.
Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
03/10/2014
.
* Crato e as suas "cratinices"
.
HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS
DA MADEIRA"
Novas listas deixam 150 professores
sem colocação
Mais de 150 professores, em 800, ficaram sem
colocação na bolsa de contratação das escolas, com a divulgação, hoje,
das novas listas de ordenação dos candidatos, depois de terem sido
detetados erros nas anteriores, informou o Ministério da Educação.
A tutela ressalvou à Lusa que se trata de uma situação provisória,
tendo os docentes de aguardar as vagas deixadas por colegas colocados,
em simultâneo, em dois concursos para suprimir necessidades temporárias
de professores: a bolsa de contratação das escolas e a reserva de
recrutamento.
O ministério adianta que os docentes, agora sem colocação, poderão
ainda recorrer a uma nova bolsa de contratação e a uma nova reserva de
recrutamento, cujas listas de ordenação dos candidatos serão divulgadas
na próxima semana.
Esgotadas estas opções, "as situações residuais serão analisadas caso a caso", compromete-se a tutela.
Na bolsa de contratação inicial das escolas, de setembro, foram
colocados cerca de 800 professores. A identificação de erros nas listas
de ordenação dos candidatos levou à demissão do antigo diretor-geral
da Administração Escolar e a um pedido de desculpas do ministro da
Educação, Nuno Crato, que assegurou que nenhum professor seria
prejudicado.
A Federação Nacional da Educação, afeta à UGT, estima, no entanto,
que perto de 500 docentes fiquem sem colocação, após a divulgação das
novas listas.
A bolsa de contratação visa suprimir necessidades prementes das
escolas ou agrupamentos de escolas, com contrato de autonomia e em
território educativo de intervenção prioritária, designadamente a
substituição imediata de um professor de baixa médica.
A reserva de recrutamento destina-se igualmente a preencher necessidades temporárias de professores nas escolas.
.
.
.
HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Vendas no retalho sobem
2,3% em Portugal
As vendas no comércio a retalho cresceram
2,3% em Portugal, em Agosto, um dos maiores aumentos da zona euro, onde
a subida foi de 1,2%, revela o Eurostat.
As vendas no comércio a retalho cresceram 1,2% na zona
euro em Agosto face a Julho e 1,4% na União Europeia, revela hoje o
Eurostat. Em Julho, as vendas tinham caído 0,4%.
Comparando com o mesmo mês de 2013, as vendas no retalho aumentaram em Agosto 1,9% na zona euro e 2,5% na União Europeia.
Segundo o Eurostat, o aumento de 1,2% no volume de negócios em Agosto
face a Julho na zona euro deveu-se sobretudo ao crescimento das vendas
de combustíveis automóveis (1,7%) e bens não alimentares (1,5%).
Os maiores aumentos no retalho registaram-se na Alemanha e no
Luxemburgo (ambos com 2,5%), seguidos de Portugal e da Suécia (ambos com
2,3%). Já no mês anterior Portugal tinha registado um dos valores mais
elevados (2,4%).
As maiores quedas foram na Roménia e Eslováquia
(-0,6%).
Já em termos homólogos, o crescimento de 1,9% ficou a deveu-se ao
aumento de 3,6% das vendas nos bens não alimentares. O volume de
negócios aumentou em todos os Estados-membros que apresentaram dados
disponíveis, com o Luxemburgo, a Estónia e o Reino Unido a liderarem as
vendas.
* Uma pequenina boa notícia, melhor que nada.
.
.
.
HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
"CORREIO DA MANHÃ"
Acidentes mataram 341 pessoas em 2014
Entre janeiro e setembro registaram-se em Portugal 85.582 acidentes rodoviários.
Os acidentes nas estradas portuguesas causaram este ano 341 mortos,
menos 30 do que em igual período de 2013, indicam dados da Autoridade
Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR).
A ANSR, que reúne dados da PSP e da GNR, adianta que, entre 1 de
janeiro e 30 de setembro, registaram-se 85 582 acidentes rodoviários,
mais 391 do que no mesmo período do ano passado, quando ocorreram 85 191
desastres.
A ANSR indica também que 1508 pessoas ficaram gravemente feridas,
entre 1 de janeiro e 30 de setembro, menos 37 do que no mesmo período de
2013. Os acidentes rodoviários provocaram ainda este ano 25.838 feridos
ligeiros, menos 1.263 do que em 2013.
Segundo a Segurança Rodoviária, os 85 582 acidentes provocaram 341
mortos, sendo os distritos do Porto (44), Lisboa (35) e Coimbra que
registaram o maior número de vítimas mortais. Já os distritos onde
ocorreram o menor número de mortos foram a Guarda e Portalegre, com sete
vítimas mortais em cada um.
Os dados da ANSR dizem respeito às vítimas mortais cujo óbito ocorreu no local do acidente ou a caminho do hospital.
* Morreram 38 pessoas por mês, uma guerra civil lusitana.
