Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
03/04/2016
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António Brito Guterres
A cidade invísivel de Lisboa
António Brito Guterres tem acesso privilegiado a bairros da Área
Metropolitana de Lisboa cuja realidade é completamente desconhecida pela
maior parte das pessoas.
António é membro do DINÂMIA’CET – Centro de Estudos sobre a Mudança Socioeconómica e o Território, grupo em que faz investigação. Com pós-graduação em Estudos Urbanos, na licenciatura em Serviço Social, escreveu uma tese sobre os impactos sociais e culturais das políticas de realojamento.
Tem estado envolvido em inúmeros projetos de desenvolvimento territorial que lhe permitem ter uma visão pessoal da realidade do território. Foi, por exemplo, chefe de projeto da Iniciativa Bairros Críticos – Operação Vale da Amoreira e coordenador do Centro de Experimentação Artística deste mesmo bairro. Presentemente, para além do trabalho que continua a desenvolver com várias organizações locais nos bairros e está envolvido na criação de uma série de ficção sobre a diversidade de quotidianos e imaginários da Área Metropolitana de Lisboa.
António é membro do DINÂMIA’CET – Centro de Estudos sobre a Mudança Socioeconómica e o Território, grupo em que faz investigação. Com pós-graduação em Estudos Urbanos, na licenciatura em Serviço Social, escreveu uma tese sobre os impactos sociais e culturais das políticas de realojamento.
Tem estado envolvido em inúmeros projetos de desenvolvimento territorial que lhe permitem ter uma visão pessoal da realidade do território. Foi, por exemplo, chefe de projeto da Iniciativa Bairros Críticos – Operação Vale da Amoreira e coordenador do Centro de Experimentação Artística deste mesmo bairro. Presentemente, para além do trabalho que continua a desenvolver com várias organizações locais nos bairros e está envolvido na criação de uma série de ficção sobre a diversidade de quotidianos e imaginários da Área Metropolitana de Lisboa.
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GABRIELA CANAVILHAS
Para se perceber com clareza o pensamento e as motivações de António
Lamas ao aceitar a presidência do CCB, basta ler, sem preconceitos nem
reservas mentais, a entrevista que este deu ao PÚBLICO a 9/11/2014.
Nela, à pergunta de Lucinda Canelas “Teria aceitado a presidência do CCB se não fosse a missão de conceber o novo eixo Belém-Ajuda?” respondeu: “Não (...) não concebia sentar-me aqui, apesar de a vista ser fantástica, se essa ideia não pudesse ser posta de pé”.
Entretanto, o Governo chumba o Plano Estratégico Ajuda-Belém.
“A
ideia” afinal já não iria ser posta de pé. Mas a vista do gabinete
começa a exercer um fascínio maior do que parecia. Lamentavelmente, um
homem com um passado de inegável mérito na gestão patrimonial e cultural
dá início a um finca-pé com a sua tutela, esquecendo-se que, tal como
os cargos políticos, os cargos de confiança política também são
transitórios e devem ser exercidos com os mesmos níveis de exigência
ética e de desprendimento que se exigem aos políticos. Tal como os
cargos políticos, também estes são pagos com o dinheiro dos
contribuintes. Assim, não me pareceu bem que António Lamas anunciasse
que “apenas” recebeu 11.000€ de indemnização por ter sido demitido antes
do final do mandato. Para quem “não concebia sentar-se ali se a ideia
não fosse para a frente”, o mais natural seria ter-se demitido e
regressar à sua faculdade, onde tem o seu lugar de catedrático à espera,
com salário.
Eticamente, António Lamas falha de forma irremediável.
As
tentativas que faz de partidarizar esta demissão caem por terra: Lamas
atravessou todos os governos socialistas (nomeado por João Cravinho a
José Sócrates), sempre renovando nomeações nos cargos que detinha. Na
verdade, a primeira vez que o CCB recebeu um presidente, ostensivamente,
por determinação política, foi com Passos Coelho, que trocou Mega
Ferreira por Vasco Graça Moura.
