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2-O OUTRO LADO


DA PASSERELLE



* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.

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10-FAZER MAGIA
A MÁGICA DA LEVITAÇÃO


FONTE: ComoFaz


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XIX

ERA UMA VEZ O HOMEM


2- PEDRO, O GRANDE

DA RÚSSIA




* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.

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Laura Indolfi

Boas notícias para a luta

contra o câncer pancreático



Quem já perdeu um ente querido para o câncer pancreático conhece a devastadora velocidade com que ele afeta uma pessoa saudável. 
Laura Indolfi, bolsista TED e empresária da área biomédica, está desenvolvendo uma forma revolucionária de tratar essa doença complexa e letal: um dispositivo de liberação de fármacos que age como uma gaiola ao redor do tumor, evitando que este se espalhe e liberando medicação somente onde é necessário. 
"Esperamos que, um dia, o câncer pancreático tenha cura", diz ela.
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ANA SOUSA DIAS

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Vais à farmácia 
e compras lágrimas

Vais à farmácia e compras lágrimas.
Estás a gozar.
Chegas lá e pedes lágrimas, os teus olhos estão muito secos, isso faz-te mal.
Tenho em casa soro fisiológico, é o que costumo usar.
Compra lágrimas, o soro só seca ainda mais.
Estás a gozar.
As lágrimas têm mais do que água, têm gordura, têm outras coisas.


Tem lágrimas?
Que marca quer?


Não sabia que se podia comprar lágrimas. Na fotografia do Man Ray, aquelas cinco lágrimas perfeitas parece que vão ficar ali, redondas e imóveis para sempre, que não vão nunca escorregar pelo rosto como acontece às pessoas que não têm aquelas feições perfeitas. Lágrimas que estão ali para brilhar, fazem parte daquele olhar indecifrável. Está triste? Está enfadada? Está a sonhar acordada? Está apenas a posar para a fotografia perfeita?


E há aquele poema do António Gedeão, a Lágrima de Preta:
Nem sinais de negro,
nem vestígios de ódio.
Água (quase tudo)
e cloreto de sódio.


Mas há mais na lágrima do que o cloreto de sódio que a deixa salgada. Comprei uma de produção nacional. É um frasquinho conta-gotas, aperta-se ligeiramente para só soltar uma gota, depois arde um pouco em contacto com aqueles tecidos delicados e finalmente sente-se um pouco de alívio, os olhos já não secos, um pouco mais confortáveis, sem aquela secura que é como se fossem picos que não nos deixam ler nem olhar em volta e que fazem ter medo de complicações, e que esfregamos sem saber se uma pestana entrou por ali ou se é outra coisa, com os olhos não se brinca.


Num dia de ventania, entrou-me uma limalha de ferro num olho e tiraram-ma no hospital. Estranhíssimo, uma minicirurgia com anestesia local mas pela natureza da coisa estava a ver tudo o que se passava, a agulha, as mãos do médico, tudo sem dor e depois um penso por um dia.


As lágrimas que comprei são isto: hidroxipropilmetilcelulose a 2,5 mg/ml, após a abertura do frasco usar no prazo de 28 dias, diz o frasco.


Como quando receitaram aos meus filhos água do mar.
Vais à farmácia e compras água do mar para desentupir o nariz.
Estás a gozar, para isso vou à praia.
Está muito frio, um temporal, a criança tem febre, não podes levá-la à praia nem pode mergulhar. Vais à farmácia e compras água do mar.


Mas é mesmo água do mar?
Purificada, esterilizada, água do mar.


Tem água do mar?
Que marca quer?


Aperta-se o frasco, em vez de tampa há uma espécie de borrifador que atira água do mar pelas narinas e daí a um bocado estás a respirar. No verão vai-se diretamente à praia, mas há menos narizes entupidos nessa altura. Acho que há menos.


O problema com as lágrimas é que as identifico com sentimentos, afetos, alegrias, desgostos, ou até uma cena pindérica num filme. ET phone home. A Canção com Lágrimas do Adriano, poema de Manuel Alegre. De ir às lágrimas, diz-se. Comprar lágrimas não é a mesma coisa que trazer da farmácia pastilhas para a garganta. Agora ando sempre com um frasquinho na carteira, de vez em quando os olhos começam a incomodar e dou-lhes uma gota a cada um. Ainda não as provei, não sei se são salgadas.