.
HELENA MATOS
.
IN "OBSERVADOR"
30/09/14
.
Na morte de Alpoim Calvão:
Como é que os portugueses
(não) souberam da Mar Verde?
Uma operação que dava um filme. Uma incursão que acabou a ser discutida nas Nações Unidas. Um resgate de prisioneiros realizado com êxito. A história da Mar Verde confunde-se com a de Alpoim Calvão.
Novembro de 1970. Sá Carneiro começa a publicar no “Diário Popular”
uma coluna designada “Sétima página” onde chama a atenção para a próxima
revisão da Constituição. Na avenida de Ceuta, em Lisboa, abre o
primeiro hipermercado português. Gabriel Cardoso era eleito o Rei da
Rádio. O Governo de Marcelo Caetano e o Episcopado da Metrópole
enfrentam-se por causa da frequência da disciplina de Religião e Moral. O
Sporting goleara o Boavista (8-0) e o Farense derrotou o Benfica (1-0).
Claro que em matéria de notícias nada concorria com a descoberta do Esquartejador,
um afinador de máquinas de costura, de aspecto sorridente e bonacheirão
que, segundo os jornais, a mulher deixara “porque tinha defeito”, e a
quem é imputada a autoria de vários homicídios unidos por denominador
comum: cadáveres de homens cujo rosto fora mutilado.
Politicamente havia a sobressair as bombas que a 20 de Novembro
explodem frente ao edifício conhecido como Escola da PIDE em
Sete-Rios, na Av. Duque de Loulé, junto ao Centro Cultural da Embaixada
dos EUA e no Cais da Fundição, em Santa Apolónia onde estava atracado o
paquete «Niassa». A ARA, organização terrorista criada pelo PCP, que
entretanto reivindicara o atentado contra o navio «Cunene», é
apresentada como a responsável por mais estes atentados mas não é ainda
associada ao PCP pelas autoridades. Na conferência de imprensa que dá
sobre estes atentados, Silva Pais, director da PIDE, declara que se está
perante “actividades maoístas”.
Mas algo mais se passava: na noite de 21 para 22 de Novembro, Alpoim
Calvão, à frente de uma companhia de comandos africanos e de um
destacamento de fuzileiros também na sua maioria africanos e de alguns
membros da oposição a Sekou Touré, presidente da Guiné Conackry,
desembarca em Conakri. Esta operação de nome “Mar Verde” tinha como
objectivos: provocar um golpe de estado na Guiné Conakry; destruir as
instalações do PAIGC em Conakri; capturar Amílcar Cabral e levá-lo para
Bissau e libertar os 26 militares portugueses que estavam detidos numa
prisão de Conakry. Alguns como o sargento Lobato há mais de sete anos.
As fugas de informação e a deficiente recolha de dados feita pela
PIDE na preparação desta operação têm sido as explicações para que nem
Amílcar Cabral nem outros altos quadros do PAIGC estivessem em Conakri e
que os aviões MIG que Portugal tinha como objectivo crucial destruir
também não estivessem no aeroporto. Vários serviços secretos
estrangeiros deviam estar ao corrente da preparação desta operação pois
foi à URSS que Portugal comprou, através da firma da família Zoio, as
armas que usou nesta operação.
Alpoim Galvão que tinha até ao amanhecer para poder executar a operação retira sem conseguir que Sekou Touré fosse derrubado.
Abandonados à sua sorte ficaram os opositores de Sekou Touré –
aqueles que tinham contado com o apoio português e aqueles que nunca
tinham mantido qualquer contacto com Portugal ou sequer visto um
português. Foram indistintamente chacinados nos dias seguintes. O
próprio bispo de Conakry, Raymoond Tscidimbo, acabou preso, torturado e
condenado a trabalhos forçados sob a acusação de golpismo. Enforcado
numa árvore de Bissau foi também Januário Lopes, um tenente guineense
dos comandos portugueses na Guiné que se entregou às forças de Conakry.
Januário Lopes que tinha um irmão no PAIGC partiu contrariado para esta
operação e uma vez em Conakry decide entregar-se às forças de Sekou
Touré. Portugal desvincula-se da presença de Januário Lopes e dos homens
que o acompanhavam em Conakry. Sekou Touré não os reconhece como
desertores do exército português e potenciais apoiantes do PAIGC. São
todos executados.
No que respeita à libertação dos presos a operação foi um completo
sucesso e um sucesso que raramente forças armadas doutros países
conseguiram em situações similares: os 26 militares portugueses que
estavam detidos numa prisão de Conakry foram resgatados sãos e salvos. À
excepção do grupo de Januário Lopes o exército português conta apenas
uma baixa
A 23 de Novembro começam a sair em Portugal notícias sobre a invasão
da Guiné Conakry “por mercenários”. São desmentidas pelo governo
português e por Spínola quaisquer interferências de Portugal nesses
acontecimentos. Nos dias seguintes Spínola desmente de novo a
participação portuguesa na invasão de Conackry.
