Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
14/05/2018
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FONTE: REDE GLOBO DE TELEVISÃO
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RIO DE JANEIRO
CARNAVAL DE 2018
BEIJA FLOR
ESCOLA CAMPEÃ
ÚLTIMO DESFILE DESTE CARNAVAL
ÚLTIMO DESFILE DESTE CARNAVAL
O desfile do Carnaval do Rio de Janeiro é um dos maiores espectáculos do mundo senão o maior. Durante algumas semanas vamos editar as Escolas de Samba que este ano se exibiram na Sapucai, não é só o desfile que importa, os imprevistos e os comentários de quem está na reportagem dão-nos melhor ideia do enorme e fabuloso trabalho que está por trás do espectáculo. Veja os quatro vídeos e disfrute.
FONTE: REDE GLOBO DE TELEVISÃO
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* Quem aceita e controla este absurdo, o governo e o parlamento. Economia de mercado significa escravatura.
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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Gestores ganham 46 vezes
mais que empregados
Desigualdade aumentou nos últimos anos. Há 11 administradores a receber mais de um milhão de euros.
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Quase
um milhão de euros. É a remuneração média dos presidentes executivos
das empresas do PSI 20. Este valor aumentou mais de 40% nos últimos três
anos, reflexo dos maiores lucros obtidos pelas empresas da Bolsa. E é
46 vezes mais alto do que o custo médio que as cotadas têm com os seus
trabalhadores. Há três anos, essa diferença era de 33 vezes.
* Quem aceita e controla este absurdo, o governo e o parlamento. Economia de mercado significa escravatura.
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HOJE NO
"AÇORIANO ORIENTAL"
Estudo mostra “agravamento
das assimetrias” entre Lisboa
e restantes regiões
O Índice Digital Regional (IDR) 2017
demonstra que houve um agravamento das assimetrias regionais na
construção da Sociedade da Informação entre a área Metropolitana de
Lisboa (AM Lisboa) e as restantes zonas do país.
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Concebido
pela Universidade do Minho, através do Gávea - Observatório da
Sociedade da Informação, o estudo pretende contribuir para "compreender a
realidade da Sociedade da Informação nas sete NUT II (unidades
territoriais para fins estatísticos de segundo nível], comparando-as e
contrastando-as".
Segundo
o estudo, a que a Lusa teve acesso, a AM Lisboa reforça a liderança
face às restantes seis regiões NUT II (Norte, Centro, Região Autónoma
dos Açores, Região Autónoma da Madeira, Algarve).
"Continua
a verificar-se uma tendência de afastamento do desempenho de todas as
regiões em relação ao da região de Lisboa, o que sublinha o agravamento
das assimetrias regionais na construção da Sociedade da Informação em
Portugal", alerta no estudo o investigador Luís Miguel Ferreira.
Quanto
ao ranking do IDR de 2017, a região de Lisboa mantém-se na primeira
posição, tal como nas cinco edições anteriores, sendo que se salienta a
subida da região Norte para o 2.º lugar, que fica ainda a "larga
distância da AM Lisboa), por troca com o Centro, que passa a ocupar a
3.ª posição.
Na
4.ª posição surge a região do Algarve e em 5.º lugar o Alentejo. Antes
dos Açores, que ocupam a 7.ª e última posição, aparece a Madeira.
"Depois
de tantos anos e de muitos milhões de euros em Fundos Estruturais
aplicados na coesão e na convergência territoriais, a verdade é que em
aspetos tão relevantes que caracterizam a Sociedade da Informação as
assimetrias persistem e até, em alguns casos, agravam-se", avisa Luís
Miguel Ferreira.
* A "Sociedade da Informação" é apenas um chavão.
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HOJE NO
"DINHEIRO VIVO"
"DINHEIRO VIVO"
Carga fiscal aumenta em 2017
à boleia do IVA e do IRC
A carga fiscal voltou a aumentar em 2017, atingido 34,7% do PIB, sendo este o valor mais elevado desde 1995. IVA e IRC explicam subida.
Ao longo do ano passado, a receita
arrecadada pelo Estado através dos impostos totalizou 67 mil milhões de
euros. Um valor que, medido em percentagem do Produto Interno Bruto,
equivale a 34,7%, segundo mostram as estatísticas das receitas fiscais
publicadas esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística
(INE).
O aumento registado no ano passado compara com os 34,3% de carga fiscal
registados em 2016, ano em que se interrompeu o ciclo de subidas
consecutivas que estava a observar-se desde 2013, ano em que foi
concretizado o “enorme aumento de impostos”. E a que se deveu este
comportamento? Do lado dos impostos diretos, o contributo veio do IRC,
cuja receita disparou 10,2%, enquanto a do IRS se manteve estável.
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Entre os impostos diretos, o IVA (o imposto
mais rentável para o Estado) avançou 6,4%, sendo ainda de destacar,
assinala o INE “os aumentos registados com o imposto municipal sobre as
transmissões onerosas de imóveis (31,6%), com o imposto sobre veículos
(12,7%), com o imposto sobre o tabaco (4,0%) e com o imposto sobre
produtos petrolíferos e energéticos (2,4%)”.
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A receita do IMI tinha observado uma quebra em 2016 – devido à política
de taxas e de descontos para agregados com dependentes praticada pelos
municípios – mas no ano passado esta tendência inverteu-se com as
receitas deste impostos a registarem uma variação positiva de 8,7%
devido ao Adicional ao IMI.
O Gap do IVA (que equivale à diferença da receita que resultaria se todos os bens e serviços pagassem o imposto e a receita realmente cobrada) situou-se em 1,1 mil milhões de euros. Este valor reporta-se a 2015.
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O Gap do IVA (que equivale à diferença da receita que resultaria se todos os bens e serviços pagassem o imposto e a receita realmente cobrada) situou-se em 1,1 mil milhões de euros. Este valor reporta-se a 2015.
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Em termos nominais, a carga fiscal aumentou
5,3% no ano passado – quase o dobro se comparado com o avanço de 2,8%
contabilizado um ano antes.
Traduzindo em valores, os 67 mil milhões de euros arrecadados em 2017 traduzem uma fatura de mais 3,34 mil milhões de euros face a 2016. Trata-se do valor mais elevado desde 1995, primeiro ano para o qual existem dados. Nessa altura, a carga fiscal era de 29,3% do PIB.
Traduzindo em valores, os 67 mil milhões de euros arrecadados em 2017 traduzem uma fatura de mais 3,34 mil milhões de euros face a 2016. Trata-se do valor mais elevado desde 1995, primeiro ano para o qual existem dados. Nessa altura, a carga fiscal era de 29,3% do PIB.
A par dos impostos, também as contribuições
sociais tiveram um desempenho positivo em 2017, tendo aumentado 6,0%
refletindo o aumento do emprego e ao efeito da reversão integral do
corte salarial dos trabalhadores da administração pública.
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Apesar da subida do peso dos impostos no PIB, Portugal continua com uma carga fiscal inferior à média da União Europeia, que se situou nos 39,3%.
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Apesar da subida do peso dos impostos no PIB, Portugal continua com uma carga fiscal inferior à média da União Europeia, que se situou nos 39,3%.
* A propaganda política vive dos assaltos.
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FILIPE DUARTE SANTOS
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Crescentes desigualdades
sociais e económicas.
