.
.
HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Revisão intermédia de um dos submarinos de Portas vai custar 24 milhões de euros
Nos primeiros nove dias do ano foram publicados 2.627 contratos de aquisição de bens e serviços e de empreitadas de obras públicas no valor global de 189,5 milhões de euros. Quase metade (1226) foram feitos por ajuste directo.
A revisão intermédia do "Arpão", um dos dois submarinos comprados no
tempo de Paulo Portas por cerca de mil milhões de euros, vai custar 24
milhões nos próximos três anos.
De acordo com a nota de compra publicada
esta semana no portal Base – o contrato não foi divulgado – o ajuste
direto com a empresa alemã Thyssenkrupp Marine Systems prevê o pagamento
de 8,8 milhões de euros só no primeiro ano do contrato, relativo a
2018.
.
Esta é a primeira revisão do "Arpão" que entrou ao
serviço em 2009. Já a revisão intermédia do outro submarino - o
"Tridente" – foi realizada entre 2016 e 2018 e também ficou por cerca de
24 milhões de euros. Os custos de revisão destes submergíveis (que
totalizam cerca de 48 milhões de euros) estão previstos na atual Lei de
Programação Militar (LPM).
O
Negócios tentou saber junto do Ministério da Defesa e a Marinha quais
os custos totais já assumidos na revisão e manutenção destes submarinos
mas até ao momento não obteve resposta.
Em maio de 2016, o
jornal i noticiou que os custos de manutenção decorrentes só dos
contratos publicados no portal Base já ascendiam a 22 milhões de euros.
Só a aquisição de uma antena radar custou 410 mil euros e duas baterias
principais 10 milhões de euros.
Confrontado na altura com os elevados encargos de manutenção, o chefe
do Departamento de Submarinos da Marinha, Miguel Pereira, defendeu que
não faz "muito sentido aplicar uma muito significativa quantia de
dinheiro na compra de dois submarinos novos e ultra modernos e depois
questionar gastos relativamente muito menores na manutenção e
preservação do investimento realizado".
"Ter os submarinos sem
manutenção era como ter o Ronaldo a jogar com as chuteiras do Eusébio",
afirmou ainda na altura, depois de salientar que "o Tridente e o Arpão
são dois dos melhores submarinos convencionais a operar a nível mundial"
e a sua manutenção "é absolutamente vital e fundamental" para a defesa
da soberania do país sobre uma vasta área marítima e plataforma
continental.
"Sem o relevantíssimo processo de manutenção
perdiam a possibilidade de manter os padrões de segurança e ao mesmo
tempo irem sofrendo pequenas alterações, ao nível do software dos
sistemas, sem as quais não seria possível incorporar o que de mais
moderno se vai desenvolvendo nesta área", acrescentou o primeiro
comandante do Arpão.
Miguel Pereira salientou ainda que os
submarinos, bem como todo o material militar "são, de uma forma geral,
equipamentos caros". Uma realidade que se fica a dever, em grande
parte, ao facto de se "tratar de material importado e de alta
tecnologia".
Para reforçar a sua posição, o responsável da
Marinha recordou as declarações de António Costa num dos programas da
"Quadratura do Círculo", em que citou o ex-primeiro-ministro António
Guterres quando este afirmou que os submarinos "são uma arma cara mas
são uma arma dos pobres".
Recorde-se que o contrato dos
submarinos foi assinado em 2004, mas o processo de decisão começou ainda
no tempo de António Guterres.
OUTROS CONTRATOSNos
primeiros nove dias do ano foram publicados 2.627 contratos de
aquisição de bens e serviços e de empreitadas de obras públicas no valor
global de 189,5 milhões de euros. Quase metade (1226) foram feitos por
ajuste direto.
EMEL gasta quase meio milhão na manutenção de parquímetros
A EMEL - Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa vai gastar 448 mil euros na manutenção de parquímetros.
O contrato
para aquisição de serviços de "manutenção preventiva, corretiva,
evolutiva e de suporte à centralização de parquímetros da marca ‘Cale’"
foi celebrado com a empresa Resopre após concurso público e tem um prazo
de execução de 730 dias.
Numa entrevista ao
Negócios/Antena 1 no início de dezembro, o presidente da EMEL, Luís
Natal Marques revelou que a empresa quer cobrar estacionamento em todas
as freguesias de Lisboa até 2020.
"Em 2020 teremos todas as
freguesias cobertas. A ideia é a criação por ano de 20 mil lugares de
estacionamento tarifado para fazer a cobertura da totalidade da cidade",
afirmou Luís Natal Marques.
O presidente da
EMEL refere que é "uma geometria difícil" acomodar os 200 mil veículos
dos residentes e os 370 mil que entram todos os dias na capital.
"A
minha grande aspiração é tornar a EMEL a empresa mais amada de Lisboa",
afirmou ainda o presidente da empresa de estacionamento. Natal Marques,
admitindo que no passado possam ter existido razões para que os
cidadãos "odiassem" a EMEL
Transtejo paga 349,7 mil em motores para catamarã
Esta semana destaque ainda para o contrato
publicado pela Transtejo relativo à compra de motores propulsores para o
Catamarã Sé no valor de 349,7 mil euros. O ajuste direto com a empresa
Navalprime, assinado no dia 10 de outubro, tem um prazo de execução de
90 dias.
Jantar de Natal da Santa Casa ficou por 245,2 mil euros
A
Santa Casa da Misericórdia de Lisboa gastou mais de 245 mil euros na
produção do evento no âmbito do "Jantar de Natal para colaboradores,
reformados e voluntários" da instituição.
O contrato,
assinado com a empresa Rua Activa – Eventos e Comunicação após concurso
público, tinha um prazo de execução de oito dias.
* O país custa o que os políticos decidem.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário