esquece de consultar-me, de ouvir a minha modesta opinião, com alguma frequência. É uma senhora que eu admiro muito. É uma grande mãe e avó”. Fala-se muito de uma “Escola de Qualidade” e coloca-se no centro da controvérsia uma particular referência a três disciplinas fundamentais: a leitura, a escrita e o cálculo, sem esquecer a aprendizagem de uma língua estrangeira, nem deixar de incentivar a iniciação às tecnologias da informação. O Aurélio Pereira, num mundo em mudança exponencial, bem pode ensinar aos professores e educadores que só educa quem ama o que faz e quem ama também os seus educandos, para além de tudo o mais.
Fui, na companhia do Dr. José Lima, responsável pelo PNED/IPDJ, ao Estádio Universitário de Lisboa, à cerimónia, presidida pelo Dr. Fernando Medina, da atribuição da referida Medalha de Mérito Desportivo. Quando chegou a minha altura de abraçá-lo, segredei ao Aurélio Pereira: “O meu Amigo é meu companheiro de jornada intelectual. Tudo o que eu teorizo o Aurélio pratica e bem melhor do que eu saberia fazer”. E, achegando-me ternamente ao peito, concordou, num fio de voz: “É verdade! Eles não sabem, nem sonham!”. Só há 3 ou 4 anos (não mais) eu dialogo com o Aurélio Pereira, acerca do treino de jovens jogadores de futebol. Que o mesmo é dizer: ele nunca precisou de mim, para nada, no âmbito do seu trabalho diário. No entanto, durante um dos nossos habituais almoços (a três: o José Lima, o Aurélio e eu) e depois de conhecer, em resumo, a minha visão do treino, teve a bondade de afirmar: “Sempre fiz o que o Manuel Sérgio defende, na sua tese de doutoramento. E muito antes de conhecê-la. Pode crer!”.
Também ele não sabe, nem sonha, o bem que me fez. Sou um simples estudioso do desporto em geral e do futebol em particular, mas nunca treinei ninguém, nem nenhuma equipa, ou seja, sou um teórico tão-só. E (se bem penso) quem só teoriza não sabe. Verdadeiramente, só se sabe o que se vive. Um dos defeitos que eu encontrei, no desporto, de há 50 ou 60 anos atrás, residia na separação entre ciência e filosofia, entre cultura humanista e cultura científica, entre o mundo da consciência e o mundo dos factos. Como se a filosofia e a cultura humanista e o mundo da consciência nada contassem ao rendimento, na prática desportiva. Sem alardes de promoção pessoal, o Aurélio Pereira, há muito que sabe (bem antes de mim e sou mais velho do que ele) que no futebol há pessoas que jogam futebol. E não basta, por isso, treinar futebol, numa equipa de futebol. Está por fazer-se uma homenagem do futebol nacional a Aurélio Pereira: é que este Homem é mesmo um exemplo… como raros o são!
Mas, apesar de tudo isto, nunca me senti com a força psicológica bastante para sentir-me um especialista nesta modalidade desportiva. Aliás, para mim, “quem só teoriza não sabe”. E eu, no que ao futebol diz respeito, continuo encerrado na “turris eburnea” da teoria. Então, o que venho eu fazendo, nas minhas aulas e nas minhas conferências, sobre o futebol, e nas minhas conversas com “agentes do futebol”? Pura interdisciplinaridade – nada mais! E lembrando portanto aos meus interlocutores que não há conhecimento científico que não tenha implícito uma filosofia inspiradora.
Entrelaçando o particular (do futebol) com o geral (do mundo em que o futebol se movimenta e desenvolve) é pouco saber só de futebol, quando se julga que se sabe de futebol. Estiolar no recanto do futebol, com a convicção de que o futebol não deverá informar-se, esclarecer-se com uma teoria e uma síntese mais amplas - trata-se de um lamentável erro que, no século XXI, já não se justifica. A prática não deve subordinar-se à teoria, mas deve encontrar, nela, capacidade interpretativa e ainda a significação e o sentido do que se faz. Não é por acaso que os grandes cientistas nos deliciam com vastos conhecimentos, no âmbito da literatura, da arte, da filosofia. É que não há conhecimento científico inovador, sem uma recolha de dados, em campos que são humanos, mas não são científicos. Sem uma cultura orientadora, não há ciência!