Há décadas, Lamas demitiu-se de
presidente do IPPC quando Santana Lopes foi nomeado secretário de Estado
da Cultura, tornando público (com alguma deselegância) que não
trabalharia sob as ordens do novo secretário de Estado. Porque não o fez
agora novamente? Agora sim, tinha razões de sobra para tal: a sua
nomeação estava ligada umbilicalmente ao Plano Estratégico para Belém —
tal como Barreto Xavier fez saber em comunicado à Lusa em 28/10/2014;
era, por inerência, diretor executivo da Estrutura de Missão para o Eixo
Ajuda-Belém, também extinta pelo Governo. Na verdade, a sua missão
tinha caído com o seu Plano e com a extinção da sua Estrutura de Missão.
Ficou sem chão. Nada sabe de programação, de artes performativas, de
espetáculo, segundo o próprio. (Ler PÚBLICO, 9/11/2014.)
Sejamos
claros: alguém concebe que a Casa da Música no Porto ou a Fundação de
Serralves pudessem ser um centro de reconversão urbana da Boavista à
Foz? Com Departamento de Gestão de Obras e equipas de construção civil? A
missão do CCB é demasiado importante para Lisboa e para o país e tem
sido negligenciada na sua essência fundamental: produzir Cultura (sim,
produzir), ser um centro difusor e catalisador de conhecimento, competir
com os grandes centros culturais da Europa. É no seu core business
que deve concentrar todos os seus recursos e esforços. Já lhe basta ter
orçamentos reduzidos pela crise e ter passado a integrar o perímetro de
consolidação da dívida pública como instituição reclassificada. Chega. A
capacidade de ação do CCB atingiu o limite do (im)possível; só faltava
agora transformá-lo no coração dum estaleiro de obras.
Lamas foi à
audição parlamentar, a pedido do PSD, para um derradeiro queixume
público. Afinal, apenas confirmou que o seu mandato para o CCB tinha um
objetivo associado: a conceção do Plano Ajuda-Belém; confirmou que o seu
Plano não tinha o acordo, nem a participação da CML; confirmou que na
sua longa carreira pública nunca foi alvo de “limpeza” pelo PS;
confirmou que nada sabe nem se interessa pelo coração vibrante do CCB
— arte, espetáculos, literatura, exposições, música, expressões
artísticas do mundo. Só o ouvimos falar de projetos de construção civil,
de enterramento de linhas férreas, do revivalismo à António Ferro numa
hipotética exposição do Mundo Português de Salazar.
Um plano
estratégico para o eixo Ajuda-Belém é fundamental, mas deve ser uma
missão da CML, em articulação com o Ministério da Cultura, com o Porto
de Lisboa e com as instituições públicas e privadas da área, incluindo a
Associação de Turismo de Lisboa. A gestão coordenada dos equipamentos
culturais da zona é, naturalmente, o passo consequente — e não é
propriamente a descoberta do caminho marítimo para a Índia. Para isso,
não é necessário esmagar o CCB.
Deputada do PS, ex-Ministra da Cultura
IN "PÚBLICO"
02/04/16
NR: No dia 02/03/16 editámos nesta etiqueta um artigo de opinião de TERESA PATRÍCIO GOUVEIA, zurzindo fortemente em JOÃO SOARES, Ministro da Cultura, hoje, através deste artigo apresentamos outro ponto de vista, continuando neste blogue a vigorar o princípio do contraditório.
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IRAQUE
Durante
a missão para cobrir o conflito entre as forças iraquianas e o
grupo extremista Estado Islâmico a Euronews obteve acesso exclusivo ao
exército iraquiano acompanhando os militares numa visita a uma
localidade retomada recentemente aos extremistas e situada a sul de
Mosul.
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* Viagem extraordinária pelos tesouros da História de Portugal superiormente apresentados por Paula Moura Pinheiro.