A 29 de Novembro pequenas notícias dão conta que “conseguiram fugir
da República da Guiné portugueses ali detidos”. E a 30 de Novembro no
meio do grande destaque informativo sobre a aprovação do divórcio em
Itália – 319 deputados votaram a favor, 286 contra – fica a saber-se que
já estão em Lisboa os portugueses que oficialmente tinham fugidos das
prisões de Conackry.
Entre eles há um nome que se destaca: António Lobato. Fora preso em
1963. Tinha então 25 anos. Pesava 73 quilos. Volta com 33 anos e 48
quilos. Sempre declarou não ter sido maltratado pelo PAIGC e sempre
recusou assinar os papéis que o PAIGC lhe punha à frente com condenações
ao exército português, assinatura essa que lhe garantiria imediatamente
a sua libertação e colocação num país de leste.
Outros como Manuel Marques de Oliveira, Rafael Jorge Ferreira, Manuel
Augusto Silva, António Rosa e José Vieira Lauro tinham sido dados como
mortos. Os pais estavam de luto e nos jornais das suas terras saíra a
notícia das respectivas mortes.
Todos estes homens se comprometeram por escrito a não revelar as circunstâncias da sua libertação.
IN "OBSERVADOR"
30/09/14
.
.
.
HOJE NO
"OBSERVADOR"
"OBSERVADOR"
O comprimido que tira a vontade de beber álcool e que pode salvar vidas
Na Escócia já é usado desde outubro do ano passado e na Inglaterra deverá ser aprovado em novembro. As autoridades de saúde inglesas acreditam que o Nalmefene pode salvar centenas de vidas.
Três libras (cerca de 3,83 euros) podem salvar 1854 vidas em cinco
anos e prevenir mais de 43 mil doenças e ferimentos relacionados com o
consumo de álcool. Essa é a convicção do National Institute for Health
and Care Excellence (NICE) que acaba de recomendar o uso de Nalmefene no
Reino Unido. Um comprimido que inibe o desejo de consumo de álcool e
cuja lamela custa três libras.
Segundo os especialistas do NICE, no Reino Unido há 600 mil pessoas que bebem diariamente meia garrafa de vinho ou três pints (cerca
de 1,7 litros de cerveja). Todos estes consumidores são elegíveis para
tomar estes comprimidos. Testes feitos com o Nalmefene mostrame reduz em
61 %, ao longo de seis meses, o consumo de álcool.
Desde outubro do ano passado que este comprimido é usado na Escócia.
Em Inglaterra, o Serviço Nacional de Saúde espera pela decisão final
que, em novembro, irá aprovar o orçamento de 228 milhões de libras
anuais para esta medicação. “Nalmefene é o único medicamento licenciado
para ajudar os consumidores a parar de consumir álcool. A dependência do
álcool é diagnosticada se o consumidor apresentar três dos seguintes
seis sintomas:
1. Forte desejo em ingerir álcool.
2. Dificuldades em controlar a ingestão de álcool.
3. Negligenciar hobbies por causa do uso do álcool.
4. Continuar a beber álcool mesmo quando sofre as suas consequências secundárias.
5. Tolerância aos efeitos do álcool.
6. Sintomas de abstinência por não beber álcool.
* Seria tão bom comprovar a eficácia do medicamento.
.
.
www.reabitar.pt | Reabi(li)tar
O Meu Bairro
Episodio 5 Foz
Escritor Richard Zimler
RTP2
.
5-O MEU BAIRRO
FOZ- PORTO
Desta vez a visita no Bairro da Foz, no Porto, contempla a casa de
Richard Zimler, fulcral neste "bairro"e onde reside há 16 anos.
O passeio de Zimler é feito em lugares muito comuns, com os quais o escritor tem alguma afinidade: o Colégio Inglês, o Posto de Correios da Foz, a pastelaria Tavi na antiga rua dos eléctricos, o Parque do Passeio Alegre e as ruas da Foz Velha.
O passeio de Zimler é feito em lugares muito comuns, com os quais o escritor tem alguma afinidade: o Colégio Inglês, o Posto de Correios da Foz, a pastelaria Tavi na antiga rua dos eléctricos, o Parque do Passeio Alegre e as ruas da Foz Velha.
www.reabitar.pt | Reabi(li)tar
O Meu Bairro
Episodio 5 Foz
Escritor Richard Zimler
RTP2
.
.
.
HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Banco de Portugal alerta
para riscos de bitcoins
O Banco de Portugal (BdP) lançou hoje um alerta sobre os "riscos de
utilização de moedas virtuais", como é o caso do ATM de 'bitcoins' que é
inaugurado sábado em Lisboa.
"Sobre a disponibilização ao
público de ATM com a possibilidade de troca entre 'bitcoins' e euros, o
BdP informa que este ATM não está integrado no sistema de pagamentos
português", avisa o banco central em comunicado.
