Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
17/07/2018
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HOJE NO
"RECORD"
Detido mais um suspeito
.do ataque a Alcochete
Foi detido mais um suspeito de envolvimento no ataque aos jogadores do
Sporting, na Academia de Alcochete, a 15 de Maio. Segundo o Correio da Manhã trata-se de Hugo Ribeiro que faz parte da claque Juventude Leonina.
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A
detenção decorreu na tarde desta terça-feira na Charneca da Caparica.
Hugo Ribeiro vai pernoitar nos calabouços do Comando da PSP, em
Moscavide. Quarta-feira será presente a juiz no Tribunal do Barreiro.
* Aguardamos com esperança a detenção do traste-mor.
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2-OS SAMURAIS
UMA EXCELENTE SÉRIE DO CANAL HISTÓRIA
Os Samurais existiram por quase 8 séculos (do VIII ao XV), ocupando o mais alto status social porquanto existiu o governo militar nipônico denominado xogunato.
Pessoas treinadas desde pequenos para seguir o Bushido, o caminho do guerreiro, O samurai era uma pessoa muito orgulhosa, tanto que se seu nome fosse desonrado ele executaria o seppuku, pois em seu código de ética era preferível morrer com honra a viver sem a mesma.
Seppuku, suicídio honrado de um samurai em que usa uma tanto (faca) e com ela enfia no estômago e puxa-a para cima eviscerando-o. Uma morte dolorosa e orgulhosa.
Inicialmente, os samurais eram apenas coletores de impostos e servidores civis do império. Era preciso homens fortes e qualificados para estabelecer a ordem e muitas vezes ir contra a vontade dos camponeses. Posteriormente, por volta do século X, foi oficializado o termo "samurai", e este ganhou uma série de novas funções, como a militar.
Nessa época, qualquer cidadão podia tornar-se um samurai, bastando para isso adestrar-se no Kobudo (artes marciais samurais), manter uma reputação e ser habilidoso o suficiente para ser contratado por um senhor feudal. Assim foi até o xogunato dos Tokugawa, iniciado em 1603, quando a classe dos samurais passou a ser uma casta.
Assim, o título de "samurai" começou a ser passado de pai para filho. O samurai mais famoso de todos os tempos foi Miyamoto Musashi (1584—1645), um guerreiro que veio do campo, participou da batalha de Sekigahara e iniciou um longo caminho de aperfeiçoamento. Ele derrotou os Yoshioka em Edo (atual Tóquio) e venceu o grande Sasaki Kojirō, outro grande samurai.
No fim da era Tokugawa, os samurais eram burocratas aristocráticos ao serviço dos daimiô, com as suas espadas servindo para fins cerimoniais. Com as reformas da era Meiji, no final do século XIX, a classe dos samurais foi abolida e foi estabelecido um exército nacional ao estilo ocidental.
O rígido código samurai, chamado bushido, ainda sobrevive, no entanto, na atual sociedade japonesa, tal como muitos outros aspectos do seu modo de vida.
Os Samurais, como classe social, deixaram de existir em 1868, com a restauração Meiji, quando o imperador do Japão retomou o poder do país. O seu legado continua até nossos dias, influenciando não apenas a sociedade japonesa, mas também o ocidente.
Pessoas treinadas desde pequenos para seguir o Bushido, o caminho do guerreiro, O samurai era uma pessoa muito orgulhosa, tanto que se seu nome fosse desonrado ele executaria o seppuku, pois em seu código de ética era preferível morrer com honra a viver sem a mesma.
Seppuku, suicídio honrado de um samurai em que usa uma tanto (faca) e com ela enfia no estômago e puxa-a para cima eviscerando-o. Uma morte dolorosa e orgulhosa.
Inicialmente, os samurais eram apenas coletores de impostos e servidores civis do império. Era preciso homens fortes e qualificados para estabelecer a ordem e muitas vezes ir contra a vontade dos camponeses. Posteriormente, por volta do século X, foi oficializado o termo "samurai", e este ganhou uma série de novas funções, como a militar.
Nessa época, qualquer cidadão podia tornar-se um samurai, bastando para isso adestrar-se no Kobudo (artes marciais samurais), manter uma reputação e ser habilidoso o suficiente para ser contratado por um senhor feudal. Assim foi até o xogunato dos Tokugawa, iniciado em 1603, quando a classe dos samurais passou a ser uma casta.
