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XXXIII-OS RIOS E A VIDA
5- RIO TEJO
5.1- O GUARDIÃO DO RIO



* Em pequeno, Arlindo Marques era conhecido como o Dragão da Ortiga. Nascido naquela freguesia ribeirinha do concelho de Mação, Arlindo Marques, hoje, com 50 anos, guarda prisional de profissão, é tratado pela comunidade piscatória e ambientalistas como “O Guardião do Rio”.

As folgas e as férias deste ambientalista são passadas junto ao Tejo, onde se sente em casa, junto da natureza, dos pescadores e ouvindo o chilrear dos pássaros. De manhã ou de noite, não há caso de poluição para que não seja alertado pelos amigos do Tejo e que Arlindo Marques não filme, fotografe e denuncie junto das entidades competentes e publique nas redes sociais.


FONTE:  mediotejo.net  10/04/2016

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 HOJE NO 
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS/ 
/DA MADEIRA"
Tarifa social da água deve ter limite para desconto, mas não para consumo

A provedora de justiça recomenda que o tarifário social de água seja aplicado nos primeiros metros cúbicos de consumo por mês, mas rejeita que se possa definir um teto máximo de consumo para estas famílias beneficiárias.
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Numa recomendação divulgada no ‘site’ da Provedoria de Justiça, Maria Lúcia Amaral considera que os serviços podem fixar um limite sobre o qual é aplicado o desconto, ou a isenção, mas não um limite máximo de consumo que, uma vez ultrapassado, exclua os consumidores do benefício da tarifa social da água.

“Não sendo desadequado que a ultrapassagem do limite máximo autorizado possa significar que o consumo restante caia fora da tarifa social, é dificilmente compreensível que, superada essa baliza, alguém deixe, pura e implesmente, de ser considerado em situação de carência económica”, salienta a provedora.

A recomendação surge na sequência de uma queixa apresentada contra os Serviços Intermunicipalizados (SIMAS) de Oeiras e Amadora por um agregado familiar composto por dois adultos, ambos desempregados, e duas crianças, a quem foi rejeitado o pedido com a justificação de que um dos requisitos para atribuição é um consumo mensal máximo de 15m3/mês.

Apesar dos SIMAS de Oeiras e Amadora citarem uma recomendação da Entidade Reguladora, a provedora defende que o entendimento da ERSAR é idêntico ao seu, sustentando um limite máximo de consumo sobre o qual se aplica o desconto da tarifa social, mas não defendendo um limite máximo de consumo destas famílias.

Maria Lúcia Amaral cita a página eletrónica da ERSAR, onde se esclarece que “a redução deve concretizar-se através da isenção das tarifas fixas e da aplicação ao consumo total do utilizador das tarifas variáveis do primeiro escalão, até ao limite mensal de 15m3”, sublinhando que isto traduz “a diferenciação entre o consumo total do utilizador (que poderá ser superior a 15 m3) e o limite de15 m3 , dentro do qual deve ser aplicada a tarifa social”.

“De facto, a tarifa social pode ser aplicada, igualmente, a um cliente individual e a uma família de quatro elementos --- que com grande probabilidade terá maior dificuldade em conter o consumo total abaixo dos 15m3”, acrescenta.

A provedora considera ainda que a aplicação da tarifa social até um determinado limite de consumo, e não à totalidade do gasto mensal, já constitui “uma forma de estimular comportamentos ambientalmente sustentáveis e de desincentivar o desperdício de água”.

Maria Lúcia Amaral recomenda que os SIMAS de Oeiras e Amadora passem a aplicar sempre o tarifário social de água aos primeiros 15m3 consumidos no mês e pede que revejam os pedidos de atribuição pendentes, fazendo os acertos tarifários correspondentes.

* Se alguém tiver a sensação de estar a ser aldrabado que recorra para a Provedoria.

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ONES TO WATCH/3
Finale of Group Sexy 
Fashion Lingerie Runway Show
2020




FONTE:  Excotic Channel

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HOJE NO 
"O JORNAL ECONÓMICO"
PJ detém a colecionadora de arte Angela Gulbenkian para ser extraditada

Em comunicado hoje divulgado, a PJ adianta que se trata de uma mulher de 38 anos, “negociante em obras de arte, suspeita da prática do crime de burla no valor de milhares de euros”, residente na região de Lisboa.

A corretora e colecionadora de arte Angela Gulbenkian foi detida pela Polícia Judiciária no cumprimento de um Mandado de Detenção Europeu (MDE) emitido pelo Reino Unido e encontra-se em prisão preventiva até ser extraditada.
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"BERDADEIRA ARTISTA"
Em comunicado hoje divulgado, a PJ adianta que se trata de uma mulher de 38 anos, “negociante em obras de arte, suspeita da prática do crime de burla no valor de milhares de euros”, residente na região de Lisboa.

Após ter sido detida Angela Gulbenkian foi presente ao Tribunal da Relação de Lisboa e aguarda em prisão preventiva o processo de extradição para o Reino Unido.

Em fevereiro, um tribunal britânico tinha emitido um mandado de detenção contra a corretora e colecionadora de arte, acusada de furto e de usar indevidamente o nome da Fundação Calouste Gulbenkian.

