Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
13/06/2010
CARTA A UM AMIGO
Olá António
Como vai essa saúde? Do meu lado tudo bem, felizmente.
Escrevo-te hoje para comentar uma particular honraria com que foi galardoado um nosso concidadão.
Eu já sabia há muito tempo que é costume a Rainha de Inglaterra atribuir títulos de nobreza aos cidadãos que se destaquem nas suas áreas de actividades.
Escritores como Terry Pratchett, por exemplo, passam a ser tratados por Sir Terry Pratchett a partir do momento em que a Rainha lhes concede o título de Cavaleiro, ou qualquer outro título nobiliárquico.
Não sabia era que o Presidente dos Estados Unidos também tomava esse tipo de decisões.
Descobri-o agora ao saber que Barack Obama atribuiu a um concidadão nosso o título de Barão.
Junto com o novo Barão moçambicano receberam também o mesmo título um cidadão do México, um da Guiné-Bissau e dois do Afeganistão. Todos eles considerados Barões por Barack Obama.
Até onde percebi esta atribuição do título de Barão começou a ser feita nos Estados Unidos a partir do ano 2000 e, até agora, já receberam essa distinção 87 indivíduos das várias partes do mundo.
É,portanto, a esse selecto grupo que o nosso compatriota se vai juntar por decisão do Chefe de Estado americano, transmitida a partir da Casa Branca, em Washington.
Para esse efeito, Obama considerou mesmo a actividade do nosso concidadão como “significativa”, como justificação para a distinção que lhe atribuiu.
Para esse efeito o estadista americano invocou a Lei de Designação de Barões da Droga Estrangeiros.E, ao abrigo da mesma lei, congelou os bens que o Barão, ou as suas empresas, possa ter em territórios sob controlo do Governo Americano e proibiu quaisquer entidades dos Estados Unidos de realizarem quaisquer transacções financeiras ou comerciais com as mesmas.
No caso da Inglaterra, o título de Barão dá direito e a ser designado Sir e a um brasão que alguns penduram, em grande, por cima da porta das suas residências e outros colocam, mais discretamente,nos seus cartões-de-visita. Aguardemos para ver o que vai fazer o nosso novo Barão.
Sendo ele pessoa muito próxima dos nossos dirigentes, aconselha-se o nosso Protocolo a estudar como ele deve passar a ser tratado a partir de agora, que lugares deve ocupar, qual é a sua posição na lista protocolar das personalidades nacionais.
Um aspecto a salientar é o facto de a proibição de transacções com o novo Barão e com as suas empresas funcionar apenas em relação a cidadãos e instituições americanas.
Isso não proíbe, por exemplo, importantes transacções, que se realizam regularmente, de tantos em tantos anos, e que consistem na aquisição, por quantias significativas, de canetas, cachimbos e outros objectos de valor.
Segundo fonte informada me disse, a modéstia do novo Barão pode ser avaliada por declarações que terá feito, recentemente, a alguém que lhe perguntou como tinha iniciado a sua actividade.
– A vender rebuçados – terá ele respondido. Não informou, no entanto, que tipo de rebuçados vendia nem qual era o recheio deles.
Estamos a crescer, António. Pois se agora até já temos um Barão com reconhecimento internacional!
Um abraço para ti, meu bom amigo, do
PEDRO IVO CARVALHO
Cumprir o sonho de Samuel Eto'o
Na mais recente edição da revista "Time", o jogador de futebol camaronês Samoel Eto'o foi alcandorado a um patamar que normalmente vemos preenchido por chefes de Estado ou figuras que de alguma forma corporizem um certo ideal heróico.
O pretexto era óbvio: o Mundial de futebol que hoje começa na África do Sul. O motivo é que se torna mais complexo: Samuel Eto´o, o franzino negro que se transcende em campo, simboliza o que de pior teve o continente africano e o que de melhor pode ter o continente africano. Cresceu na pobreza, perseguiu um sonho e transformou-se num ícone mundial. Graças ao futebol, "ganhou" uma consciência. "Este desporto é puro sentimento que ultrapassa todas as fronteiras e a melhor arma contra os conflitos políticos", desabafou ele à revista norte-americana.