Assim, o título de "samurai" começou a ser passado de pai para filho. O samurai mais famoso de todos os tempos foi Miyamoto Musashi (1584—1645), um guerreiro que veio do campo, participou da batalha de Sekigahara e iniciou um longo caminho de aperfeiçoamento. Ele derrotou os Yoshioka em Edo (atual Tóquio) e venceu o grande Sasaki Kojirō, outro grande samurai.
No fim da era Tokugawa, os samurais eram burocratas aristocráticos ao serviço dos daimiô, com as suas espadas servindo para fins cerimoniais. Com as reformas da era Meiji, no final do século XIX, a classe dos samurais foi abolida e foi estabelecido um exército nacional ao estilo ocidental.
O rígido código samurai, chamado bushido, ainda sobrevive, no entanto, na atual sociedade japonesa, tal como muitos outros aspectos do seu modo de vida.
Os Samurais, como classe social, deixaram de existir em 1868, com a restauração Meiji, quando o imperador do Japão retomou o poder do país. O seu legado continua até nossos dias, influenciando não apenas a sociedade japonesa, mas também o ocidente.
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Marcelo diz que não comenta situação
.na Guiné-Equatorial por uma
.questão de educação
Presidente português não quis avaliar em público o grau de cumprimento do país liderado por Teodoro Obiang do roteiro de adesão à CPLP e remeteu a questão para a reunião de chefes do Estado e do governo da organização, que decorre esta terça e quarta-feira na ilha do Sal em Cabo Verde
Marcelo Rebelo de Sousa garantiu esta terça-feira ter expectativas
elevadas sobre a cimeira de chefes do Estado e do governo da CPLP.
Falando aos jornalistas, à chegada ao hotel onde irá decorrer o
encontro, na cidade turística de Santa Maria, em Cabo Verde, o
presidente português afirmou que o contexto internacional é favorável à
comunidade e congratulou-se com o lema escolhido para a décima cimeira
da comunidade de países de língua portuguesa.
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REVOLTADO NO TÚMULO |
"Nós neste momento
temos um peso internacional como comunidade que não deixou de ser
afirmar nos últimos anos. Assim, rapidamente, penso que há um
secretário-geral das Nações Unidas da comunidade [António Guterres], há
três diretores-gerais de organizações internacionais da comunidade, um
dos quais acabado de eleger [António Vitorino]. Há uma situação
internacional que é favorável ao papel da comunidade. O tema dos oceanos
é um tema mundial que é importantíssimo.
Também no plano económico,
financeiro, social. A comunidade, presente como está um pouco por todos
os continentes, tem um espaço de manobra único nos próximos anos. Por
isso, espero que o espírito do Sal vá ser um espírito muito inspirador
para a CPLP", declarou Marcelo Rebelo de Sousa ais jornalistas.
Questionado
sobre a avaliação que faz do grau de cumprimento pela Guiné Equatorial
do roteiro de adesão plena à CPLP, Marcelo Rebelo de Sousa, remeteu a
questão para a cimeira dos chefes do Estado e do governo. Isto porque o
país liderado por Teodoro Obiang desde 1979 ainda não retirou a pena de
morte da sua Constituição.
"Não queria estar a fazer avaliações neste momento por uma questão de
educação. Porque estarmos a falar em público sobre matérias que devem
ser faladas dentro da cimeira não parece elegante nem diplomático. Isso
poderá vir a ser ou não tratado nas várias reuniões que terão lugar. Aí
cada um fará a sua avaliação, que é uma avaliação conjunta, que não diz
respeito a apenas um Estado. Todos os Estados da CPLP tiveram processos
importantes nos últimos dois anos. E a consideração em clima de família e
a ponderação desses processos penso que é meio caminho andado para o
reforço dos laços familiares", sublinhou o chefe do Estado português.
Carlos Santos
Na Ilha do Sal,
Cabo Verde
Cabo Verde
* Dava-nos geito que o nosso PR fosse de quando em vez mal educado para com gente que não presta como um assassino no caso de Obiang. Jamais nos sentaríamos à mesa com aquele estupor.
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS/
/DA MADEIRA"
Governo da República garante verbas
.de apoio a emigrantes na Venezuela
.que se fixam na Madeira
O
secretário de Estado das Comunidades Portuguesas garantiu hoje que o
Governo vai cumprir com a verba prometida ao Governo Regional da Madeira
para apoio aos emigrantes portugueses que regressam da Venezuela,
devido à instabilidade económica e social.
