Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
29/09/2018
HELENA TENDER
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O mito das falsas denúncias
de crimes sexuais
A mulher mentirosa é um mito medieval que tem de ser destruído. Com taxas ridiculamente baixas como 0,2% podemos e devemos afirmar que as vítimas de crimes sexuais não mentem.
Com a denúncia recente
por parte de várias mulheres contra o juiz Kavanaugh, fomos de novo
confrontados com denúncias de crimes sexuais que ocorreram há décadas.
Continuamos assim a surfar o tsunami que é o movimento #metoo. O
nervosismo aumentou e as vozes do status quo gritam mais alto agora. Mas o grito não é original: “As denúncias são falsas!”
Toda
a gente mente. Mas, num tema tão sério e repleto de mitos como este, é
necessário ir além de lugares-comuns e perguntar: quem mente?; quem
ganha com a mentira?; quão comum é a mentira em torno do abuso sexual?
Pesquisando diversas estatísticas nacionais chegamos
à conclusão de que as “falsas denúncias” de crimes sexuais são
inferiores a 2,28% se nos cingirmos aos crimes denunciados. Mas se
contarmos também os crimes não reportados — que somos obrigados a contar
— a taxa de “falsas denúncias” resume-se na verdade a uns inexpressivos 0,2%, de acordo com estatísticas de Espanha.
Importa
reconhecer que mesmo estas estatísticas oficiais são influenciadas por
outros factores. A recolha de prova nestes crimes é extremamente
difícil. Mas há uma grande distância entre a incapacidade de demonstrar
em tribunal que um crime ocorreu e afirmar que a denúncia era falsa.
Será que é de facto uma insignificância estatística como 0,2% que dá azo a tantos gritos?
A mulher mentirosa é um mito medieval que tem de ser destruído. Com
taxas ridiculamente baixas como 0,2% podemos e devemos afirmar que as
vítimas de crimes sexuais não mentem.
Ultrapassemos o nosso preconceito
sexista e perguntemo-nos: por que o fariam? O que leva uma mulher, mais
grave, uma criança — que não tem forma de descrever actos sexuais com
adultos a menos que os tenha sofrido — a mentir? Sabemos como a
sociedade trata as vítimas destes crimes; a reacção imediata é o
descrédito e a desconfiança. “Mentirosa, quer vingança”, “a criança é
fantasiosa”, “alienação parental!”, “implantação de falsas memórias”
(estas últimas, ambas falsas teorias criadas por dois defensores da
pedofilia, alerte-se). Este tratamento, cruel e tristemente comum, é
suficiente para remeter a esmagadora maioria das vítimas ao silêncio.
Quem escolhe ser vítima a menos que o seja de facto? Além do trauma
eterno do abuso, as vítimas têm de sobreviver com o estigma quase
insustentável de terem sido violadas e essa informação ser pública.
Sabemos quem mente. Quando falamos de abuso sexual de menores, violação e assédio sexual, quem mente são os culpados. Mas a presunção da mentira é sempre das vítimas. Os agressores sexuais estão confortavelmente cobertos pelo manto do in dubio pro reu. São as vítimas que são difamadas, insultadas, humilhadas, revitimizadas e acusadas de estarem a mentir.
Entretanto, a exemplo de tantos outros – e apesar da credibilidade das várias denúncias – o juiz Kavanaugh declarou-se inocente.
Paremos de falar nas “falsas denúncias”. Os únicos beneficiários são
os criminosos sexuais, que usam esse argumento desonesto até à exaustão.
Dediquemos o nosso esforço e energia a destruir estes mitos e
preconceitos sexistas, que estão em toda a parte, inclusive dentro de
nós. Ajudemos as vítimas a denunciar, a reduzir o mar de culpados em
liberdade. Isto faz-se apoiando as vítimas, crendo nelas, mesmo sem provas, mesmo sem vídeos. Porque elas estão a dizer a verdade.
IN "PÚBLICO"
28/08/18
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ESTA SEMANA NA
"VISÃO"
Residentes de cidade americana
querem proibir bordel com robôs
Os clientes podem alugar as bonecas robôs e levá-las para uma zona privada por duas horas ou comprá-las por 2 100 euros
Depois de uma petição assinada por oito mil residentes em Houston, nos
EUA, o mayor (equivalente ao nosso presidente de câmara) teve de vir a
terreiro dizer qualquer coisa sobre um bordel com robôs que está prestes
a abrir. “Não quero ser o polícia dos bons costumes,
mas temos de ter pensar naquilo que vem para a nossa cidade e no que as
crianças poderão estar expostas”, referiu o mayor Sylvester Turner.
