Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
23/01/2016
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* Uma produção "CANAL MÉDICO"
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5-TUBERCULOSE
2-DIAGNÓSTICO
Uma
interessante série conduzida pelo Professora Dra. Margareth P. Dalcolmo, Directora do Centro de Referência Hélio Fraga.
* Uma produção "CANAL MÉDICO"
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As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à
mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios
anteriores.
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RICARDO ARAÚJO PEREIRA
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IN "VISÃO"
21/01/16
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Poupança, mothafucka!
Talvez seja altura de mães de todo o mundo actualizarem as suas advertências às crianças. Em vez de “não aceites doces de ninguém”, mudar para “não aceites contas-poupança de ninguém”
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De vez em quando, um grupo de
publicitários tem a incumbência de criar uma campanha dirigida àquele
grupo que certas pessoas costumam designar por "a malta nova".
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O
uso dessa expressão costuma excluir imediatamente aqueles que a
proferem desse mesmo grupo. Curiosamente, a malta nova nunca diz "a
malta nova". Esse é um dos primeiros equívocos: as pessoas que desejam
dirigir-se à malta nova cuidam falar a linguagem da malta nova, e acabam
por fazer uma figura tão trágica como um espanhol que cuida falar
inglês.
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A estratégia habitual dos
publicitários que pretendem seduzir a malta nova consiste na transmissão
de uma mensagem aborrecida através de música rap.
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O
efeito costuma ser involuntariamente humorístico, porque não é habitual
que as músicas rap se debrucem sobre as características de um produto.
Mas a mais recente campanha publicitária que recorre à música rap talvez
seja a primeira em que o género musical se acomoda perfeitamente ao
conteúdo. Refiro-me ao tema "A dança da poupança", com o qual um banco
tenciona atrair o dinheiro das crianças.
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Há
um subgénero do rap chamado gangsta rap, que descreve o estilo de vida
dos bandidos. Creio que qualquer rap sobre actividades bancárias deve
ser incluído neste subgénero. Jay Z canta fugas à polícia e 50 Cent faz
rimas acerca dos gandulos que lhe deram uns tiros. Tendo em conta o que
aconteceu no BPP, BPN, BES e BANIF, qualquer movimentação bancária
parece ser hoje uma actividade de risco, muitas vezes até criminosa. Faz
sentido, portanto, que seja publicitada através de um gangsta rap.
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O
rapper do anúncio chama-se Silver MC. É um porquinho mealheiro, mas em
vez de ser cor-de-rosa, é cor de prata metalizada. Ou seja, trata-se de
um porquinho pimp. Vê-se que é um desses porquinhos que bebem vodka Grey
Goose pela garrafa, usa uma corrente de ouro ao pescoço e tem um tigre
de estimação. É ele que canta a dança da poupança. Sabendo o que tem
sido o comportamento da banca nos últimos anos, é possível que a dança
da poupança produza os mesmos resultados que a dança da chuva. De uma
coisa, porém, os depositantes podem ter a certeza: estamos perante
verdadeira poupança. Aquele dinheiro não vai ser mal gasto. Pelo menos,
pelo seu legítimo proprietário.
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Talvez
seja altura de mães de todo o mundo actualizarem as suas advertências
às crianças. Em vez de "não aceites doces de ninguém", mudar para "não
aceites contas-poupança de ninguém."
IN "VISÃO"
21/01/16
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Freddie Mercury
We Are the Champions
A Playback.fm fundiu cinco versões de "We Are The Champions" e produziu um áudio da voz de Freddie Mercury a capella.
Para a conseguir, juntou as performances de Freddie Mercury em quatro concertos ao vivo e de uma versão de estúdio, mas retirou-lhes o instrumental. E deu-nos assim uma versão marcante de uma das músicas mais famosas dos Queen.
Para a conseguir, juntou as performances de Freddie Mercury em quatro concertos ao vivo e de uma versão de estúdio, mas retirou-lhes o instrumental. E deu-nos assim uma versão marcante de uma das músicas mais famosas dos Queen.