A instituição financeira sublinha que "as moedas virtuais não são seguras", acrescentando que as entidades que as emitem e comercializam "não são reguladas nem supervisionadas por qualquer autoridade do sistema financeiro, nacional ou europeia".
Questionado sobre as preocupações de segurança com os 'bitcoins' e outras moedas virtuais, o diretor-geral da Captain Wings, operadora do ATM que é inaugurado sábado, referiu à agência Lusa que "a tecnologia por trás dos 'bitcoins' é de tal forma segura que já todos disseram, incluindo autoridades financeiras, que é sem dúvida o futuro. Não gostam é da própria moeda".
Um dos problemas levantados pelo BdP é o facto de os utilizadores destas moedas virtuais suportarem "todo o risco", uma vez que "não existe garantia" de que sejam aceites nas transações comerciais. Por outro lado, "em caso de desvalorização parcial ou total das 'moedas virtuais', não existe um fundo que cubra eventuais perdas dos utilizadores", acrescenta o banco central.
Outra das questões é que "o consumidor pode perder o seu dinheiro na plataforma de negociação e corre o risco de o dinheiro da sua carteira digital poder ser roubado", não existindo qualquer proteção legal que assegure o reembolso.
O BdP alerta ainda que "as transações em 'moeda virtual' podem ainda ser utilizadas indevidamente em atividades criminosas, incluindo no branqueamento de capitais", e lembra que tanto o Banco Central Europeu como a Autoridade Bancária Europeia lançaram alertas durante os três últimos anos.
Confrontado com o risco de os consumidores poderem perder facilmente este dinheiro virtual, alojado num telemóvel ou num computador, o diretor-geral da Captain Wings, Joaquim Lambiza, disse que estas moedas funcionam com chaves criptográficas de tal forma complexas, que só o seu proprietário, munido das respetivas passwords, lhes consegue ter acesso.
"O que se deve sempre fazer é um 'backup' (guardar em arquivo) das passwords associadas", sublinhou o mesmo responsável, acrescentando que as pessoas devem por exemplo limitar as 'bitcoins' que transportam nos seus telemóveis ao montante que levariam na carteira".
Pelo facto de não estarem ligadas a um governo central ou a uma entidade financeira, o valor das 'bitcoins' e outras moedas virtuais semelhantes é definido totalmente pelo mercado, através de empresas que as compram e vendem. "As pessoas dizem que com estas moedas, por não haver intervenção do Estado, não existem garantias quando se perde o dinheiro. Mas o objetivo é precisamente não haver um controlo central", salientou.
Joaquim Lambiza acrescentou que para impedir eventuais ações de branqueamento de capitais, o montante máximo transacionado de cada vez no ATM deverá limitar-se a 400 euros. "Os Estados Unidos têm desenvolvido regulamentação que está a funcionar e o Banco Central Europeu está também a criar novas regras, que estamos a aguardar", disse ainda, referindo-se às questões de prevenção contra eventuais operações ilegais com estas moedas.
O primeiro ATM português de 'bitcoins' vai ser inaugurado sábado em Lisboa, prevendo-se que em breve entrem em funcionamento outros dois aparelhos semelhantes no Algarve e um outro no Porto.
* Para moedas virtuais já nos chegam as do "Espírito Beato".
A instituição financeira sublinha que "as moedas virtuais não são seguras", acrescentando que as entidades que as emitem e comercializam "não são reguladas nem supervisionadas por qualquer autoridade do sistema financeiro, nacional ou europeia".
Questionado sobre as preocupações de segurança com os 'bitcoins' e outras moedas virtuais, o diretor-geral da Captain Wings, operadora do ATM que é inaugurado sábado, referiu à agência Lusa que "a tecnologia por trás dos 'bitcoins' é de tal forma segura que já todos disseram, incluindo autoridades financeiras, que é sem dúvida o futuro. Não gostam é da própria moeda".
Um dos problemas levantados pelo BdP é o facto de os utilizadores destas moedas virtuais suportarem "todo o risco", uma vez que "não existe garantia" de que sejam aceites nas transações comerciais. Por outro lado, "em caso de desvalorização parcial ou total das 'moedas virtuais', não existe um fundo que cubra eventuais perdas dos utilizadores", acrescenta o banco central.
Outra das questões é que "o consumidor pode perder o seu dinheiro na plataforma de negociação e corre o risco de o dinheiro da sua carteira digital poder ser roubado", não existindo qualquer proteção legal que assegure o reembolso.
O BdP alerta ainda que "as transações em 'moeda virtual' podem ainda ser utilizadas indevidamente em atividades criminosas, incluindo no branqueamento de capitais", e lembra que tanto o Banco Central Europeu como a Autoridade Bancária Europeia lançaram alertas durante os três últimos anos.