IN "NOTÍCIAS MAGAZINE"
22/05/16

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Militares condenados por participarem no
  Plano Condor



NR: Em 29 de Fevereiro deste ano iniciámos a edição duma série tenebrosa chamada "OPERAÇÃO CONDOR" - Terrorismo de Estado na América Latina, são 10 episódios esclarecedores sobre as ditaduras da época, normalmente lideradas por militares. 
Se estiver interessado em ver basta clicar  a seguir 

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Roman Carnival Overture


Hector Berlioz
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ESTA SEMANA NO
"DINHEIRO VIVO"

Prostituição mais fácil de tributar
 do que as drogas

Legalização é passo fundamental para colheita de impostos. PIB vai aumentar, mas crescimento é difícil de quantificar para já.

“Aplicar um imposto sobre a prostituição parece ser mais fácil do que sobre o negócio das drogas”, diz o fiscalista Leonardo Marques dos Santos, depois de conhecida a proposta da JS para tributar estas atividades. Porquê? “A prostituição não é um crime em si, como é a solicitação”, pelo que o ganho gerado com o negócio “não é ilegal, no limite pode ser assumido como uma prestação de serviços, uma categoria B”. 
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Já no caso das drogas a questão é outra: são totalmente ilegais. Ou o Estado legaliza para recolher impostos, ou teria de recolher impostos sobre algo ilegal, salienta o especialista da PLMJ. Se fosse feita uma “alteração da lei”, como considera provável, o fiscalista assume que a solução seria fiscalmente simples, através da “criação de uma nova alínea no imposto sobre os produtos de tabaco, passando a aplicar-se um imposto indireto”. 

“Admito que possa ser difícil trazer estes negócios para a economia registada, mas vejo mais vantagens que inconvenientes”, diz por sua vez Óscar Afonso do Observatório de Economia e Gestão de Fraude, referindo-se ao ganho potencial para o PIB. “Ninguém sabe ao certo qual o contributo, mas passando as duas atividades à economia registada, o PIB vai aumentar pela cobrança de imposto e pela inclusão na economia registada”, salienta. 

Os detalhes sobre a proposta são poucos e a própria JS tem dificuldade em dizer quais seriam os ganhos para o PIB. Os números mais recentes são de 2014 quanto se começou a discutir a alteração de contabilidade do PIB para o modelo SEC 2010. Nessa altura estimava-se que a prostituição em Portugal movimentasse 1,1 mil milhões de euros por ano, perto de 0,6% do PIB e que a sua inclusão na economia pudesse render mais de 500 milhões de euros. Entre prostituição, drogas e contrabando, a economia ilegal acabou por ser fixada em 0,4% do PIB. 

 Óscar Afonso lembra que há exemplos lá fora que podem ajudar a reflectir sobre o tema. São “tendencialmente anglosaxónicos, mas nunca retrocederam pelo que os resultados foram benéficos”. A legalização da canábis no Colorado, em 2014, por exemplo, fez disparar o turismo neste estado, onde as vendas geraram no primeiro ano, receitas fiscais de 2,5 milhões de euros, quatro vezes mais que o esperado. 

* Quanto a drogas estamos esclarecidos, todas elas são más portanto não pode haver qualquer legalização, a punição tem de ser mais pesada. 

A prostituição é fruto da miséria em que os homens apoiados por teses religiosas colocam as mulheres, também não pode ser facturada a favor do Estado, este, em vez de subsidiar instituições não laicas devia fazê-lo às prostitutas que se humilham todos os dias para atenuar frustrações machistas, INCLUÍDAS AS DE LÍDERES RELIGIOSOS.

O mundo é uma enorme casa de putas onde as prostitutas estão em minoria.

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ESTE MÊS NA
  "EXAME INFORMÁTICA"

Software transforma 
qualquer dispositivo num painel tátil

O software ForcePhone pode ser aplicado em qualquer dispositivo com microfone e coluna para lhe conferir a capacidade de ser sensível à pressão.

Uma equipa da Universidade do Michigan criou uma forma de conferir capacidades de ser sensível à pressão do toque a qualquer aparelho. Os investigadores replicaram o sistema do Apple Touch, mas a 18 kHz, explica o Engadget.
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O ForcePhone faz com que o telefone esteja sempre a emitir um zumbido na frequência de 18 kHz, demasiado elevado para ser ouvido pelo ouvido humano, mas não pelo microfone do aparelho. Quando o utilizador pressiona o dedo contra o ecrã, conforme a pressão que faça seja maior ou menor, a intensidade do zumbido altera-se e o ForcePhone consegue interpretar essas variações e traduzi-las em comandos, noticia o Engadget.