O mandado foi emitido pelo Tribunal da Coroa de Southwark para Angela Gulbenkian por esta ter faltado a uma audiência judicial.

A 26 de junho de 2019 já tinha sido emitido pelo Tribunal de Magistrados de Westminster um outro MDE contra a alemã, casada com um sobrinho-bisneto do empresário arménio Calouste Gulbenkian, que está a responder na justiça por alegadamente ter desviado 1,2 milhões de euros que se destinavam a comprar uma escultura da autoria do artista japonês Yayoi Kusama.

Contudo, o advogado Christopher Marinello, que representa o francês Mathieu Ticolat – que pagou a escultura, mas terá ficado sem o dinheiro e sem a obra de arte -, sublinhou que a alemã conseguiu ‘fintar’ o mandado inicial ao convencer o tribunal de que estava a ser alvo de uma cirurgia na Alemanha.

Na origem das duas acusações de crime de furto está a venda de uma escultura de Yayoi Kusama por 1,2 milhões de euros que nunca foi entregue ao comprador, um conselheiro de arte radicado em Hong Kong, Mathieu Ticolat, que processou Angela Gulbenkian civil e criminalmente.

Em maio de 2019, o advogado de Ticolat garantiu à agência Lusa que Angela Gulbenkian sempre utilizou o nome da Fundação Calouste Gulbenkian para se credibilizar durante o processo negocial para venda da escultura.

Em agosto de 2018, questionada também pela Lusa, a negociadora de arte negou a acusação: “Sou casada com um Gulbenkian. Nunca disse que fazia parte da Fundação. Nunca disse que queria pertencer à Fundação. Nunca disse que queria ou ia fazer parte do Museu. Se alguma vez tivesse dito isso, por que é que não foram ao ‘site’ da Fundação verificar as equipas? Toda a gente sabe que não estou lá. É do conhecimento geral que não faço parte da Fundação ou do Museu”.

Duarte Gulbenkian, o seu marido, é neto de Roberto Gulbenkian, que trabalhou com a Fundação desde 1956, tendo sido responsável pelo Departamento das Comunidades Arménias.

Angela Gulbenkian viu mesmo uma das suas contas congeladas por decisão de um tribunal no Reino Unido.

* Mais uma intérprete de "A fraude como Arte", em Portugal são mais que as mães.

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4-ᙓ᙭ᙅᙓSSOS ᗩᒪIᙏᙓᑎTᗩᖇᙓS ᗪᙀᖇᗩᑎTᙓ
O ISOᒪᗩᙏᙓᑎTO SOᙅIᗩᒪ



FONTE:  TV Câmara Novo Hamburgo

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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
Mães infectam filhos com coronavírus após festa de aniversário em Lagos

Cerca de 200 pessoas festejaram aniversário em Odiáxere. Já existem 16 casos positivos confirmados.

Duas crianças de 11 e 7 anos foram contagiadas com Covid-19 pelas mães que participaram numa festa de aniversário que juntou cerca de 200 pessoas, em Lagos.
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O ANTRO DO FESTIVO COVID
O evento foi organizado para celebrar o aniversário de uma rapariga de 28 anos no salão de festa do Clube Desportivo de Odiáxere, entidade que alugou o espaço para uma festa para 10 a 15 pessoas. No entanto estiveram presentes “cerca de 200 pessoas e poucas usavam máscara”, revelou ao CM uma das participantes na festa, que só terminou após a intervenção da GNR.

Segundo Ana Cristina Guerreiro, delegada regional de Saúde, até esta terça-feira à tarde existiam “16 casos positivos, 5 aguardavam resultados e outros tantos esperavam pelos exames”. Entre os infetados estão “duas crianças de 11 e 7 anos que foram contagiadas pelas mães” que estiveram na referida festa. Dois dos infetados, de 39 e 27 anos, estão internados, e o seu estado de saúde é considerado “preocupante”.

Alguns são trabalhadores de uma superfície comercial. O presidente da Administração Regional de Saúde do Algarve, Paulo Morgado, alerta que ocorreram “mais festas por todo o Algarve”. O presidente da Câmara de Lagos, Hugo Pereira, pede “penalizações para quem não cumpre as regras”.

* Demasiados imbecis concentrados numa única festa. Coitados dos filhos que não merecem estas mães.

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PATRÍCIA MARTINS MARCOS

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O colonizador afoito: o museu 
que Medina fantasiou e as lições 
que insiste em não aprender

Quanto à substância, seria importante se em vez de simplesmente insistir que o museu vai mesmo avançar, Fernando Medina clarificasse mesmo o que tem em mente para a sua “Descoberta”.

Fernando Medina desconfinou e fez a sua rentrée pós-pandémica montado no seu cavalo de guerra preferido: o “Museu da Descoberta”. Insatisfeito com a contestação que a ideia gerou em 2018, Fernando Medina deu uma entrevista ao Diário de Notícias, em que insistiu que Lisboa vai mesmo ter um museu. No entanto, apesar da retórica brava, voltou a não explicar especificamente que planos tem em mente.