A causa não é o neolítico
Importa salientar que as desigualdades económicas também se estão a agravar em outros países com economias avançadas, nas quais os jovens da geração do Milénio são os mais afetados. Tudo indica que o conjunto de países com economias avançadas está a ter maior dificuldade em gerar excedentes e usa os que gera de uma forma que agrava as desigualdades de riqueza, convencido erroneamente que poderá assim contribuir para resolver o problema que se mantém sem solução nas últimas décadas. Nos países com economias emergentes e nos restantes a situação é mais diversificada e complexa mas de um modo geral todos partilham uma maior capacidade potencial de gerar excedentes do que os países com economias avançadas, devido a razões demográficas e ao menor desenvolvimento das suas economias. É provável que tal capacidade vá decrescer tal como aconteceu nos países com economias avançadas. Globalmente e a médio e longo prazo a capacidade de gerar excedentes irá decrescer em todos os países embora de forma diferenciada devido à degradação e destruição do ambiente, à sobre-exploração de recursos naturais e às alterações climáticas. É pois previsível termos no futuro um mundo onde a prática, inventada no neolítico, de gerar de forma sistemática e contínua excedentes tão valiosos e abundantes quanto possível, para depois exercitarmos a nossa capacidade ancestral de cometer todos os imagináveis comportamentos extremos, poderá tornar-se cada vez mais difícil ou mesmo inviável. Esta situação, caso se concretize, corresponderia a conhecer os limites do modelo de grande sucesso que permitiu aumentar indefinidamente, pelo menos até ao presente, a prosperidade económica, o bem-estar e a qualidade de vida de grande parte da humanidade.
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É previsível termos no futuro um mundo onde a prática de gerar de forma sistemática e contínua excedentes tão valiosos e abundantes quanto possível poderá tornar-se cada vez mais difícil ou mesmo inviável.
Recentemente vários autores, motivados por razões diversas, têm vindo
a salientar que a revolução agrícola está na origem de grande parte da
nossa problemática atual porque esta resulta do longo e irreversível
caminho percorrido desde que deixámos de ser caçadores-recolectores
(Demoule, 2017; Scott, 2017). Temos certamente ainda muito a aprender
sobre as circunstâncias e as causas das revoluções agrícolas que se
deram de forma independente em várias regiões do mundo mas é evidente
que tiveram aspetos positivos e negativos. A motivação inicial resultou
da descoberta notável de que era possível domesticar algumas plantas e
animais e que o seu uso persistente e continuado cria vantagens
reprodutivas às populações e gera uma segurança alimentar que permite
suportar uma maior densidade demográfica comparativamente à dos
caçadores-recolectores. O novo sistema está muito longe da perfeição.
Por vezes, a produção agrícola colapsa devido a secas, cheias e pragas e
instala-se a fome e a miséria. Por vezes, as comunidades agrícolas são
invadidas, atacadas, violadas e saqueadas por invasores armados. Viver
em comunidades sedentárias, algumas vezes superlotadas, próximo dos
animais domésticos deu origem a novas doenças e epidemias letais. Embora
a segurança alimentar fosse em geral maior a dieta alimentar era
provavelmente menos nutritiva do que a dos caçadores-recolectores, pelo
menos para uma parte da população. Porém, no outro prato da balança
encontramos a promessa de produções agrícolas abundantes que permitem
saciar todos os apetites e festejar a afluência, a atração e a
experiência de estilos de vida cada vez mais diversificados e luxuosos,
oportunidades crescentes de promoção social, de diversificação
profissional, de enriquecimento, de ascensão ao poder, de dominar os
seus semelhantes, de vitórias militares, de conquistas territoriais e
saques lucrativos. Apenas se não conhecermos bem o homem em geral e nós
próprios em particular, ou se deliberadamente ignorarmos esses
conhecimentos, poderemos culpabilizar a revolução agrícola das
problemáticas e das insustentabilidades que encontramos na atualidade. A
revolução agrícola representou o início de um processo civilizacional
ao qual a esmagadora maioria das populações do mundo aderiram livremente
sem hesitações ao longo de milhares de anos e que consideram ter
trazido maior prosperidade, bem-estar e qualidade de vida. Contudo, este
processo civilizacional trouxe um aumento exponencial da população
humana (embora recentemente o seu crescimento esteja a abrandar), a
militarização das sociedades, as guerras e as grandes batalhas, uma
crescente estratificação social, crises sociais e económicas profundas, a
degradação e destruição do ambiente, a sobre-exploração de recursos
naturais e as alterações climáticas. A razão destes aspetos negativos
não se encontra na revolução agrícola, mas no rumo que as
características essenciais do comportamento individual e social humano
imprimiram ao processo civilizacional. Afirmar que a “revolução agrícola
foi uma das maiores fraudes na história da humanidade” (Harari, 2017)
equivale a dizer que a fraude somos nós próprios, o que não contribui
para entender o nosso passado e procurar resolver os problemas atuais e
futuros.