«Os sensores pesados e caros instalados nos smartphones fazem o mesmo que a nossa solução, mas o custo adicional e a instalação trabalhosa, faz com que os fabricantes os evitem (…) A nossa solução baseada em som pode ser usada sem qualquer alteração ao hardware», explica Yu-Chih Tung, um dos estudantes envolvidos.

* Ficamos sempre contentes com o futuro.

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ESTA SEMANA
 NA "SÁBADO"


A vida dura dos sherpas do Evereste 

Filas de trânsito de turistas que querem máquinas de café e televisões a 8.848 metros de altitude. São os sherpas que carregam tudo, fazem dezenas de subidas e arriscam a vida

Quando Phurba vai trabalhar não sabe se volta a ver a mulher ou os dois filhos. Sabe que vai estar fora oito semanas, que vai dormir numa tenda na neve, carregar quilos de equipamento e escalar encostas de gelo a derreter. Parte com um objectivo: subir o Monte Evereste, no Nepal, pela 22ª vez. Se conseguir, entra no Guinness. "Gosto deste trabalho, toda a comunidade faz dinheiro", conta no documentário Sherpa, que estreia brevemente no Discovery Channel. Já a mulher, Karma - que perdeu um irmão num acidente na montanha -, não pensa o mesmo. "Ele gosta mais da montanha do que da família", desabafa, a chorar. 
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As palavras de Karma foram quase um presságio. Doze dias depois de Phurba subir com a equipa do inglês Russell, dono de uma das empresas de turismo, deu-se uma tragédia no Evereste. Há dois anos, no dia 18 de Abril de 2014, 16 sherpas - grupo étnico habituado ao frio e à falta de oxigénio na região montanhosa do Nepal - morreram soterrados por 14 milhões de toneladas de neve. Nenhum turista se encontrava entre as vítimas, já que só os sherpas - mas não a equipa de Phurba - estavam a subir a essa altitude para levar o equipamento para as zonas de descanso. Chegam a fazer o mesmo trilho 30 vezes. E carregam tudo: botijas de oxigénio, tendas, comida, máquinas de café e até uma televisão.

No documentário de Jennifer Peedom vemos como os sherpas decidem quem leva o quê: à sorte. Escrevem os nomes em pedras e, à medida que as vão tirando, descobrem o que lhes calhou. Pior resultado: as tendas da casa de banho. E nunca arriscam perder os transmissores de sinal. Russell explica: "Se a neve cair, provavelmente morrem, mas conseguimos encontrar o corpo." Como são budistas, acreditam na reencarnação que, sem corpo, é impossível.

Filas de trânsito no faroeste
Os riscos de avalanche têm aumentado, já que há cada vez mais expedições turísticas - 100 em 1993, 658 em 2013. O contraste não podia ser maior. A neve branca, os pássaros a voar, o silêncio da montanha e uma fila igual à de um supermercado em hora de ponta. São turistas e guias a seguir pelos mesmos trilhos - ou seja, o caos. Em 2012, um turista sul-coreano, em hipotermia e a delirar, esperou quatro horas por ajuda, enquanto passavam 300 alpinistas.

"Aquilo é o faroeste. Qualquer pessoa faz o que quer." A acusação é feita à SÁBADO por Norbu Tenzing, que entra no documentário Sherpa e é filho do primeiro homem a escalar a montanha mais famosa do mundo. Com 54 anos, e apesar de nunca ter subido ao Evereste, luta pelos direitos dos sherpas. Os acidentes têm causas fáceis de identificar, defende: demasiado turismo e pouca regulamentação. "O Governo do Nepal é o único que pode melhorar esta situação, já que recebe cerca de 2 milhões de euros. 
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É a sua galinha dos ovos de ouro. As empresas têm livre iniciativa e quem acaba a fazer a maior parte do trabalho e a ganhar menos dinheiro são os sherpas", diz Norbu, durante uma conferência telefónica com a SÁBADO e outros meios internacionais.

Os sherpas são uma comunidade de agricultores que agora depende dos turistas. Se fizerem uma meia dúzia de expedições por ano podem ganhar 3.500 euros - quando a maioria da população ganha 526 euros.