Segundo as palavras e ações reiteradas pelo próprio, tudo nos leva a crer que o edil pretende perpetuar-se no espaço físico e público da capital com o seu sempre adiado, mas muito querido “Museu da Descoberta”. Em 2017 e 2018, enquanto o boom turístico gentrificava a cidade por ele governada, e o lixo por recolher se acumulava por todas as ruas, Fernando Medina, descendente de marinheiros e exploradores, não descansou. Preocupado em alimentar o boom turístico ad aeternum, decidiu que a melhor forma de mostrar a Lisboa moderna às hordas de visitantes temporários, era regressar ao passado. Carregar bem fundo em todos os lugares comuns do nacionalismo do tempo do outro senhor e insistir com afinco em todos os mitos do suposto império heróico. Mas ao contrário de Camões, Medina não quis dar “novos mundos ao Mundo”; em vez disso, contentou-se com “dar ao turista tudo aquilo que quer e espera ver”: uma narrativa pré-concebida e confortável de navegadores, aventura e expansão marítima.

Vieira, o Museu e a história em debate
Entretanto, desde que a estátua a Vieira foi inaugurada, Fernando Medina mostrou ter aprendido muito pouco com as críticas e o debate gerados. O bronze trazido a público em junho de 2017, expõe o jesuíta, com um braço direito em riste, erguendo um crucifixo. Mas como se a imagem do império católico não bastasse para contrariar a sensibilidade do país laico e democrático que Portugal hoje é, Vieira aparece ainda rodeado de três devotas e muitíssimos submissas criancinhas indígenas. Em pleno 2017, Lisboa do século XXI, Vieira, ao que parece, ainda se dedicava à salvação das almas ameríndias.

Convém clarificar que esta imagem passadista abusa e instrumentaliza a imagem de Vieira para fins políticos. Naturalmente, Vieira pode ser homenageado, mas é preciso saber exatamente como, em que circunstâncias, e, sobretudo, se aquela estátua constitui a melhor forma de o fazer em 2017. A meu ver não – aliás, desconheço o tipo de honra conferida por uma estátua que representa um missionário em pleno acto de colonização e conversão forçada. Acredito que, em 2017, nem a Câmara Municipal de Lisboa, a Santa Casa da Misericórdia, a Companhia de Jesus nem a Igreja Católica têm o direito de continuar a impor, e por ajuste directo, uma versão acrítica do seu passado em pleno espaço público. Até à sua expulsão do império, em 1759, ninguém ou nenhuma outra ordem nas Américas possuiu tantas pessoas legalmente como propriedade. Houve sim — e a obra Cultura e Opulência de André João Antonil, outro jesuíta, é exemplo disso — tentativas de atenuar a absoluta banalidade da violência nos engenhos os dos Jesuítas e os outros. No entanto, não houve um esforço abolicionista; tão-somente de redução da violência, incapacitações e mortes. Além disso, assim como não existe um colonialismo “melhor” e um colonialismo “pior”, também não existe uma “escravatura humanista”. Tentar adicionar um “mas” ou qualquer outra atenuante ao uso e abuso de outros seres transformados em propriedade, é um actor de branqueamento inaceitável. A escravização e o tráfico negreiro podem ser estudados e contextualizados, mas a brutalidade imposta por este comércio nunca deverá ser suavizada.

No que toca à escravatura indígena – o ponto em que, supostamente, Vieira foi mais inovador. Tive já a oportunidade de clarificar, num ensaio de que fui co-autora, publicado pelo PÚBLICO a 2 de fevereiro de 2020, que nem Vieira “inventou” esse argumento nem “esteve à frente do seu tempo” quando o fez. Inversamente, o debate acerca da inclusão dos povos ameríndios dentro do conceito aristotélico de escravatura natural existia, pelo menos, desde a chegada às Américas – mais de um século antes da última ida de Vieira para o Brasil. Ademais, antes da abolição da escravatura indígena ter sido legislada na América portuguesa em 1755, o império espanhol já tinha reiterado a sua ilegalidade numa série de declarações, bulas e decretos emitidos entre 1501 e 1542. Este foi, precisamente, um momento de enorme debate e ampla produção de textos escolásticos e exegéticos sobre esta matéria – textos que Vieira conhecia e dos quais se alimentou para a sua própria produção escrita e pensamento. Assim, havendo um domínio pelo qual Vieira mereça destaque, deveria ser este: o seu domínio dos textos, a forma como lia, pensava e conseguia “criar” argumentos dentro dos muitíssimo restritos moldes formais da escolástica. Infelizmente, Vieira virou aquilo que nunca foi no seu tempo, e, porventura, também aquilo que nunca quis ser: uma figura de bronze defendida por capangas de uma agremiação de saudosistas e neo-neonazis.