É verdade que esta visão pode ser redutora, por ser demasiadamente romântica. Mas o futebol, no caso concreto de África, é muito mais do que um desporto e muito mais do que uma indústria feroz que só visa o lucro. Basta ver, como eu tenho visto por estes dias na África do Sul, o fervor com que os adeptos celebram a chegada do Mundial, a forma enternecedora como as nações se cruzam nos despiques verbais que antecedem os desafios, basta constatar que, por mais inebriante que possa ser, a paixão por este desporto, por este espectáculo, não pode ser medida apenas pela calculadora dos patrocínios, dos shares televisivos e da visibilidade nas redes sociais.
in "JORNAL DE NOTÍCIAS"
11/06/10
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Nasceu o meu filho! Chamei-lhe Júnior porque ele é mais novo que eu.
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enviado por A. DIAS
AVALIAÇÃO ESCOLAR
1ª fase (antes de 1974): O aluno ao matricular-se ficava automaticamente chumbado. Teria de provar o contrário ao professor.
2ª fase (até 1992): O aluno ao matricular-se arriscava-se a passar.
3ª fase (a partir de 2007: O aluno ao matricular-se já transitou automaticamente de ano, salvo casos muito excepcionais e devidamente documentados pelo professor, que terá de incluir no processo, obrigatoriamente um "curriculum vitae" extremamente detalhado do aluno e nalguns casos da própria família.
4ª fase (na actualidade): O professor está proibido de chumbar o aluno; nesta fase quem é avaliado é o próprio professor, pelo aluno e respectiva família, correndo o risco (quase certo) de chumbar...
enviado por D.A.M.
APELO A SANTO ANTÓNIO
Ó meu rico Santo António
Meu santinho Milagreiro
Leva-nos daqui o Sócrates
Para ao pé do Sá Carneiro
Se puderes faz um esforcinho
Porque o caminho é penoso
Aproveitas a viagem
E leva o Durão Barroso
Para tudo correr bem
(Que a viagem entristece!)
Faz a limpeza geral
Leva também o PS
E p'ra não ficar a rir-se
Os que são PSD
Mete-os no mesmo carro
Juntos c'os do PCP
Essa viagem é cara
E nada nos vem das hortas
Rentabiliza o percurso
Não deixes ficar o Portas
Tudo deve ficar limpo
Não esqueças nenhuma cousa
Por isso arranja um cantinho
Pr'o Jerónimo de Sousa
Estamos em democracia
(É que não não parece às vezes !)
Aproveitas o transporte
Levas também o Menezes
Já agora faz esse jeito
Em Maio, mês da maçã,
E temperatura a preceito ,
Não te esqueças do Louçã
É que todos são matreiros
Vivem à base de golpes
Faz então mais um favor
E leva o Santana Lopes
Isto chegou a tal ponto
E as coisas correm tão mal
Que só varrendo esta gente
Se salvará Portugal
JUNTA DE SALVAÇÃO NACIONAL
A Junta de Salvação Nacional (JSN) foi um grupo de militares designados para sustentar o governo do Estado Português em Abril de 1974, após o golpe de estado que derrubou o Estado Novo. Esta Junta esteve em funcionamento entre 1974 e 1975, após o comunicado do presidente António de Spínola às 01:30 do dia 26 de Abril.
Origem
A Junta vinha prevista no programa do Movimento das Forças Armadas para o exercício político, até à formação de um governo civil, para precaver a destituição imediata do Presidente da República (o almirante Américo Thomaz) e Governo, dissolução da Assembleia Nacional e do Conselho de Estado, promulgando a Lei Constitucional n.º 1/74, de 25 de Abril. A escolha do Presidente e Vice-Presidente caberiam à própria Junta.
Composição
A Junta de Salvação Nacional era composta por:
- General António Sebastião Ribeiro de Spínola (Exército - presidente);
- General Francisco da Costa Gomes (Exército);
- Brigadeiro Jaime Silvério Marques (Exército);
- General Manuel Diogo Neto (Força Aérea - ausente em Moçambique);
- Coronel Carlos Galvão de Melo (Força Aérea);
- Capitão-de-mar-e-guerra José Baptista Pinheiro de Azevedo (Marinha);
- Capitão-de-fragata António Alva Rosa Coutinho (Marinha).