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José Luís Carneiro
salientou que o Governo assume a transferência de verbas como “um
compromisso vinculativo e rigoroso que será cumprido” e sublinhou “a
cooperação inexcedível entre as cinco secretarias regionais da Madeira e
10 secretarias de Estado do Governo da República”.
Em reacção à
observação realizada na segunda-feira pelo presidente do Governo
Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, de que não foram ainda
transferidas as verbas de apoio, o secretário de Estado reiterou que o
Governo “estaria, estava, está e continuará a ser solidário com os
portugueses que decidam regressar ao seu país de origem”.
O
membro do Governo afirmou que o Orçamento de Estado (OE) para este ano
consagra uma verba “que pode ir até 1,5 milhões de euros para prestações
eventuais para famílias carenciadas” que deixam Venezuela, para
retornarem a Portugal.
José Luís Carneiro lembrou a reunião entre
Secretaria Regional da Saúde e o Governo, realizada em 9 de Maio, na
qual, sublinhou, “foi reiterada a disponibilidade inscrita em sede de OE
para atribuir subsídios eventuais às famílias carenciadas na
Venezuela”.
“O que foi afirmado é que o Governo da República
apoiaria até ao limite de um milhão de euros despesas que fossem
comprovadas e como efeito dos cidadãos portugueses na Venezuela, num
trabalho conjunto da Secretaria Estado da Saúde com a Secretaria
Regional da Saúde”, disse o secretário de Estado das Comunidades
Portuguesas, à margem da visita ao Centro de Atendimento Consular para
Espanha, em Lisboa, juntamente com a secretária de Estado da
Modernização Administrativa, Graça Fonseca.
O governante explicou
que “o compromisso do Governo em relação a essa matéria, como foi
sublinhado, mantém-se”, mas notou que “primeiro é preciso fazer a
demonstração do impacto” na Madeira.
“Há uma responsabilidade que
é dos serviços regionais da Madeira, ou seja, têm de transmitir às
autoridades nacionais aqueles que são os impactos efectivos e concretos
em resultado da deslocação de cidadãos portugueses com origem na
Venezuela. Validados que estejam esses números, o Governo da República
transferirá, ou reforçará no caso da Segurança Social, os apoios
previstos”, assegurou.
Sem prazos definidos, José Luís Carneiro
notou que, “no caso da saúde, pode levar a que a transferência possa não
ocorrer em 2018, seja validada este ano para efeitos de transferência
em princípios de 2019, comprovado o respectivo impacto na estrutura de
saúde da Madeira”.
O secretário de Estado, que enalteceu a
cooperação entre o Governo da República e o Governo Regional em áreas do
emprego e formação profissional e educação, entre outras, assinalou
ainda que “houve um aumento nas transferências sociais de 2015 até final
de 2016 na ordem de 27%”, a que corresponde “cerca de um milhão de
euros a mais entre 2015 e 2016 para apoiar as famílias que apresentaram
circunstâncias de carência económica e social”.
* É o mínimo que se pode fazer a cidadãos que partiram, fartos de ser maltratados pela Pátria.
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MAXWELL GOMERA e EDWARD MABAYA
Os campos da morte
Por todo o mundo em desenvolvimento, os agricultores estão a expandir áreas de cultivo numa busca interminável por solo fértil. Nesse processo, importantes habitats de vida selvagem estão a ser destruídos a um ritmo alarmante.
No passado dia 3 de Abril, o Reino Unido anunciou uma proibição de
venda de marfim que se tornou "uma das mais rígidas do mundo". Ao
restringir o comércio de marfim, o Reino Unido juntou-se a outros países
– incluindo a China e os Estados Unidos – que recorrem a mecanismos de
mercado dissuasores para desencorajar a caça furtiva e proteger uma
espécie em vias de extinção. Tal como referiu o ministro britânico do
Ambiente, Michael Gove, o objectivo é "proteger os elefantes para as
gerações futuras".
Estes
são, sem dúvida, gestos louváveis ao serviço de um objectivo nobre. Mas
acabar com a venda de marfim, por si só, não irá reverter a diminuição
nas populações de elefantes. Com efeito, a maior ameaça com que se
deparam esta e muitas outras espécies reside numa actividade humana
bastante mais comum: a agricultura.