A Instrumentalização de Vieira hoje
Lamentavelmente para todos, incluindo o próprio Vieira, os últimos dias deixaram bem patente a colonização das mentes que grassa em Portugal. Mesmo que o escultor, além dos seus patrocinadores públicos e católicos, quisessem honrar a cultura indígena, acabaram por a reduzir, acriticamente, a pluralidade de realidades, culturas e crenças dos povos ameríndios a um lusotropicalismo de trazer por casa. E, embora a escolha de crianças não tenha sido ao acaso, segundo revelou o próprio escultor, não deixava mesmo assim, de insistir num tropo representativo. A ideia de que, para citar o autor “maior” do lusotropicalismo, Gilberto Freyre, os povos indígenas eram “bandos de crianças grandes; [com] uma cultura verde e incipiente; ainda na primeira dentição” (Casa Grande e Senzala, 1933). O lugar comum da infantilidade, além de pernicioso, esconde ainda a tremenda violência exercida durante séculos de colonização. Era exactamente por declarar que os povos indígenas eram crianças “bárbaras”, que a Coroa, o “adulto civilizado”, considerava ter o legítimo direito de exercer “tutela” sobre esses povos. Entretanto, a cultura da “civilização” iluminada impunha-se com chicote, raptos, violações e escravização contínua.

Inaugurada em junho de 2017, a estátua a Vieira nunca foi consensual. Além de nossa contemporânea, aquela estátua, ideada por um escultor e que não resultou de qualquer estudo histórico, é anacrónica – sendo precisamente por esse motivo, passível de crítica e ao debate. Assim, os poderes públicos portugueses deviam já ter aprendido uma lição essencial da democracia: que não podem, nem têm o direito, de impor uma narrativa hegemónica sobre o passado colonial a todos, no espaço público, usando o erário que é público também, sem qualquer crítica ou resistência. Aquele bronze, que na cabeça de muitos equivale de per si à “História” com “h” grande*, reproduz mitos, branqueia a violência e perpetua o silêncio reinante no que diz respeito a um debate público do colonialismo e do racismo em Portugal – um debate necessário, que falta ainda ter e que deve sair do meio académico para a esfera pública. Assim, ao falar do império – que mais não foi, antes de mais, uma ideologia de poder e posse –, Portugal, uma vez mais, lobotomiza-se. Fá-lo, por exemplo, ao insistir que a história passível de honras públicas se resume a Vasco da Gama, Pedro Álvares Cabral, ou outro navegador qualquer, descurando narrativas atentas à escala da experiência humana e à textura do quotidiano em Portugal e nas colónias.

Habemus Museu?
Mas voltando ao Museu Medina. Duas das dimensões mais ambíguas da “Descoberta” que o presidente da CML nos garante que vão existir são a cronologia e a substância. Que balizas temporais tem o edil em mente? Talvez a “descoberta” acabe em 1956, quando Salazar descobre que pode enfrentar todas as críticas externas ao transformar “Colónias” em “Províncias Ultramarinas”? Ou talvez em 1961, quando a luta armada pela independência eclode em Angola? Ou, em vez disso, talvez em 1975, quando o império finalmente soçobra sobre o peso do seu próprio atavismo e toda a violência da guerra (que ainda permanece por debater fora da academia, de forma mais sistemática). Espero que, a existir, este museu escolha falar do presente. Quer dizer, centrar a experiência dos colonizados, dos ex-combatentes, de antigos “retornados”, e não só fingir que o “império” se resumiu ao calvário do costume: tomada de Ceuta; caminho marítimo para a Índia; caravelas, chegada ao Brasil; o ciclo do açúcar e o ciclo do ouro. 

Quanto à substância, seria importante se em vez de simplesmente insistir que o museu vai mesmo avançar, Fernando Medina clarificasse mesmo o que tem em mente para a sua “Descoberta” – ou, sendo caso disso, quem está a pensar este museu, em que moldes e como. Por exemplo, vai a “Descoberta” mostrar aos visitantes quantas pessoas morreram em Angola, Moçambique, Guiné-Bissau durante o conflito armado pela independência? Quantos jovens portugueses o regime sacrificou? Ou vai, em vez disso, mostrar os campos de concentração e as torturas? Possivelmente, talvez, Medina também tenha em mente falar de como os corpos de pessoas raptadas e escravizadas eram transformados em propriedade com um ferro ardente que as “carimbava” com as armas da Coroa Portuguesa? Ou, em vez disso, vai dar a “descobrir” aos visitantes as estimativas de quantas pessoas foram escravizadas (e, já agora, quantos destes seres humanos que foram propriedade padeceram sob a tutela da Companhia de Jesus)? Ou possivelmente até talvez possa também “descobrir” a contínua escravização dos povos indígenas na América Portuguesa, mesmo após a lei da abolição de 1755? Ou, porventura ainda, o Museu Medina possa dar a “descobrir” ao visitante a absoluta banalidade de castigos corporais violentíssimos, ou de como estes eram regulados? (por exemplo, de como se devia evitar o chicote, já que era preferível fazer muitos cortes nas mãos e depois sobre eles verter ou urina ou sumo de limão)?