Exerceu assim interinamente as funções da Presidência da República (de 26 de Abril a 15 de Maio, data em que designou como Chefe de Estado o presidente da Junta, António de Spínola) e da Presidência do Conselho (de 26 de Abril a 16 de Maio, data em que tomou posse o I Governo Provisório, chefiado por Palma Carlos).[1]
Após os acontecimentos de 28 de Setembro de 1974, que culminaram na renúncia do general Spínola à Presidência, deixaram a JSN este oficial, bem como os generais Jaime Silvério Marques, Diogo Neto e Galvão de Melo. O general Francisco da Costa Gomes foi então designado Presidente da República e ingressaram na JSN os seguintes oficiais:
- Tenente-coronel Carlos Fabião (Exército);
- Tenente-coronel Nuno Fisher Lopes Pires (Exército);
- Tenente-coronel Narciso Mendes Dias (Força Aérea);
- Tenente-coronel Aníbal Pinho Freire (Força Aérea);
- Comandante Silvano Ribeiro (Marinha) (interinamente, enquanto durasse o impedimento do almirante Rosa Coutinho, ao tempo ausente em Angola como Alto-Comissário).
Após os acontecimentos de 11 de Março de 1975 a JSN foi extinta, passando os seus então membros a integrar o novo Conselho da Revolução.
wikipédia
ANTÓNIO DE SPÍNOLA
António de Spínola | |
Presidente de Portugal | |
Mandato: | 15 de Maio até 30 de Setembro de 1974 |
Precedido por: | Junta de Salvação Nacional |
Sucedido por: | Costa Gomes |
| |
Nascimento: | 11 de Abril de 1910 Estremoz, Portugal |
Falecimento: | 13 de Agosto de 1996 (86 anos) Lisboa, Portugal |
Primeira-dama: | Maria Helena Martins Monteiro de Barros Spínola |
Profissão: | Militar |
António Sebastião Ribeiro de Spínola GC TE(Estremoz, 11 de Abril de 1910 — Lisboa, 13 de Agosto de 1996), político e militar português, foi o décimo quarto Presidente da República Portuguesa (o primeiro após o golpe do 25 de Abril de 1974).
Biografia de António de Spínola Estudou no Colégio Militar em Lisboa entre 1920 e 1928.
Em 1939, tornou-se ajudante de campo do comando da Guarda Nacional Republicana.
Germanófilo, em 1941 partiu para a frente russa como observador das movimentações da Wehrmacht no início do cerco a Leninegrado, onde já se encontravam voluntários portugueses incorporados na Blaue Division.
Em 1961, em carta dirigida a Salazar, ofereceu-se como voluntário para Angola. Notabilizou-se no comando do Batalhão de Cavalaria n.º 345, entre 1961 e 1963.
Foi nomeado governador militar da Guiné-Bissau em 1968, e de novo em 1972, no auge da Guerra Colonial, nesse cargo, o seu grande prestígio tem origem numa política de respeito pela individualidade das etnias guineenses e à associação das autoridades tradicionais à administração, ao mesmo tempo que continuava a guerra por todos os meios ao seu dispor que iam da diplomacia secreta (encontro secreto com Léopold Sédar Senghor presidente do Senegal) e incursões armadas em países vizinhos (ataque a Conakri, Operação Mar Verde).
Em Novembro de 1973, regressado à metrópole, foi convidado por Marcello Caetano, para a pasta do Ultramar, cargo que recusou, por não aceitar a intransigência governamental face às colónias.
A 17 de Janeiro de 1974, foi nomeado vice-chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, por sugestão de Costa Gomes, cargo de que foi afastado em Março. Pouco tempo depois, mas ainda antes da Revolução dos Cravos, publica Portugal e o Futuro, onde expressa a ideia de que a solução para o problema colonial português passava por outras vias que não a continuação da guerra.
A 25 de Abril de 1974, como representante do Movimento das Forças Armadas, recebeu do Presidente do Conselho de Ministros, Marcello Caetano, a rendição do Governo (que se refugiara no Quartel do Carmo). Isto permitiu-lhe assumir assim os seus poderes públicos, apesar de essa não ter sido a intenção original do MFA.
Instituída a Junta de Salvação Nacional (que passou a deter as principais funções de condução do Estado após o golpe), à qual presidia, foi escolhido pelos seus camaradas para exercer o cargo de Presidente da República, cargo que ocupará de 15 de Maio de 1974 até à sua renúncia em 30 de Setembro do mesmo ano, altura em que foi substituído pelo general Costa Gomes.