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A polémica surgiu quando a empresa KinkySdolls anunciou que
iria abrir o seu segundo bordel de robôs – o primeiro foi em Toronto, no
Canadá – e que a cidade escolhida tinha sido Houston.
A petição “Keep Robot Brothels Out of Houston” (Mantenham os Bordéis de Robôs fora de Houston” rapidamente conseguiu assinaturas para impedir que o negócio se instalasse.
O bordel, no qual robôs de aparência feminina interagem com a clientela, “não é o tipo de atração que queiramos”, disse Turner.
Assim, pediu ao seu departamento jurídico para que avaliasse rapidamente de que forma pode impedir que a intenção da KinkySdolls vá para a frente.
No
texto da petição pode ler-se: “No limite, os bordéis de robôs fazem mal
aos homens, ao seu entendimento sobre o que é a sexualidade saudável e
aumentam a procuram pela prostituição e exploração sexual de mulheres e
crianças. […] Se uma substituta artificial reduz a vontade de pagar por
sexo, haverá uma menor procura da prostituição, mas não há nenhuma
evidência sobre isso.”
A empresa responsável pelo local, mantém a
intenção de abrir o bordel onde “bonecas” que falam e podem ser tocadas
são alugadas para zonas privadas durante, no máximo, duas horas. Também
podem ser compradas por cerca de 2 100 euros. Nos vários modelos
disponíveis, há, ainda, as bonecas só para conversar (alterne) com os
clientes – não podem ser alugadas para outros propósitos.
* Uma enorme percentagem de norte americanos ainda pensam que o sol anda à volta da terra, meretrizes robots é problema mínimo.
Portugal é pioneiro de políticos robots e os portugueses não se indignam.
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Jânio Victor afirmou que Angola vai continuar a apostar na busca de investimento privado nacional e estrangeiro, para fazer das províncias da Huíla e Namibe um centro de excelência na exploração e transformação de rochas ornamentais.
O secretário de Estado lembrou que Angola tem produtos ímpares para levar ao conhecimento do mundo, tendo apelado aos empresários a investirem no sector com a instalação de fábricas de processamento, maquinaria para extracção e insumos.
“Queremos ver, doravante, em Angola e no mundo, subprodutos acabados elaborados com nossas rochas”, disse o secretário de Estado, quando falava à imprensa depois de visitar a feira, que mostra o melhor do que há em termos de rochas no mundo.
Além de explicar o novo ambiente de negócios em Angola, as potencialidades geológicas e apelar ao investimento, o responsável percorreu igualmente exposições institucionais como a do Brasil, que juntou produtores e processadores de rochas ornamentais num único pavilhão, dando uma ideia de conjunto.
Marmomac é um encontro imperdível para todos os profissionais: produtores e operadores que procuram sucesso num contexto cada vez mais especializado e competitivo.
É considerada a grande vitrina para admirar o melhor da tradição e inovação produtiva nacional e internacional, as operações realizadas no exterior e as inúmeras iniciativas para promover a peculiaridade e riqueza da pedra natural e seu potencial, para sua utilização em design e arquitectura.
A Silva & Silva está vocacionada para a produção de produtos acabados de granitos, mármores, calcários e outras rochas ornamentais, ladrilhos: vulgo mosaicos e outros utensílios para a construção civil. A empresa, com sede no Namibe, manifestou-se disponível em fornecer ao Novo Aeroporto Internacional de Luanda (NAIL) cerca de 200 mil metros quadrados de produtos acabados de mármore e granito. A empresa possui uma fábrica de transformação de rochas ornamentais no Namibe.
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HOJE NO
"JORNAL DE ANGOLA"
Rochas angolanas ganham o mundo
Mais de dez mil visitantes, entre curiosos e empresários passaram pelo stand de Angola no principal evento internacional dedicado a empresas do sector de mármores e pedras, a Feira de Verona “Marmomac – 2018”.