Ideias para o que o museu pode ser não faltam. Mas, para já, convém dizer que o museu dos mitos do império e da colonização já existe: chama-se Portugal. Lisboa, por seu turno, onde Medina exerce funções executivas locais, por si só já constitui um enorme museu do colonialismo a céu aberto. Por toda a cidade – entre rotundas, praças, ou instituições como a Sociedade de Geografia - qualquer transeunte é repetidamente exposto a uma gramática visual sem fim dos homens “heróicos” e dos seus feitos.
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A Estátua que não é a História
Os debates que hoje regressam à agenda pública, ao contrário do que muitas vezes é dito, não pretendem apagar o passado – até porque uma só estátua não tem o poder de apagar nada. A questão que se coloca é a da mutação de símbolos e significados. Por exemplo, no fim do século XIX, os actos de Mouzinho de Albuquerque, quando invadiu Chaimite (Moçambique) e trouxe consigo o Rei Gungunhana para Lisboa, como se de um troféu de caça se tratasse, foram considerados pelo poder político como “heróicos”; coisa merecedora das maiores honras de Estado. Hoje, no entanto, a questão que se coloca prende-se com a inércia pretendida por todos aqueles que olham para o passado, como se de um campeonato se tratasse. Nesta competição, Portugal tem de sair a fazer boa figura – é pelo menos a impressão que dá. E, assim como quem arruma a casa antes de receber visitas, tudo o que não se preste à narrativa da glória e do heroísmo, é sonegado para debaixo do tapete. Não se fala mais nisso. O nosso colonialismo foi o maior.

Mas deve, hoje em 2020, a interpretação dada pelo regime monárquico português às ações de Mouzinho de Albuquerque continuar a merecer as honras do espaço público? Ou, inversamente, existirão em 2020 outros símbolos mais capazes de representar Portugal, hoje? Nada disto quer dizer que Mouzinho deve ser apagado. Antes pelo contrário, mais do que nunca, devemos continuar a estudar os discursos que ajudaram a legitimar as suas ações e posições. O seu lugar é nos manuais, não nas ruas. Nunca nenhuma estátua constituiu a melhor forma de estudar história. Naturalmente, as estátuas constituem objetos de estudo, mas fazer equivaler uma figuração em bronze ou mármore toda a história, é falso e simplista.

Peço, por isso, a Medina que em vez de reforçar a sua insistência com este Museu, nos diga, por favor, o que pretende fazer com ele. Que museu “do bom e do mau” quer ele para Lisboa? Espero que quando diz no seu programa eleitoral, que pretende promover a “reflexão... sobre aquele período histórico [infelizmente, não sabemos bem a que período se refere], nos seus aspetos mais e menos positivos, incluindo um núcleo dedicado à temática da escravatura”, que não esteja a pretender colonizar o Memorial à Escravatura, que foi fruto do ativismo da comunidade afro-portuguesa – da Djass, em particular. A julgar pelo logro que a estátua a Vieira continua a gerar, espero que a Câmara Municipal de Lisboa não pretenda suavizar os “aspetos menos positivos”, como a escravatura, com um banho de glória colonial no “Museu da Descoberta”. Assim, espero mesmo que Fernando Medina não esteja a pensar encavalitar-se nos frutos do activismo anti-racista da comunidade afrodescendente.

Sem a Djass e outros ativistas, o Memorial da Escravatura – cuja proposta surgiu no Orçamento Participativo da cidade de Lisboa de 2017, sendo depois votado e aprovado pelos próprios lisboetas – dificilmente existiria. Convirá, por isso, que nem Medina, nem outro qualquer dirigente público, pense que pode abusar dos poderes conferidos pelo seu mandato, para financiar “um museu dos aspetos mais positivos” de um período histórico que ele nem sequer especificou. Se esse for o seu intuito, Fernando Medina deverá ter plena consciência de que esse projeto nunca será imposto ou ditado sem resistência.

“Ouvir os lisboetas”
A democracia é isto. O Presidente da Câmara tem um mandato para servir as pessoas da cidade, não para decidir e compelir. Ouvir o que os lisboetas têm a dizer não é favor, nem frete, mas a sua obrigação. O tempo em que o poder político impunha uma só versão do passado, naturalizando sua própria agenda ideológica e política no espaço público, já não existe. As constantes intervenções e a resistência que a estátua a Vieira tem sofrido desde a sua inauguração em 2017 – assim como as manifestações em defesa da estátua, que recuperam os modos e mecanismos retóricos do Estado Novo – são prova disso. Se Fernando Medina souber abandonar o ego construtor que molda a cultura política nacional, talvez se predisponha à aprendizagem e ao crescimento. Talvez, em vez de um museu, seja deva investir nos arquivos, dotando-os de melhores condições para preservar o espólio que já existe.

Entretanto, concluo deixando outra sugestão. Quiçá Medina possa contemplar este modelo, “Museu dos Descobrimentos: Portugal 2019”, de Patrícia Lino, poeta e professora universitária. Creio que lhe oferecerá um novo molde para pensar a monumentalização do passado, ajudando-nos a sair da aritmética onde o mau é subtraído e o bom adicionado. Em caminho, talvez possamos até um dia vir a debater como a história é demasiado complexa para se resumir num só museu ou numa só estátua.