O meu Amigo Aurélio Pereira, que ensinou futebol e mais do que futebol ao Paulo Futre, ao Simão Sabrosa, ao Ricardo Quaresma, ao Luís Figo, ao Cristiano Ronaldo, ao Rui Patrício, ao Adrien, ao William Carvalho, etc., etc., é um cidadão de indubitável inteireza moral, sem a qual não teria sido (como poucos, ou nenhum, no mundo todo, acrescento eu) um inigualável formador de jogadores de futebol. Com a atribuição da Medalha de Mérito Desportivo ao treinador Aurélio Pereira, a Câmara Municipal de Lisboa praticou um ato justo, que restitui ao adjetivo o seu pleno significado. De facto, o prémio é justo, no sentido de “merecido” e mais “devido”. Não conheço melhor exemplo de amor e devoção ao futebol do que, de essencial, emerge da prática profissional do diretor da formação do Sporting Clube de Portugal – amor e devoção que se desenvolvem no mais exato e genuíno sentido nacional. Com efeito, só entre os campeões europeus de 2016, dez deram os primeiros passos e corridas e chutos, no futebol, sob a sua orientação, sob o seu olhar verdadeiramente paternal.
Não tenho qualquer receio de escrever que Aurélio Pereira é uma síntese viva dos mais altos valores que na prática desportiva se aprendem e se vivem. Mas… quantos livros escreveu ele? Nenhuns! Quantas conferências proferiu? Bem poucas! Na vida, no entanto, mais importante que o esplendor das palavras é o mérito das obras. Acima do interesse intelectual ou literário, situam-se os mais altos valores humanos. E tudo o que o Aurélio Pereira tem feito está carregado de história, de significações, de humanidade. A sua prática reporta-se, essencialmente, a ideias, a juízos, a valores, com uma função condicionante e condutora. Sem estas ideias, sem estes juízos, sem estes valores, não se entenderá jamais a presença de Aurélio Pereira no Sporting C.P. e no futebol português.
Do futebol tem este “senhor do futebol” um conhecimento fraternal, magistral e despretensioso – é seu íntimo e amigo de todos os momentos. Mas, porque sabe que não há jogos, mas pessoas que jogam, para ele, gostar do futebol é principalmente gostar dos rapazes que, com ele, aprendem a jogar futebol. Disse-me, certo dia: “Tive convites para orientar equipas do Nacional da Primeira Divisão, mas não fui capaz, nem de deixar o Sporting, nem de deixar a minha rapaziada, a minha segunda família”. E, com um lampejo de emoção, aduziu: “Posso estar errado, mas estou no futebol como estou na vida. Sem determinados valores, não sei viver”. Eu aproveitei para sugerir: “E o facto de colher tantos êxitos com o que faz também o não deixam sair das suas atuais funções…”. Ele atalhou: “Sim, é verdade. Não sei se tenho um grande domínio da pedagogia, mas os miúdos dão a entender que gostam de trabalhar comigo”.
E, com a mão espalmada a indicar-me as larguezas do mundo: “E, quando jogam no estrangeiro, não se esquecem de mim, de enviar-me notícias”. E, com o bornal bem repleto de vivências, confidenciou-me: “A mãe do Cristiano Ronaldo, se tem problemas que a preocupam, não se esquece de consultar-me, de ouvir a minha modesta opinião, com alguma frequência. É uma senhora que eu admiro muito. É uma grande mãe e avó”. Fala-se muito de uma “Escola de Qualidade” e coloca-se no centro da controvérsia uma particular referência a três disciplinas fundamentais: a leitura, a escrita e o cálculo, sem esquecer a aprendizagem de uma língua estrangeira, nem deixar de incentivar a iniciação às tecnologias da informação. O Aurélio Pereira, num mundo em mudança exponencial, bem pode ensinar aos professores e educadores que só educa quem ama o que faz e quem ama também os seus educandos, para além de tudo o mais.
