02/02/2017

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A vida no IPO de Lisboa 
em cadernos de desenhos

‘Urban Sketchers’ passaram duas semanas no Instituto Português de Oncologia para capturar o quotidiano. Mostra de desenhos arranca este sábado e assinala o Dia Mundial de Luta Contra o Cancro. Leilão vai ajudar Unidade de Transplante de Medula

A exposição chama-se “a condição humana” e quer retratar isso mesmo: a vida normal, alegre e triste, dos doentes, dos familiares e de quem trabalha no IPO de Lisboa.


Em janeiro do ano passado, membros do movimento Urban Sketchers Portugal passaram duas semanas no Instituto Português de Oncologia a registar o dia-a-dia, as pessoas e os lugares tantas vezes ensombrados de más memórias, mas onde também há boas notícias.

É o resultado desse trabalho que dá corpo à mostra, que inaugura este sábado – assinalando o Dia Mundial de Luta Contra o Cancro – e que estará patente até 18 de março.

A marcar a abertura ao público, mas também a data, haverá um leilão de alguns desenhos pelas 17h30.

A base de licitação de 59 trabalhos originais, oferecidos pelos autores ao IPO de Lisboa, varia entre os 20€ e os 140€ e o dinheiro angariado vai ajudar a financiar as obras previstas para este ano na Unidade de Transplante de Medula, que passará de sete para 12 quartos.
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A UTM, como é chamada esta unidade onde os doentes têm de permanecer isolados no período do transplante, assinala em 2017 os 30 anos.

Nas próximas semanas estarão expostos mais de 68 desenhos de 34 autores no IPO de Lisboa. A mostra pode ser vista no corredor do 3º piso do Pavilhão Central do IPO e abre ao público às 10h00 do dia 4 de fevereiro.

A exposição está organizada em quatro áreas temáticas: nós e os doentes; por dentro do IPO; tecnologias; arquitetura e jardins.

Em comunicado, o IPO de Lisboa sublinha que esta residência artística dos urban sketchers procurou retratar a complexa dinâmica hospitalar. “Da cozinha à limpeza, da esterilização aos laboratórios, passando pelo bloco operatório, enfermarias, unidade de cuidados intensivos e unidade de transplante de medula, da biblioteca ao espólio histórico, parque de ambulâncias, salas de espera e tantos outros lugares com história e histórias narradas nos diários gráficos dos artistas”, descreve a organização.
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“Do labor desses dias resultaram mais de cem desenhos sobre o ser humano nas suas diferentes faces e múltiplas dimensões. Conhecimento, humanidade, tecnologias, perseverança, confiança e esperança. Mas também a ideia da finitude, a impotência, a fragilidade, o sofrimento, a dor e o temor. A condição humana sempre.”

Para organizar a exposição, o IPO de Lisboa contou com a ajuda do Museu da Marinha, que emprestou vitrinas para a exposição dos desenhos. A Pinkplate Artes Gráficas imprimiu os desenhos em painéis de PVC e a CIN facultou as tintas para a pintura do espaço.

* É fundamental sermos solidários.

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