02/01/2017

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HOJE NO  
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Tribunal condena mãe de Angélico
 a pagar dois milhões

Quantia reverte a favor de Armanda Leite, que ia no carro com o cantor.

Dois milhões de euros de indemnização. Que pode ultrapassar o dobro. Foi esta a sentença do Tribunal de Aveiro que obriga a mãe do falecido cantor Angélico Vieira, Filomena Angélico, a indemnizar Armanda Leite, um dos três passageiros que seguiam no carro do artista aquando do fatídico despiste em 2011, na autoestrada A1, em Estarreja.
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João Magalhães, advogado da AugusCar, a firma que vendeu o BMW - e que foi absolvida - disse ao JN que, além de duas verbas iniciais naquele montante, a mãe, herdeira dos bens do filho, teria ainda de pagar uma quantia mensal durante a vida à vítima que ficou com "sequelas irreversíveis" após o sinistro. "Ao todo, poderá ter de pagar-lhe cinco milhões de euros", estima o advogado.

O acidente rodoviário causou a morte do cantor Angélico Vieira e de um amigo, bem como ferimentos nos outros dois ocupantes, entre eles Armanda Leite.

O jurista salientou que o Tribunal concluiu que a "culpa" foi de Angélico Vieira, que se deslocava a mais de 200 quilómetros por hora, tendo, por isso, o BMW entrado em derrapagem durante 300 metros, após o rebentamento de um pneu.

Ainda de acordo com João Magalhães, dos dois milhões de euros de indemnização, 1,5 milhões dizem respeito aos danos físicos sofridos pela jovem, que ficou com 98% de incapacidade, e os restantes 500 mil euros foram calculados em função do investimento que os pais terão de fazer em adaptar a casa e na aquisição de diverso material. A quantia mensal a pagar pela mãe de Angélico Vieira a Armanda Leite ainda não foi fixada, aguardando que seja liquidada em execução de sentença.

Recorde-se que no primeiro processo cível, julgado em 2015, os pais de Angélico Vieira foram condenados a pagar uma indemnização de 117 mil euros aos pais de Hélio Filipe, a outra vítima mortal do acidente. Esta decisão foi, entretanto, revogada pelo Tribunal da Relação do Porto, que absolveu os réus.

* Estamos sem palavras.

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