Nunca o primeiro sherpa a escalar o Evereste poderia ter imaginado o que se seguiria. Em 1953, Tenzing Norgay guiou o inglês Edmund Hillary ao pico mais alto do planeta - a 8.848 metros de altitude. "Era um homem muito humilde", diz o filho, que conta que nessa altura se trabalhava com camaradagem. Hoje, muitos turistas tratam os sherpas como empregados. Em 2013 rebelaram-se quando um europeu usou a palavra fuck na montanha - um local sagrado para os sherpas. 
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Em 2014, depois do acidente, a tensão aumentou. Revoltados com a falta de condições e com os riscos que correm - o Governo pagava apenas um seguro de vida de 8 mil euros, que depois da greve passou para 13 mil - recusaram subir. "Para respeitar os mortos, vamos cancelar a expedição." Phurba também voltou para trás. E não bateu o recorde das 22 vezes.

Em 2015, com os terramotos no país também não houve subidas. As expedições recomeçam este ano, mas Phurba não deve ir. "É possível que fique pelo acampamento-base e não suba mais. A história dele é como a das outras famílias", conclui Norbu. "Quando os maridos escalam não é porque queiram mesmo. É porque não têm outra hipótese."

* Para os Sherpas ser guia é o único trabalho possível e os turistas escravizam-nos para satisfazer o ego desmedido, é a vida de pobre.

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COLETES SALVA VIDAS EM LESBOS

UM BOM NEGÓCIO



FONTE: EURONEWS

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ESTA SEMANA NA

"VISÃO"

Portugal escapa 
ao desaparecimento global das abelhas

Morreram quase metade das colmeias nos Estados Unidos ao longo do último ano e em boa parte da Europa a situação também é preocupante. Mas por cá há cada vez mais abelhas, apesar das múltiplas ameaças

"Se as abelhas desaparecem, o Homem sobreviverá apenas mais quatro anos". Esta citação atribuída a Albert Einstein está cada vez mais presente na cabeça dos apicultores norte-americanos, que no último ano voltaram a sofrer uma perda massiva de colmeias, desta vez na ordem dos 44%, bem acima do valor considerado aceitável nos Estados Unidos (até 20%).
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A preocupação com o desaparecimento das abelhas estende-se à Europa, com a França a registar em 2015 uma produção de mel de 17 mil toneladas, contra as 32 mil que era habitual conseguir antes de 1995. Além da França, também Bélgica, Inglaterra e os países da Escandinávia apresentam números elevados de mortes nas colónias de abelhas (todos na casa dos 20 ou 30%), mas Portugal surge em contraciclo. Segundo os dados mais recentes do programa EPILOBEE, da Comissão Europeia, entre o outono de 2013 e o verão de 2014 o nosso país registou uma taxa de mortalidade nas colmeias inferior a 10%, a sétima mais baixa entre os 16 países da União Europeia analisados.

"O efetivo nacional passou de 566 mil colónias de abelhas em 2013 para 619 mil em 2015", adianta à VISÃO Manuel Gonçalves. O presidente da Federação Nacional de Apicultores de Portugal destaca a importância dos mais de 50 milhões de euros investidos no setor através de apoios comunitários, o que impulsionou "a chegada à atividade de um grande número de jovens apicultores".

Paulo Russo, do departamento de zootecnia da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, reforça esta ideia. "Em Portugal a mortalidade global nunca foi comparável à dos Estados Unidos. Pelo contrário, o efetivo tem vindo a aumentar em parte devido à adesão de um número elevado de jovens com projetos apícolas", sublinha à VISÃO o professor universitário.

Por norma, o número de abelhas diminui no inverno e é reposto até ao verão, quando o bom tempo traz mais alimento e a reprodução dispara. O drama nos Estados Unidos é que, no último ano, a taxa de mortalidade na estação mais quente foi idêntica à da estação mais fria.

"É normal haver mortes durante o inverno, mas o facto de os apicultores estarem a perder abelhas no verão é alarmante", comentou o cientista Dennis van Engelsdorp, que liderou o último estudo nacional realizado na América, em colaboração com o ministério da Agricultura.

A utilização de pesticidas, a contaminação das abelhas pelo ácaro Varroa ou o clima são alguns dos múltiplos fatores que podem explicar o fenómeno, subsistindo muitas divergências na comunidade científica sobre o peso de cada um no colapso das colmeias.

As maiores ameaças às abelhas em Portugal 
Por cá, Manuel Gonçalves nota "uma maior dificuldade para repor as baixas" ocorridas durante o inverno, mas garante que os dados da Comissão Europeia para Portugal (taxa de moralidade de 18,1% em 2012-13 e de 9% em 2013-14) "estão em linha com a perceção dos apicultores no terreno". Ou seja: há anos mais problemáticos do que outros devido à complexidade que envolve a manutenção de uma colmeia.

Como salienta à VISÃO o professor António Murilhas, do departamento de zootecnia da Universidade de Évora, "o Varroa destructor continua a ser uma dor de cabeça praticamente a nível planetário", uma vez que não existe um tratamento 100% eficaz contra este ácaro. Ao disseminar parasitas pelas colmeias, obriga o apicultor a manter um controlo apertado para não deixar o problema alastrar-se a ponto de provocar a morte de todas as abelhas.

Outro foco de ameaça é a Vespa velutina (ou asiática), que desde 2012 se instalou no norte litoral do país e ataca as abelhas. O combate a esta espécie predadora requer muitas vezes intervenção especializada (para aniquilar os seus ninhos), o que levou a Assembleia da República a aprovar, na semana passada, uma campanha de informação sobre o que fazer quando se detetar um ninho. "Se algum dia esta vespa estiver presente em todo o país, pode causar prejuízos de 5 milhões de euros no setor apícola", alerta Manuel Gonçalves.

Já em relação aos pesticidas, "embora presentes", como assinala Paulo Russo, as suas implicações na morte das abelhas "não estão quantificadas" em Portugal. E entretanto, acrescenta António Murilhas, "surgem novos atores em cena, como o fungo Nosema ceranae", já identificado em várias colmeias dizimadas nos Estados Unidos e na Europa e que os cientistas suspeitam ter um efeito devastador quando interage com outro agente. Qual? Ninguém sabe ao certo.

Menos dúvidas oferecem as consequências de uma quebra acentuada da quantidade de abelhas no mundo. Sem a polinização pela qual são responsáveis, frutos como a cereja, o melão, a maçã ou o pêssego ficariam em causa, assim como muitos legumes, casos do nabo ou da abóbora. As plantas polinizadas pelas abelhas também poderiam desaparecer e, por conseguinte, os animais que delas se alimentam, interferindo assim em toda a cadeira alimentar.

Daí a suposta declaração fatalista de Einstein sobre o futuro da Humanidade sem abelhas – suposta porque, na mesma medida em que não existem evidências irrefutáveis dos motivos que levam ao colapso das colmeias, também não há provas concretas de que o prémio Nobel da física em 1921 tenha algum dia realizado tal profecia.

* Portugal infelizmente um país de abelhudos, as abelhas é que são boas.

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BPN






















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ESTA SEMANA NO
"SOL"
A violação da menina de 16 anos 
que está a chocar o Brasil

O crime está a chocar o Brasil. Aconteceu no dia 21, mas está agora a espalhar-se pela internet à medida que se multiplicam os comentários e as partilhas às imagens que os violadores puseram na internet.

O vídeo de cerca de 40 segundos foi partilhado com o título:  “Espremendo a mulher e fazendo um túnel para mais de 30”.

Brasil: a cada 11 minutos há uma violação
As imagens estão a correr a internet e uma delas mostra mesmo os órgãos genitais ensanguentados da jovem rapariga. Mas as reações às fotografias são tão ou mais chocantes do que as imagens partilhadas pelos violadores.

 


Além dos que se gabam de ter violado a menor, há os que a acusam de ser “toxicodependente” ou de “usar míni-saia” como forma de justificar a violação de que foi vítima.

A rapariga que parece sedada nas imagens partilhadas pelos criminosos estava com o namorado de há três anos numa favela da zona oeste do Rio de Janeiro quando foi rodeada por um grupo de homens. Segundo relatos da imprensa, a menor acordou rodeada por homens armados no domingo e regressou a casa pelo próprio pé, num táxi, gravemente ferida.

Só na terça-feira terá percebido que o vídeo do abuso que sofreu circulava na internet.
A jovem, cuja identidade não foi revelada por motivos de proteção, já apresentou queixa às autoridades, que estão a investigar o caso e já identificou pelo menos dois homens.
O que aconteceu ao certo ainda está por apurar e há várias versões a correr, não sendo claro que papel teve o namorado da rapariga no sucedido, já que estavam ambos em casa dele quando a agressão ocorreu.

Num país onde as estatísticas mostram que há uma violação a cada 11 minutos, a notícia está a gerar enorme polémica entre os que encontram justificação ou brincam com a agressão de que a menor foi vítima e os que se mobilizam para que este caso ajude os brasileiros a ganhar consciência da gravidade da violência sexual.

* Esta ou outra qualquer violação é reveladora da barbárie do homem, não define o povo brasileiro nem  outro povo qualquer, revela a bestialidade duma espécie que se diz humana.

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Ameijoas

com leite de coco



De: Chefe Kiko
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ESTA SEMANA NO
"EXPRESSO"

Venezuela. 
“É uma lista muito grande a 
das pessoas conhecidas que já 
morreram em assaltos e sequestros”

Yenny deixou a Venezuela depois de uma tentativa de assalto no meio do trânsito no centro de Caracas. Maria ainda lá está e teme pelo futuro dos filhos, de nove e cinco anos, numa cidade onde falta tudo: comida, água, eletricidade, medicamentos, sabão para lavar a roupa e champô para o cabelo. As histórias das duas portuguesas nascidas na Venezuela espelham bem o momento que se vive no país. Quem pode parte; quem fica espera por uma mudança 
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O coração de Yenny de Abreu está na Venezuela e em tudo o que lá ficou. O namorado, os tios e os primos, os negócios e a casa, a vida que tinha antes daquela espécie de guerra ter tomado conta do país. “Não temos bombas a cair, mas há tiroteios e milhares de mortos, não há comida, nem segurança e não se vê futuro.”

A família mudou-se em dezembro para a Madeira depois de Yenny ter sido atacada por um grupo de homens armados quando estava parada no meio do trânsito no centro de Caracas. “Foi a a gota de água. Ainda hoje não sei como escapei, tentaram partir o vidro do carro com as pistolas, mas alguma coisa os fez desistir. Não tinha chegado a minha vez.”

O incidente acabou por precipitar a mudança. “Os meus pais, que nasceram na Madeira e têm aqui uma casa, falavam disso, o assunto foi muito discutido e chegaram a ponderar virmos só nós — as três filhas —, mas depois a decisão foi de que vínhamos todos. Nós vivíamos num sítio de muitos portugueses, em San Pedro de Los Altos, a uma hora e meia de Caracas, e todas as semanas havia notícias de um vizinho sequestrado ou de um cliente que tinha sido assaltado e morto. O que se pensava era quando seria a nossa vez. Lembro-me que, quando pediam o resgate ao fim de semana, os conhecidos tentavam reunir o dinheiro para evitar que matassem o sequestrado.”
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Consciente de que era apenas uma questão de tempo, a família tratou de deixar os negócios — uma empresa de sementes e químicos para agricultura — a uns primos. “Tínhamos também uma fazenda para a produção de flores, mas faliu porque dependia da importação de sementes da Holanda. A empresa de produtos para agricultura ainda funciona, mas os meus primos dizem que agora está ainda pior. Quando me vim embora já nem sabia o que era comer uma maçã.” A casa de dois andares onde viviam também ficou para trás, está fechada. “Todos os dias me lembro da casa e tenho medo que aconteça alguma coisa.”

Antes de deixar a Venezuela, Yenny teve ainda que percorrer toda a burocracia que implica viajar para fora do país, mesmo quando se tem dinheiro para pagar as passagens. “São poucas as passagens que a companhia venezuelana abre para os voos para Madrid, a única ligação à Europa. Esta é a única que nos permite pagar em bolívares, mesmo assim a preços altos. Tenho umas pessoas de família que vão chegar agora e que pagaram 550 mil bolívares [cerca de 50 mil euros], 20 vezes o ordenado mínimo venezuelano. As outras companhias obrigam ao pagamento em dólares ou euros por transferência internacional ou cartão de crédito internacional.”
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As cinco passagens custaram seis mil euros, além da noite num hotel no Panamá já que não havia voos diretos de Caracas para Lisboa, mas o governo não autorizou os dois mil dólares no cartão de crédito, a única forma legal de sair com dinheiro da Venezuela. A Yenny e à família valeu o dinheiro que pai tinha guardado nas contas na Madeira, mas até isso gerou um sobressalto. Duas semanas depois da chegada à Madeira, o colapso do Banif levou o pai às filas no banco para salvar o dinheiro que tinha poupado uma vida inteira. “O meu pai ficou com medo, lembrava-se bem do desespero dos clientes que perderam tudo no Banco Espírito Santo.”