Entre os expositores, estão a empresa Silva & Silva e o consórcio
formado pela Impulso Industrial Alternativo, Instituto Geológico e
Mineiro de Espanha e o Laboratório Nacional de Energia e Geologia de
Portugal, envolvido no Plano Nacional de Geologia (PLANAGEO). O
consórcio é responsável pela pesquisa para determinar o potencial
mineiro da região sul e sudeste, que abrange as províncias do Namibe,
Huíla, Cunene, Benguela, Huambo, Bié, parte do Cuando Cubango e parte do
Cuanza Sul, numa extensão territorial de quase 470 mil quilómetros.
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Em
Verona, Angola está representada pelo secretário de Estado para
Geologia e Minas, Jânio Victor, que participou da reunião da
Assembleia-Geral da Associação Europeia de Operadores de Rochas
Ornamentais (Euroroc). O responsável falou das potencialidades
geológicas de Angola, o novo ambiente de negócios no domínio de recursos
minerais e petróleo.
Jânio Victor afirmou que Angola vai continuar a apostar na busca de investimento privado nacional e estrangeiro, para fazer das províncias da Huíla e Namibe um centro de excelência na exploração e transformação de rochas ornamentais.
O secretário de Estado lembrou que Angola tem produtos ímpares para levar ao conhecimento do mundo, tendo apelado aos empresários a investirem no sector com a instalação de fábricas de processamento, maquinaria para extracção e insumos.
“Queremos ver, doravante, em Angola e no mundo, subprodutos acabados elaborados com nossas rochas”, disse o secretário de Estado, quando falava à imprensa depois de visitar a feira, que mostra o melhor do que há em termos de rochas no mundo.
Além de explicar o novo ambiente de negócios em Angola, as potencialidades geológicas e apelar ao investimento, o responsável percorreu igualmente exposições institucionais como a do Brasil, que juntou produtores e processadores de rochas ornamentais num único pavilhão, dando uma ideia de conjunto.
Marmomac é um encontro imperdível para todos os profissionais: produtores e operadores que procuram sucesso num contexto cada vez mais especializado e competitivo.
É considerada a grande vitrina para admirar o melhor da tradição e inovação produtiva nacional e internacional, as operações realizadas no exterior e as inúmeras iniciativas para promover a peculiaridade e riqueza da pedra natural e seu potencial, para sua utilização em design e arquitectura.
A Silva & Silva está vocacionada para a produção de produtos acabados de granitos, mármores, calcários e outras rochas ornamentais, ladrilhos: vulgo mosaicos e outros utensílios para a construção civil. A empresa, com sede no Namibe, manifestou-se disponível em fornecer ao Novo Aeroporto Internacional de Luanda (NAIL) cerca de 200 mil metros quadrados de produtos acabados de mármore e granito. A empresa possui uma fábrica de transformação de rochas ornamentais no Namibe.
* E o povo angolano, aquele que vive na miséria, o que vai ganhar com o negócio das pedras?
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HOJE NO
"RECORD"
"RECORD"
Morreu Alves Barbosa,
.três vezes vencedor da Volta a Portugal
.três vezes vencedor da Volta a Portugal
Tinha 86 anos e estava internado no hospital distrital da Figueira da Foz
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O antigo ciclista Alves Barbosa, o primeiro corredor a vencer por três
vezes a Volta a Portugal, morreu este sábado na Figueira da Foz aos 86
anos, disse à agência Lusa um familiar.
O antigo ciclista, que ao longo da carreira apenas representou o
Sangalhos, venceu as edições de 1951, 1956 e 1958 da Volta a Portugal e
terminou no 10.º lugar a Volta a França de 1956.
* Milhares de miúdos, hoje já muito cotas, aprenderam a andar de bicicleta com as "máquinas" que Alves Barbosa alugava numa loja junto da pisina e do Grande Hotel.
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A 29 de março de 2019 o Reino Unido sai da União Europeia. Faltam seis meses e, apesar de o governo britânico dizer que 80% do acordo está finalizado, os restantes 20% incluem os temas mais sensíveis e fraturantes.
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Portugueses no Reino Unido
com futuro incerto
A 6 meses da saída do Reino Unido da UE, prevista para 29 de março, o regresso a Portugal é, para muitos, uma das opções
Marta Ramos, de 32 anos, veio para Londres em julho de 2017, um ano depois do referendo que deu a vitória ao brexit. A decisão dos britânicos já era conhecida mas não foi isso que a impediu de fazer as malas.
