Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
24/05/2018
.
.
HOJE NO
"DINHEIRO VIVO"
Exportamos mais de metade
.da produção de kiwis
Desde há seis anos que vendemos mais kiwis para fora do que importamos. Crise na Nova Zelândia, 3.º maior produtor mundial, não nos deverá afetar
Das 28 mil toneladas de kiwis que os
produtores estimam ter produzido no ano passado, 16 mil, ou seja, mais
de metade, foram para a exportação, segundo a Associação Portuguesa de
Kiwicultores (APK).
Só que, apesar de a área de cultivo ter disparado 63,5%, entre 2010 e
2016, para 2598 hectares, a produção manteve-se sensivelmente constante,
nesse período, na ordem das 23 mil toneladas, de acordo com os dados
mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE).
.
.
Como se explica que a área tenha aumentado
tanto e a produção nem por isso? António Avelino Luís, presidente da
APK, aponta o ataque de uma bactéria (PSA), que terá prejudicado as
plantas (não os frutos), impendido o correto desenvolvimento.
.
Mesmo com o contratempo da fitossanidade, António Avelino Luís acredita que “o país tem, neste momento, um potencial produtivo de 50 mil toneladas”, uma situação que poderá tornar-se realidade “daqui a dois ou três anos”, o tempo de novos pomares entrarem em produção, já que uma planta demora três anos a dar os primeiros frutos.
.
É também de esperar que esse reforço produtivo ocorra, sobretudo, nas regiões de Entre Douro e Minho e na Beira Litoral, onde se concentra a quase totalidade da produção nacional.
.
António Avelino Luís até defende que a área de cultivo de kiwis deveria “duplicar”, desde logo, para responder à procura crescente por via do estrangeiro. “O nosso kiwi tem um sabor agradável e tem boa aceitação nos mercados externos”, refere. E sabe do que fala, porque as exportações também não têm parado de crescer.
.
Para onde vão
Estava o país em plena crise, com a troika por cá, mas isso em nada perturbou o kiwi que, desde 2012, iniciou um percurso crescente de exportação, elevando-se às importações desde esse ano, pelo menos em quantidade (apenas com um recuo muito ligeiro em 2016). Em valor, essa supremacia das vendas externas ocorreu apenas desde 2015.
.
No ano passado, exportámos 16,272 mil toneladas (mais 35,6% face a 2016) de kiwis, no valor de 19,486 milhões de euros, uma honrosa subida de 60,4%, segundo o INE. Pelo contrário, as compras ao exterior estão a diminuir. Comprámos lá fora 9,326 mil toneladas no ano passado (menos 23,1%), por 14,032 milhões de euros (menos 22,4%). Já este ano, o comércio externo está a seguir a mesma tendência: no primeiro trimestre, as exportações cresceram 38,9% em quantidade, e 49,3% em valor; as importações caíram 22,4% em quantidade e 7,8% em valor.
.
Como seria de esperar, Espanha é o nosso principal cliente, representando 80% do mercado externo (faturámos 15,3 milhões de euros no ano passado). Segue-se a França e a Polónia.
.
Neste contexto, o presidente da APK tem esperança de que o Governo português consiga abrir novos mercados à exportação de kiwi, havendo neste momento negociações com a Colômbia, o México e a Costa Rica.
De onde vêm
Já entre os nossos fornecedores estrangeiros, Espanha surge de novo em primeiro lugar, com o Chile em segundo e Itália em terceiro.
.
As importações serão sempre inevitáveis, nota António Avelino Luís, tendo em conta a sazonalidade da produção. Países do hemisfério norte, como Portugal, partilham o mesmo ciclo produtivo. Quando o fruto acaba, tem de se importar do sul, e vice-versa.
.
China é o maior produtor mundial, assegurando 1,3 milhões de toneladas, que correspondem a mais de metade do volume total mundial. Itália, Nova Zelândia e Chile completam o ranking por essa ordem. Portugal e Espanha juntos asseguram o 6.ª lugar.
.
O kiwi da Nova Zelândia foi notícia na última semana na imprensa internacional, pela dificuldade que o país está a ter para recrutar mão de obra, e garantir a apanha dos frutos na campanha prestes a começar.
Uma perturbação nesse mercado, no entanto, não deverá afetar Portugal, sobretudo na fase de carência sazonal, uma vez que a Nova Zelândia, apesar de ser o terceiro maior produtor mundial, não consta da lista de países fornecedores de Portugal, facultada pelo INE a nosso pedido.
.
António Avelino Luís admite que, a haver no mercado nacional, poderão ter origem em explorações de neozelandeses estabelecidas na Europa, em especial em Itália, ou haver produtores europeus que trabalhem segundo as regras da Nova Zelândia e exibam a marca neozelandesa da exportação “Zespri”.
Mesmo com o contratempo da fitossanidade, António Avelino Luís acredita que “o país tem, neste momento, um potencial produtivo de 50 mil toneladas”, uma situação que poderá tornar-se realidade “daqui a dois ou três anos”, o tempo de novos pomares entrarem em produção, já que uma planta demora três anos a dar os primeiros frutos.
.
É também de esperar que esse reforço produtivo ocorra, sobretudo, nas regiões de Entre Douro e Minho e na Beira Litoral, onde se concentra a quase totalidade da produção nacional.
.
António Avelino Luís até defende que a área de cultivo de kiwis deveria “duplicar”, desde logo, para responder à procura crescente por via do estrangeiro. “O nosso kiwi tem um sabor agradável e tem boa aceitação nos mercados externos”, refere. E sabe do que fala, porque as exportações também não têm parado de crescer.
.
Para onde vão
Estava o país em plena crise, com a troika por cá, mas isso em nada perturbou o kiwi que, desde 2012, iniciou um percurso crescente de exportação, elevando-se às importações desde esse ano, pelo menos em quantidade (apenas com um recuo muito ligeiro em 2016). Em valor, essa supremacia das vendas externas ocorreu apenas desde 2015.
.
No ano passado, exportámos 16,272 mil toneladas (mais 35,6% face a 2016) de kiwis, no valor de 19,486 milhões de euros, uma honrosa subida de 60,4%, segundo o INE. Pelo contrário, as compras ao exterior estão a diminuir. Comprámos lá fora 9,326 mil toneladas no ano passado (menos 23,1%), por 14,032 milhões de euros (menos 22,4%). Já este ano, o comércio externo está a seguir a mesma tendência: no primeiro trimestre, as exportações cresceram 38,9% em quantidade, e 49,3% em valor; as importações caíram 22,4% em quantidade e 7,8% em valor.
.
Como seria de esperar, Espanha é o nosso principal cliente, representando 80% do mercado externo (faturámos 15,3 milhões de euros no ano passado). Segue-se a França e a Polónia.
.
Neste contexto, o presidente da APK tem esperança de que o Governo português consiga abrir novos mercados à exportação de kiwi, havendo neste momento negociações com a Colômbia, o México e a Costa Rica.
De onde vêm
Já entre os nossos fornecedores estrangeiros, Espanha surge de novo em primeiro lugar, com o Chile em segundo e Itália em terceiro.
.
As importações serão sempre inevitáveis, nota António Avelino Luís, tendo em conta a sazonalidade da produção. Países do hemisfério norte, como Portugal, partilham o mesmo ciclo produtivo. Quando o fruto acaba, tem de se importar do sul, e vice-versa.
.
China é o maior produtor mundial, assegurando 1,3 milhões de toneladas, que correspondem a mais de metade do volume total mundial. Itália, Nova Zelândia e Chile completam o ranking por essa ordem. Portugal e Espanha juntos asseguram o 6.ª lugar.
.
O kiwi da Nova Zelândia foi notícia na última semana na imprensa internacional, pela dificuldade que o país está a ter para recrutar mão de obra, e garantir a apanha dos frutos na campanha prestes a começar.
Uma perturbação nesse mercado, no entanto, não deverá afetar Portugal, sobretudo na fase de carência sazonal, uma vez que a Nova Zelândia, apesar de ser o terceiro maior produtor mundial, não consta da lista de países fornecedores de Portugal, facultada pelo INE a nosso pedido.
.
António Avelino Luís admite que, a haver no mercado nacional, poderão ter origem em explorações de neozelandeses estabelecidas na Europa, em especial em Itália, ou haver produtores europeus que trabalhem segundo as regras da Nova Zelândia e exibam a marca neozelandesa da exportação “Zespri”.
* Exportar significa tentar equilibrar a nossa balança de pagamentos, por regra exportamos qualidade.
.
.
.
HOJE NO
"DESTAK"
Contratos de trabalho temporário vão
.ter limite máximo de seis renovações
O Governo propôs hoje na Concertação Social a introdução de um limite máximo de seis renovações para os contratos de trabalho temporários e o agravamento de contraordenações em caso de incumprimento.
.
A medida foi apresentada aos parceiros sociais pelo ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva, e integra o novo documento com as várias alterações ao Código do Trabalho propostas pelo Governo.
No novo documento, o executivo propõe "introduzir um limite máximo de seis renovações do contrato de trabalho temporário, atualmente inexistente na lei" e tornar obrigatória a prestação de informação ao trabalhador "sobre o motivo subjacente à celebração de contrato de utilização entre a empresa utilizadora e a empresa de trabalho temporário, salvaguardando os conteúdos confidenciais previstos no Código do Trabalho, e agravar a contraordenação em caso de incumprimento".
* O trabalho temporário é o método democrático que os políticos congeminaram para assegurar o fornecimento de escravos modernos ao patronato.
.
.
Ricardo não acredita que os pais alguma vez
chegassem ao ponto de o expulsar de casa, mas agora que olha para trás
lembra que foram muitos os sinais “simpáticos” de que estava na altura
de sair. .
Tinha 30 e poucos anos, trabalhava desde os 18, até já tinha um
apartamento equipado, mas era o conforto da cama feita, da roupa
lavada, da comida na mesa ao final do dia. “Sabia-me bem estar em casa,
estar ali quente no ninho, não me preocupava em sair. Isto é feio de
dizer mas é a mais pura das realidades”.
Os pais, a certa altura, é que terão deixado de achar tanta graça. Primeiro foi o pedido para que começasse a pagar de vez em quando as contas do supermercado. “Não era que precisassem de ajuda, penso que foi uma forma de pressionar”.
Não funcionou e seguiram-se as instruções para que passasse a pôr o carro na rua de trás em vez de ocupar espaço na garagem. Depois veio o problema da internet: se queria estar online no quarto, que arranjasse linha própria para não ter o telefone sempre impedido. A roupa que desde adolescente deixava no chão deixou de aparecer misteriosamente no cesto e o jantar também já não o esperava todas as noites na mesa.
“Uma vez, a meio da semana, foram passar uns dias a casa de um tio no Algarve e liguei-lhes para saber onde estavam. Não me tinham dito nada, nem tinham de dizer, mas comecei a perceber”, conta Ricardo Gonçalves, hoje com 46 anos. “Nunca me disseram abertamente para sair, ainda que a minha mãe na brincadeira sublinhasse que eu já era um homem”.
As palavras da namorada de então e as bocas do irmão mais novo, que já tinha saído de casa há muito, revelaram-se decisivas. Mas há sempre um mas. “Ainda hoje a minha mãe ao fim de semana vai buscar-me a roupa a casa para lavar, esteja eu ou não. E como temos a mesma empregada, se é preciso comprar alguma coisa para a casa, diz-lhe e ela compra. Eu pago”.
Ricardo saiu de casa por volta dos 34 anos, o que é um pouco acima da média para Portugal mas é a realidade de muitos jovens portugueses, de cada vez mais. Segundo os últimos dados do Eurostat, atualizados há dias, na última década a idade média para sair de casa dos pais em Portugal subiu dos 28,5 anos para 29,2 anos. Cerca de 62% dos jovens entre os 18 e os 34 anos vivem com os pais, quando há dez anos esta era uma realidade para 56,6% dos portugueses nesta faixa etária. Estreitando um pouco as idades, entre os 25 e os 34, quase metade dos jovens portugueses (45,6%) ainda não abandonou o ninho, segundo dados de 2016. Em 2006 eram 39,3%. Uma percentagem que ontem, como hoje, é bastante superior à média da União Europeia, onde apenas 28,5% dos jovens destas idades continuam a viver com a família.
O tema tem merecido várias análises, do prolongamento dos estudos à precariedade do mundo do trabalho, onde a taxa de desemprego entre os jovens é superior à da população em geral. Esta semana, porém, uma sentença nos EUA abriu uma espécie de caixa de pandora: o Supremo Tribunal do Condado de Onondaga, em Nova Iorque, condenou um homem de 30 anos a sair de casa dos pais, num processo movido pelos próprios. A imprensa local fala de uma audiência “surreal”, em que o juiz tentou convencer durante meia hora Michael Rotondo a sair pelo próprio pé, depois de os pais já lhe terem passado várias ordens de despejo e de até já lhe terem dado dinheiro para encontrar um novo poiso.
Rotondo alegou que tinha direito a ficar mais seis meses na casa da família, dizendo que não estava preparado para sair, embora os pais não lhe tratem da roupa nem lhe façam a comida. O jornal “Syracuse” conta que o juiz chegou a sugerir-lhe o Airbnb para uma estadia temporária, mas nem assim. Resultado: deixou o tribunal com uma ordem para sair de casa no prazo de 30 dias, da qual tenciona recorrer.