*𝘈 𝘦𝘴𝘤𝘳𝘪𝘵𝘢 𝘥𝘢 𝘩𝘪𝘴𝘵𝘰́𝘳𝘪𝘢 𝘲𝘶𝘦 𝘦𝘶 𝘥𝘦𝘧𝘦𝘯𝘥𝘰 𝘯𝘢̃𝘰 𝘭𝘦𝘷𝘢 𝘮𝘢𝘪𝘶́𝘴𝘤𝘶𝘭𝘢𝘴. 𝘈 𝘮𝘦𝘶 𝘷𝘦𝘳, 𝘰 𝘵𝘳𝘢𝘣𝘢𝘭𝘩𝘰 𝘩𝘪𝘴𝘵𝘰́𝘳𝘪𝘤𝘰 𝘥𝘦𝘷𝘦 𝘢𝘣𝘢𝘯𝘥𝘰𝘯𝘢𝘳 𝘢𝘴 𝘨𝘳𝘢𝘯𝘥𝘦𝘴 𝘯𝘢𝘳𝘳𝘢𝘵𝘪𝘷𝘢𝘴 𝘥𝘢 𝘯𝘢𝘤̧𝘢̃𝘰 (𝘴𝘦𝘯𝘥𝘰 𝘢 𝘭𝘪𝘵𝘦𝘳𝘢𝘵𝘶𝘳𝘢 𝘥𝘰𝘴 “𝘋𝘦𝘴𝘤𝘰𝘣𝘳𝘪𝘮𝘦𝘯𝘵𝘰𝘴” 𝘶𝘮 𝘦𝘹𝘦𝘮𝘱𝘭𝘰 𝘱𝘢𝘳𝘢𝘥𝘪𝘨𝘮𝘢́𝘵𝘪𝘤𝘰 𝘥𝘦𝘴𝘵𝘢 𝘱𝘳𝘢́𝘵𝘪𝘤𝘢), 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘢𝘵𝘦𝘯𝘵𝘢𝘳 𝘢̀ 𝘳𝘦𝘤𝘰𝘯𝘴𝘵𝘪𝘵𝘶𝘪𝘤̧𝘢̃𝘰 𝘥𝘦 𝘦𝘹𝘱𝘦𝘳𝘪𝘦̂𝘯𝘤𝘪𝘢𝘴 𝘢̀ 𝘦𝘴𝘤𝘢𝘭𝘢 𝘩𝘶𝘮𝘢𝘯𝘢 𝘦, 𝘢𝘴𝘴𝘪𝘮, 𝘤𝘰𝘮𝘱𝘳𝘦𝘦𝘯𝘥𝘦𝘳 𝘢 𝘪𝘯𝘵𝘦𝘳𝘢𝘤̧𝘢̃𝘰 𝘦𝘯𝘵𝘳𝘦 𝘢𝘴 𝘱𝘦𝘴𝘴𝘰𝘢𝘴 𝘦 𝘢𝘴 𝘦𝘴𝘵𝘳𝘶𝘵𝘶𝘳𝘢𝘴 𝘲𝘶𝘦 𝘥𝘦𝘧𝘪𝘯𝘪𝘳𝘢𝘮 𝘰 𝘴𝘦𝘶 𝘵𝘦𝘮𝘱𝘰. 𝘈 𝘶𝘵𝘪𝘭𝘪𝘻𝘢𝘤̧𝘢̃𝘰 𝘥𝘦 “𝘏𝘪𝘴𝘵𝘰́𝘳𝘪𝘢”, 𝘤𝘰𝘮 𝘩 𝘮𝘢𝘪𝘶́𝘴𝘤𝘶𝘭𝘰, 𝘪𝘯𝘴𝘪𝘴𝘵𝘦, 𝘢 𝘮𝘦𝘶 𝘷𝘦𝘳, 𝘯𝘢𝘴 𝘯𝘢𝘳𝘳𝘢𝘵𝘪𝘷𝘢𝘴 𝘥𝘰𝘴 “𝘨𝘳𝘢𝘯𝘥𝘦𝘴 𝘩𝘰𝘮𝘦𝘯𝘴”, “𝘨𝘳𝘢𝘯𝘥𝘦𝘴 𝘧𝘦𝘪𝘵𝘰𝘴, “𝘨𝘳𝘢𝘯𝘥𝘦𝘴 𝘥𝘦𝘴𝘤𝘰𝘣𝘦𝘳𝘵𝘢𝘴”, 𝘲𝘶𝘦 𝘤𝘳𝘦𝘪𝘰 𝘥𝘦𝘷𝘦𝘮𝘰𝘴 𝘥𝘦𝘴𝘤𝘰𝘯𝘴𝘵𝘳𝘶𝘪𝘳.

** Historiadora; Ph.D. Candidate, Department of History and Science Studies Program, University of California, San Diego


IN "PÚBLICO"
16/06/20

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HOJE NO 
"OBSERVADOR"
Cerca de uma dezena de detidos em Lisboa e Setúbal por violência doméstica

Entre os dias 8 e 14 de junho, foram detidas quase uma dezena de pessoas nos distritos de Lisboa e Setúbal por suspeitas de crimes de violência doméstica. Pandemia agudizou casos pré-existentes.

Quase uma dezena de pessoas foram detidas nos distritos de Lisboa e Setúbal por suspeitas de crimes de violência doméstica entre os dias 8 e 14 de junho, segundo a Procuradoria-Geral Regional de Lisboa (PGDL).
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Numa nota publicada na página da Internet, a PGDL informa que as nove detenções, no âmbito da intervenção do Ministério Público, ocorreram na área da violência doméstica em cenário de agressões, injúrias e ameaças entre cônjuges, companheiros, namorados ou ascendentes.