Por
todo o mundo em desenvolvimento, os agricultores estão a expandir áreas
de cultivo numa busca interminável por solo fértil. Nesse processo,
importantes habitats de vida selvagem estão a ser destruídos a um ritmo alarmante. De
acordo com a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e
Alimentação (FAO), se a actual tendência se mantiver, em 2050 o solo
cultivável de todo o mundo terá aumentado em cerca de 70 milhões de
hectares e grande parte das novas terras aráveis estará localizada em
zonas que estão actualmente florestadas. O risco é maior na América do
Sul e na África Subsaariana, onde o crescimento da população e a procura
de alimentos afectarão mais intensamente as zonas de floresta tropical.
A
pobreza está na raiz desta crise ecológica, mas as más práticas
agrícolas perpetuam o ciclo da fome e da perda de habitats. Em África,
por exemplo, o rendimento persistentemente baixo das culturas – muitas
vezes correspondem a apenas 20% das médias globais – está relacionado
com a fraca qualidade das sementes, a indisponibilidade de fertilizantes
e a falta de irrigação. À medida que a saúde dos solos se vai
deteriorando e a produção agrícola vai diminuindo, muitos agricultores
não vêem outra alternativa a não ser procurar novos terrenos de cultivo.
Felizmente,
existe uma forma de acabar com este ciclo vicioso. Estudos recentes
revelam que a tecnologia e melhores práticas agrícolas podem aumentar a
produtividade agrícola, ao mesmo tempo que reduzem a perda de habitats e
protegem a vida selvagem. Esta abordagem, conhecida como
"intensificação sustentável", visa impulsionar a produção das terras
existentes recorrendo a técnicas como a gestão integrada de colheitas e o
controlo avançado de pragas. Se aplicada amplamente, a intensificação
sustentável pode até mesmo reduzir o a quantidade total de terras
actualmente cultivadas.
Não
se trata de um objectivo impossível. Nos últimos 25 anos, os
agricultores de mais de 20 países de todo o mundo melhoraram a segurança
alimentar, ao mesmo tempo que mantiveram ou aumentaram o coberto
florestal. Segundo um estudo,
entre 1965 e 2004 os agricultores dos países em desenvolvimento que
plantaram sementes de elevada qualidade conseguiram reduzir os terrenos
aráveis em perto de 30 milhões de hectares – uma área que é praticamente
do tamanho de Itália. Estes ganhos poderiam ser ainda mais expressivos
se os pequenos agricultores tivessem acesso a equipamento moderno, a uma
melhor recolha e análise de dados, e a mais financiamento.
Os
críticos argumentam que o aumento da produtividade das pequenas
explorações agrícolas pode ser contraproducente, especialmente se isso
incentivar os agricultores mais pobres a expandirem as suas áreas
cultiváveis na esperança de aumentarem os lucros. Para evitar este
cenário, as estratégias de intensificação devem fazer-se acompanhar por
um sólido planeamento de conservação.
Ao
mesmo tempo, contudo, não se pode simplesmente pedir aos agricultores
dos países em desenvolvimento que deixem de usar os recursos
não-agrícolas adjacentes aos seus terrenos. Muitas pessoas que vivem nas
comunidades pobres dependem dos produtos florestais para terem
combustível e materiais de construção, pelo que as políticas
governamentais que proíbam o uso desses recursos sem oferecerem
alternativas adequadas estarão provavelmente condenadas ao fracasso. Em
vez disso, a abordagem ideal para a conservação nos países em
desenvolvimento deverá associar o apoio agrícola e económico a limites
rígidos à expansão das terras de cultivo.
Isso
está longe de ser o que hoje acontece. Em todo o mundo, são investidos
milhares de milhões de dólares anualmente na tentativa de resolução da
degradação ambiental e da pobreza; muitos dos 17 Objectivos de
Desenvolvimento Sustentável da ONU estão de algum modo relacionados com
estas duas preocupações. E, ainda assim, a maioria dos programas
destinados a lidarem com estes problemas operam isoladamente. Isto é um
erro: as soluções para a insegurança alimentar e para a perda de
habitats devem estar mais bem integradas se quisermos que estes
problemas sejam resolvidos.