O caso poderá ter outros contornos e parece algo extremo, admitem Ricardo e também Isabel Ribeiro, que acredita ainda menos que os pais algum dia fizessem algo do género para a pôr fora de casa. .
Quanto à
sensação de querer ficar em casa dos pais, não causa tanta estranheza.
Isabel não teve sentimentos de culpa quando a casa onde cresceu passou a
funcionar como uma espécie de hotel e admite que eles ficaram felizes
quando finalmente saiu, aos 37 anos, mas sobretudo por ser sinal de que
finalmente ia orientar a sua vida. “A minha mãe pensava que eu ia ficar
lá para o resto da vida”, sorri.
Tal como Ricardo, Isabel não tinha tarefas domésticas. Quando deixou de aparecer em casa para jantar, e a mãe começou a acusar ficar chateada com a comida desperdiçada, acabou por acordar com os pais que, quando fosse comer, avisava. De resto, não havia mais momentos de tensão. “Havia semanas em que basicamente só os via ao sábado, deixava recados à minha mãe na cozinha”, lembra Isabel, hoje com 40 anos e que mesmo assim mantém o cordão umbilical: a mãe faz-lhe o almoço e também lhe trata das roupas mais delicadas. “Saí quando o meu namorado veio para Lisboa e decidimos que íamos viver juntos, mas hoje os meus pais ainda dizem que a casa é minha, que tenho o meu quarto. E eu continuo a referir-me à casa dos meus pais como sendo ‘a minha casa’”.
.
HOJE NO
"i"
Quase metade dos portugueses entre os
.25 e os 34 anos ainda vivem com os pais
.25 e os 34 anos ainda vivem com os pais
O juiz ainda tentou convencer o homem de 30 anos a
seguir a vontade dos pais e sair de casa, mas não conseguiu. Num caso
insólito, a justiça americana deu 30 dias a Michael Corrondo para ir à
sua vida. Os jovens portugueses também adiam cada vez mais a saída de
casa. Pode não chegar a este extremo, mas há quem precise de muitos
sinais para largar o ninho
Os pais, a certa altura, é que terão deixado de achar tanta graça. Primeiro foi o pedido para que começasse a pagar de vez em quando as contas do supermercado. “Não era que precisassem de ajuda, penso que foi uma forma de pressionar”.
Não funcionou e seguiram-se as instruções para que passasse a pôr o carro na rua de trás em vez de ocupar espaço na garagem. Depois veio o problema da internet: se queria estar online no quarto, que arranjasse linha própria para não ter o telefone sempre impedido. A roupa que desde adolescente deixava no chão deixou de aparecer misteriosamente no cesto e o jantar também já não o esperava todas as noites na mesa.
“Uma vez, a meio da semana, foram passar uns dias a casa de um tio no Algarve e liguei-lhes para saber onde estavam. Não me tinham dito nada, nem tinham de dizer, mas comecei a perceber”, conta Ricardo Gonçalves, hoje com 46 anos. “Nunca me disseram abertamente para sair, ainda que a minha mãe na brincadeira sublinhasse que eu já era um homem”.
As palavras da namorada de então e as bocas do irmão mais novo, que já tinha saído de casa há muito, revelaram-se decisivas. Mas há sempre um mas. “Ainda hoje a minha mãe ao fim de semana vai buscar-me a roupa a casa para lavar, esteja eu ou não. E como temos a mesma empregada, se é preciso comprar alguma coisa para a casa, diz-lhe e ela compra. Eu pago”.
Ricardo saiu de casa por volta dos 34 anos, o que é um pouco acima da média para Portugal mas é a realidade de muitos jovens portugueses, de cada vez mais. Segundo os últimos dados do Eurostat, atualizados há dias, na última década a idade média para sair de casa dos pais em Portugal subiu dos 28,5 anos para 29,2 anos. Cerca de 62% dos jovens entre os 18 e os 34 anos vivem com os pais, quando há dez anos esta era uma realidade para 56,6% dos portugueses nesta faixa etária. Estreitando um pouco as idades, entre os 25 e os 34, quase metade dos jovens portugueses (45,6%) ainda não abandonou o ninho, segundo dados de 2016. Em 2006 eram 39,3%. Uma percentagem que ontem, como hoje, é bastante superior à média da União Europeia, onde apenas 28,5% dos jovens destas idades continuam a viver com a família.
O tema tem merecido várias análises, do prolongamento dos estudos à precariedade do mundo do trabalho, onde a taxa de desemprego entre os jovens é superior à da população em geral. Esta semana, porém, uma sentença nos EUA abriu uma espécie de caixa de pandora: o Supremo Tribunal do Condado de Onondaga, em Nova Iorque, condenou um homem de 30 anos a sair de casa dos pais, num processo movido pelos próprios. A imprensa local fala de uma audiência “surreal”, em que o juiz tentou convencer durante meia hora Michael Rotondo a sair pelo próprio pé, depois de os pais já lhe terem passado várias ordens de despejo e de até já lhe terem dado dinheiro para encontrar um novo poiso.
Rotondo alegou que tinha direito a ficar mais seis meses na casa da família, dizendo que não estava preparado para sair, embora os pais não lhe tratem da roupa nem lhe façam a comida. O jornal “Syracuse” conta que o juiz chegou a sugerir-lhe o Airbnb para uma estadia temporária, mas nem assim. Resultado: deixou o tribunal com uma ordem para sair de casa no prazo de 30 dias, da qual tenciona recorrer.
O caso poderá ter outros contornos e parece algo extremo, admitem Ricardo e também Isabel Ribeiro, que acredita ainda menos que os pais algum dia fizessem algo do género para a pôr fora de casa.
Tal como Ricardo, Isabel não tinha tarefas domésticas. Quando deixou de aparecer em casa para jantar, e a mãe começou a acusar ficar chateada com a comida desperdiçada, acabou por acordar com os pais que, quando fosse comer, avisava. De resto, não havia mais momentos de tensão. “Havia semanas em que basicamente só os via ao sábado, deixava recados à minha mãe na cozinha”, lembra Isabel, hoje com 40 anos e que mesmo assim mantém o cordão umbilical: a mãe faz-lhe o almoço e também lhe trata das roupas mais delicadas. “Saí quando o meu namorado veio para Lisboa e decidimos que íamos viver juntos, mas hoje os meus pais ainda dizem que a casa é minha, que tenho o meu quarto. E eu continuo a referir-me à casa dos meus pais como sendo ‘a minha casa’”.
* E assim se formatam adultos infatilizados.
.
PEDRO MARQUES LOPES
.
.
O novo 11 de Março
A verdadeira história da vaga de
privatizações dos tempos da troika ainda está por fazer. O processo está
envolto numa nuvem de dúvidas e a documentação sobre os vários
processos é escassa. Lembro um documento de 2015 do Tribunal de Contas
em que se colocavam sérias dúvidas sobre a atuação da Parpública,
holding que gere as participações empresariais do Estado, nomeadamente
no que diz respeito às sétima e oitava fases de privatização da EDP e da
segunda da REN.
O TC lançava reparos à
falta de transparência na escolha dos consultores, a falhas importantes
de informação e salientava que "numa perspetiva de racionalidade
financeira o timing imposto" para a concretização da privatização
representou para o Estado "um custo de oportunidade" por terem sido
realizadas num "enquadramento económico muito negativo", ao que se soma
"a perda de dividendos futuros, anualmente distribuídos por estas
empresas".
O período de aperto
financeiro por que estávamos a passar teve uma quota importante em
praticamente todas as decisões que o governo dessa altura teve de tomar.
Mas a verdade é que os governantes da altura aproveitaram a ocasião
para concretizar planos com muita ideologia e pouca atenção à realidade.
O
que hoje sabemos é que à custa desse aperto financeiro não só perdemos
os anéis como também os dedos. E não se infira que o autor desta artigo é
a favor do Estado-empresário. Muito pelo contrário. O que está em causa
é, por um lado, a forma negligente e obscura como os processos de
privatização foram feitos e, por outro, a maneira como não se olhou para
a diferente natureza das empresas a privatizar ou sequer em manter
algum controlo político sobre as estratégicas para o país.
Aliás,
a negligência nas privatizações em Portugal é uma espécie de traço
distintivo destes processos. As que aconteceram durante o cavaquismo - e
que era urgente serem feitas e visavam corrigir os crimes das
nacionalizações do período pós-25 de Abril - foram um monumento ao que
agora se chama promiscuidade entre poder político e económico. Digamos
que um olhar atento ao que aconteceu entre 1992 e 1999 faria que aquilo a
que hoje chamamos escândalos parecessem pequenas falhas. No entanto, é
de justiça recordar que nessas privatizações nunca se optou por vender a
privados tudo de uma vez e nunca se avançou para empresas que atuassem,
por exemplo, em monopólios naturais.
Há
uma passagem no citado documento do Tribunal de Contas que deve ser
recordada e que amiúde entra no nosso dia-a-dia e ameaça entrar mais:
"No decreto de privatização da EDP e da REN e o acordo de venda e de
parceria estratégica ... não foi prevista qualquer cláusula de
penalização para o seu incumprimento, pelo que, nestes dois processos,
não foram tomadas medidas legislativas que acautelassem os interesses
estratégicos do Estado português após a conclusão do processo de
privatização" (retirado de um artigo do Público de 29 de julho de 2015
de Ana Brito).
Tudo isto a propósito da
anunciada oferta pública de aquisição do capital da EDP. Melhor dito,
do resto do capital que ainda não estava nas mãos do Estado chinês, que
já detinha cerca de 28%. Com esta operação que - mais euro menos euro
por ação - terá brevemente o seu epílogo, a China torna-se proprietária
de 100% a EDP e, claro, mantém o controlo da REN. Ou seja, a China manda
em tudo o que diz respeito à produção e distribuição de energia
elétrica em Portugal. A privatização da REN foi um verdadeiro crime
contra o interesse público. Privatizar um monopólio natural é-o sempre,
sobretudo sem, como diz o TC, se acautelarem os interesses estratégicos
do país. E diz-nos a experiência de variadíssimos países que não há
concessão nem regulação que proteja dos desmandos, esses ainda mais
naturais. A privatização da REN seria sempre - ainda para mais da forma
que foi - um crime de lesa-pátria fosse qual fosse o comprador. Já a da
EDP pode ser discutida, sempre à luz do interesse da comunidade. O que
vai contra todo e qualquer interesse de Portugal é não haver uma
privatização da EDP, mas sim a nacionalização das elétricas portuguesas
por um país estrangeiro. E logo a China.
Em
primeiro lugar, privatizar obedece ao pensamento (que é o meu) de que o
setor privado gere melhor interesses empresariais do que o Estado. Ora,
ninguém duvidará de que um Estado quando é proprietário de uma empresa
não a gere em função do lucro mas em função do interesse político? No
fundo e no limite, há um conflito de soberanias latente. A China não
hesitará em defender os seus interesses, que, claro está, serão
empresariais ou não, e Portugal, ao abrigo da sua soberania, também o
fará.
Em segundo lugar, ser a China não
é o mesmo do que ser outro país qualquer. A China, quer seja pela
presença que já tem em Portugal quer seja, sobretudo, pela sua imensa
força em todos os campos, não pode ser confrontada como pode ser um
outro país e muito menos uma qualquer empresa por muito forte e
importante que seja.
Alguém ouviu um
responsável político sobre isto? Alguém escutou uma pequena comunicação
sobre o evidente acréscimo de risco para a nossa soberania? Alguém notou
um sequer insignificante comentário sobre o anunciado controlo completo
de um Estado estrangeiro sobre praticamente todo o setor da energia
elétrica em Portugal ? Nada. Silêncio. Um pequeno comentário do
Presidente da República que falava do mercado a funcionar. Qual mercado?
Um mercado em que um Estado controla tudo não me parece que possa ser
identificado por esse nome. Pior, um Estado estrangeiro que controla um
setor vital para toda a comunidade não é um problema de mercado, é sim
um problema político grave.
IN "DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
20/05/18
.
.
HOJE NO
"A BOLA"
Confusão à saída da
reunião dos órgãos sociais
Jaime
Marta Soares teve dificuldades em falar com os jornalistas no final da
reunião dos Órgãos Sociais. Vários adeptos reunidos no estádio de
Alvalade passaram uma mensagem de apoio a Bruno de Carvalho, gritando o
nome do atual presidente do leão e inviabilizando os esclarecimentos de
Marta Soares aos jornalistas presentes.
.
O presidente da mesa
Assembleia-Geral foi obrigado a recolher ao interior do estádio perante
os gritos de vários adeptos que tentaram invadir o recinto durante a
conversa com a Comunicação Social. Verificaram-se mesmo vários empurrões
e gritos de ordem a favor do atual líder leonino.
Recorde-se
que os órgãos sociais do Sporting reuniram na noite desta quinta-feira.
Dessa reunião surgiu uma Assembleia-Geral para o dia 23 de Junho, que se
destina a revogar o mandato de Bruno de Carvalho.
* Bruno de Carvalho tem do seu lado os jagunços do Sporting, estamos curiosos de como a oposição se vai organizar.
