13/06/2010

GOVERNOS PROVISÓRIOS


1ª GOVERNO PROVISÓRIO

A 16 de Maio de 1974, menos de 1 mês após o 25 de Abril, tomava posse o I Governo Provisório presidido por um democrata moderado, o advogado Adelino da Palma Carlos. Integrando representantes das principais forças políticas da oposição - da esfera comunista à democrata liberal - mas dominado nas suas pastas chave, pelos representantes ligados à área socialista, este governo viria a ser presa da sua própria heterogeneidade ideológica, espelho de uma dinâmica que se afirmava de forma crescente no seio da sociedade portuguesa e que viria a precipitar a queda deste governo em Julho de 1974.

O programa do I Governo Provisório constitui hoje um documento de referência que deixa transparecer as esperanças e os anseios de um país que voltava a acreditar em si próprio, permitindo avaliar as principais linhas de rumo seguidas pelo Portugal do pós 25 de Abril, na busca de uma sociedade nova, mais justa para todos os portugueses.

O Governo cai menos de dois meses depois, a 11 de Julho de 1974, na sequência de uma proposta apresentada pelo Primeiro-Ministro de realização em Outubro de 1974 das eleições presidenciais e, simultaneamente, de um referendo a uma Constituição Provisória. As presidenciais ocorreriam, portanto, antes das eleições constituintes, relegando estas últimas para finais de 1976. Tal proposta contrariava o Programa do MFA e constituía uma forma de reforçar o poder do Presidente da República, António de Spínola.

A proposta viria a ser rejeitada por quase todo o espectro político, incluindo o Conselho de Estado. Palma Carlos pede, então, a sua demissão.

Adelino da Palma Carlos

2º GOVERNO PROVISÓRIO

A 9 de Julho de 1974 o Primeiro Ministro Palma Carlos pede a demissão do cargo por alegadamente não ter condições políticas para governar, numa clara alusão ao peso da influência do MFA. Com ele solidarizam-se alguns ministros do seu gabinete, entre eles Francisco Sá Carneiro. A 12 de Julho Vasco Gonçalves, um homem do MFA, é indigitado pelo presidente da República, António de Spínola, para o cargo de Primeiro Ministro. O II Governo Provisório toma posse a 18 de Julho e cai a 30 de Setembro do mesmo ano.

Primeiro Ministro

Vasco Gonçalves

3º GOVERNO PROVISÓRIO

Tomou posse a 30 de Setembro de 1974, tendo terminado o seu mandato a 26 de Março de 1975.

A 12 de Março de 1975 são extintos a Junta de Salvação Nacional e o Conselho de Estado e em sua substituição é criado o Conselho da Revolução. O Governo dá início à execução de um grande plano de nacionalizações (Banca, Seguros, Transportes etc...).

Vasco Gonçalves

4º GOVERNO PROVISÓRIO

IV Governo Provisório é chefiado por Vasco Gonçalves. A tomada de posse dá-se a 26 de Março de 1975, tendo o Governo caído a 8 de Agosto de 1975, altura do Verão Quente.

Vasco Gonçalves

5º GOVERNO PROVISÓRIO

A 8 de Agosto de 1975 dá-se a tomada de posse do V Governo Provisório, chefiado por Vasco Gonçalves. O Governo viria a cair a 19 de Setembro de 1975.

Vasco Gonçalves

A 19 de Setembro de 1975 dá-se a Tomada de posse do VI Governo Provisório, chefiado por Pinheiro de Azevedo; foi substituído a 23 de Junho de 1976 por Almeida e Costa.

José Pinheiro de Azevedo


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