Fui, na companhia do Dr. José Lima, responsável pelo PNED/IPDJ, ao Estádio Universitário de Lisboa, à cerimónia, presidida pelo Dr. Fernando Medina, da atribuição da referida Medalha de Mérito Desportivo. Quando chegou a minha altura de abraçá-lo, segredei ao Aurélio Pereira: “O meu Amigo é meu companheiro de jornada intelectual. Tudo o que eu teorizo o Aurélio pratica e bem melhor do que eu saberia fazer”. E, achegando-me ternamente ao peito, concordou, num fio de voz: “É verdade! Eles não sabem, nem sonham!”. Só há 3 ou 4 anos (não mais) eu dialogo com o Aurélio Pereira, acerca do treino de jovens jogadores de futebol. Que o mesmo é dizer: ele nunca precisou de mim, para nada, no âmbito do seu trabalho diário. No entanto, durante um dos nossos habituais almoços (a três: o José Lima, o Aurélio e eu) e depois de conhecer, em resumo, a minha visão do treino, teve a bondade de afirmar: “Sempre fiz o que o Manuel Sérgio defende, na sua tese de doutoramento. E muito antes de conhecê-la. Pode crer!”.
Também ele não sabe, nem sonha, o bem que me fez. Sou um simples estudioso do desporto em geral e do futebol em particular, mas nunca treinei ninguém, nem nenhuma equipa, ou seja, sou um teórico tão-só. E (se bem penso) quem só teoriza não sabe. Verdadeiramente, só se sabe o que se vive. Um dos defeitos que eu encontrei, no desporto, de há 50 ou 60 anos atrás, residia na separação entre ciência e filosofia, entre cultura humanista e cultura científica, entre o mundo da consciência e o mundo dos factos. Como se a filosofia e a cultura humanista e o mundo da consciência nada contassem ao rendimento, na prática desportiva. Sem alardes de promoção pessoal, o Aurélio Pereira, há muito que sabe (bem antes de mim e sou mais velho do que ele) que no futebol há pessoas que jogam futebol. E não basta, por isso, treinar futebol, numa equipa de futebol. Está por fazer-se uma homenagem do futebol nacional a Aurélio Pereira: é que este Homem é mesmo um exemplo… como raros o são!
* Professor catedrático da Faculdade de Motricidade Humana e Provedor para a Ética no Desporto
IN "A BOLA"
31/01/17
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HOJE NO
"AÇORIANO ORIENTAL"
Novo material que reage à luz promete janelas e painéis solares inovadores
Janelas que mantêm edifícios e automóveis frescos em dias de
calor ou painéis solares três vezes mais eficientes são possíveis
aplicações para um novo material fino, flexível e que absorve a luz, a
ser desenvolvido na Universidade da Califórnia.
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O material, concebido por engenheiros da Universidade, em San
Diego, é descrito como "absorvente de largo espectro de frequências" e
bloqueia muito mais luz infravermelha, sendo capaz de absorver luz
incidindo de qualquer angulo e, teoricamente, pode ser adaptado para
absorver tipos específicos de onda do espectro luminoso, deixando passar
outros.
Segundo os responsáveis da Universidade, que apresentam o novo material num comunicado hoje divulgado, já há materiais que absorvem a luz mas são volumosos ou quebram quando dobrados. E também não podem ser controlados para absorver apenas um determinado tipo de comprimento de onda.
Recorrendo a tecnologia de nanopartículas, uma equipa liderada pelos professores Zhaowei Liu e Donald Sirbuly, da Escola de Engenharia da Universidade de San Diego, criaram o novo material fino, flexível e ajustável.
O material poderá ser aplicado a qualquer tipo de substrato e em grandes superfícies, como janelas. Os responsáveis salientaram que os nanomateriais normalmente não são fabricados em escalas maiores do que alguns centímetros.
A nova tecnologia ainda está em fase de desenvolvimento, continuando as equipas a trabalhar para explorar diferentes materiais e geometrias, para desenvolver absorvedores de grande espectro que trabalham em diferentes comprimentos de ondas de luz.
Segundo os responsáveis da Universidade, que apresentam o novo material num comunicado hoje divulgado, já há materiais que absorvem a luz mas são volumosos ou quebram quando dobrados. E também não podem ser controlados para absorver apenas um determinado tipo de comprimento de onda.