A partir da revolução agrícola a humanidade habituou-se a ter
excedentes de produção de bens e disponibilização de serviços e soube
aproveitá-los para aumentar de forma direta e imediata o poder de uma
parte da população e depois aumentar indiretamente, lentamente e de
forma diferenciada a prosperidade económica, o bem-estar e a qualidade
de vida do conjunto da população humana. Este programa nem sempre correu
bem e houve abusos e desvios com consequências dramáticas mas em média
prevaleceu de forma positiva ao longo de cerca de 100 séculos. O modo
como se faz a distribuição na sociedade do poder económico e político
gerado pelos excedentes tem variado ao longo da história. Porém, os
excedentes são vitais para a continuidade do funcionamento do sistema.
Sem o aumento contínuo da produtividade que gera os excedentes o sistema
tende para desequilíbrios perigosos.
Ao nível mais básico das
pulsões, desejos, temores e ambições o motor deste sistema é o facto de a
proliferação dos excedentes tornar possível a prática de uma variedade
praticamente ilimitada de comportamentos extremos, cujo sentido para
quem os pratica e para a sociedade vai desde o muito positivo ao muito
negativo, tais como filantropias, generosidades, prodigalidades,
intemperanças, despesismos, exuberâncias, extravagâncias, luxos extremos
e de um modo geral excessos. A nossa atração pelos comportamentos
extremos faz parte da nossa inalienável herança biológica. Podemos
refrear os impulsos que nos levam a praticá-los mas não conseguimos
reprimi-los completamente. Vamos ter que conviver com eles até ao final
do tempo do Homo sapiens. Os comportamentos individuais e coletivos
extremos são em grande parte responsáveis por nos terem deixado o legado
civilizacional e cultural de que hoje beneficiamos. É o caso, por
exemplo, das obras realizadas pelas grandes civilizações, como as
pirâmides do Egipto, a Muralha da China, os templos Maia, as catedrais
na Europa da Idade Média e a profusão de obras de arte da Renascença. É o
caso das grandes viagens dos descobrimentos e das explorações através
de todo o sistema Terra e do espaço exterior. A nível individual
encontramos exemplos notáveis de filantropia, cooperação, ajuda,
proteção e amor dos mais pobres e desprotegidos, dedicação plena e
incansável à criação filosófica, científica, tecnológica e artística, à
causa da medicina e da saúde pública, à causa da produção de bens e
serviços e das respetivas empresas, à causa pública e à governação. No
outro extremo dos comportamentos extremos encontramos os assassínios, a
tortura, as perseguições, os saques, o terrorismo, o lançamento
sistemático de bombas sobre populações, os assassínios seletivos
dirigidos por drones, os genocídios, o holocausto, o lançamento
de bombas atómicas sobre cidades, e ainda, de forma mais generalizada e
comum em todo o mundo, os mais diversos tipos de roubos e de
corrupção.