.
.
.
HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Ambientalistas pedem demissão
do ministro por autorizar
.prospeção de petróleo
Vários
movimentos ambientalistas concentraram-se, este quinta-feira, junto ao
ministério do Ambiente, em Lisboa para pedir a demissão do ministro João
Matos Fernandes e contestar a prospeção de petróleo na costa de
Aljezur, sem estudo prévio.
O
pedido de demissão do ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, foi
expresso numa carta aberta e entregue em mãos ao governante, que reuniu
com os representantes das associações.
.
"Encontramo-nos com o senhor ministro com uma posição muito dura. Pedir a demissão de um ministro não é algo que se faça de ânimo muito leve. Eu acho que ele ficou chocado com esta nossa atitude, mas a verdade é que está perdida a confiança", afirmou aos jornalistas a escritora Lídia Jorge, que integra o movimento Futuro Limpo.
"Encontramo-nos com o senhor ministro com uma posição muito dura. Pedir a demissão de um ministro não é algo que se faça de ânimo muito leve. Eu acho que ele ficou chocado com esta nossa atitude, mas a verdade é que está perdida a confiança", afirmou aos jornalistas a escritora Lídia Jorge, que integra o movimento Futuro Limpo.
Na
passada semana, no último dia do prazo previsto, a Agência Portuguesa do
Ambiente (APA) dispensou de estudo de impacto ambiental a prospeção de
petróleo ao largo de Aljezur, no Algarve, pelo consórcio Eni/Galp.
O
presidente da APA, Nuno Lacasta, justificou a decisão referindo que
"não foram identificados impactos negativos significativos" na
realização do furo de prospeção petrolífera.
No
entanto, esta decisão, segundo sublinham os signatários desta carta,
"contraria as recomendações da Assembleia da República, das Associações
de Municípios do Algarve e Alentejo Litoral, autarquias e empresários do
setor do turismo", tratando-se de "um atentando ambiental".
"Toda
esta situação é absolutamente lamentável. Esta decisão ignora tudo
aquilo que foi a consulta pública e que teve uma participação
extraordinária. Consideramos que esta operação de prospeção terá riscos
semelhantes ao de uma operação de exploração", considerou à agência Lusa
Carla Graça da associação Zero.
No entender da ambientalista, o que está em causa é a "promoção de interesses obscuros e pouco claros"
"Não
trazem mais valias ao país. São insignificantes quando comparados com
aquilo que a economia da região, nomeadamente o turismo contribui para o
PIB nacional", argumentou.
O consórcio
liderado pela petrolífera italiana ENI prevê iniciar a pesquisa de
petróleo na bacia do Alentejo entre setembro e outubro, após uma
preparação com uma duração estimada de três meses, segundo o relatório
enviado à APA.
A data de início do
primeiro furo de pesquisa de hidrocarbonetos em Portugal "está estimada
entre o fim do terceiro trimestre e o início do quarto trimestre de 2018
e a duração das atividades de perfuração está estimada em 46 dias
(incluída a mobilização)", segundo o documento.
* Infelizmente o governo tem mais pessoas sem competência para o cargo que exercem.
.
.
.
HOJE NO
"AÇORIANO ORIENTAL"
Centenas manifestam-se
contra despenalização da eutanásia
.junto ao parlamento
Algumas centenas
de pessoas estão concentradas, desde as 12:30 de hoje, junto à
Assembleia da República a lutar contra a despenalização da eutanásia.
.
.
A
concentração foi promovida pelo movimento de cidadãos Stop Eutanásia,
que tem promovido várias iniciativas contra a despenalização.
Em
declarações à agência Lusa Sofia Guedes, representante deste movimento,
disse estar fortemente convicta de que "a larga maioria dos portugueses
é contra a eutanásia". Sofia Guedes lembra os deputados que a "sua
consciência" representa "boa parte do povo português".
Hoje
de manhã elementos do movimento estiveram reunidos com o grupo
parlamentar do PSD. Sofia Guedes recorda que este foi o partido mais
votado nas últimas eleições legislativas e considera que, por isso, tem a
responsabilidade de fazer respeitar o desejo dos portugueses.
“Vida
sim, eutanásia não” e “exigimos cuidados paliativos para todos” são
algumas das principais mensagens gritadas e escritas em cartazes pelos
manifestantes, concentrados à porta do parlamento que, no dia 29,
debaterá quatro projetos sobre a despenalização da morte medicamente
assistida.