Ninguém
duvida que medidas bem intencionadas como a proibição do comércio de
marfim possam reduzir o impacto ecológico da actividade humana. Mas,
neste momento, a agricultura – a actividade com mais responsabilidade
nos danos ao bem-estar de muitas espécies – não está a conseguir atrair a
devida atenção dos decisores políticos. Enquanto isso não mudar, é bem
provável que as estratégias governamentais de protecção da vida selvagem
"para as gerações futuras" não sejam suficientes.
Maxwell
Gomera é director do Departamento de Biodiversidade e Ecossistemas no
Programa do Ambiente das Nações Unidas.
Edward Mabaya é investigador
senior na Universidade de Cornell.
IN "JORNAL DE NEGÓCIOS"
15/07/18
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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Morreu João Semedo
O político, a medicina, a oposição
Morreu esta terça-feira o antigo deputado e líder bloquista. A defesa da morte assistida foi um dos últimos trabalhos cívicos de João Semedo, nascido em 1951. O cancro nas cordas vocais marcou os últimos anos do deputado.
A saúde era uma área de eleição, afinal foi aí que se licenciou, mas o
trabalho político foi o seu centro. "Tratar a sociedade mais que as
pessoas", disse ao Observador, numa entrevista concedida em Abril de 2017.
Tinha acabado, na altura, de anunciar a candidatura à Câmara Municipal
do Porto. Acabou por desistir por motivos de saúde. Mas foi marcando
presença cívica e política, nomeadamente na questão da morte assistida e
do Serviço Nacional de Saúde. João Semedo, antigo deputado e líder do
Bloco de Esquerda, morreu esta terça-feira, 17 de Julho de 2018.
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"Salvar
o SNS - uma nova Lei de Bases da Saúde para defender a Democracia", é
uma obra da sua autoria, a par de António Arnaut, visto como o principal
impulsionador do Serviço Nacional de Saúde, também falecido em Maio
deste ano. "Nada se conseguirá mudar sem mudar a lei de bases", asseverou, em Janeiro deste ano.
Defendeu a morte assistida este ano. Sobre o tema, escreveu um texto de opinião,
que o Expresso republicou esta terça-feira. Segundo defendeu, a votação
daquele dia 29 de Maio, que acabou por chumbar a sua pretensão, iria
colocar à prova "a tolerância democrática dos deputados: ou aprovam uma
lei que, sem obrigar seja quem for, permite ajudar a antecipar a morte
de todos aqueles cuja vontade seja inequivocamente essa ou insistem em
manter a prepotência actual em que as convicções de alguns se impõem a
todos os outros".
"É uma questão de tempo: não foi agora, será na próxima legislatura", afirmou, em relação a este assunto, segundo relembra o Esquerda.net.
A oposição
Presença
no Parlamento, foi deputado por três legislaturas. Esteve na comissão
de inquérito ao negócio entre a PT e a TVI, mas também ao BPN. A
liderança no Bloco de Esquerda, em parceria com Catarina Martins e após a
saída de Francisco Louçã, deu-lhe destaque na oposição ao Governo
liderado por Pedro Passos Coelho. Desses anos, contam-se os pedidos de
demissão de Maria Luís Albuquerque e de Rui Machete. Não só.
Em Julho de 2013,
após a crise política causada pela demissão de Paulo Portas, João
Semedo propôs "a abertura de um processo de discussão e aprovação das
bases programáticas de um governo de esquerda", proposta dirigida ao PS e
ao PCP. Não aconteceu na altura. Viria a acontecer dois anos e meio
depois.
Saiu da liderança no final de
2014, para resolver diferendos internos. "O Bloco deve-lhe muitíssimo",
defendeu Catarina Martins. "Obrigada, João", escreveu já a líder
bloquista no Twitter.
Antes do BE esteve no PCP. Abandonou o partido em 2000, o que,
segundo disse ao Observador, ocorreu quando percebeu que o PCP não era
reformável. Foi a partir daí que esteve no topo do Hospital Joaquim
Urbano, no Porto, e se centrou na medicina.
Mas as preocupações políticas eram antigas. Chegou a estar preso em Caxias, durante o Estado Novo.
O
Benfica era uma paixão. Em Abril de 2017, em resposta a um desafio do
Observador, escolhia Rui Vitória como treinador, face a Jorge Jesus (na
altura no Sporting), porque seria o "treinador que vai levar o Benfica
ao tetra". Concretizou-se. O penta não chegou.