A evolução recente da distribuição da riqueza nas economias avançadas
dá-nos um exemplo atual de um comportamento coletivo extremo
surpreendente. O caso dos EUA é paradigmático e foi recentemente
estudado por Piketty, Saez e Zucman (Piketty, 2016). Quando se compara a
distribuição dos aumentos anuais dos rendimentos reais e líquidos em
função do rendimento para dois períodos de tempo consecutivos de 34
anos, um que termina em 1980 e outro que termina em 2014, surgem duas
curvas muito diferentes. No período de 1946-1980 os maiores aumentos
situam-se na classe média e nos rendimentos mais baixos. O valor do
aumento do rendimento da classe média é cerca de 2% o que representa uma
duplicação do rendimento real líquido em cerca de 34 anos. No período
de 1980-2014 a curva inverte-se e agora os aumentos mais baixos
situam-se nos rendimentos mais baixos e os aumentos mais elevados na
parte mais rica da população. A classe média, em lugar de aumentos reais
e líquidos de 2%, no período mais recente teve aumentos de 1%. No
período mais recente os aumentos de 2% só se encontram no percentil dos
4% mais ricos. No extremo do gráfico correspondente aos rendimentos mais
elevados a curva dos aumentos apresenta um máximo muito pronunciado que
atinge aumentos reais e líquidos anuais superiores a 6%. Tal significa
que os mais ricos e apenas os mais ricos receberam aumentos
significativos do rendimento nas últimas décadas. As desigualdades de
riqueza estão pois a agravar-se de forma muito significativa e isso tem
consequências sociais e políticas. O aumento de riqueza do 1% dos mais
ricos é claramente um excesso surpreendente para muitos, natural para
outros, e para o qual existem certamente razões muito fortes. São
provavelmente múltiplas e variadas mas a causa mais próxima pode
resumir-se na afirmação de que nas últimas três a quatro décadas a
receita gerada pela economia fluiu mais para os lucros do que para os
salários, comparativamente ao período que se seguiu à Segunda Guerra
Mundial. Outro aspeto importante é a economia americana estar a crescer,
mas a taxa de crescimento nas últimas décadas tem sido, em média,
bastante inferior à média do período do pós-guerra. Importa ainda
salientar que enquanto o excedente comercial externo médio do período
1946-1980 representava 0,5% do PIB dos EUA, no período de 1980-2014
houve um défice comercial externo de 2,7% do PIB (Piketty, 2016). Nas
últimas décadas não só o crescimento económico se tornou mais lento como
a economia se tornou menos competitiva no mercado global. A reação da
sociedade americana a estas adversidades fez-se por meio de múltiplos e
complexos mecanismos políticos, económicos e sociais que redistribuíram
os excedentes, agora mais limitados, favorecendo os mais ricos em
detrimento da classe média e dos mais pobres. Estamos perante decisões
surpreendentes que revelam uma enorme fé no modelo económico e
financeiro liberal da “free enterprise” que grande parte dos
americanos considera ter sido não só a causa e o motor da ascensão dos
EUA até se tornar o país mais poderoso do mundo em termos económicos e
militares, como de forma mais geral a origem e a essência da identidade e
do excecionalismo dos EUA (Lipset, 1997). Uma análise mais fina permite
identificar um conjunto de tendências, circunstâncias, processos
económicos e políticos, legislações e regulamentações que contribuíram
para provocar o recente aumento das desigualdades económicas e sociais
nos EUA. Entre elas encontra-se a tendência para a globalização que
baixou os salários nas indústrias mais afetadas pela concorrência
externa, os avanços tecnológicos que aumentaram mais as diferenças
salariais em função das qualificações e competências, especialmente no
domínio das tecnologias digitais. Outros fatores importantes foram a
degradação salarial provocada por níveis elevados e persistentes de
desemprego, a perda de representatividade e poder dos sindicatos nos
EUA, a desvalorização dos salários resultante da concentração do poder
económico em grandes empresas. Na área governamental manifesta-se,
especialmente no atual governo, a tendência para contrariar a
progressividade dos impostos, ou seja, diminuir a taxa de imposto sobre o
rendimento dos que auferem maiores rendimentos e a criação de regimes
especiais altamente complexos que aliviam a sua carga fiscal. Importa
ainda referir a financialização e desregulação crescente da economia
americana que produz a chamada “economia do champô” caracterizada por
ciclos de – bolha, rebentamento e nova bolha – no final dos quais o
colapso do sistema financeiro é evitado com injeções massivas de
dinheiro dos contribuintes, proveniente principalmente dos que têm
rendimentos médios e baixos. Este ciclo constitui um processo eficiente
de transferir poder financeiro e económico para os rendimentos mais
elevados. As políticas públicas nos EUA estão atualmente a contribuir
para agravar as desigualdades económicas mas tal é considerado um mal
menor face ao imperativo de manter o excepcionalismo e a hegemonia
económica e militar do país no mundo. Prevalece a opinião de que apenas
essas políticas públicas podem conseguir que o PIB do país cresça
anualmente acima dos 3%. Este programa político é apresentado, de forma
simplista mas politicamente muito eficaz, através da frase “Let´s make America great again”, que baseou a campanha do atual presidente dos EUA.