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HOJE NO
"OBSERVADOR"
Problemas com recenseamento
impedem emigrantes portugueses
de votar no Luxemburgo
Os emigrantes portugueses começaram hoje a votar nos Consulados, que vão estar abertos durante dois dias para as eleições presidenciais, mas no Luxemburgo houve muitos que não o fizeram, por não constarem dos cadernos eleitorais.
Os emigrantes portugueses começaram hoje a votar nos Consulados, que
vão estar abertos durante dois dias para as eleições presidenciais, mas
no Luxemburgo houve muitos que não o fizeram, por não constarem dos
cadernos eleitorais.
Carlos Gomes apanhou o comboio em Dudelange, a
25 quilómetros do Luxemburgo, e pagou mais dez euros pelo táxi que o
levou da estação até ao Consulado, porque “tinha medo que fechasse à
hora de almoço”, mas afinal não pôde votar.
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O problema, explicou-lhe um funcionário, é que fez o cartão de
cidadão em Portugal e o nome foi excluído dos cadernos eleitorais no
estrangeiro. Apesar de viver há 28 anos no Luxemburgo, neste ato
eleitoral, teria de ir votar a Mortágua.
“Tivemos pessoas que
fizeram o cartão de cidadão em Portugal e deixaram de estar recenseadas
aqui, e lá também não as informaram”, explicou à Lusa o cônsul de
Portugal no Luxemburgo, Rui Monteiro.
“Lá sempre votei, e aqui
também já votei e pensei que estava inscrito. Fiz o passaporte novo aqui
no Consulado, e agora vinha para dar a minha opinião, mas afinal…”,
queixou-se o operário da construção.
Na mesa de voto, um dos
voluntários diz-lhe que “se houver segunda volta, pode vir votar”, se
até lá alterar a morada no Consulado, uma informação que um funcionário
corrigiu, esclarecendo que os cadernos eleitorais fecharam 60 dias antes
das eleições.
Sem perceber se afinal pode ou não votar, o
emigrante dá a volta a um maço de papéis amarrotados, escritos com a
letra hesitante de quem só fez a quarta classe, à procura da morada do
quarto para onde vai mudar no final do mês, quando o café português onde
vive fechar para obras, mas é inútil.
Não foi caso único: esta manhã, em pouco mais de uma hora, pelo menos sete emigrantes foram impedidos de votar.
Maria do Carmo Dias veio com o marido, ambos a viver no Luxemburgo há mais de 40 anos, mas só ele é que pôde votar.
“Fiz o bilhete de identidade em Portugal e fiquei sem poder
votar, mas nós temos a morada do Luxemburgo no cartão de eleitor. Por
que é que modificam as coisas sem nos dizerem nada?”, criticou.
Cremilde Gouveia tem 66 anos, e tanto ela como o marido já votaram várias vezes no Luxemburgo, mas hoje nenhum pôde fazê-lo.
“Apanhámos
aí com uma bofetada, foi aborrecido. Isto é tudo falta de informação,
nem sequer nos avisam, até para saber como se vota ouvimos na rádio
Latina”, contou.
“Cada vez temos mais desgosto em ser
portugueses”, queixou-se Guilherme Ferreira, de 68 anos, que também
renovou o BI em Portugal há pouco tempo, “então com a informática era
assim tão difícil votar aqui ou lá em baixo?”.
“Nós estamos na Europa, não há fronteiras, devíamos poder votar nos dois países”, lamentou.
Denisa
Lopes chegou ao Luxemburgo em setembro, destacada por um ano no
Tribunal de Justiça da União Europeia, e já não foi a tempo de se
recensear para as legislativas, em outubro, mas hoje conseguiu votar.
“Para quem está em trânsito é complicado, por causa do prazo de 60 dias,
mas hoje consegui”.
Ao final da manhã, dos 2.027 eleitores
recenseados no Luxemburgo, tinham votado cerca de 80 pessoas, uma
afluência que excedeu as expectativas dos funcionários consulares.
Na sexta-feira, parte do país esteve sob alerta vermelho, por causa do gelo nas estradas.
De
chapéu de feltro, cachecol e luvas, Natalina Alves, com 86 anos, votou
pela primeira vez no estrangeiro, desde que há um ano deixou Portugal
para vir viver com as filhas.