De acordo com a nota, foram detidas pessoas em Cascais, Sintra, Lisboa e Seixal.
Em alguns casos, os arguidos ficaram proibidos de contactos com as vítimas e de se deslocarem junto à residência ou local de trabalho das vítimas e sujeitos a fiscalização por meios técnicos de controlo à distância.

Dois arguidos de casos de violência doméstica registados em Sintra (Lisboa) ficaram sujeitos às medidas de coação de prisão preventiva.

A pandemia de Covid-19 agudizou casos de violência doméstica pré-existentes e à Rede Nacional de Apoio às Vítimas de Violência Doméstica chegaram nas últimas semanas o dobro dos pedidos de ajuda em comparação com o período de confinamento.

Em declarações à Lusa, a secretária de Estado para a Cidadania e Igualdade, Rosa Monteiro, disse que o que recolheu das reuniões que manteve com as estruturas da rede nacional no período de emergência aponta para uma “agudização dos casos de violência que já pré-existiam” em 70% dos casos.

No período que abrange a pandemia de Covid-19 a rede nacional registou 15.919 atendimentos, fazendo agora, e desde a última quinzena de maio, uma média de 4.500 atendimentos, cada vez mais presenciais à medida que o desconfinamento avança, e que são quase o dobro dos 2.500 atendimentos em média nas quinzenas e abril, que já eram “um número muito significativo”, defendeu Rosa Monteiro

Os pedidos de ajuda cresceram sobretudo nas vias telefónicas e digitais. A linha de apoio da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG), o email e o número de SMS criado especificamente para o contexto da pandemia e que o Governo pretende manter receberam 727 contactos entre 19 de março e 15 de junho, um aumento de 180% face ao primeiro trimestre de 2019.

* Violência doméstica bem mais perigosa que o Covid19 pelas sequelas permanentes que deixa em quem é violentado.

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6- Lura da Psi

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luɽɑ ɗɑ ƥsɩ

6 SᥱꙆƒɩᥱ⳽ ᥒo Fᥲᥴᥱᑲooƙ ⳽ᥲ̃o
ຕᥱ⳽ຕo ⳽ɩᥒᥲꙆ ᑯᥱ ᥒᥲɾᥴɩ⳽ɩ⳽ຕo?


FONTE:  Universo da Psicologia TV


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47-HORIZONTES DA MEMÓRIA
47.1- 2000 anos de Lisboa



* O professor José Hermano Saraiva era uma personalidade exímia em encantar-nos, aqui fica a "memória" da nossa saudade.


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HOJE NO 
"RECORD"
US Open mantém arranque em agosto 
em Nova Iorque mas sem público

Masters 1000 de Cincinnati antecede o Grand Slam norte-americano

O US Open, quarto e último torneio do 'Grand Slam' de ténis, vai decorrer entre 31 de agosto e 13 de setembro, tal como planeado, porém, sem público, devido à pandemia de covid-19, anunciou esta quarta-feira a organização.
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A CÂMARA FUNERÁRIA DO US OPEN
"O espetáculo vai continuar este verão em Nova Iorque", lê-se no site oficial do US Open, competição que vai ser disputada no Billie Jean King National Tennis Centre, em Nova Iorque, e transmitida ao vivo para todo o mundo.

Nova Iorque vai também receber o Masters 1000 de Cincinnati, prova que antecede o US Open.

"Estes dois eventos de ténis são os mais vistos na televisão nos Estados Unidos (EUA), e estamos entusiasmados, pelos jogadores, pelos fãs e por todos os nossos parceiros, por conseguirmos marcar o regresso do ténis", assinalou Mike Dowse, presidente executivo da Associação Nacional de Ténis dos EUA (USTA, na sigla em inglês).

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (116.963) e mais casos de infeção confirmados (mais de 2,1 milhões) pelo novo coronavírus.

* Vai parecer um velório.

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CANÇÕES E VOZES
ETERNAS


Simply Red

Say You Love Me


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HOJE NO 
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Petição contra museu Salazar
 gera debate emotivo

A petição contra a construção do museu sobre Salazar abriu esta terça-feira um debate aceso e emotivo, no parlamento, contra a ideia de tornar Santa Comba Dão, Viseu, "numa romaria de Fátima" para lembrar o ditador.

A discussão na comissão parlamentar de Cultura prolongou-se por quase uma hora, teve como ponto de partida a petição da União de Resistentes Antifascistas Portugueses (URAP), com mais de 11 mil assinaturas, contra a construção do museu em Santa Comba Dão, Viseu, terra de Salazar, e uniu os deputados mais à esquerda, PCP e BE.
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José Sucena, um dos subscritores, editor do escritor comunista e Nobel da Literatura José Saramago (1922-2010), questionou os projetos dos autarcas da região de querer estudar o fascismo na terra onde nasceu António de Oliveira Salazar (1889-1970).

"Querem estudar a História do fascismo. Onde? Em Santa Comba Dão. Oh sr. deputado, é mesmo não querer ver", respondeu José Sucena ao deputado do PS eleito por Viseu José Rui Cruz, único a defender abertamente o projeto de construir o centro interpretativo.

"Venha quem estude a memória, mas não se aproveite o estudo da memória para fazerem de Santa Comba Dão uma romaria de Fátima, com o devido respeito pelos católicos", afirmou.