Importa salientar que as desigualdades económicas também se estão a agravar em outros países com economias avançadas, nas quais os jovens da geração do Milénio são os mais afetados. Tudo indica que o conjunto de países com economias avançadas está a ter maior dificuldade em gerar excedentes e usa os que gera de uma forma que agrava as desigualdades de riqueza, convencido erroneamente que poderá assim contribuir para resolver o problema que se mantém sem solução nas últimas décadas. Nos países com economias emergentes e nos restantes a situação é mais diversificada e complexa mas de um modo geral todos partilham uma maior capacidade potencial de gerar excedentes do que os países com economias avançadas, devido a razões demográficas e ao menor desenvolvimento das suas economias. É provável que tal capacidade vá decrescer tal como aconteceu nos países com economias avançadas. Globalmente e a médio e longo prazo a capacidade de gerar excedentes irá decrescer em todos os países embora de forma diferenciada devido à degradação e destruição do ambiente, à sobre-exploração de recursos naturais e às alterações climáticas. É pois previsível termos no futuro um mundo onde a prática, inventada no neolítico, de gerar de forma sistemática e contínua excedentes tão valiosos e abundantes quanto possível, para depois exercitarmos a nossa capacidade ancestral de cometer todos os imagináveis comportamentos extremos, poderá tornar-se cada vez mais difícil ou mesmo inviável. Esta situação, caso se concretize, corresponderia a conhecer os limites do modelo de grande sucesso que permitiu aumentar indefinidamente, pelo menos até ao presente, a prosperidade económica, o bem-estar e a qualidade de vida de grande parte da humanidade.
* Professor da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa
IN "PÚBLICO"
13/05718
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HOJE NO
"DESTAK"
Marcelo cumprimenta Israel pelos 70 anos, mas critica "conduta unilateral" dos EUA
O Presidente da República cumprimentou hoje o Estado Israel pelos seus 70 anos, mas reiterou a discordância da decisão dos Estados Unidos da América (EUA) de reconhecer Jerusalém como capital israelita, criticando essa "conduta unilateral".
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À saída de uma iniciativa sobre segurança nacional na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado sobre a morte de dezenas de palestinianos hoje na Faixa de Gaza pelas forças israelitas, durante manifestações contra a inauguração da nova embaixada dos EUA em Jerusalém.
O chefe de Estado disse ter conhecimento da situação em Gaza, mas não quis comentá-la diretamente: "Pois, eu sei, eu sei. Não queria pronunciar-me sobre isso".
* Não é simpático falar de assassinatos quando os mesmos são cometidos por militares judeus.
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HOJE NO
"i"
"i"
Sindicato do SEF dá razão
ao protesto de imigrantes
"Os imigrantes têm razão: quem imigra para
Portugal fica sujeito a um tempo de espera e a um processo burocrático
que, em 2018, é incompreensível", afirmou a estrutura sindical
Os trabalhadores imigrantes protestaram hoje
em frente à Assembleia da República contra a demora e obstáculos em
obterem os necessários documentos legais para poderem permanecer no país
e o Sindicato da Carreira de Investigação do Serviço de Estrangeiros e
Fronteiras dá-lhes razão.
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"Os imigrantes têm razão: quem imigra para Portugal fica
sujeito a um tempo de espera e a um processo burocrático que, em 2018, é
incompreensível", afirmou a estrutura sindical em nota enviada à
agência Lusa. Para o sindicato, os problemas do serviço derivam de não
ter "neste momento, recursos humanos, nem tecnológicos, para fazer
melhor do que faz", situação que, acrescenta, "é fruto de década e meia
de desinvestimento no SEF que só agora, com o ministro Eduardo Cabrita,
está a ser colmatada".
O sindicato referiu ainda na mesma nota que a atual Lei de Imigração
"não foi feita para um país que precisa de atrair imigrantes" e da forma
como foi redigida "complica a vida, não só a quem quer imigrar, mas
também aos serviços de segurança do Estado português". "É uma lei
essencialmente burocrática, que não é boa para quem quer imigrar, nem é
boa para quem tem de garantir a segurança de Portugal e da União
Europeia", lê-se ainda na nota.