“É a mesma coisa, só que lá junta-se
mais gente e há fila, aqui foi mais fácil”, elogiou. “Acho que devia
vir toda a gente, devia ser obrigatório”.
Uassan Gomes nasceu na
Guiné-Bissau, chegou a Portugal em 2000, onde se naturalizou, e fez
questão de ir votar, mesmo depois de ter saído do país para escapar à
crise, em 2013.
“Sinto-me português. A minha nacionalidade é
portuguesa e eu tenho este dever, é muito importante”, disse o pintor da
construção à Lusa.
À porta do Consulado, enquanto os filhos
brincam com a neve, Carlos Torres pede a outra eleitora que lhe tire uma
fotografia com o telemóvel, “para pôr no Facebook”.
“É para os chatear lá em Portugal, para mostrar que já votei antes deles, porque eles só vão votar amanhã”.
No Luxemburgo vivem cerca de 100 mil portugueses, 74.797 dos quais com mais de 18 anos, segundo o Registo da População.
* Sempre que os emigrantes são chamados a votar nas legislativas ou presidenciais aconteceram problemas de índole administrativa, é uma falta de respeito para quem em situações de folclore político, são apelidados de modo falacioso e oportunista dos portugueses da diáspora.
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Mulheres aconselhadas a
não engravidar por causa do Zika
Três casos de infeção registados em Nova Iorque. Brasil admite estar a perder a guerra contra a epidemia
Três
pessoas em Nova Iorque testaram positivo ao vírus Zika, ao qual está a
ser atribuído o aumento do casos de microcefalia em bebés na América
Latina.
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As três pessoas viajaram para o exterior dos Estados
Unidos, para regiões onde a doença causada pelo mosquito Aedes aegypti
está a propagar-se rapidamente, disse o departamento saúde estatal de
Nova Iorque, sem especificar quais.
As autoridades informaram que uma pessoa estava totalmente recuperada e que as outras duas registavam melhorias.
Na
sexta-feira, as autoridades de saúde norte-americanas estenderam o
alerta de viagem para que mulheres grávidas evitem 22 destinos na
América Latina e Caribe devido ao vírus Zika, que pertence à mesma
família do dengue e da febre-amarela.
Em El Salvador, na Colômbia e
na Jamaica, as mulheres estão a ser aconselhadas a não engravidar nos
próximos seis ou oito meses devido ao perigo do Zika.
A Colômbia é
o segundo país com mais casos de infeção pelo vírus, com 560 mulheres
grávidas infetadas, depois do Brasil, onde já se admite a derrota
perante a epidemia.
"Faz quase trinta anos que o mosquito transmite doenças à nossa
população, e nós combatemo-lo desde então, mas estamos a perder a guerra
contra o Aedes aegypti", disse o ministro da saúde brasileiro, Marcelo
Castro, citado pelo portal G1, do grupo Globo.
"Estamos a
enfrentar uma verdadeira epidemia, precisamos de um sociedade brasileira
mobilizada para prevenir estas doenças", acrescentou.
Em 2015, um
total de 3.174 casos de microcefalia em latentes, uma má-formação da
cabeça que altera o desenvolvimento intelectual, foram registados no
Brasil e estão ligados ao vírus zika contraído pela mãe, segundo o
Ministério da Saúde.
* Uma epidemia perigosa a que devemos estar atentos.
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R: É admissível que um árbitro não reporte que receba vouchers de refeições ou ofertas dos clubes?
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HOJE NO
"RECORD"
Vítor Pereira:
«Acredito que gostaram de
receber camisola do Eusébio»
Aborda o tema das prendas aos árbitros
R: É admissível que um árbitro não reporte que receba vouchers de refeições ou ofertas dos clubes?
VP
- A questão que se coloca é: é ou não normal os árbitros receberem
determinadas ofertas? Se é normal, isso não é reportado. E nunca foi
reportado.
R: No seu caso reportava?
VP –
Não, nunca reportei. Nem eu nem ninguém. Não se reporta uma coisa
dessas. Uma pessoa recebe uma réplica de uma camisola, ou um galhardete,
que é recebido à frente dos observadores e delegados, com
tranquilidade, e ninguém reporta, porque é normal. O que deve
reportar-se? O que não é normal. Como os árbitros entenderam essas
ofertas e outras como normais, não reportaram.