O PAN foi o primeiro a apresentar um projeto, ainda em 2017, seguido pelo BE, pelo PS e o Partido Ecologista "Os Verdes".
Todos os diplomas preveem que só podem pedir, através de um médico, a
morte medicamente assistida pessoas maiores de 18 anos, sem problemas ou
doenças mentais, em situação de sofrimento e com doença incurável,
sendo necessário confirmar várias vezes essa vontade.
* A ditadura da imbecilidade. Querem retirar-nos o direito de como queremos morrer.
.
.
1 - SAQQARA
O documentário original está dividido em 10 capítulos:
Capítulo 1: A Escola dos Mistérios.
Capítulo 2: O Senhor da Reencarnação.
Capítulo 3: A Esfinge, Guardiã do Horizonte.
Capítulo 4: A Flor da Vida.
Capítulo 5: O Complexo de Cristal.
Capítulo 6: A Máquina Quântica.
Capítulo 7: O Amanhecer da Astronomia.
Capítulo 8: O Caminho da Compreensão.
Capítulo 9: O Portal da Liberdade.
Capítulo 10: O Princípio Feminino.
..
V-OLHO DE
HÓRUS
1 - SAQQARA
O COMPLEXO
DE CRISTAL
O documentário apresenta a história de uma suposta organização sacerdotal hermética,
pertencente à escola de mistérios conhecida como Olho de Hórus. Esta
escola teria sido responsável pela orientação espiritual e a direcção dos
destinos do povo egípcio durante milhares de anos.
Seu
objectivo
principal teria sido o de promover a elevação do nível de consciência
dos egípcios através, principalmente, da construção de diversos templos
sagrados ao longo das margens do rio Nilo. Além disso, os sacerdotes
eram os zelosos guardiões da sabedoria acumulada desde tempos
imemoriais, quando ainda "existia" o continente perdido da Atlântida.
A
série foi baseada nas investigações do egiptólogo e matemático R. A.
Schwaller de Lubicz e nas realizações da escola Olho de Hórus.
Para os antigos egípcios, havia um plano divino
baseado na reencarnação destinado a que o homem experimentasse em sua
própria carne as leis que determinam o funcionamento do universo.
Vivendo um processo evolutivo através da acumulação de experiências ao
longo de 700 "reencarnações", o ser humano, inicialmente um ser
instintivo, ignorante, inocente e primitivo, poder-se-ia transformar
num super-homem, um sábio imortal.
Assim se produzia uma iluminação temporal do discípulo, durante a qual podia viajar conscientemente pelo tempo e pelo espaço.
O documentário original está dividido em 10 capítulos:
Capítulo 1: A Escola dos Mistérios.
Capítulo 2: O Senhor da Reencarnação.
Capítulo 3: A Esfinge, Guardiã do Horizonte.
Capítulo 4: A Flor da Vida.
Capítulo 5: O Complexo de Cristal.
Capítulo 6: A Máquina Quântica.
Capítulo 7: O Amanhecer da Astronomia.
Capítulo 8: O Caminho da Compreensão.
Capítulo 9: O Portal da Liberdade.
Capítulo 10: O Princípio Feminino.
* Nesta nova época de "bloguices" que vai de Setembro/17 a Julho/18, iremos reeditar algumas séries que de forma especial sensibilizaram os nossos visitadores alguns anos atrás, esta é uma delas.
** As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.
..
** As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.
..
.
67-CINEMA
67-CINEMA
FORA "D'ORAS"
VI-98 OCTANAS
SINOPSE
Ele e ela não se conhecem. Algures, numa área de serviço da auto-estrada Lisboa - Porto, ele pára para descansar. Ela também lá está e parece tão à deriva quanto ele: é um encontro fortuito que talvez não tenha nada de fortuito. Quase sem palavras, partem os dois no carro dele. Sucedem-se as áreas de serviço, os motéis, as conversas e os silêncios, as revelações e os mistérios. Ele e ela desenham o mapa de uma aventura interior cujo destino ambos desconhecem.
Elenco:
Carla Chambel-Maria
Fernando Heitor-Barman
Fernando Lopes-Mafioso
Joaquim Leitão-Padre
Márcia Breia-Pilar
Pedro Melo
Rogério Samora-Diniz
FONTE: TV GOLD
.
Elenco:
Carla Chambel-Maria
Fernando Heitor-Barman
Fernando Lopes-Mafioso
Joaquim Leitão-Padre
Márcia Breia-Pilar
Pedro Melo
Rogério Samora-Diniz
FONTE: TV GOLD
.