Nascido a
20 de Junho de 1951, teve a infância passada em Lisboa, na zona do
Jardim Constantino, mas também passou pela Figueira da Foz, e o Porto,
onde viveu, foi o círculo eleitoral pelo qual chegou ao Parlamento. No
ano passado, João Semedo quis candidatar-se à Câmara Municipal do Porto.
Acabou por deixar a corrida, devido a motivos de saúde.
Nos
últimos anos, João Semedo mudou a forma de comunicar, mas não a forma
de ser, como frisou. Um cancro nas cordas vocais atacou-o. "Custou-me
saber que tinha de tirar as cordas vocais", afirmou na entrevista ao
Observador.
João Semedo morreu esta terça-feira, 17 de Julho.
* A dignidade está de luto.
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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
Comissão entrega manifesto ao
Governo pelo fim da concessão ferroviária à Fertagus
O manifesto foi lançado em junho e reúne 200 entidades, entre as quais comissões de utentes, sindicatos, autarquias e personalidades da cultura, música e desporto.
A Comissão de Utentes de Transportes da Margem Sul (CUTMS) entregou esta terça-feira ao Governo um manifesto a exigir o fim da Parceria Público-Privada (PPP) com a Fertagus e a integração da empresa na CP.
"O Governo assumiu estar a analisar este assunto. Ainda não tem uma decisão tomada, mas diz que é um dos assuntos que tem consciência que tem um prazo", disse um dos membros da CUTMS, Marco Sargento, em declarações à agência Lusa.
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De acordo com o responsável, o documento com o título "Basta de PPP com a Fertagus, queremos o serviço integrado na CP" foi entregue esta terça de manhã na residência oficial do primeiro-ministro, António Costa, ao vice-presidente da Assembleia da República Jorge Lacão e aos grupos parlamentares.
Segundo Marco Sargento, o manifesto funciona em torno de três ideias chave.
"Um dos objetivos é terminar com a PPP, que é claramente ruinosa para o país", avançou.
Para exemplificar, o responsável referiu que, tal como o Tribunal de Contas analisou no seu relatório sobre o período de 1999 a 2013, esta parceria "consumiu mais de 77 milhões de euros".
"São 77 milhões de euros que poderiam ter sido usados para promover o verdadeiro transporte público", frisou.
Em 2019 termina o contrato de concessão com a Fertagus e, por isso, o movimento pede ao Governo que "tome a decisão certa" e que "integre o serviço na CP". Outro dos objetivos deste manifesto é a defesa dos interesses dos utilizadores, incluindo a redução de tarifas.
"Os utentes hoje têm preços na Fertagus que são o dobro dos praticados na CP", apontou o responsável, indicando que "entre Azambuja e Lisboa o que a CP cobra é metade do que é cobrado na Fertagus entre Setúbal e Lisboa". Marco Sargento referiu ainda que a Fertagus "se recusa a aceitar o passe social no seu sistema tarifário", ao contrário da CP.
Para o movimento, o interesse dos trabalhares também está em causa, até porque, "a integração na CP ia potenciar os seus direitos e qualidade de vida", referiu o responsável. O manifesto foi lançado em junho e reúne 200 entidades, entre as quais comissões de utentes, sindicatos, autarquias e personalidades da cultura, música e desporto.
* Sempre achámos que empresas com relevância social não deviam ser entregues a privados que apenas têm objectivos de lucro rápido. As privatizações da ANA, a TAP, a EDP, e REN, entre muitas outras fragilizaram e empobreceram o país em milhões de milhões de euros.
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Comissão de inquérito fica em suspenso
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HOJE NO
"OBSERVADOR"
Tancos
Ministro passa responsabilidade
para o Ministério Público
Azeredo Lopes insiste na mensagem: é ao Ministério Público que cabe explicar se há ou não divergências entre o material recuperado e aquele que tinha sido levado de Tancos no ano passado.
A bola está do lado do Ministério Público. É aos procuradores que
cabe a responsabilidade de explicar se há ou não diferenças entre o
material de guerra furtado de Tancos em junho do ano passado e aquele
que foi recuperado na zona da Chamusca em outubro. Se houver
diferenças, Azeredo Lopes admite voltar atrás nas declarações que fez na
altura. Mas não diz se retira “consequências políticas” ou
operacionais, ao mais alto nível”, se isso se confirmar.