Ao DN, esta psicóloga natural de Estarreja, diz: "Mesmo já tendo
existido o referendo (...) tendo bastantes conhecimentos aqui, em termos
de amigos que já cá estavam há muito tempo, achei que valia a pena
arriscar".
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Ela acrescenta que estava completamente desencantada com a sua profissão em Portugal. "Em sete anos tive um único contrato de trabalho, em que recebia 800 euros e trabalhava muito mais que 40 horas semanais. Não
tinha perspetivas de progressão de carreira, as oportunidades eram
muito poucas e as que existiam eram quase todas a recibos verdes, umas
horas aqui, outras acolá, numa clínica ou num hospital", esclarece.
Ao
DN, Marta garante estar satisfeita com a progressão da sua carreira no
Reino Unido, até porque quatro meses depois ter entrado na atual
empresa, foi promovida. Ainda assim, a saída da União Europeia
preocupa-a e o aproximar da data e o avolumar das dúvidas já a obrigou a
falar com os chefes. "Na empresa onde estou, eu sou a única
emigrante (...) mas os meus chefes têm sido muito atenciosos comigo, não
querem que eu fique preocupada ou que pense que tenho de me ir embora
ou que os meus direitos vão ser alterados".
Ainda assim, Marta já tem um plano B. "Como sei que eles trabalham
também em Portugal, com algumas empresas, perguntei se há possibilidade
de me transferirem para lá se as coisas correrem mal e eles disseram-me
que, desde que alcance os meus objetivos, posso perfeitamente pedir
permuta para outro escritório".
Regressar a Portugal é também uma
opção para Nuno Ramos. "Se não se chegar a acordo [entre Londres e
Bruxelas], pondero fortemente voltar para Portugal mesmo sabendo que lá
poderei não ter as oportunidades que cá existem", afirma.
Aos 33
anos, este emigrante natural de Vila Real confessa ao DN que a sua
permanência no Reino Unido vai depender da forma como terminarem as
negociações entre Reino Unido e UE. "O meu plano é continuar cá durante
algum tempo e ver o que vai acontecer. Mas obviamente que o brexit tem
uma preponderância muito grande na decisão de ficar (...) O que o
brexit nos fez foi: em vez de pensarmos a vida a 10, 15, 20 anos,
estamos a pensar a vida ano a ano, o que não é bom para uma pessoa que
se encontra na casa dos 30 anos e quer ter um plano de vida", explica.
Há quatro anos a viver em Londres, Nuno diz que o brexit foi um
"mal-entendido". "Quando estamos a falar do brexit, estamos a falar de
uma politica de emigração. Não tem nada a ver com as tarifas nem com o
dinheiro para o serviço nacional de saúde. Eu acho que foi a
falta de capacidade dos britânicos de dizerem que queriam controlar as
fronteiras e por isso, partiram para um brexit. A partir daí é uma
completa confusão com desentendimentos e má informação".
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Paulo
Costa também não se importa nada de regressar a casa. Aos 60 anos, já
leva seis de Londres, onde trabalha na área da informática. Ao DN, este
lisboeta confessa que até já enviou currículos para Portugal mas
"ninguém responde, provavelmente por causa da idade".
Já
em Londres, assinala, "continua a haver imensas oportunidades". "Pus o
meu currículo em sites de emprego daqui e comecei logo a ser bombardeado
com propostas de emprego, o que quer dizer que, por enquanto,
não noto nenhum problema em continuar a ter emprego cá. Perguntam-me a
nacionalidade mas não levantam problemas por ser cidadão europeu",
garante.
No entanto, a hipótese cada vez mais provável de não haver acordo
entre Londres e Bruxelas também o preocupa, sobretudo no que diz
respeito aos direitos dos cidadãos europeus residentes no Reino Unido.
"Há um pré-acordo sobre os direitos dos cidadãos europeus mas, na
altura, foi dito que nada está acordado, até tudo estar acordado, o que
significa que se não houver acordo, não há nada que garanta que o que
tem sido previsto vai ser implementado", refere.