Descontente com o rumo dos acontecimentos em Portugal após o 25 de Abril (designadamente pela profunda viragem à esquerda, à qual eram afectos grande número de militares, e a perspectiva de independência plena para as colónias), tenta intervir activamente na política para evitar a aplicação completa do programa do MFA; a sua demissão da Presidência da República após o golpe falhado de 28 de Setembro de 1974 (em que apelara a uma «maioria silenciosa» para se fazer ouvir contra a radicalização política que se vivia), ou o seu envolvimento na tentativa de golpe de estado de direita do 11 de Março de 1975 (e fuga para a Espanha e depois para o Brasil) são disso exemplos. Neste ano, presidiu[1] ao Exército de Libertação de Portugal (ELP), uma organização de teor terrorista de extrema-direita.[2][3]
Não obstante, a sua importância no início da consolidação do novo regime democrático foi reconhecida oficialmente em 5 de Fevereiro de 1987, pelo então Presidente Mário Soares, que o designou chanceler das antigas ordens militares portuguesas, tendo-lhe também condecorado com a Grã-Cruz da Ordem Militar da Torre e Espada (a maior insígnia militar portuguesa), pelos «feitos de heroísmo militar e cívico e por ter sido símbolo da Revolução de Abril e o primeiro Presidente da República após a ditadura».
A 13 de Agosto de 1996, Spínola morre aos 86 anos, vítima de embolia pulmonar.
O Sonho de regressar ao Poder
Spínola tencionava voltar ao poder eliminando todos os seus adversários políticos, pelo menos segundo o livro "Aufdeckung einer Verschwoerung - die Spínola Aktion", de Guenter Wallraff que afirma ter-se infiltrado no MDLP como um potencial fornecedor de armas ao movimento, afirmando trabalhar para Franz-Josef Strauss, conservador e então líder dos democratas cristãos da Baviera. Spínola ter-se-á mesmo encontrado com Waalraff com o fim de negociar a compra de armamento, a quem terá dito que já tinha vários pontos de apoio no Alentejo e que estava prestes a tomar o poder.
Principais obras
- Por Uma Guiné Melhor (1970);
- Linha de Acção (1971);
- No Caminho do Futuro (1972);
- Por Uma Portugalidade Renovada (1973);
- Portugal e o Futuro (1974);
- Ao Serviço de Portugal (1976);
- País sem Rumo (1978).
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VERÃO QUENTE
O período que ficou conhecido em Portugal por Verão Quente (1975) teve a sua origem no chamado Caso República e como consequência crescentes tensões entre grupos de esquerda e de direita, que se confrontavam nessa época.
História
O general António de Spínola, como outros miltares, teve um papel determinante nesse período. Durante o PREC, as facções de direita e a Igreja Católica receavam uma evolução mais radical do processo político iniciado com a Revolução dos Cravos e actuaram para a impedir. Actos violentos, como o assalto a sedes de partidos de esquerda e atentados bombistas, tiveram lugar em várias localidades, sobretudo no norte do país. Os interesses estratégicos dos EUA fizeram-se então sentir pela acção do seu embaixador Frank Carlucci, dirigente da CIA, nessa altura destacado para Lisboa, e pelos propósitos pouco pacíficos de Henry Kissinger, que não excluía a hipótese de uma intervenção armada norte-americana, de que foi dado sinal pelo envio do porta-aviões Saratoga, que fundeou no Tejo. Mário Soares, ao lado de Carlucci, teve papel importante nesse processo.
Como consequência disso, seguiu-se a demissão do IV Governo Provisório, coligação entre partidos de esquerda e direita, dando azo à crise governamental que levaria à queda deste Governo e, logo a seguir, à contestação ao V Governo Provisório e à demissão de Vasco Gonçalves.
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GOVERNOS PROVISÓRIOS
1ª GOVERNO PROVISÓRIO
A 16 de Maio de 1974, menos de 1 mês após o 25 de Abril, tomava posse o I Governo Provisório presidido por um democrata moderado, o advogado Adelino da Palma Carlos. Integrando representantes das principais forças políticas da oposição - da esfera comunista à democrata liberal - mas dominado nas suas pastas chave, pelos representantes ligados à área socialista, este governo viria a ser presa da sua própria heterogeneidade ideológica, espelho de uma dinâmica que se afirmava de forma crescente no seio da sociedade portuguesa e que viria a precipitar a queda deste governo em Julho de 1974.