Antes, o deputado socialista sublinhou que o centro projetado não é um museu e que o objetivo é estudar a história do Estado Novo, o que pode ser também uma "homenagem às vítimas".

E recusou a ideia de que venha a ser sinónimo de "uma romaria" de saudosistas de Salazar.



Da parte do PSD, Paulo Rios de Oliveira, alertou que "a memória é importante", "a boa e a má", e que ambas "devem ser lembradas" e admitiu que os sociais-democratas não se reveem no projeto "se for para enaltecer o saudosismo".

A presidente da comissão, Ana Paula Vitorino, também do PS, confessou-se estupefacta com "o andamento da audição" e, no final, afirmou apoiar as pretensões da petição, sublinhando que quando visitou a Alemanha não viu qualquer "museu ou centro interpretativo público" sobre o nazismo.

Na apresentação da petição, António Vilariques, outro dos subscritores, defendeu que se estude o Estado Novo, regime deposto no 25 de Abril de 1974, mas nas universidades para que se conheça o que foi o salazarismo, período em que ele viveu na clandestinidade e a filha só soube o verdadeiro nome do pai depois do golpe dos capitães que devolveu a democracia ao país.

Na audição, outro subscritor, José Pedro Soares, preso político libertado no dia seguinte ao 25 de Abril, emocionou-se quando fez a defesa da petição e disse que se for construído o museu será "não respeitar a luta democrática dos portugueses".

E criticou a câmara de Santa Comba por usar-se "de um ditador para promover o concelho".
António Oliveira Salazar, que governou Portugal durante 40 anos, de 1936 a 1968, nasceu no Vimieiro, uma freguesia do concelho de Santa Comba Dão, mas a criação de um espaço dedicado àquele período da história portuguesa não tem sido pacífica ao longo dos anos.




Da parte do PSD, Paulo Rios de Oliveira, alertou que "a memória é importante", "a boa e a má", e que ambas "devem ser lembradas" e admitiu que os sociais-democratas não se reveem no projeto "se for para enaltecer o saudosismo".

A presidente da comissão, Ana Paula Vitorino, também do PS, confessou-se estupefacta com "o andamento da audição" e, no final, afirmou apoiar as pretensões da petição, sublinhando que quando visitou a Alemanha não viu qualquer "museu ou centro interpretativo público" sobre o nazismo.

Na apresentação da petição, António Vilariques, outro dos subscritores, defendeu que se estude o Estado Novo, regime deposto no 25 de Abril de 1974, mas nas universidades para que se conheça o que foi o salazarismo, período em que ele viveu na clandestinidade e a filha só soube o verdadeiro nome do pai depois do golpe dos capitães que devolveu a democracia ao país.

Na audição, outro subscritor, José Pedro Soares, preso político libertado no dia seguinte ao 25 de Abril, emocionou-se quando fez a defesa da petição e disse que se for construído o museu será "não respeitar a luta democrática dos portugueses".

E criticou a câmara de Santa Comba por usar-se "de um ditador para promover o concelho".
António Oliveira Salazar, que governou Portugal durante 40 anos, de 1936 a 1968, nasceu no Vimieiro, uma freguesia do concelho de Santa Comba Dão, mas a criação de um espaço dedicado àquele período da história portuguesa não tem sido pacífica ao longo dos anos.



António Oliveira Salazar, que governou Portugal durante 40 anos, de 1936 a 1968, nasceu no Vimieiro, uma freguesia do concelho de Santa Comba Dão, mas a criação de um espaço dedicado àquele período da história portuguesa não tem sido pacífica ao longo dos anos.

* A História já estudou e pode continuar a estudar um período negro do país, onde se promovia a iliteracia, a diferença entre classes, a pobreza cristã e se crucificava o direito de opinião, tudo isto foi o salazarismo liderado por um sujeito misógino, incapaz de ter outra leitura do que a tacanhez  do "Ámen".
Tudo  o que ele fez de mal foi em Lisboa portanto interpretar o Oliveira na terra onde nasceu é uma manobra própria do caciquismo que hoje impera nas autarquias com o objectivo de sacar umas massas e fazer mexericos.

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FONTE:   ONU Brasil

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FONTE:  Observador

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𝙰𝚍𝚊𝚙𝚝𝚊𝚛-𝚜𝚎 𝚌𝚘𝚖𝚘 𝚊𝚝𝚕𝚎𝚝𝚊 𝚊̀ 𝚛𝚎𝚊𝚕𝚒𝚍𝚊𝚍𝚎 
 𝚖𝚊𝚛𝚌𝚊𝚍𝚊 𝚙𝚎𝚕𝚘 𝚌𝚘𝚛𝚘𝚗𝚊𝚟𝚒́𝚛𝚞𝚜




FONTE:  euronews
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Infografia:𝖢𝖨𝖭𝖨𝖲𝖬𝖮

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𝖢𝖨𝖭𝖨𝖲𝖬𝖮 | 𝖠 𝖥𝗂𝗅𝗈𝗌𝗈𝖿𝗂𝖺 𝖽𝗈 𝖢𝖺𝖼𝗁𝗈𝗋𝗋𝗈 𝖫𝗈𝗎𝖼𝗈 



  
FONTE:Epifania Experiência