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Essa
eventual consequência política ou operacional deu, aliás, azo a um
episódio caricato. Já depois de ter esgotado o tempo que tinha para
responder ao deputado do CDS João Rebelo, o ministro foi interpelado
pelo centrista para concretizar se retirava, ou não, consequências de
diferenças nos valores do material. “Se se vier a verificar….”, estava
Azeredo Lopes a dizer. Mas o deputado Ascenso Simões (PS) cortou a
intervenção: “Nós temos mais votos que o CDS”, assinalou, “já esgotou o
tempo”. O ministro não chegou por isso a concretizar a ideia.
A audição desta terça-feira já estava agendada e devia focar-se na
cimeira da NATO da semana passada. Mas a manchete do semanário Expresso
veio incluir um novo ponto na ordem de discussão para falar sobre Tancos
e para perceber se há material por recuperar.
“Não manterei as
minhas declarações” de outubro do ano passado “se o Ministério Público
vier a confirmar” que há divergências neste capítulo. Até lá, Azeredo
Lopes vai “aguardar pelo curso da investigação” coordenada pelo
Ministério Público, apoiado pela Polícia Judiciária e que conta com a
colaboração da Polícia Judiciária Militar.
Quando o material foi recuperado, Azeredo Lopes destacava a singularidade de material de guerra ser recuperado:
O Governo regista — e acho que todos registamos como extremamente
positivo — o facto de o conjunto de material de guerra que não tinha
sido recuperado ser recuperado e o facto de ser a primeira vez, que eu
me recorde, em democracia, num furto desta natureza, de o material
roubado ou furtado ter sido recuperado”, disse o ministro.
No entanto, Azeredo Lopes lembra que as declarações que fez em
outubro, mostrando-se satisfeito pela recuperação do material furtado,
tiveram por base a informação tornada pública pela Polícia Judiciária
Militar. “Não estou a passar responsabilidades para PJM”, ressalva.
Sobre
a guerra em curso entre as duas polícias, o ministro não fala. “Não vou
comentar nem direta nem indiretamente notícias sobre alegados conflitos
entre as entidades” porque “não cabe ao ministro” fazê-lo. “Quem tem de
aclarar esses conflitos — espero que não existam — e quem conduz a
investigação é o MP”, disse o ministro na comissão de Defesa Nacional.
Azeredo
Lopes disse ainda não ter sido informado pelo Ministério Público de
eventuais “divergências” entre as quantidades de material furtado e de
material devolvido. “Se fui informado? Não, não fui informado. Porque
provavelmente quem investiga considerou que [o processo] estaria em
segredo de justiça”, como está. Os acórdãos foram publicados já depois
de o Expresso ter publicado a informação das discrepâncias.
Comissão de inquérito fica em suspenso
Logo no sábado, quando foi conhecida a informação sobre o material de
guerra por recuperar, o CDS anunciou a disponibilidade de avanaçr com a
constituição de uma comissão de inquérito. Passaram três dias, o
ministro foi ouvido. E agora, há comissão de inquérito? “O CDS, depois
de ouvir todas estas entidades, mantém em aberto todas as
possibilidades de apresentar uma comissão parlamentar de inquérito a
este caso”, disse João Rebelo depois da audição do ministro sobre
Tancos.
O que significa que só depois de ouvido o Chefe do
Estado-Maior do Exército e as secretárias-gerais do Sistema de Segurança
Interna e das secretas os centristas decidirão se avançam para a
comissão de inquérito. O PSD, que também no fim de semana admitiu essa
possibilidade, vai pelo mesmo caminho.
Ainda antes do início da audição do ministro da Defesa Nacional, os
deputados aprovaram por unanimidade as audições apresentadas já esta
terça-feira do Chefe do Estado-Maior do Exército (pedida pelo CDS), da
secretária-geral do Sistema de Segurança Interna e da secretária-geral
do Serviço de Informações da República (pedidas pelo PS).
* O sr. ministro continua a titubear ocasião sim, ocasião não, podia ir titubear para casa nos seio da família.
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2.VIDAS SECRETAS
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XIII-TABU
E.U.A.
2.VIDAS SECRETAS
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Nesta nova época de "bloguices" que vai de Setembro/17 a Julho/18, iremos reeditar algumas séries que de forma especial sensibilizaram
os nossos visitadores alguns anos atrás, esta é uma delas. É natural que dada a extensão de algumas séries as mesmas se prolonguem por mais meses do ano corrente.
** As
nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma
hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.