HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Maria Luís Albuquerque
fora das listas do PSD
A
ex-ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque está fora da lista de
candidatos a deputados do PSD por Setúbal e o líder parlamentar Fernando
Negrão será segundo por este círculo, confirmaram à Lusa fontes da
distrital e da direção.
Esta
terça-feira à tarde realizou-se uma segunda reunião entre membros da
distrital de Setúbal e representantes da Comissão Política Nacional, na
qual foi confirmado que a direção iria apontar o líder parlamentar do
PSD, Fernando Negrão, como "número dois" por aquele círculo, nome que
não tinha sido indicado pelas estruturas locais.
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De
acordo com fontes distritais, para o PSD/Setúbal Maria Luís Albuquerque
teria de ser "pelo menos" número dois, depois de o seu nome ter sido
aprovado por quase unanimidade numa reunião da distrital realizada a 26
de junho, e de o presidente do PSD, Rui Rio, ter anunciado como cabeça
de lista por este círculo o vereador Nuno Carvalho.
Por
essa razão, as mesmas fontes distritais consideram que a escolha de
Negrão para número dois pela direção "é um afastamento" da ex-ministra
das Finanças, que não aceitaria ser candidata a deputada por outro
círculo.
Contactada pela Lusa, fonte da
direção do PSD confirmou a indicação do líder parlamentar do PSD para
segundo candidato por Setúbal e que o nome de Maria Luís Albuquerque
"não consta" dos restantes nomes propostos pela distrital.
A Lusa tentou contactar a ex-ministra das Finanças, até agora sem sucesso.
A
escolha dos cabeças de lista é prerrogativa do presidente do PSD, já
tendo sido divulgados os nomes dos "número um" pelos 20 círculos que
cabia a Rui Rio escolher (Madeira e Açores têm competência própria na
escolha de candidatos a deputados).
Quanto
à restante composição das listas, os estatutos do PSD não definem qual a
'quota' de candidatos que a direção pode impor às estruturas regionais,
e apenas determinam que compete às distritais "propor à Comissão
Política Nacional candidaturas à Assembleia da República, ouvidas as
Assembleias Distritais e as Secções".
No
final de maio, a Comissão Política aprovou uma deliberação em que
determinava que as propostas das distritais deveriam ser elaboradas
"pela ordem alfabética dos nomes dos candidatos propostos, tendo de ter,
necessariamente, um número superior a 40% de cada um dos géneros".
Na
mesma ocasião, a direção de Rui Rio incluiu nos critérios para a
escolha dos candidatos a deputados a "concordância com a orientação
estratégica da Comissão Política Nacional e disponibilidade para
cooperar de forma politicamente leal e solidária".
As
reuniões entre as distritais e a direção nacional têm vindo a
realizar-se desde dia 18 de julho e só terminarão esta semana, com
vários casos em que foi necessária uma segunda reunião.
Alguns
nomes críticos da estratégia da atual direção constam das propostas das
distritais apresentadas à direção -- além de Maria Luís Albuquerque, é o
caso do ex-líder parlamentar Hugo Soares ou do vice-presidente da
Câmara de Cascais, Miguel Pinto Luz, que já admitiu candidatar-se à
liderança -, faltando saber se irão ou não constar das listas de
candidatos a deputados do PSD.
Outros,
por diversas razões, já se autoexcluíram das listas, casos de Marco
António Costa, Teresa Morais, Paula Teixeira da Cruz ou António Leitão
Amaro.
As listas de candidatos a
deputados do PSD serão votadas, de braço no ar, no Conselho Nacional do
partido marcado para 30 de julho, em Guimarães.
* Rui Rio a varrer o lixo.
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