R: E como será no futuro?
VP - Se considerarem normal, não é necessário reportar.
R: Não o surpreendeu o valor das ofertas do Benfica, por exemplo?
VP
- Não surpreendeu. É uma matéria que deixo para as entidades
competentes, porque extrapola a competência do Conselho de Arbitragem.
Não acredito que algum árbitro se sinta incomodado, coagido, ou que numa
próxima arbitragem possa beneficiar ou prejudicar por ter recebido ou
não. Se me perguntar se os árbitros gostaram de receber a camisola do
Eusébio, acredito que sim. Eu não tenho essa camisola mas arbitrei a
festa de homenagem ao Eusébio. Ter arbitrado essa festa foi um momento
importante da minha carreira. É uma coisa normal e agora devem ser as
instâncias devidas a decidir se tais ofertas saem dos padrões normais. O
objetivo é que não se repitam estes ruídos e que as pessoas possam
sentir-se tranquilas a dar e a receber.
R: Acha que foi feita uma tempestade num copo de água?
VP
- Acho que são ações que inserem em estratégias para ganhar o
campeonato. São colocadas em prática. Se são mais ou menos corretas, não
me compete qualificar.
R: Quando árbitro, qual foi a melhor prenda que recebeu?
VP
- Foram muitas. Lembro-me por exemplo que a 21 de abril de 1999 dirigi a
meia-final da Champions, entre o Bayern e o Dínamo Kiev. No final, o
presidente do Bayern, Franz Beckenbauer, ofereceu-me um relógio do clube
com a data do meu aniversário. Foi no final do jogo, na presença do
delegado da UEFA e do observador dos árbitros. Já teria sido uma prenda
arbitrar uma meia-final da Liga dos Campeões, mas não deixou de ser um
gesto simpático, que gostei. Não é um relógio de ouro, que vale isto ou
aquilo. Foi mais simbólico, por ser num dia especial.
R: Fala muito com os árbitros ?
VP
- Nem muito nem pouco. Falo quando tenho de falar. Esta semana
reunimo-nos no Luso e tive a oportunidade de falar com este e aquele.
R: Fala antes ou depois dos jogos?
VP - Antes e depois. Falamos por telefone, por e-mail, por Skype. Naturalmente.
R: Conversas do género daquela que Marco Ferreira diz que teve com ele?
VP
- As nossas conversas servem para motivar o árbitro, como os
treinadores fazem com os seus jogadores. Para arbitrar bem, para ser o
melhor em campo, para defender a competição, ser imparcial. Damos-lhes
conselhos que resultam da nossa experiência de 30 anos. Até lhe digo, os
árbitros querem que o seu presidente fale com eles sempre que for
entendido. Sempre que há um contacto telefónico, há um agradecimento.
Sinto-me totalmente tranquilo, sem problema em relação a isso.
* Sem comentários ao conteúdo da entrevista, mas inútil porque nada esclareceu.
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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
"CORREIO DA MANHÃ"
Paris agradeceu aos quatro portugueses que socorreram vítimas dos atentados
Portugueses receberam a Medalha de Bronze da Cidade.
Margarida, José, Manuela e Natália são quatro dos sete "anjos da guarda" que receberam este sábado a Medalha de Bronze da Cidade de Paris por terem ajudado a socorrer as vítimas do ataque ao Bataclan, a 13 de novembro de 2015.
Neste dia de homenagem aos porteiros de Paris, no salão nobre do Hôtel de Ville na capital francesa, a presidente da Câmara de Paris, Anne Hidalgo, agradeceu aos "anjos da guarda" que são os "embaixadores de Paris" e que "vêm do mundo inteiro, havendo uma história ainda mais forte com Portugal e Espanha".
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De modo geral, Anne Hidalgo insistiu que os porteiros da capital são os "heróis", os "anjos de Paris" e "as estrelas do dia-a-dia", sublinhando que a medalha atribuída às sete pessoas que ajudaram as vítimas dos atentados "é para dizer obrigada".