Mais uma notável produção da RTP
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III-VISITA GUIADA
MOSTEIRO DE TIBÃES/2
BRAGA
* Viagem extraordinária pelos tesouros da História de Portugal superiormente apresentados por Paula Moura Pinheiro.
Mais uma notável produção da RTP
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As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à
mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios
anteriores.
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ESTA SEMANA NA
"SÁBADO"
"SÁBADO"
Orgasmos sem sexo
Momentos de êxtase sem toque nem rasto de erotismo? É possível. E
estimulação a partir do ruído de uma lâmina ou de um aspirador, criando
um efeito de formigueiro? Também. Bem-vindo ao surpreendente mundo do
ASMR (sigla inglesa de resposta sensorial meridiana autónoma), que tem
atraído as atenções no YouTube e foi alvo de um trabalho de investigação
da Universidade de Swansea, do Reino Unido, publicado recentemente.
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LINGAM |
Os
entusiastas dizem sentir algo semelhante a um "orgasmo cerebral", "pele
de galinha" ou "descarga eléctrica". Começa pelo crânio, espalha-se
pela cabeça, depois pelo pescoço, até chegar aos ombros. Estranho? Pois o
meio para lá chegar é mais paradoxal: sons do quotidiano. Na maior
parte das vezes são murmúrios ou ruídos de objectos que provocam o
desejo de mais, como um vício. Mas só uma em cada mil pessoas é
susceptível a estes estímulos, de acordo com o jornal espanhol El Mundo.
Internet facilita
Emma
Barratt é licenciada em Psicologia Clínica e uma das pioneiras no
estudo de um fenómeno potenciado pelo YouTube – há vídeos de sussurros
com mais de três milhões de visualizações. A especialista começou a
ouvir falar desta comunidade no início de 2014. "Um companheiro de casa
viu vídeos no YouTube e fez-me perguntas sobre os milhões de
espectadores que experimentavam formigueiros", conta à SÁBADO.
A
ASMR e a popularidade da mesma intrigaram-na a ponto de desafiar Nick
Davis, do departamento de Psicologia da Universidade de Swansea, para
desenvolverem uma investigação. "Não me tinha apercebido de quão
apaixonada era a comunidade ASMR até à recolha de dados", diz Emma. O
professor Nick Davis admitiu à SÁBADO que desconhecia a realidade até
Emma lhe mostrar os vídeos.
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YONI |
O trabalho consistiu num inquérito
online a 475 indivíduos, dos quais 81% admitiram usar a ASMR para
adormecer e 4% para acordar. Uma das coisas que mais surpreendeu Emma
foi a boa disposição relatada pelos participantes. "Durou várias horas.
Este efeito foi ainda mais forte em pessoas que têm ansiedade e/ou
depressão." Contudo, ainda há muitas áreas vitais por estudar: por
exemplo desconhecem-se as causas e o que acontece ao cérebro durante
este processo.
5%
dos inquiridos no estudo universitário usam a ASMR para estímulo sexual, de acordo com o mesmo estudo.
* Para orgasmos nós preferimos as prácticas seculares de maravilhosos resultados comprovados, as tântricas massagens "lingam" para os homens ou "yoni" para as mulheres são encantatórias, não morra sem experimentar e talvez até deseje morrer sob o seu efeito.
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ESTA SEMANA NA
"VISÃO"
"VISÃO"
Ela inventou o tampão do futuro
De início, a ideia de Ridhi Tariyal era apenas substituir a velhinha agulha nas análises de sangue. Mas evoluiu para a hipótese de diagnosticar doenças sexualmente transmissíveis e prever o aparecimento de certo tipo de cancros
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Não é preciso muita imaginação para estarmos mesmo a ver a cara dos
interlocutores – homens, quase sempre – quando Ridhi Tariyal apresentava
a sua ideia e pousava o protótipo em cima da mesa de reuniões. A
engenheira de Harvard bem podia usar água azulada e falar nas
potencialidades da sua invenção para a saúde das mulheres que não havia
volta a dar-lhe. Aquilo era um tampão e quando falamos de tampões
falamos de sangue
Ao longo de um ano, a cena repetia-se. Ridhi, uma jovem morena de origem
indiana, discorria sobre as vantagens do NextGen Jane (o nome surgiria
mais tarde), a primeira de todas o facto de as mulheres poderem testar a
sua saúde com toda a privacidade, em casa, e os potenciais investidores
só viam sangue.