Recorrendo a tecnologia de nanopartículas, uma equipa liderada pelos professores Zhaowei Liu e Donald Sirbuly, da Escola de Engenharia da Universidade de San Diego, criaram o novo material fino, flexível e ajustável.
O material poderá ser aplicado a qualquer tipo de substrato e em grandes superfícies, como janelas. Os responsáveis salientaram que os nanomateriais normalmente não são fabricados em escalas maiores do que alguns centímetros.
A nova tecnologia ainda está em fase de desenvolvimento, continuando as equipas a trabalhar para explorar diferentes materiais e geometrias, para desenvolver absorvedores de grande espectro que trabalham em diferentes comprimentos de ondas de luz.
* Tudo o que se inventar para melhorar as condições do ambiente, é sempre bom.
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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
Cem carros apreendidos pela GNR
Material apreendido pelas autoridades está avaliado em mais de cinco milhões e meio de euros.
A GNR anunciou esta quinta-feira ter apreendido 6.695 peças automóveis e 93 veículos semidesmantelados avaliados em quase 5,5 milhões de euros, em Beja e Setúbal, numa operação realizada no âmbito de uma investigação que durava há dois anos.
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Segundo a GNR, num comunicado enviado à agência Lusa, na operação, além das peças e dos veículos, foram apreendidos dois computadores, dois telemóveis e um cofre e constituídos como arguidos dois homens, que ficaram sujeitos à medida de coação de termo de identidade e residência, e uma empresa.
As 6.695 peças, entre as quais constam motores completos, carroçarias, transmissões, centralinas, embraiagens, amortecedores e colunas de direção, e os 93 veículos semidesmantelados apreendidos têm "um preço de venda ao público apurado em 5.484.544 euros", precisa a GNR.
A operação, dirigida pelo Departamento de Investigação e Ação Penal e direcionada a operadores económicos em Beja e Setúbal, no âmbito do crime de fraude fiscal qualificada, foi realizada na quarta-feira e hoje pela Unidade de Ação Fiscal (UAF) com o apoio do Comando Territorial de Beja da GNR.
Segundo a força de segurança, a operação foi "o corolário de dois anos de investigação a operadores que se dedicavam ao desmantelamento de veículos e à venda das respetivas peças a consumidores finais, oficinas de reparações e stands de automóveis das regiões do Alentejo, Setúbal e Algarve.
A investigação incidiu num "canal dissimulado" de abastecimento de componentes automóveis, que realizava um "conjunto de transações" e obtinha rendimentos "ocultados da Administração Tributária".
* Um sucesso da GNR.
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HOJE NO
"OBSERVADOR"
Presidente da Uber
abandona Donald Trump
Travis Kalanick justifica-se, dizendo que a sua participação no grupo de conselheiros do presidente Donald Trump para as questões económicas nao era uma validação das suas políticas.
O presidente da Uber diz que sentiu forçado a virar as costas ao
presidente norte-americano e a abandonar o grupo de conselheiros de
Donald Trump para os assuntos económicos. A sua participação no grupo
“não significava o apoio ao presidente ou à sua agenda”, mas o
afastamento face às últimas medidas era a única saída, justificou Travis
Kalanick.
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A explicação foi dada depois de já ter tomado a decisão
de sair do grupo de conselheiros de Trump. Perante a (nova) onda de
críticas de que estava a ser alvo por parte de cidadãos norte-americanos
— no dia da tomada de posse do novo presidente dos EUA, manifestantes
levantaram cartazes com a frase “A Uber colabora com Trump” — , o líder
da Uber lamenta ter sido “mal interpretado” nas suas intenções e
anunciou que deixa de fazer parte do grupo de confiança do presidente
dos EUA, avançam a BBC e a CNN, que tiveram acesso à carta enviada por Kalanick aos empregados da empresa de transporte.
Na carta, o responsável da Uber explica que falou esta
quinta-feira com Donald Trump para dar-lhe conta da sua decisão. Na
conversa, relata Kalanick na carta que enviou esta quinta-feira aos
trabalhadores da empresa, falou-se da decisão de Trump de fechar a porta
de entrada nos EUA a imigrantes e dos impactos que essa decisão terá
para a “comunidade” norte-americana Uber — muitos dos motoristas a
operar em nome da empresa são imigrantes. “A assunção implícita de que a
Uber (ou eu próprio) apoiava de alguma forma a agenda da Administração
criou um vazio entre a perceção e a realidade relativamente àquilo que
as pessoas pensam que somos e aquilo que de facto somos”, escreveu
Kalanick.