"Termos os porteiros foi uma sorte para toda a gente. Vocês estavam lá, nós estávamos estupefactos e impotentes, mas vocês acolheram as vítimas e abriram-lhes os braços porque elas choravam e estavam feridas. Vocês foram os primeiros a abrir-lhes as portas e a prestar os primeiros socorros. Estas imagens fazem parte da nossa história parisiense. Foi incrível a humanidade que vocês tiveram. Obrigada por tudo", discursou a autarca de Paris.
"Heróis"
Ainda que não gostem do título de "heróis", Margarida dos Santos Sousa, Manuela Gonçalves, José Gonçalves e Natália Teixeira Syed mostraram um altruísmo e um sangue frio na noite dos atentados que permitiu salvar vidas quando abriram as portas dos seus prédios às vítimas do Bataclan.
Margarida dos Santos Sousa, de 57 anos, não hesitou em abrir as portas de casa e do prédio aos sobreviventes do ataque que matou 90 pessoas, mesmo tendo consciência do risco de haver algum terrorista no meio das dezenas de pessoas que entraram no prédio.
"Quando as coisas chegam à frente dos nossos olhos, por vezes não temos tempo de pensar. Naquele momento não pensei. Eu vi tanta gente aflita, aleijada, com sangue a correr por eles abaixo (...) Nós tínhamos que fazer qualquer coisa e ajudar essas pessoas (...) Acabei por perguntar às pessoas se eram todas do Bataclan, começámos a ter cuidado, mas depois como tínhamos a polícia à porta a tomar conta do prédio, já não tivemos mais preocupação", disse à Lusa.
A portuguesa de Ermesinde, que vive há 35 anos em França e há 28 no bairro do Bataclan, acolheu sobreviventes na sua casa até por volta das cinco da manhã, incluindo uma jovem ferida por balas que recebeu os primeiros socorros no seu sofá. Hoje, o dia é, ainda assim, de festa.
O casal José e Manuela Gonçalves também passou a noite do 13 de novembro a receber dezenas de vítimas do Bataclan no pátio do seu prédio e ajudou a prestar os primeiros socorros a uma jovem grávida de dois meses que acolheu no seu apartamento. "Ela estava lá sentadinha, estive a confortá-la, dei-lhe água, umas bolachinhas porque ela estava de bebé. Fiquei muito chocada de vê-la assim muito calminha, não chorava, a pôr as mãos nos cabelos porque tinha os cabelos queimados, as meias rotas, não tinha telemóvel (...) Tinha recebido tiros, balas nas pernas, tinha as perninhas cheias de sangue mas não gritava, não gemia", contou à Lusa Manuela, de 50 ano, natural de Fafe. José e Manuela moram há 26 anos no bairro do Bataclan, e, nessa noite, em vez de ficarem entrincheirados dentro de casa ao abrigo do que se passava lá fora, preferiram estar na linha da frente para ajudar quem precisava.
Agraciados com diploma de "porteiro da cidade de Paris"
"Sabe como é, temos um coração, somos humanos, mas a primeira coisa que me chocou mais e me obrigou a fazer o maior esforço possível foi ver esses jovens todos da idade dos meus filhos", contou José Gonçalves, de 48 anos e que nasceu na Maia. Na mesma rua, Natália Teixeira Syed, lusodescendente, e o marido Gabriel, paquistanês, também abriram as portas do pátio do prédio onde vivem para acolher as vítimas.
Depois de receber a medalha de bronze, Natália teve dificuldade em conter as lágrimas em declarações à Lusa. "Nem posso explicar como me sinto", disse Natália com a voz entrecortada pela emoção, admitindo que, como disse Anne Hidalgo, são "mais ou menos" anjos da guarda e heróis, mas que habitualmente estão "mais na sombra" e agora estão "mais na luz". "Os barulhos, os sons, as pessoas a chegarem a casa feridas " foi o que mais marcou a lusodescendente, católica, casada há 20 anos com um paquistanês muçulmano.