Com ela ia o seu parceiro no negócio, Stephen Gire, um homem, mas nem
ele era levado a sério. “Quando dizes que vais construir uma empresa à
volta do sangue menstrual, as pessoas pensam que estás a gozar”, conta
ela ao New York Times. Nem a água azulada os safava de serem recebidos com narizes torcidos.
“Alguém
chegou a dizer-nos que o produto só iria ajudar mulheres, e que as
mulheres são apenas metade da população – por isso, qual era o
interesse?” E, continua Ridhi a contar ao jornal americano, também houve
quem sugerisse que inventassem uma máquina que um homem pudesse usar
para testar a saúde das suas parceiras sexuais. As “mulheres são
mentirosas”, justificou.
O caminho foi longo e só chegou ao fim
quando os dois parceiros tiveram uma epifania – e se o tampão fosse
usado para realizar testes genéticos? Reuniram, então com os executivos
da Illumina, uma empresa que fabrica equipamento de sequenciamento
genético. E do encontro de vontades nasceria, então, o NextGen Jane.
Dois
anos depois de terem começado a pensar no tampão do futuro, Ridhi e
Stephen estão a trabalhar num teste de diagnóstico precoce da
endometriose, uma doença ginecológica que provoca dor pélvica, muitas
vezes crónica.
* Este exemplo reforça a nossa ideia de que os enormes investidores em saúde têm como prioridade que as doenças atinjam um estadio de cronicidade prolongado, doença crónica rende dinheiro aos laboratórios, a cura dá prejuízo.
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ESTA SEMANA NO
"SOL"
"SOL"
Lembra-se deste bebé acusado de bruxaria e abandonado pelos pais?
Veja como está recuperado
A fotografia de um bebé nigeriano subnutrido a beber água de uma
garrafa correu mundo no mês de janeiro. Mas a recuperação desta criança,
em menos de dois meses, é no mínimo impressionante. Imagens que estão
novamente a dar que falar.
O menino, ‘batizado’
de Hope, foi abandonado pelos pais por acreditarem que era bruxo, lê-se
no Daily Mail. A 31 de janeiro, foi encontrado por Anja Ringgren Loven,
fundadora da African Children's Aid Education and Development
Foundation, fundação que ajuda crianças acusadas de bruxaria. A criança
esteve cerca de oito meses a alimentar-se sozinha de restos de comida
que encontrava na rua.
Na fotografia, pode ver-se Anja a dar de beber à criança e com um
pacote de bolachas noutra mão. A dinamarquesa acabou por levá-la para o
hospital, onde trataram dos parasitas que tinha no estômago, e onde
recebeu uma transfusão sanguínea.
Quando utilizou o Facebook para pedir ajuda para pagar as despesas
médicas, pessoas de todo o mundo contribuíram, atingindo um montante de
um milhão de dólares. Dinheiro que irá utilizar para ajudar outras
crianças acusadas de bruxaria e abandonadas pelas famílias, tal como
Hope.
Desde então, a dinamarquesa tem utilizado a mesma rede social para partilhar imagens da criança.
“No dia em que segurei este menino nos meus braços pela primeira vez,
não tinha a certeza se iria sobreviver. Não queria que ele morresse sem
um nome, sem dignidade, então dei-lhe o nome de Hope [em português,
esperança]. Para mim, Hope é um nome especial. Não só pelo significado,
mas também pelo que representa. Há muitos anos, tatuei a palavra ‘HOPE’
nos meus dedos porque, para mim, significa: Help One Person Everyday
[ajudar uma pessoa todos os dias]”, explicou a dinamarquesa numa
publicação no dia 16 de março, juntamente com uma fotografia da criança
quase irreconhecível.