* Concordamos com o sindicato e apoiamos os emigrantes, não terem papéis não faz deles inumanos. São vítimas do simplex.
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HOJE N
"A BOLA"
«Ninguém está suspenso!»
Em
declarações aos jornalistas após a longa reunião com equipa técnica e
jogadores, que durou toda a tarde em Alvalade, Bruno de Carvalho deixou a
garantia de não ter suspendido Jorge Jesus das suas funções.
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«Ninguém
foi suspenso nem teve qualquer processo disciplinar. Ontem assistimos a
um jogo que prejudicou em bastante o Sporting e nos fez perder muitos
milhões de euros que estavam contabilizados por nós para a próxima época
e isso obriga a várias mudanças. Também não gostámos de ver aquilo que
foi a interação dos sócios com os jogadores, por isso fizemos uma série
de reuniões», vincou o líder do leão.
* Não gostamos de ver o nosso clube perder mas não atribuímos aos técnicos ou a jogadores a responsabilidade maior do desaire, os que se proclamam verdes por dentro e por fora, expelem verdete e são os que fazem perder os jogos.
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FONTE: Fórum Oceano
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Portugal bem português
III-Regresso ao Mar/3
1-AQUACULTURA
* Esta é uma compilação de séries pelo nosso país não apenas pelas prespectivas histórica ou social mas pela recolha de vídeos interessantes de várias origens, actividades e sensibilidades, com diferentíssimos temas que reflectem o nosso quotidiano de modo plural.
Desejamos muito que seja do vosso agrado.
FONTE: Fórum Oceano
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66-CINEMA
66-CINEMA
FORA "D'ORAS"
VIII-ECLIPSE EM PORTUGAL
(ÚLTIMO EPISÓDIO)
PRÓXIMO "FORA-DE-HORAS" a 19/05/18
SINOPSE
O caso remonta a Agosto de 1999, quando um casal foi encontrado assassinado em sua casa, em Ílhavo, num crime que a Polícia Judiciária admitiu estar ligado a rituais litúrgicos de apologia satânica. Mais tarde, Tó Jó, filho do casal, confessou o crime, sustentando que o praticou sozinho, embora instigado pela companheira da altura, que era também sua parceira na banda de "death metal" Agonizing Terror. Porém, apesar de Tó Jó ter sido considerado culpado e estar hoje a cumprir uma pena de 25 anos, mantêm-se por esclarecer os factos que envolveram este caso. As versões que contou ao tribunal deixam dúvidas, nomeadamente quando alega que estava só na noite do crime, noite essa que correspondeu ao dia do último eclipse solar total do milénio.
Inspirados por este fatídico evento, os realizadores Edgar Alberto e Alexandre Valente ("Second Life") recriam uma história intencionalmente de "faca e alguidar", onde a comédia se mistura com a tragédia. Conta com um elenco de peso, com actores como Pedro Fernandes, Sofia Ribeiro, FF, Ricardo Carriço, Fernanda Serrano, Pedro Lima, José Eduardo, Sandra Cóias, Silvia Rizzo, José Wallenstein, Rute Miranda ou António Raminhos, e convidados musicais como Virgul, André Sardet, Heber Marques, Diogo Dias, Toy, Mikkel Solnado ou David Antunes.
FONTE: TV GOLD
Inspirados por este fatídico evento, os realizadores Edgar Alberto e Alexandre Valente ("Second Life") recriam uma história intencionalmente de "faca e alguidar", onde a comédia se mistura com a tragédia. Conta com um elenco de peso, com actores como Pedro Fernandes, Sofia Ribeiro, FF, Ricardo Carriço, Fernanda Serrano, Pedro Lima, José Eduardo, Sandra Cóias, Silvia Rizzo, José Wallenstein, Rute Miranda ou António Raminhos, e convidados musicais como Virgul, André Sardet, Heber Marques, Diogo Dias, Toy, Mikkel Solnado ou David Antunes.
FONTE: TV GOLD