A Uber já tinha anunciado um pacote de três milhões de dólares em
aconselhamento jurídico para apoiar os seus trabalhadores que tivessem
sido apanhados pelas condições impostas pela ordem executiva assinada
por Trump.
Agora, a decisão de Kalanick de distanciar-se da
Administração Trump mereceu o aplauso pela associação independente de
condutores do país. “Este é um importante sinal de solidariedade para
com os condutores imigrantes que ajudaram a construir a Uber e que são
mais de 40 mil só em Nova Iorque”, disse Jim Conigliaro, fundador do
grupo, citado pela BBC.
Na semana passada, a posição de Travis
Kalanick era bastante diferente. Também numa comunicação interna da
empresa, o presidente da Uber defendeu junto dos mesmos trabalhadores a
ideia de que era importante manter a comunicação aberta com a Casa
Branca: “Fazemos parceria com toda a gente no mundo, desde que pretendam
melhorar os transportes urbanos, criar oportunidades de emprego,
facilitar as deslocações, acabar com a poluição e com o trânsito nas
ruas”.
Nesse momento, a Uber já lidava com outra frente de ataque,
com pedidos de #deleteuber (apagar a Uber, numa referência à aplicação
da empresa que permite usufruir dos serviços de transporte). A onda de
críticas ganhou rapidamente dimensão depois de os carros da empresa
terem sido detetados a deixar passageiros nos aeroportos dos EUA,
furando a greve dos taxistas.
* Por cada crítico que sai estão milhares em fila para o lugar de lambe-botas.
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Freira ameaçada após dizer
que Maria não era virgem
A irmã Lucía Caram teve de pedir desculpa pelas declarações que fez num programa de televisão espanhol
As
declarações da irmã Lucía Caram num programa de televisão geraram
polémica em Espanha: a freira recebeu ameaças, foi repreendida pela
hierarquia da Igreja e teve de pedir desculpa e esclarecer o que quis
dizer. No fundo, a religiosa teve noção de que o seu ponto de vista
poderia ser mal entendido, pelo que evitou dizer diretamente que Maria,
mãe de Jesus, não era virgem.
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"Acredito
que Maria estava apaixonada por José. Acredito que eram um casal
normal", começa quando questionada acerca da questão da virgindade de
Maria, "um conto infantil que não é atualizado" nas palavras do
apresentador do programa Chester in Love, do canal Cuatro,
Risto Mejide. "Tinham sexo?", pergunta o anfitrião. "Bem, se digo que
sim, caem-me todos em cima. Acho que é uma coisa normal num casal",
defendeu, salientando que sabe que é uma questão "difícil de entender,
de acreditar".
Na sequência destas afirmações, a freira
foi repreendida publicamente pelo bispo de Vic e recebeu ameaças.
Simultaneamente, houve uma petição para que fosse suspensa da ordem
religiosa. Lucía Caram viu-se obrigada a pedir desculpa a quem se sentiu
ofendido. Numa carta
que fez chegar à agência noticiosa EFE, mostra-se, no entanto,
preocupada com a "leitura fragmentada, ideológica e perversa" que alguns
fizeram das suas palavras.
A freira
nota que teve oportunidade de falar da "vivência alegre do celibato" e
da sua "fidelidade à opção de vida" que escolheu, mas defende-se: "Quis
manifestar que não me escandalizaria se tivesse tido uma relação de
casal com José, seu marido".
Na sua
carta, Lucía Caram fala ainda do grupo de hereges, sedentos de vingança e
animado pelo ódio, que a encheram de calúnias e ameaças graves, das
mais diversas formas.
"Estou a dar o
melhor da minha vida ao serviço do evangelho e creio que esta mensagem
que vos queria passar: somos homens e mulheres, livres para amar, e
chamados para servir de diversos modos", resumiu a freira, muito ativa
no Twitter, rede social em que tem mais de 180 mil seguidores.