Paulo Costa é
membro de um movimento chamado "the3Million" - os três milhões - que
luta para que o governo britânico garanta que os direitos dos cidadãos
comunitários não serão alterados depois do brexit. Ao DN, Paulo explica
que "enquanto não houver legislação aprovada e os direitos dos cidadãos
não forem negociados à parte dos restantes temas, acho que estaremos
sempre um bocado vulneráveis. Haverá sempre um grau de incerteza até que
isso seja posto preto no branco."
E jogando pelo seguro, este
técnico de informática já fez aquilo que, para já, lhe é possível fazer:
obteve um cartão de residente permanente que, no entanto, "não garante
que continuemos a ter acesso aos serviços médicos ou continuemos a ter a
reforma transferível de um lado para o outro."
Felisberto Serrão
concorda e acrescenta que o que mais o preocupa é o custo de vida e o
valor das casas para quem é proprietário. Ao DN, este madeirense
emigrado em Londres desde 1982, diz que, ainda assim, vai "esperar para
ver porque os políticos não sabem o que fazer. Uns estão a favor,
outros contra e os que não estão nem a favor nem contra, estão
confusos."
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Felisberto mantém até a esperança de que o
brexit nunca se venha a realizar, constatando que, a pelo andar da
carruagem, "tudo é possível."
Este emigrante não poupa críticas à forma como a primeira-ministra
britânica Theresa May tem conduzido as negociações e não acredita nas
garantias dadas pela líder dos conservadores de que, mesmo não havendo
acordo com Bruxelas, os direitos dos europeus residentes no Reino Unido
estarão garantidos. "Eu já não acredito em nada vindo do Partido
Conservador. Não têm a certeza do que querem ainda. Jogam bananas verdes
para as negociações para ver se a UE aceita. As exigências do
Reino Unido são confusas: querem sair da União Europeia mas querem
manter as mesmas regalias. Não querem pagar o que têm de pagar. Os
britânicos já não têm aquela firmeza na palavra que tinham antigamente",
sublinha.
Há quase quatro décadas no Reino Unido,
Felisberto já teria direito a pedir a nacionalidade britânica, mantendo
também a portuguesa. Esta opção evitaria quaisquer problemas no futuro
mas este madeirense diz que "nunca tal me veio à ideia. Eu amo o meu
país e acho que não necessito de obter o passaporte inglês e a dupla
nacionalidade. Ter o passaporte [português] e o cartão de residente
chega-me".
A 29 de março de 2019 o Reino Unido sai da União Europeia. Faltam seis meses e, apesar de o governo britânico dizer que 80% do acordo está finalizado, os restantes 20% incluem os temas mais sensíveis e fraturantes.
A questão da Irlanda do Norte é, sem
dúvida, a mais importante nesta fase das negociações. Theresa May quer
um mercado comum para bens industriais e agrícolas, como forma de evitar
a criação de postos fronteiriços entre a Irlanda do Norte e a Republica
da Irlanda, algo que seria contrário ao Acordo de Paz de 1998.
Mas
Bruxelas, por seu lado, diz que isso colocaria em causa a integridade
da UE e, como tal, o Reino Unido não pode escolher apenas "a cereja" que
lhe convém - a liberdade de circulação de bens - rejeitando as que não
lhe agrada, ou seja, a liberdade de circulação de pessoas e serviços.
Em
troca, a UE propõe que a Irlanda do Norte - província autónoma do Reino
Unido - permaneça no mercado comum e na união aduaneira, evitando-se
assim uma fronteira entre entre a Irlanda do Norte e a República da
Irlanda (Estado membro da UE). Theresa May diz que jamais aceitará tal
opção porque, isso colocaria em causa a integridade territorial do Reino
Unido.
O que May não diz é que tal solução colocaria também em
causa o seu próprio governo, já que os unionistas da Irlanda do Norte,
que garantem aos conservadores uma maioria parlamentar em Westminster,
são fortes opositores da proposta de Bruxelas, dizendo que não querem
ser tratados de forma diferente do resto do país.
E
enquanto Londres e Bruxelas vão trocando galhardetes, mais de três
milhões de cidadãos comunitários residentes no Reino Unido vão
assistindo ao "espetáculo", na primeira fila, impotentes e preocupados.
* Prognósticos são difíceis de fazer, mas pensamos que a Europa de Angela Merkel não cederá a Theresa May.