Seis meses depois, Yenny, que era a contabilista diplomada na empresa do pai, trabalha como esteticista num cabeleireiro no Funchal, uma irmã é empregada numa loja num centro comercial e irmã mais nova estuda no 10º ano. “O meu pai ainda não decidiu se investe ou não aqui, eu também não sei se vou ficar. A maioria dos portugueses da Venezuela da minha geração encara a Madeira como um ponto de passagem, um sítio seguro para pensar o que fazer depois. Eu tenho amigas espalhadas pelo mundo. No Chile, em Madrid, até na Austrália. O meu dentista, por exemplo, trabalha na Colômbia. E eu ainda não sei o que fazer, mas quando percebi o rumo que levava o país comecei a tirar cursos de maquilhagem, de estética, de manicure. A ideia era ter uma coisa que pudesse fazer em qualquer parte do Mundo e é isso que agora me sustenta.”

A preocupação, no entanto, não acabou. O namorado ainda vive na Venezuela, e estão lá primos com quem fala todos os dias. E todas as notícias são seguidas com atenção como a recente morte de uma portuguesa numa tentativa de sequestro. “Ainda noutro dia fizemos a conta às pessoas conhecidas que já morreram em assaltos e sequestros. É uma lista grande, muito grande.” O coração de Yenny, 28 anos, continua na Venezuela, mas agradece todos os dias viver agora num lugar seguro onde não falta comida nas prateleiras do supermercado. “Nem imagina a sensação de entrar no supermercado e poder comprar de tudo.”

Maria, nome fictício, sabe bem o que é passar horas na fila do supermercado e não ter nada para comprar no fim da espera. “Há uns dois meses que não sei o que é beber café com leite”, lamenta a portuguesa nascida na Venezuela e a viver em Caracas. “Falta leite, falta farinha, falta açúcar, não há carne e o que aparece é muito caro, vendido no mercado paralelo.” O que, no caso de Maria, é ainda mais grave já que tem um negócio de venda de bolos. A falta de farinha e de açúcar tornou tudo muito mais complicado. “Se eu me mudava para a Madeira? Se aparecer uma oportunidade não deixo passar, mas teria de ter um emprego, uma maneira de sustentar os meus dois filhos.”
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O futuro dos filhos, um de nove e outro de cinco anos, é o que mais preocupa Maria, de 44 anos, filha de emigrantes madeirenses. “Todos queremos o melhor para os nossos filhos, que tenham qualidade de vida, que tenham uma boa escola, cuidados de saúde, mas agora nem há comida para comprar. Passa-se a vida na fila do supermercado”. Se a falta de comida é o que mais a preocupa, a verdade é que faltam também outros bens como champô para o cabelo ou sabão para lavar a roupa. “Agora trocamos produtos. Quem tem champô troca por sabão.” E quando não há é preciso improvisar o melhor que se souber. Há quem lave a roupa com sabão da loiça.

“Também falta a água. Aqui, na zona de Caracas onde vivo, desligam a água potável de quinta a domingo, às vezes só ligam na segunda-feira de manhã. Não sei que caminho isto leva, mas estamos todos à espera de uma mudança e o que virá depois não será nada bom.” Nas ruas há insegurança, o dinheiro desvaloriza todos os dias e tudo é muito caro, mesmo muito caro. A ideia de deixar a Venezuela também é ponderada por Maria, mas em Caracas tem a família mais chegada, o pai e a irmã. A Madeira, onde vivem tios e primos, seria um bom destino se houvesse trabalho, mas a terra dos pais é uma das regiões portuguesas com maior taxa de desemprego.
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“Tenho nacionalidade portuguesas e os meus filhos também. Sei que na Madeira teria boas escolas para os meus filhos, seria capaz de garantir uma boa qualidade de vida, além disso tenho família, tios e primos. Aqui os colégios privados são muito caros, as escolas públicas não prestam. Aqui nem sequer há medicamentos.” E Maria lamenta o estado a que chegou a Venezuela, um país muito bonito, com tantas belezas naturais e tantas riquezas como petróleo, ouro e diamantes. “Este era um país de oportunidades.”

* As ditaduras não são de esquerda nem de direita, são ditaduras e Maduro é um ditador, oxalá apodreça em breve.

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É MELHOR NÃO
SAÍR DE CASA













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