* São pródigos os exemplos da igreja católica em defender as aldrabices mais insanes, mentiras que nem um cão tinhoso acreditaria se falasse. Há uns séculos atrás o coitado do Galileu quase ia para a fogueira se não abjurasse a teoria do sistema heliocêntrico, Bartolomeu de Gusmão foi para o braseiro por se interessar pela aerodinâmica, quando anos mais tarde é a própria igreja a pôr a aterrar numa azinheira a senhora Maria.
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HOJE NO
"RECORD"
Ronda Rousey não vai regressar à ação
É cada vez mais uma realidade. Ronda Rousey não deverá regressar à
ação. Dana White, líder do UFC, garantiu que a lutadora já está a pensar
em sopas e descanso.
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ISTO É DESPORTO? |
"É engraçado que me perguntem isso hoje, porque estive com ela esta
manhã, a caminho do ginásio. Ela está bem. Está de cabeça erguida. Está a
fazer o que tem de fazer. Como já disse, falei com ela e se tivesse de
responder agora, diria que ela não voltará aos ringues", revelou Dana
White ao UFC Unfiltered.
"Acho que provavelmente terminou. Vai afastar-se rumo ao pôr do sol e
começar a viver a vida fora das lutas. Não tenho nenhuma informação de
que ela vá retirar-se. Mas depois de falar com ela é aquilo que sinto",
rematou.
* Como não entendemos esta luta como modalidade desportiva, mais apropriada para cursos de tropas especiais, até ficamos satisfeitos com o abandono.
* Como não entendemos esta luta como modalidade desportiva, mais apropriada para cursos de tropas especiais, até ficamos satisfeitos com o abandono.
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* Uma bizarria da vida que ninguém merece.
HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Menina do Bangladesh pode ser o primeiro caso de "mulher-árvore"
Sahana
Khatun tem dez anos e há cerca de quatro meses viu nascer no próprio
rosto um conjunto de verrugas, semelhantes a cascas. Se no início a
família desvalorizou o caso, o alastramento das marcas deixou os médicos
em alerta.
Foi depois de uma
consulta médica na capital do país, Daca, que o caso começou a ganhar
maior notoriedade. É que os especialistas que consultaram a criança
desconfiam que se pode tratar do primeiro caso de sempre de uma pessoa
do sexo feminino a ser diagnosticada com epidermodisplasia verruciforme,
um problema de saúde mais conhecido como a "doença do homem-árvore".
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Trata-se de um problema genético muito
raro que se manifesta por enormes verrugas, semelhantes a cascas, que
aparecem com maior frequência nas mãos e nos pés. Os médicos ainda não
chegaram a uma conclusão definitiva, mas as semelhanças com outros casos
deixam o seu pai preocupado.
"Somos
muito pobres. A minha filha ficou sem a mãe quando tinha apenas seis
anos. Espero mesmo que os médicos sejam capazes de retirar as cascas do
belo rosto da minha filha, disse Shahjaham, o pai da menina, à AFP.
Uma das poucas pessoas que padece deste problema também vive naquele país. Abul Bajandar tem 27 anos e esteve sem conseguir tocar na mulher e no filho nos últimos dez anos.
As suas mãos ficaram cobertas com estas marcas, que não pararam de crescer, chegando a pesar mais de cinco quilos.
O homem foi obrigado a abandonar o seu trabalho como motorista devido ao
problema que lhe apareceu quando tinha 15 anos. Depois de mais de 16
operações, no passado mês de dezembro foi informado que poderá deixar o
internamento, recomeçando uma vida normal.
* Uma bizarria da vida que ninguém merece.
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS
DA MADEIRA"
Quatro pessoas arrastadas pelo mar
em Ílhavo, uma está desaparecida
Quatro
pessoas foram hoje arrastadas pelo mar, na praia da Costa Nova, em
Ílhavo, tendo três delas conseguido sair da água, mas uma está ainda
desaparecida, informou o comandante do Porto de Aveiro, Carlos Isabel.
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“Tivemos
dez pessoas que vieram observar o mar. Quatro aproximaram-se de mais e
foram arrastadas. Três delas saíram da água e uma senhora, com cerca de
40 anos, está desaparecida”, disse à Lusa o comandante da Capitania do
Porto de Aveiro, Carlos Isabel.
