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"JORNAL DE NEGÓCIOS"
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Maior projeto fotovoltaico flutuante da
.Europa vai ser instalado no Alqueva
.Europa vai ser instalado no Alqueva
As centrais vão ter uma potência total instalada de 50 megawatts-pico (MWp) e uma produção anual de energia estimada em 90 gigawatts-hora (GWh), o que "será suficiente para abastecer cerca de 2/3 de toda a população do Baixo Alentejo", refere a EDIA.
A Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA)
anunciou hoje que vai investir 50 milhões de euros na instalação de dez
centrais fotovoltaicas flutuantes no empreendimento, constituindo "o
maior projeto fotovoltaico flutuante da Europa".
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Segundo a EDIA, as dez centrais, que serão unidades de produção para
autoconsumo, vão ser instaladas junto às estações elevatórias da rede
primária do Empreendimento de Fins Múltiplos do Alqueva (EFMA) e ocupar
uma área com cerca de 50 hectares sobre a água.
As
centrais vão ter uma potência total instalada de 50 megawatts-pico (MWp)
e uma produção anual de energia estimada em 90 gigawatts-hora (GWh), o
que "será suficiente para abastecer cerca de 2/3 de toda a população do
Baixo Alentejo", refere a EDIA.
A empresa estima que serão
necessários mais de 127 mil painéis fotovoltaicos para a instalação das
dez centrais, os quais irão permitir evitar a emissão de cerca de 30
mil toneladas de dióxido de carbono (CO2) por ano.
A maior
das 10 centrais terá uma área de 28 hectares, será "a maior da Europa" e
ficará instalada junto à Estação Elevatória dos Álamos, que é "a maior"
do EFMA.
A empresa informa que está a preparar o
lançamento do concurso público internacional para fornecimento,
instalação e licenciamento e também para manutenção e operação durante
os primeiros cinco anos das dez centrais.
O concurso terá
como preço base 50 milhões de euros, que serão financiados em 45 milhões
de euros pelo Banco de Desenvolvimento do Conselho da Europa e em cinco
milhões de euros por capitais próprios da EDIA.
De acordo
com a empresa, "a questão energética é determinante para a
sustentabilidade do projeto Alqueva, uma vez que é a principal fonte de
custos variáveis na distribuição de água".
Por isso, "a
diminuição sustentada dos encargos energéticos nas operações de
exploração do EFMA é um objetivo a manter pela EDIA nos próximos anos,
até que se consiga atingir o ponto de otimização máximo de toda a
infraestrutura".
Nas dez centrais, a energia será
produzida por painéis fotovoltaicos instalados sobre estruturas
flutuantes e dirigida para as estações elevatórias que lhes estão
dedicadas para autoconsumo.
A EDIA refere que irá comprar
ou vender energia à rede nas condições de mercado atualmente em vigor
"apenas" quando a energia produzida pelas dez centrais "não for
suficiente" ou quando "existir um excedente".
A empresa
frisa que o "elemento diferenciador" do projeto "assenta na necessidade
de recorrer aos planos de água vizinhos daqueles locais de grandes
consumos elétricos" para as instalações das centrais.
E
"uma das particularidades" das centrais é "a sua integração na
paisagem", já que irão ficar "dissimuladas" nos reservatórios cuja cota
está acima do horizonte visual ou, "na esmagadora maioria", em locais
afastados dos principais eixos rodoviários.
Por outro
lado, a instalação das centrais junto às estações elevatórias que irão
consumir a energia produzida permitirá a descarbonização, a eliminação
de perdas por transmissão e a redução de potência pedida à rede, "em
geral durante o verão e em especial durante os períodos de ponta".
"A
introdução de energia fotovoltaica no EFMA, através da instalação de um
grande parque fotovoltaico, é uma prioridade incontornável" aos níveis
económico e ambiental, "acompanha a tendência mundial de aposta nas
renováveis e faz especial sentido numa zona com excelentes níveis de
radiação solar", frisa a EDIA.
A empresa recorda que o
EFMA já tem várias centrais fotovoltaicas instaladas, nomeadamente uma
na cobertura do seu edifício sede, em Beja, e cinco pequenas unidades de
produção, e está a construir uma central flutuante de um megawatt (MW).
As
novas áreas de expansão dos perímetros de rega do EFMA a construir nos
próximos anos também irão ser equipadas com centrais fotovoltaicas
flutuantes como "uma das soluções para redução da fatura energética".
A
EDIA refere que a tecnologia de produção de energia fotovoltaica em
plano de água "atingiu já uma maturidade assinalável", com mais de um
gigawatt (GW) instalados globalmente e "um enorme potencial de
desenvolvimento".
* Uma boa notícia para a região e para o país.
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