Além das medalhas entregues aos "heróis" de 13 de novembro, quase 600 porteiros - entre os quais cerca de uma centena de portugueses - foram agraciados com o diploma de "porteiro da cidade de Paris". A presidente da Câmara de Paris agradeceu ainda ao vereador franco-português Hermano Sanches Ruivo "com quem imaginou a iniciativa", tendo o vereador contado à Lusa que a homenagem vai repetir-se todos os anos e que vai ser criado o "Dia dos direitos e dos deveres dos porteiros".
* Heroísmo é a palavra certa.
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HOJE NO
"PÚBLICO"
Escutas mostram que Marques Mendes pediu favores a arguido dos vistos gold
Antigo líder do PSD intercedeu por pedidos de atribuição de nacionalidade a mulheres de empresários estrangeiros, tendo-se disponibilizado para falar com ministro da Economia. Um dos casos “arrastava-se há mais de um ano sem que os serviços dessem qualquer informação”, alega o comentador televisivo.
Pouco depois de rebentar o escândalo dos vistos gold, em Novembro de 2014, o nome do então conselheiro de Estado Marques Mendes apareceu associado a vários dos arguidos presos na Operação Labirinto.
Primeiro, por ter sido sócio de alguns deles numa empresa igualmente
implicada no caso dos vistos dourados, a JMF – Projects & Business. A
seguir, por ter pedido favores ao principal arguido, o presidente do
Instituto dos Registos e Notariado (IRN), António Figueiredo, em
processos de atribuição de nacionalidade portuguesa a cidadãos
estrangeiros. O antigo líder do PSD negou tudo: disse que a empresa em
causa não tinha actividade há vários anos e ainda que, nos casos de
atribuição de nacionalidade, se tinha limitado a solicitar informações
sobre o andamento de dois processos, e nada mais.
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Porém, o
conteúdo das escutas em que Marques Mendes foi apanhado – por António
Figueiredo estar a ser vigiado pela Polícia Judiciária – mostra que o
comentador televisivo foi mais longe: intercedeu pela atribuição da
nacionalidade portuguesa a duas cidadãs estrangeiras, tendo-se
disponibilizado, num dos casos, para falar sobre a questão com o
ministro da Economia, António Pires de Lima.
Também aproveitou para
resolver um problema que a sua filha tinha com o cartão de cidadão,
ultrapassando os procedimentos burocráticos a que a grande maioria dos
portugueses tem de se sujeitar. Por outro lado, a isenção do pagamento
de 1,8 milhões de euros de IVA por uma empresa a que estava ligado outro
arguido do processo, Jaime Gomes, amigo do então ministro da
Administração Interna Miguel Macedo, num negócio relacionado com o
tratamento, em hospitais portugueses, de doentes líbios, contou
igualmente com algum envolvimento por parte de Marques Mendes. Detido em
Novembro de 2014, juntamente com outros arguidos, Jaime Gomes foi sócio
do social-democrata numa segunda firma, de fraldas descartáveis.
A
26 de Agosto de 2014, Marques Mendes diz ao presidente do IRN que
gostava de lhe enviar um “emailzinho” sobre um casal que conheceu em
Moçambique, para ele “conseguir ver como é que se podia” resolver o
problema. Salimo Abdula é “um tipo de grande prestígio, talvez o maior
empresário de Moçambique”, e ainda por cima presidente da Confederação
Empresarial da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, que tem sede
em Lisboa. Mas nem estas qualidades todas, nem a sua “fortíssima ligação
a Portugal”, país em que o filho “está a estudar” e onde possui
“negócios, casa e contas bancárias”, granjearam, até àquele momento, à
mulher, que tem “descendência de portugueses”, a almejada nacionalidade.
O comentador televisivo explica como Assunção Abdula juntou ao processo
declarações de Américo Amorim e do grupo Visabeira, com quem o casal
tem negócios em Moçambique. Mas nem assim. “Podemos eventualmente ir
pela via da discricionariedade”, equaciona António Figueiredo. “Pois.
Claro, claro”, responde-lhe Marques Mendes, recordando-se de que o IRN
pediu à requerente uma declaração do Ministério da Economia. “Se for
preciso eu falo com o António Pires de Lima”, disponibiliza-se o antigo
líder do PSD.