* Não obstante o lamentável desaparecimento de senhora não hesitamos em clamar, "SE A ESTUPIDEZ FOSSE MÚSICA!".
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À Lusa, o deputado do PCP Bruno Dias garantiu que as quatro estruturas que abandonaram a reunião tinham sido informadas que estariam presentes outros sindicatos.
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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Sindicatos da Carris a favor
da municipalização abandonam
reunião com o PCP
Uma comitiva composta por elementos do Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes, pela Comissão de Trabalhadores da Carris e por outras duas estruturas abandonou uma reunião com o PCP ao início da tarde. Os sindicalistas recusaram reunir-se com as estruturas afectas à CGTP.
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Os sindicatos da Carris que são a favor da municipalização da
empresa, bem como a respectiva Comissão de Trabalhadores (igualmente
favorável à gestão do município) tinham uma reunião marcada com o PCP na
Assembleia da República para as 14:00 desta quinta-feira, mas
abandonaram o encontro antes mesmo de ele começar. A informação foi
avançada pelo Expresso e confirmada pelo Negócios.
"Não
chegámos sequer a reunir. O PCP queria transformar esta reunião numa
auscultação aos trabalhadores da Carris, mas devia tê-la feito antes de
pedir a apreciação parlamentar" da municipalização da empresa, justifica
ao Negócios Sérgio Monte, secretário-geral do Sindicato dos
Trabalhadores dos Transpores (SITRA), afecto à UGT e o mais
representativo na Carris.
A
comitiva, composta pelo SITRA, pela Comissão de Trabalhadores, pela
Associação Sindical dos Trabalhadores de Tráfego da Carris e pelo
Sindicato Nacional dos Motoristas, também não gostou de encontrar na
reunião os sindicatos afectos à CGTP, que defendem que a Carris volte à
esfera do Estado. "Nós tínhamos pedido uma reunião com o PCP e quando lá
chegámos estavam outros sindicatos", queixa-se Sérgio Monte.
A reunião tinha sido pedida por esta comitiva de sindicatos e trabalhadores, que ficou "preocupada" quando o PCP pediu a apreciação parlamentar da municipalização da Carris.
"Ficámos apreensivos, se fosse aprovada a cessação de vigência [do
decreto-lei do Governo] a municipalização poderia ser revertida e os
trabalhadores ficavam numa situação periclitante", explica Sérgio Monte.
Entretanto, o PCP já anunciou que não pedirá a cessação de vigência,
mas vai propor que a empresa regresse à esfera do Estado.
PCP garante que tinha sido comunicada presença de estruturas da CGTP
Num comunicado enviado às redacções pela UGT, as quatro organizações
representativas dos trabalhadores (ORT) que se deslocaram ao Parlamento
explicam que a reunião não se realizou por estar "fora do âmbito do seu
pedido". As quatro estruturas que defendem a municipalização dos
transportes garantem ter sido "surpreendidas com a presença de outras
organizações não subscritoras do pedido de reunião" e pela "tentativa do
PCP querer transformar esta reunião numa espécie de acareação entre as
ORT’s relativamente a esta apreciação parlamentar".
À Lusa, o deputado do PCP Bruno Dias garantiu que as quatro estruturas que abandonaram a reunião tinham sido informadas que estariam presentes outros sindicatos.
A propriedade e a gestão da Carris passaram
ontem, 1 de Fevereiro, para a Câmara Municipal de Lisboa. A apreciação
parlamentar pedida pelo PCP será discutida no Parlamento no dia 24 de Fevereiro e o PS já se mostrou disponível para permitir uma maior participação dos municípios vizinhos de Lisboa na gestão da empresa.
Na reunião ficaram apenas os sindicatos afectos à CGTP, entre eles a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações
(Fectrans). À saída, e à Lusa, José Manuel Oliveira, coordenador
nacional da Fectrans, aplaudiu a posição assumida pelo PCP, que não vai
suscitar a cessação de vigência dos diplomas.
Sérgio Monte diz que o PCP demonstrou disponibilidade para agendar um novo encontro.
* Deambulações oníricas do PCP, são frequentes.
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