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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
El País goza com estacionamento em Portugal e "frouxidão policial"
"A capital portuguesa é uma das piores do mundo em acessibilidade devido à indiferença policial", lê-se no jornal espanhol.
O jornal espanhol El País decidiu publicar algumas imagens de estacionamentos e gozar com a forma como por vezes os carros se apresentam nos passeios lisboetas.
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Os espanhóis criticam a indiferença da polícia portuguesa relativamente aos carros estacionados na capital que impedem a passagem na calçada e dificultam a acessibilidade.
"Lisboa é uma cidade maravilhosa para todos, exceto para as pessoas que andam nas calçadas. Se você é uma pessoa com esse vício, escolha outro destino; Se você precisa de circular de cadeira de rodas ou com um carrinho infantil, Lisboa é uma cidade proibida", escrevem os espanhós apresentando um leque de imagens de carros estacionados em Lisboa nas posições, e locais, mais improváveis.
O jornal vai mais longe e alega que o facto de "no primeiro ano de aplicação do cartão por pontos [em Portugal], nenhum condutor ter perdido a carta" revela "frouxidão policial". "Não é por causa da experiência dos portugueses ao volante, porque se fosse esse o caso, não haveria acidentes nas ruas e estradas", aponta o artigo.
Os espanhóis lançam ainda duras críticas aos reguladores que em vez de terem mão firme, colocam barreiras para que os carros não subam os passeios.
* O problema é bem mais grave que a frouxidão policial que é mentira. O problema é falta de educação cívica, em Espanha é semelhante.
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HOJE NO
"O JORNAL ECONÓMICO"
Cavaco sai de cerimónia de
inauguração de ‘campus’ da Nova
antes de Marcelo discursar
Menos de dez minutos depois da entrada do chefe de Estado, Cavaco Silva deixou o local e, à saída, questionado pelos jornalistas se iria sair sem ouvir Marcelo Rebelo de Sousa, justificou: “Vou para uma festa familiar a que não posso faltar”.
O ex-Presidente da República Cavaco Silva marcou este sábado presença
na cerimónia de inauguração do ‘campus’ de Carcavelos da Universidade
Nova de Lisboa, mas deixou o local antes do discurso do chefe de Estado,
Marcelo Rebelo de Sousa.
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COMPLETAMENTE BAÇO |
Marcelo Rebelo de Sousa chegou pelas
19:15, quinze minutos antes da hora prevista, e fez questão de
cumprimentar o seu antecessor, Cavaco Silva, sentado, desde as 18:30,
numa das pontas da primeira fila, uma vez que já planeava sair antes do
fim da cerimónia.
À chegada, o Presidente da República foi efusivamente aplaudido pela plateia.
Menos
de dez minutos depois da entrada do chefe de Estado, Cavaco Silva
deixou o local e, à saída, questionado pelos jornalistas se iria sair
sem ouvir Marcelo Rebelo de Sousa, justificou: “Vou para uma festa
familiar a que não posso faltar”.
Nos últimos dias, o atual e o
anterior chefes de Estado envolveram-se numa troca de palavras a
propósito da não recondução da atual procuradora-geral da República
(PGR), Joana Marques Vidal, que será substituída por Lucília Gago.
Na
quarta-feira, Cavaco Silva considerou que a não recondução da PGR foi a
decisão “mais estranha do Governo que geralmente é conhecido como
gerigonça”.
Cavaco Silva, que falou à margem de um congresso da
Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC),
classificou a não recondução de Joana Marques Vidal como algo “muito
estranho, estranhíssimo, tendo em atenção a forma competente como
exerceu as suas funções e o seu contributo decisivo para a
credibilização do Ministério Público”.
Um dia depois, Marcelo
Rebelo de Sousa salientou que é ao Presidente da República e não ao
Governo a quem cabe nomear a PGR, dizendo que “por uma questão de
cortesia e de sentido de Estado” não comentaria as palavras de Cavaco
Silva.
“O que me está a dizer é que o presidente Cavaco Silva, no
fundo, disse que era a mais estranha decisão do meu mandato. Perante
isso, tenho sempre o mesmo comportamento: entendo que, desde que exerço
estas funções, não devo comentar nem ex-Presidentes, nem amanhã quando o
deixar de o ser, futuros presidentes, por uma questão de cortesia e de
sentido de Estado, e não me vou afastar dessa orientação”, afirmou
Marcelo Rebelo de Sousa, à margem da IV Cimeira do Turismo, organizada
pela Confederação do Turismo de Portugal.
