25/11/2015

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HOJE NO
"DIÁRIO  ECONÓMICO"

Juncker avisa que não há euro
 sem espaço Schengen

O aviso, que é também uma convicção, foi feito ontem por Jean-Claude Juncker perante o Parlamento Europeu, em Estrasburgo. “Schengen não é um conceito neutro, mas sim uma das pedras angulares da construção europeia”, disse o presidente da Comissão, depois de frisar que “todos os que acreditam na Europa e nos seus valores têm de tentar reanimar o espírito de Schengen”.
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Desde o Verão que a zona Schengen – que prevê a livre circulação de pessoas entre os 26 Estados signatários – tem estado sob forte pressão dos milhares de pessoas que tentam chegar a território europeu para fugir de conflitos e guerras no Médio Oriente e África. A crise migratória já levou vários países, como a Hungria ou a Dinamarca, a restaurar controlos temporários das fronteiras e o Reino Unido, nas condições que enviou a Bruxelas para renegociar o futuro do país dentro da união, quer incluir travões a todos os imigrantes, incluindo os europeus. De acordo com as estimativas da Comissão Europeia, um milhão de pessoas deve chegar à UE até ao final do ano, aos quais se devem juntar outros três milhões até 2017.

Com este cenário em pano de fundo e os atentados de Paris – em que um passaporte de um refugiado foi associado a um dos suspeitos de terrorismo – o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, afirmou ontem à imprensa alemã que não é possível que a Europa continue a aceitar mais refugiados.

Em referência à iniciativa de Angela Merkel de acolher todos os sírios, Valls - que se prepara para as eleições regionais em Dezembro - disse que embora tenha sido “uma decisão respeitável, não foi França que disse: venham a mim!”. O líder francês põe assim em causa a ideia de Bruxelas de redistribuir 160 mil refugiados por países europeus. Para Paris, a solução passa não pela reintrodução de controlos fronteiriços dentro da Europa, mas sim pelo reforço das fronteiras externas da União. “Fecharmo-nos nas nossas fronteiras não vai resolver o problema” dos refugiados, respondeu a chanceler alemã.

* A União Europeia está a um passo de se desmoronar, não será por obra dos comunistas.

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