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No passado sábado, Anja partilhou novas imagens da criança com outros
jovens, onde explica que o menino será submetido a uma intervenção
cirúrgica para corrigir uma malformação congénita. “Como podem ver nas
fotografias, Hope está mesmo a aproveitar a vida, a viver com 35 novos
irmãos e irmãs que todos tomam muito bem conta dele”, lê-se ainda na
publicação.
* Nós "condenamos" esta mulher a receber o prémio Nobel da Paz em 2016.
* Nós "condenamos" esta mulher a receber o prémio Nobel da Paz em 2016.
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ESTA SEMANA NO
"EXPRESSO"
"EXPRESSO"
Cultura
Lamas acusado de deixar buraco
de €6 milhões no CCB
Gabinete de João Soares diz que foram gastos fundos comunitários sem contrapartidas asseguradas
O Centro Cultural de Belém (CCB) tem um
buraco financeiro de seis milhões de euros. A notícia é avançada ao
Expresso por fonte próxima do gabinete do ministro da Cultura, João
Soares. A verba foi gasta por António Lamas durante o ano e meio em que
esteve à frente daquela instituição, para avançar com projetos ligados
ao Plano Estratégico Cultural da Área de Belém e para fazer obras nas
cozinhas e nos parques de estacionamento do CCB.
Segundo a mesma fonte e os documentos a que o Expresso teve acesso, o ex-presidente do CCB deu seguimento a uma série de candidaturas ao Programa Operacional Regional de Lisboa (POR), mas aquele fundo comunitário “já estava em overbooking”. De resto, para a área patrimonial, há muito que a região de Lisboa e Vale do Tejo já não tem direito a comparticipações europeias. O retorno de metade da verba, correspondente às contrapartidas comunitárias, não estava pois ainda assegurado.
Mesmo assim, “António Lamas avançou com o dinheiro e executou os seis milhões de euros”, levando o CCB a uma situação de rutura orçamental que, para que a instituição continue a funcionar nos mínimos, “só poderá ser travada com recursos vindos do Fundo de Fomento Cultural”, uma espécie de SOS para qualquer entidade tutelada pelo Ministério da Cultura (MC).
A recuperação do Jardim Botânico da Ajuda, Jardim Científico e Tropical, foi uma das iniciativas a sugar dinheiro, com a elaboração de cartografias e estudos, bem como vários outros projetos que se prendiam com o chamado Eixo Belém-Ajuda e com a reconstrução do espaço envolvente.
Contactado pelo Expresso, António Lamas garante não fazer “ideia do que está o gabinete do ministro a falar”.
INICIATIVAS CANCELADAS
Elísio Summavielle, atual presidente do CCB, diz ainda estar a avaliar a situação e a veracidade das contas e adianta ter já cancelado iniciativas onerosas. “A Grande Exposição do Mundo Português, programada para o Museu de Arte Popular, não irá acontecer”, garante, justificando ainda a sua tomada de posição com o facto de se tratar “de um projeto descontextualizado e deslocalizado da missão do CCB, além de eu não ser adepto de certos anacronismos modernos”.
Os problemas financeiros da instituição não se ficam por aqui. António Lamas optou pelo autofinanciamento nas áreas da manutenção e da restauração, o que levou ao afastamento de vários concessionários e a processos contenciosos, nomeadamente com lojistas, que receberam ordens de despejo alegadamente ilegais. O Expresso sabe ainda que todos eles serão recebidos na próxima semana por Elísio Summavielle, no sentido de se resolver de forma consensual cada situação.
António Lamas foi esta quarta-feira à Assembleia da República responder às perguntas dos deputados da Comissão Parlamentar de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, para explicar a sua versão dos acontecimentos relativamente à exoneração do cargo de presidente do CCB pelo ministro da Cultura. Nas duas horas e meia que durou a audição, Lamas desdobrou-se em explicações sobre os contactos que manteve com a Câmara de Lisboa durante os levantamentos processuais levados a cabo no tempo que durou a elaboração do plano Eixo Belém-Ajuda. A ausência de comunicação e de intervenção da autarquia lisboeta no processo em causa tinha sido o grande argumento que João Soares indicara como justificativo para a exoneração de Lamas, ocorrida a 28 de fevereiro.