Confrontado com o risco de os consumidores poderem perder facilmente este dinheiro virtual, alojado num telemóvel ou num computador, o diretor-geral da Captain Wings, Joaquim Lambiza, disse que estas moedas funcionam com chaves criptográficas de tal forma complexas, que só o seu proprietário, munido das respetivas passwords, lhes consegue ter acesso.
"O que se deve sempre fazer é um 'backup' (guardar em arquivo) das passwords associadas", sublinhou o mesmo responsável, acrescentando que as pessoas devem por exemplo limitar as 'bitcoins' que transportam nos seus telemóveis ao montante que levariam na carteira".
Pelo facto de não estarem ligadas a um governo central ou a uma entidade financeira, o valor das 'bitcoins' e outras moedas virtuais semelhantes é definido totalmente pelo mercado, através de empresas que as compram e vendem. "As pessoas dizem que com estas moedas, por não haver intervenção do Estado, não existem garantias quando se perde o dinheiro. Mas o objetivo é precisamente não haver um controlo central", salientou.
Joaquim Lambiza acrescentou que para impedir eventuais ações de branqueamento de capitais, o montante máximo transacionado de cada vez no ATM deverá limitar-se a 400 euros. "Os Estados Unidos têm desenvolvido regulamentação que está a funcionar e o Banco Central Europeu está também a criar novas regras, que estamos a aguardar", disse ainda, referindo-se às questões de prevenção contra eventuais operações ilegais com estas moedas.
O primeiro ATM português de 'bitcoins' vai ser inaugurado sábado em Lisboa, prevendo-se que em breve entrem em funcionamento outros dois aparelhos semelhantes no Algarve e um outro no Porto.
* Para moedas virtuais já nos chegam as do "Espírito Beato".
.
.
.
HOJE NO
"RECORD"
"RECORD"
Parlamento aprova voto de saudação
à seleção portuguesa
A Assembleia da República aprovou esta sexta-feira, por unanimidade,
um voto de saudação à seleção portuguesa de ténis de mesa pela conquista
do campeonato da Europa, apresentado por todas as bancadas.
No
domingo, a seleção portuguesa de ténis de mesa venceu, pela primeira
vez, o campeonato da Europa, ao derrotar a Alemanha por 3-1 na final dos
europeus por equipas, que se disputaram em Lisboa.
"A
seleção portuguesa de ténis de mesa atingiu o ponto mais alto da
história da modalidade em Portugal", lê-se no voto apresentado por PSD,
PS, CDS-PP, PCP, BE e PEV, que assinalam o facto de Portugal
anteriormente "nunca ter chegado a uma final de campeonatos da Europa".
O
parlamento considera que o título alcançado constitui "motivo de
orgulho para todos os portugueses, incentivo para os mais jovens e para a
prática da modalidade".
Através deste voto de saudação, "a
Assembleia da República associa-se ao sentimento de reconhecimento
nacional por este resultado inédito, saudando os atletas, a equipa
técnica e a Federação Portuguesa de Ténis de Mesa pela excelente
demonstração do seu valor desportivo".
* Era o que mais faltava não serem saudados pelos representantes políticos dos portugueses, para a maioria destes um voto de desprezo.
.
.
.
HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Acordo ortográfico será aplicado
em todos os países
A nova diretora do Instituto Internacional da Língua Portuguesa
defendeu, esta sexta-feira, que o acordo ortográfico será aplicado em
todos os Estados da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa,
admitindo que cada um tem um ritmo próprio.
.
Angola e Moçambique são os únicos entre os oito Estados da CPLP -- antes da adesão, em julho, da Guiné Equatorial -, que ainda não ratificaram o novo acordo ortográfico da língua portuguesa.
.
Angola e Moçambique são os únicos entre os oito Estados da CPLP -- antes da adesão, em julho, da Guiné Equatorial -, que ainda não ratificaram o novo acordo ortográfico da língua portuguesa.
Trata-se de "uma questão muito sensível,
como qualquer questão de língua, que traz sempre muita discussão e
promove muitos desacordos", reconheceu Marisa Mendonça, que hoje foi
empossada como nova diretora-executiva do Instituto Internacional da
Língua Portuguesa (IILP), organismo da CPLP.
"Encontraremos no IILP, sem invadir aquilo que são as responsabilidades nacionais das autoridades de cada um dos países, uma linha de ação para verificar como é que poderemos apoiar os países que ainda não implementaram o acordo", declarou a responsável.
A diretora-executiva recordou que a lei foi ratificada pelos presidentes da República de todos os membros da CPLP e já foi adotada por, pelo menos, três Estados, o que obriga os restantes a implementar o acordo.
"Logicamente, essa implementação tem ritmos diferentes, porque os países são diferentes e as possibilidades económicas e os recursos humanos especializados para uma implementação para este tipo de acordo não são iguais para todos os países. Cada país é que tem de determinar qual é o tempo necessário para que esta implementação seja realmente efetiva", sustentou.