Contactado pelo PÚBLICO, Marques Mendes insiste em
que nada fez de errado: “O caso arrastava-se há mais de um ano sem que
os serviços dessem qualquer informação”. Prova de que não houve cunha
nenhuma, argumenta, é o facto de o problema continuar ainda hoje por
resolver, apesar das suas diligências e de “ter condições para ser
solucionado face à lei”.
Um mês antes de António Figueiredo ser
detido, a 17 de Outubro de 2014, Marques Mendes pergunta-lhe se pode
levar ao IRN uma senhora por quem também tinha intercedido. Desta vez os
seus esforços não foram em vão: presença habitual nas colunas sociais
da imprensa brasileira, a nora do fundador do grupo Pão de Açúcar, Geyze
Marchesi Diniz, conseguiu mesmo a dupla nacionalidade. “É muito
importante, porque eles vão investir muito dinheiro em Portugal”,
advogara Marques Mendes quando telefonara ao presidente do IRN para
saber do andamento do processo.
Segundo o comentador televisivo, a
ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, tinha sido alertada para a
questão e também era da mesma opinião. Marques Mendes aproveitou a
ocasião para pedir ajuda para a sua filha, que estava com problemas
relacionados com o cartão do cidadão. António Figueiredo pede-lhe para
ela ir ter com ele aos serviços. “Era uma situação de emergência”, alega
hoje Marques Mendes: a rapariga ia casar e não conseguia fazer a
escritura da casa sem resolver o assunto.
As conversas com o amigo
de Miguel Macedo, Jaime Gomes, sobre o IVA no negócio dos doentes
líbios são escutadas pela Judiciária em Julho de 2014. O antigo líder do
PSD explicou ao PÚBLICO que o empresário lhe pediu que a Abreu
Advogados, de que o social-democrata é consultor, lhe desse uma opinião
jurídica acerca do assunto. “Coloquei-o em contacto com uma especialista
em direito fiscal. É o meu único contacto com tal caso”, assegura. Nas
escutas, o sócio das fraldas descartáveis conta a Marques Mendes que
conseguiu convencer a Autoridade Tributária de que a firma Intelligent
Life Solutions não teria de pagar o imposto. “Essa coisa do IVA é
importante. Porque sem isso o seu negócio ‘tava furado, não é?”, observa
o comentador televisivo. “Morto. Morto. Morto”, repete o outro.
O
Departamento Central de Investigação e Acção Penal também achou
importante. Por isso é que imputou ao ex-ministro Miguel Macedo também
um crime de tráfico de influências, relacionado com um pedido que ele
terá feito ao secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Paulo Núncio,
para receber pessoalmente Lalanda de Castro, responsável da empresa que
trouxe a Portugal os feridos de guerra - e antigo patrão de José
Sócrates na Octapharma, além de suspeito de tráfico de influências na
Operação Marquês.
Resolvida a questão do IVA, subsiste, porém, um
problema: tirar os líbios do cenário de guerra, o que não parecia ser
fácil, porque o aeroporto de Tripoli tinha fechado. Marques Mendes e
Jaime Gomes não resistem a fazer umas piadas sobre a situação dos
doentes. “Quantos mais feridos houver, mais oportunidades existem. Não
quero que ninguém morra, mas quero que a minha vida corra”, diz o
empresário. “Só convém que não morram”, anui Marques Mendes,
acrescentando: “Se os gajos ficarem assim um bocado tortos, isso até dá
jeito”.
* Esta notícia só confirma o temperamento viscoso do comentador que a SIC insiste em sustentar.
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HOJE NO
"A BOLA"
"A BOLA"
«Sou boa por trás» – Gavrilova
A tenista australiana, de origem russa, Daria
Gavrilova cometeu uma gaffe, após a vitória frente a Kiki Mladenovic, no
Open da Austrália.
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Gavrilova, que revelou alguns problemas com o
inglês, na entrevista, após o jogo, perante milhares de espectadores,
acabou por dizer que era «boa por trás» e rapidamente percebeu a gaffe,
mas já era tarde...
O vídeo já é viral...
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O vídeo já é viral...
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* Quem somos nós para a contradizer, atenção ao minuto 2.
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