Hoje, em declarações à
RTP antes da cerimónia de inauguração e questionado sobre esta troca de
palavras, Cavaco Silva invocou a sua experiência política, sem dar uma
resposta direta.
“Eu tenho uma experiência de dez anos de
primeiro-ministro e dez anos de Presidente da República e também um ano
de ministro das Finanças. Sei bem aquilo que se passa no mundo da
política. Mas, evito fazer comentários e raramente os faço”, afirmou.
Na
semana passada, o Presidente da República nomeou Lucília Gago
procuradora-geral da República, com efeitos a partir de 12 de outubro,
sob proposta do Governo.
Lucília Gago irá suceder no cargo a Joana Marques Vidal, que termina o seu mandato de seis anos nessa data.
Na
cerimónia de inauguração do novo ‘campus’ da Nova, onde ficará
instalada a Faculdade de Economia, marcaram presença os ministros da
Economia, Manuel Caldeira Cabral, e o do Ensino Superior, Manuel Heitor,
o ex-Presidente da República Cavaco Silva, a líder do CDS-PP, Assunção
Cristas, e o seu antecessor, Paulo Portas.
Os ex-ministros Miguel
Poiares Maduro (PSD), Luís Amado (PS), Pedro Mota Soares (CDS-PP), Maria
de Belém Roseira(PS), o presidente da EDP António Mexia e o presidente e
vice-presidentes da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras e Miguel Pinto
Luz, bem como a conselheira de Estado Leonor Beleza foram algumas das
muitas figuras do mundo político, académico e económico que marcaram
presença em Carcavelos.
* O verniz é de contrabando, estala depressa.
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1747
Senso d'hoje
CHRISTINE BLASEY FORD
PROFESSORA UNIVERSITÁRIA
DEPÕE CONTRA Brett Kavanaugh
"Acreditei realmente que ele ia
violar-me. Tentei gritar por ajuda.
Mas o Brett tapou-me a boca."
Numa
audiência considerada histórica, a professora universitária proferiu
publicamente a acusação que pode impedir o juiz nomeado por Donald Trump
de subir ao Supremo Tribunal americano.
"Acreditei
realmente que ele ia violar-me. Tentei gritar por ajuda. Mas o Brett
tapou-me a boca. Foi isso que mais me aterrorizou e mais marcas me
deixou ao longo da vida. Quase não conseguia respirar. Achei que ele ia
acabar por matar-me acidentalmente", declarou a docente.
Ford salientou ser independente e não a "marioneta" de ninguém, num caso que se tornou numa batalha entre Republicanos e Democratas pelo equilíbrio de forças no Supremo Tribunal.
"As vítimas de agressões sexuais deviam poder decidir por si mesmas quando e se as suas experiências devem vir a público. À medida que o dia da audiência se ia aproximando, deparei-me com uma escolha aterradora: ou conto estes factos ao Senado e exponho-me a mim e à minha família; ou então protejo a nossa privacidade e deixo que o Senado tome uma decisão sem saber toda a verdade sobre os comportamentos que ele teve no passado", revelou.
Duas outras mulheres vieram entretanto denunciar supostos abusos sexuais de Kavanaugh, incluindo relatos de violações coletivas após as vítimas ingerirem drogas sem o saber.
Ford salientou ser independente e não a "marioneta" de ninguém, num caso que se tornou numa batalha entre Republicanos e Democratas pelo equilíbrio de forças no Supremo Tribunal.
"As vítimas de agressões sexuais deviam poder decidir por si mesmas quando e se as suas experiências devem vir a público. À medida que o dia da audiência se ia aproximando, deparei-me com uma escolha aterradora: ou conto estes factos ao Senado e exponho-me a mim e à minha família; ou então protejo a nossa privacidade e deixo que o Senado tome uma decisão sem saber toda a verdade sobre os comportamentos que ele teve no passado", revelou.
Duas outras mulheres vieram entretanto denunciar supostos abusos sexuais de Kavanaugh, incluindo relatos de violações coletivas após as vítimas ingerirem drogas sem o saber.
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