Marisa Mendonça foi hoje empossada como diretora do IILP durante uma reunião extraordinária do comité de concertação permanente, na sede da CPLP, em Lisboa.
Sobre as prioridades do seu mandato, a diretora do instituto garantiu que haverá uma continuidade dos projetos do seu antecessor, Gilvan Müller de Oliveira, como o vocabulário ortográfico comum (VOC) e o portal do professor de língua portuguesa língua estrangeira/língua não materna.
Por outro lado, a responsável pretende "dinamizar uma série de ações que possam promover a língua portuguesa", entre os objetivos definidos pelos planos de ação de Lisboa e de Brasília.
A internacionalização do português e a promoção da língua, através do ensino junto das diásporas e em Estados que fazem fronteira com países de língua portuguesa, mantêm-se como grandes metas do IILP.
"Os países que são o IILP terão de juntar os seus recursos em prol do desenvolvimento desta língua que é de todos nós", defendeu.
Questionada sobre o subfinanciamento crónico deste organismo, com vários países, entre os quais o Brasil, a falhar o pagamento de quotas, Marisa Mendonça reconheceu que o IILP está "numa situação muito precária".
A responsável pretende contactar as autoridades de todos os Estados-membros para os mobilizar para contribuir para o IILP e manifestou-se confiante que é possível "virar essa página".
A CPLP é composta por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Portugal e Timor-Leste.
* O "Acordo Ortográfico" é o verdadeiro aborto da língua portuguesa.
"Encontraremos no IILP, sem invadir aquilo que são as responsabilidades nacionais das autoridades de cada um dos países, uma linha de ação para verificar como é que poderemos apoiar os países que ainda não implementaram o acordo", declarou a responsável.
A diretora-executiva recordou que a lei foi ratificada pelos presidentes da República de todos os membros da CPLP e já foi adotada por, pelo menos, três Estados, o que obriga os restantes a implementar o acordo.
"Logicamente, essa implementação tem ritmos diferentes, porque os países são diferentes e as possibilidades económicas e os recursos humanos especializados para uma implementação para este tipo de acordo não são iguais para todos os países. Cada país é que tem de determinar qual é o tempo necessário para que esta implementação seja realmente efetiva", sustentou.
Marisa Mendonça foi hoje empossada como diretora do IILP durante uma reunião extraordinária do comité de concertação permanente, na sede da CPLP, em Lisboa.
Sobre as prioridades do seu mandato, a diretora do instituto garantiu que haverá uma continuidade dos projetos do seu antecessor, Gilvan Müller de Oliveira, como o vocabulário ortográfico comum (VOC) e o portal do professor de língua portuguesa língua estrangeira/língua não materna.
Por outro lado, a responsável pretende "dinamizar uma série de ações que possam promover a língua portuguesa", entre os objetivos definidos pelos planos de ação de Lisboa e de Brasília.
A internacionalização do português e a promoção da língua, através do ensino junto das diásporas e em Estados que fazem fronteira com países de língua portuguesa, mantêm-se como grandes metas do IILP.
"Os países que são o IILP terão de juntar os seus recursos em prol do desenvolvimento desta língua que é de todos nós", defendeu.
Questionada sobre o subfinanciamento crónico deste organismo, com vários países, entre os quais o Brasil, a falhar o pagamento de quotas, Marisa Mendonça reconheceu que o IILP está "numa situação muito precária".
A responsável pretende contactar as autoridades de todos os Estados-membros para os mobilizar para contribuir para o IILP e manifestou-se confiante que é possível "virar essa página".
A CPLP é composta por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Portugal e Timor-Leste.
* O "Acordo Ortográfico" é o verdadeiro aborto da língua portuguesa.
.
.
.
HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Ministra diz que assumir directamente
as florestas é reconhecimento
da importância do sector
A ministra da Agricultura, Assunção Cristas, disse
hoje que a falta de substituição do secretário de Estado das Florestas
"não é nenhuma desvalorização do sector, antes pelo contrário".
.
"Não tenho memória de nenhum ministro
que tenha assumido directamente a área das florestas e é isso que me
proponho fazer. Muito me agrada e honra assumir o sector florestal, que é
um sector com muito trabalho feito, grande potencial e enormes desafios
e cá estamos para os agarrar", afirmou à Lusa, durante uma visita à
Adega Campolargo, em Anadia.
A SANTA DO GALHO |
Assunção Cristas disse lamentar a saída do Governo do professor Gomes
da Silva, realçando as suas qualidades profissionais e humanas, mas
entender mais conveniente assumir ela própria a responsabilidade do
sector.
"Lamento que ele tenha saído mas, perante essa circunstância, o que
entendo mais conveniente nesta altura é poder assumir directamente a
generalidade das matérias e uma ou outra poder delegar", justificou.