A polémica demissão de António Lamas teve início com as declarações do ministro da Cultura ao Expresso, numa entrevista publicada a 20 de fevereiro em que João Soares afirmava que o Plano Belém-Ajuda “era um disparate total” e que o seu presidente deveria “tirar daí as devidas consequências”. Nos oito dias que se seguiram até à exoneração do ex-presidente do Monte da Lua — Parques de Sintra, o ministro da Cultura não se cansou de lhe mandar recados pela comunicação social para que este se demitisse, chegando mesmo a dizer: “Se não se demitir, demito-o eu.” O prazo era de sexta-feira, 26 de fevereiro, a segunda-feira, 28 de fevereiro. Lamas não se demitiu, garantindo ao Expresso que fez um “trabalho meritório”.
Segundo a mesma fonte e os documentos a que o Expresso teve acesso, o ex-presidente do CCB deu seguimento a uma série de candidaturas ao Programa Operacional Regional de Lisboa (POR), mas aquele fundo comunitário “já estava em overbooking”. De resto, para a área patrimonial, há muito que a região de Lisboa e Vale do Tejo já não tem direito a comparticipações europeias. O retorno de metade da verba, correspondente às contrapartidas comunitárias, não estava pois ainda assegurado.
Mesmo assim, “António Lamas avançou com o dinheiro e executou os seis milhões de euros”, levando o CCB a uma situação de rutura orçamental que, para que a instituição continue a funcionar nos mínimos, “só poderá ser travada com recursos vindos do Fundo de Fomento Cultural”, uma espécie de SOS para qualquer entidade tutelada pelo Ministério da Cultura (MC).
A recuperação do Jardim Botânico da Ajuda, Jardim Científico e Tropical, foi uma das iniciativas a sugar dinheiro, com a elaboração de cartografias e estudos, bem como vários outros projetos que se prendiam com o chamado Eixo Belém-Ajuda e com a reconstrução do espaço envolvente.
Contactado pelo Expresso, António Lamas garante não fazer “ideia do que está o gabinete do ministro a falar”.
INICIATIVAS CANCELADAS
Elísio Summavielle, atual presidente do CCB, diz ainda estar a avaliar a situação e a veracidade das contas e adianta ter já cancelado iniciativas onerosas. “A Grande Exposição do Mundo Português, programada para o Museu de Arte Popular, não irá acontecer”, garante, justificando ainda a sua tomada de posição com o facto de se tratar “de um projeto descontextualizado e deslocalizado da missão do CCB, além de eu não ser adepto de certos anacronismos modernos”.
Os problemas financeiros da instituição não se ficam por aqui. António Lamas optou pelo autofinanciamento nas áreas da manutenção e da restauração, o que levou ao afastamento de vários concessionários e a processos contenciosos, nomeadamente com lojistas, que receberam ordens de despejo alegadamente ilegais. O Expresso sabe ainda que todos eles serão recebidos na próxima semana por Elísio Summavielle, no sentido de se resolver de forma consensual cada situação.
António Lamas foi esta quarta-feira à Assembleia da República responder às perguntas dos deputados da Comissão Parlamentar de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, para explicar a sua versão dos acontecimentos relativamente à exoneração do cargo de presidente do CCB pelo ministro da Cultura. Nas duas horas e meia que durou a audição, Lamas desdobrou-se em explicações sobre os contactos que manteve com a Câmara de Lisboa durante os levantamentos processuais levados a cabo no tempo que durou a elaboração do plano Eixo Belém-Ajuda. A ausência de comunicação e de intervenção da autarquia lisboeta no processo em causa tinha sido o grande argumento que João Soares indicara como justificativo para a exoneração de Lamas, ocorrida a 28 de fevereiro.