O programa do I Governo Provisório constitui hoje um documento de referência que deixa transparecer as esperanças e os anseios de um país que voltava a acreditar em si próprio, permitindo avaliar as principais linhas de rumo seguidas pelo Portugal do pós 25 de Abril, na busca de uma sociedade nova, mais justa para todos os portugueses.
O Governo cai menos de dois meses depois, a 11 de Julho de 1974, na sequência de uma proposta apresentada pelo Primeiro-Ministro de realização em Outubro de 1974 das eleições presidenciais e, simultaneamente, de um referendo a uma Constituição Provisória. As presidenciais ocorreriam, portanto, antes das eleições constituintes, relegando estas últimas para finais de 1976. Tal proposta contrariava o Programa do MFA e constituía uma forma de reforçar o poder do Presidente da República, António de Spínola.
A proposta viria a ser rejeitada por quase todo o espectro político, incluindo o Conselho de Estado. Palma Carlos pede, então, a sua demissão.
2º GOVERNO PROVISÓRIO
A 9 de Julho de 1974 o Primeiro Ministro Palma Carlos pede a demissão do cargo por alegadamente não ter condições políticas para governar, numa clara alusão ao peso da influência do MFA. Com ele solidarizam-se alguns ministros do seu gabinete, entre eles Francisco Sá Carneiro. A 12 de Julho Vasco Gonçalves, um homem do MFA, é indigitado pelo presidente da República, António de Spínola, para o cargo de Primeiro Ministro. O II Governo Provisório toma posse a 18 de Julho e cai a 30 de Setembro do mesmo ano.
Tomou posse a 30 de Setembro de 1974, tendo terminado o seu mandato a 26 de Março de 1975.
A 12 de Março de 1975 são extintos a Junta de Salvação Nacional e o Conselho de Estado e em sua substituição é criado o Conselho da Revolução. O Governo dá início à execução de um grande plano de nacionalizações (Banca, Seguros, Transportes etc...).
IV Governo Provisório é chefiado por Vasco Gonçalves. A tomada de posse dá-se a 26 de Março de 1975, tendo o Governo caído a 8 de Agosto de 1975, altura do Verão Quente.
A 8 de Agosto de 1975 dá-se a tomada de posse do V Governo Provisório, chefiado por Vasco Gonçalves. O Governo viria a cair a 19 de Setembro de 1975.
A 19 de Setembro de 1975 dá-se a Tomada de posse do VI Governo Provisório, chefiado por Pinheiro de Azevedo; foi substituído a 23 de Junho de 1976 por Almeida e Costa.
MAIORIA SILENCIOSA
Maioria silenciosa é a designação pela qual ficou conhecida em Portugal a a iniciativa política de alguns sectores conservadores da sociedade portuguesa, civil e militar, que, em Setembro de 1974, decidiram organizar uma manifestação de apoio ao então Presidente da República General Spínola. A manifestação visava o reforço de posição política deste militar.
O Brigadeiro Otelo Saraiva de Carvalho do COPCON e o Ministro da Defesa Mário Firmino Miguel reagem. O Ministro da Comunicação Social lê um comunicado do Governo Provisório na Emissora Nacional, emitido de meia em meia hora. A manifestação é interditada pelo MFA. Os partidos políticos de esquerda distribuem entretanto comunicados apelando “à vigilância popular” e denunciam as tentativas contra-revolucionárias dessa “Minoria Tenebrosa”. São levantadas barricadas populares nos acessos a Lisboa e noutras localidades. Durante a noite, grupos de militares tomam o lugar dos activistas civis. São detidas várias figuras políticas afectas ao velho regime, quadros da Legião Portuguesa e alguns manifestantes.
António de Spínola tenta entretanto reforçar o poder da Junta de Salvação Nacional, que comanda, e, em vão, estabelecer o estado de sítio. Em consequência disso, a Comissão Coordenadora do MFA impõe-lhe a demissão dos três generais mais conservadores do grupo: Galvão de Melo, Diogo Neto e Silvino Silvério Marques. Derrotado, Spínola demite-se a 30 de Setembro do cargo de Presidente da República, sendo substituído pelo general Costa Gomes. No seu discurso de renúncia, Spínola denuncia certas políticas do governo e prenuncia o caos, a anarquia e “novas formas de escravatura”.[1]
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