13/07/2020

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HOJE NO
"DINHEIRO VIVO"
Mais de um terço dos portugueses deixaria ser vigiado nas redes sociais

Apenas 19% dos portugueses que participaram no estudo ouviram falar em sistemas de qualificação social. 

Mais de 30% dos portugueses permitiriam que o Governo monitorizasse a sua actividade nas redes sociais por questões de segurança e metade dos consumidores nacionais partilharia informação privada sensível para aceder a oportunidades de emprego.
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A conclusão é do estudo ‘Social credits and Security: embracing the world of ratings‘ da empresa de cibersegurança Kaspersky, que concluiu ainda que 51% dos internautas a nível global concordam que o Governo os vigie nas redes.
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Segundo o estudo, que “avaliou a percepção das pessoas sobre sistemas de hierarquização – ‘crédito social’ –, os utilizadores estão dispostos a partilhar os seus dados pessoais e concordam que o Governo supervisione a sua actividade nas redes sociais por razões de segurança”, refere a Kaspersky num comunicado divulgado esta sexta-feira. 
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 “Assim o afirmaram 31% dos portugueses que foram inquiridos pela Kaspersky e 51% dos utilizadores, a nível global”, adianta.
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O estudo demonstra que 52% dos inquiridos portugueses partilharia informação privada sensível para aceder a oportunidades de emprego, “melhores tarifários e descontos (36%) ou serviços especiais (35%)”. 
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 “Os utilizadores portugueses mostraram-se também disponíveis para revelar dados dos perfis das suas redes sociais para vários aspetos da vida quotidiana”, diz a Kaspersky. 
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O estudo aborda os sistemas de pontuação social ou ratings sociais que assentam “em algoritmos automatizados baseados no comportamento dos utilizadores e na sua influência na Internet”. 
“Inicialmente, estes algoritmos de avaliação foram introduzidos por instituições financeiras e de comércio electrónico. Hoje em dia, são sistemas que se aplicam a muitas outras esferas e setores – governos e organizações podem ser capazes de avaliar quem tem direito a uma ampla gama de serviços com base nestas pontuações”, explica a Kaspersky.
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Segundo o estudo, “apenas 19% dos portugueses que participaram nesta investigação tinham ouvido falar em sistemas de qualificação social, uma percentagem bastante inferior à média mundial de 46%”, e 36% dos consumidores portugueses têm problemas em compreender como funciona um sistema de pontuação social. 
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O estudo sublinha que, “embora os ratings sociais já estejam a ser utilizados e sejam cada vez mais conhecidos, não existe ainda consenso acerca do seu funcionamento e eficácia”. 
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 Com o surto do novo coronavírus que origina a doença Covid-19, têm vindo a ser implementados sistemas automatizados para controlar o movimento das pessoas, o que pode colocar questões sobre o direito à privacidade, à liberdade de movimentos dos cidadãos e proteção de dados. 
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O Partido Comunista Chinês está a desenvolver um sistema de crédito social com o alegado propósito de levar os cidadãos e empresas a cumprirem a lei na China, país que vive sob um regime que censura e reprime a liberdade de expressão. Com base na sua reputação, os cidadãos e empresas serão premiados ou castigados, conseguindo ou não ter acesso a determinados serviços e direitos.
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 * Os ratings sociais são artifícios que servem para aumentar as  desigualdades, tais como a ileteracia e a fé dos portugueses.

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