Comentando as reacções após ser conhecida a demissão do secretário de
Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, a ministra disse
compreendê-las: "Quando há alguma mudança há sempre algum clima de
instabilidade por se pensar como vai correr, mas o que posso dizer é que
estou preparada e o meu gabinete está-se a preparar, com gente
conhecedora do sector, para podermos continuar o excelente trabalho que
vinha sendo feito".
O deputado socialista Miguel Freitas considerou na quinta-feira a
demissão do secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural
"preocupante" e reveladora da "desvalorização" que o sector florestal
tem merecido do actual Governo.
O secretário de Estado foi exonerado a seu pedido, segundo o
Ministério da Agricultura e Mar, e as suas funções "serão assumidas
internamente" pela ministra e restante equipa, que fica assim reduzida a
três secretários de Estado (Agricultura, Mar e Alimentação e
Investigação Agro-alimentar).
* Pobre floresta, sorte madrasta, pior que a ministra Assunção não deve haver não!
.
.
.
HOJE NO
"DESTAK"
"DESTAK"
Mais de 350 mil trabalhadores saíram das PME portuguesas nos últimos 5 anos
Mais de 350 mil trabalhadores saíram das Pequenas e Média Empresas (PME) portuguesas entre 2008 e 2013, uma redução em cinco anos de 13,5% do total da força de trabalho, divulgou hoje a Comissão Europeia num relatório.
Ainda segundo a análise às PME por países, feita por Bruxelas, em 2013 existiam mais de 774 mil destas empresas em Portugal, que empregavam 2,26 milhões de pessoas e geravam 44 mil milhões de euros em valor acrescentado para a economia.
As PME representavam no ano passado, em Portugal, 99,9% da totalidade das empresas existentes e 66,5% do valor criado na economia. Eram ainda as responsáveis por 78,9% do total de empregos criados no setor privado não financeiro, diz Bruxelas.
* "Um sucesso" dirá o governo, preocupado que anda em destruir o país.
.
.
.
HOJE NO
"i"
"i"
Investigação i.
Salgado recusou explicar à família os
14 milhões que recebeu de empreiteiro
Nem presente, nem comissão. Salgado disse aos ramos da família que José Guilherme era assunto do "foro pessoal". Primo do Brasil atacou-o: "Se um director meu receber um presente de um cliente, o que lhe vou dizer?"
Ricardo Salgado costumava referir-se ao Conselho Superior do Grupo
Espírito Santo (GES) como o órgão onde "o grupo discute até à exaustão e
só quando todos estão de acordo a decisão é tomada". Esse princípio foi
esquecido na reunião de 7 de Novembro de 2013. Quando confrontado pelo
primo Ricardo Abecassis Espírito Santo com os 14 milhões de euros que
recebeu do construtor José Guilherme, Salgado praticamente proibiu os
restantes membros da família com assento no Conselho Superior de fazerem
perguntas sobre o assunto. O tema, de acordo com a reconstituição feita
pelo i, foi encerrado com uma frase-chave: "Esta relação com o José Guilherme é um assunto do foro pessoal."
Algum dos presentes na reunião tinha mais dúvidas a esclarecer? Não
valia a pena perguntar. "Não aceito mais conversas sobre esta matéria",
rematou o então presidente da comissão executiva do BES.
A reunião que viria a terminar com uma moção de confiança à liderança
de Ricardo Salgado não teve só os momentos de tensão com o primo José
Maria Ricciardi que na altura foram tornados públicos. O maior ataque
veio mesmo de Ricardo Abecassis Espírito Santo. O rosto da família
Espírito Santo no Brasil e primo em segundo grau de Ricardo Salgado
começou por falar de "um desgaste muito grande por parte do grupo"
causado pelo líder do BES e por dossiês que este geria. E acabou por se
centrar no "desgaste adicional" causado pela história do "presente" de
14 milhões do construtor civil da Amadora.
Ricardo Abecassis não acreditava na justificação dada por Ricardo
Salgado e fez um ataque directo: "E desculpe-me mas até agora não aceito
a justificação que foi dada, acho que não é normal, não posso aceitar
que um presidente de um banco receba um presente de um cliente desta
magnitude. Isto leva a que todos os funcionários do banco possam receber
presentes dos clientes e justificar que são seus amigos."
Para reforçar a ideia de que a história - revelada pelo semanário
"Sol" depois de o i ter avançado que o então líder do BES tinha
rectificado 8,5 milhões de euros do IRS de 2011 - dava uma má imagem do
grupo, Abecassis contou que até no Brasil lhe perguntavam "se o
presidente recebia comissões de clientes": "A mim choca-me. Se amanhã um
director meu receber uma comissão ou um presente de um cliente, o que
lhe vou dizer? Que não o pode fazer? Não acho que seja razoável.
Desculpe-me, Ricardo, gosto muito de você mas acho que isso foi além do
que a gente poderia imaginar."
Salgado não gostou de ouvir a palavra "comissões". "A opinião pública
fala de uma comissão, eu não recebi comissão nenhuma", disse, elevando a
voz, segundo testemunhos recolhidos pelo i. Abecassis respondeu de
forma irónica: "Está bem, foi um presente." E Salgado voltou a não
gostar de ouvir a expressão "presente". "Isto não foi nenhum presente,
isto é um assunto que tem a ver com a minha relação pessoal com o José
Guilherme. Nunca tive uma sociedade fora do grupo, nunca. [...] Nunca
participei em capital de nada, não sou adviser nem conselheiro de
ninguém."
Se aqueles 14 milhões não tinham sido pagos a título de consultoria,
por que razão teria José Guilherme, construtor que era também cliente do
BES, oferecido um montante tão elevado ao banqueiro? Salgado não
esclareceu.
Para mostrar que a sua idoneidade não estava em causa, Salgado
recordou o atestado de inocência do MP e acrescentou que já tinha ido
"duas vezes ao Banco de Portugal" e o próprio regulador teria concordado
que era "um assunto do foro pessoal". "Não faço as coisas no ar e
muni-me dos pareceres necessários para que o assunto ficasse
esclarecido." O problema, insistiu, era que os ataques da imprensa
vinham "dos jornais de Álvaro Sobrinho", que estariam a ser alimentados
com informações "de dentro do próprio grupo". "E não sou só eu que sei
disso, o MP sabe disso, que andou a gravar conversas. Portanto é bom não
batermos muito nessa tecla." Quando um dos membros presentes perguntou
ao então presidente do BES se podia "esclarecer quem foi", Salgado
voltou ao mesmo tom: "Não quero esclarecer mais nada." E mais ninguém
contestou.
CONTRADIÇÕES
A versão que Salgado apresentou aos cinco
ramos da família contradiz uma série de dados que foram tornados
públicos e até algumas das suas declarações. Recorde-se que, como o i
avançou a 17 de Janeiro de 2013, Salgado não tinha declarado 8,5 milhões
de euros dos seus rendimentos às Finanças, razão pela qual tinha feito
nos últimos meses três rectificações fiscais da sua declaração de IRS de
2011. A segunda das três emendas feitas fora de prazo tinha por base a
declaração de um rendimento total de 8,5 milhões de euros de rendimentos
obtidos em Angola.
A alegada fuga ao fisco - que ficou regularizada quando o banqueiro,
no final de 2012, aproveitou o terceiro Regime Excepcional de
Regularização Tributária (RERT) - levou Ricardo Salgado a ser ouvido
como testemunha no DCIAP, o departamento do Ministério Público que
investiga o Caso Monte Branco, no dia 19 de Dezembro de 2012, como o i
também avançou à data. A 18 de Janeiro de 2013, o DCIAP apresentava o
seu atestado de inocência. "Em face das declarações fiscais conhecidas
nos autos, não existem, com referência aos indícios até agora
recolhidos, fundamentos para imputar ao requerente a prática de qualquer
ilícito de natureza fiscal", afirmava o despacho assinado pelo
procurador Rosário Teixeira.
A 30 de Janeiro, Salgado fez as primeiras declarações públicas sobre a
origem daqueles rendimentos. Numa entrevista ao "Jornal de Negócios", o
banqueiro explicou que o dinheiro em causa tinha sido "ganho no
estrangeiro" durante os 17 anos em que trabalhou fora do país, mas não
especificou onde.
Salgado desmentiu sempre que aqueles valores resultassem de comissões
recebidas em Angola, mas em Setembro uma notícia do semanário "Sol"
voltaria a ligar os valores àquele país africano. Segundo aquele jornal,
o empreiteiro José Guilherme teria pago em 2011 8,5 milhões de euros a
Salgado por serviços de consultoria e assessoria aos seus negócios em
Angola no ramo da construção civil. Esse dinheiro teria sido transferido
de uma offshore do construtor para outra de Ricardo Salgado com sede no
Panamá, a Savoices. O rasto dessa transferência tinha sido detectado na
documentação apreendida à Akoya Asset Management, no decorrer da
investigação do Monte Branco.
Já em Julho, o "Jornal de Negócios"
viria a revelar qual tinha sido a justificação apresentada pelo
banqueiro junto do Banco de Portugal e do DCIAP. Resumiu-se a uma
palavra, "liberalidade", o que juridicamente representa "um acto de
carácter espontâneo e a título gratuito que venha a favorecer ou a
beneficiar economicamente alguém". Salgado teria recebido uma oferta do
construtor no valor de 14 milhões de euros. Tudo, contou, porque quando
José Guilherme pensou expandir os seus negócios para o Leste da Europa
Salgado terá feito uma proposta melhor: o construtor deveria antes ir
para Angola.
* Há menos de um ano um puto ia sendo preso por tentar roubar duas pizzas...
Ricardo Salgado anda muito caladinho, está a preparar-se para dar a volta ao Ministério Público, quem ganha balúrdios é o defensor dos oprimidos Proença de Carvalho.
.