A polémica demissão de António Lamas teve início com as declarações do ministro da Cultura ao Expresso, numa entrevista publicada a 20 de fevereiro em que João Soares afirmava que o Plano Belém-Ajuda “era um disparate total” e que o seu presidente deveria “tirar daí as devidas consequências”. Nos oito dias que se seguiram até à exoneração do ex-presidente do Monte da Lua — Parques de Sintra, o ministro da Cultura não se cansou de lhe mandar recados pela comunicação social para que este se demitisse, chegando mesmo a dizer: “Se não se demitir, demito-o eu.” O prazo era de sexta-feira, 26 de fevereiro, a segunda-feira, 28 de fevereiro. Lamas não se demitiu, garantindo ao Expresso que fez um “trabalho meritório”.
* Ainda que absolutamente independentes das tribos político/partidárias achamos que vai haver muita gente a pedir desculpa a João Soares pelas viperinas palavras que sobre ele escreveram ou proferiram, temos tempo.
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ESTA SEMANA NO
"DINHEIRO VIVO"
"DINHEIRO VIVO"
Cuequinhas de 8 bits a conquistar
o mundo um bit de cada vez
Produzem em Guimarães mas 95% das vendas é
feita no exterior. Agora querem conquistar o Oriente. Seguem hoje para
Hong-Kong.
Depois de uma noite colado à consola de
jogos, Sebastião Teixeira sonhou com cuecas pixelizadas. Mal acordou,
desenhou o primeiro modelo do que viriam a ser as Pixel Panties. A ideia
tem potencial, achou Cesária Martins, na época colega na agência de
branding Ivity e hoje sua sócia, e o mesmo o disseram os investidores na
plataforma de crowdfunding Indiegogo lhes entregaram 21,8 mil dólares. O
dobro do pitch inicial de 12,5 mil dólares.
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Desde novembro vendem online no site da marca: 95% da produção segue para cerca de 30 países, dos quais 75% para os Estados Unidos. Tudo made in Portugal. E este sábado embarcam rumo a Hong-Kong, na China. O primeiro carimbo no passaporte num roadshow de um mês com paragem em Xangai e Japão onde querem fazer o push da coleção de verão da marca Maison Pixel. “Queremos compreender bem como vamos lidar com este mercado. Sabemos pelas vendas online que tem um potencial elevado. Temos de ver se vamos avançar para o retalho ou se vendemos online e em que canal”, explica Sebastião Teixeira.
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Desde novembro vendem online no site da marca: 95% da produção segue para cerca de 30 países, dos quais 75% para os Estados Unidos. Tudo made in Portugal. E este sábado embarcam rumo a Hong-Kong, na China. O primeiro carimbo no passaporte num roadshow de um mês com paragem em Xangai e Japão onde querem fazer o push da coleção de verão da marca Maison Pixel. “Queremos compreender bem como vamos lidar com este mercado. Sabemos pelas vendas online que tem um potencial elevado. Temos de ver se vamos avançar para o retalho ou se vendemos online e em que canal”, explica Sebastião Teixeira.
É em Guimarães, com tecidos vindos de
Itália, que são produzidas as cuequinhas pixelizadas com nomes como Game
Boy Grey, Zx Spectrum Cyan ou Mario Fiery Red. No início mal conseguiam
responder às encomendas. E vinham dos sítios mais inesperados. “Mal
tínhamos obtido o financiamento no crowdfunding tivemos um pedido de 300
peças do The Doctors, talk show da CBS, que queria distribuir as peças
ao público”, conta Sebastião Teixeira. Artigos na Playboy americana, no
Mashable ou no Huffington Post certamente terão ajudado a criar o buzz
em torno da marca portuguesa nos Estados Unidos. Mas não só. De Seul, na
Coreia do Sul, receberam um pedido para 40 peças. Motivo? “Uma festa
temática numa discoteca com Pixel Panties”, conta. Recentemente, “fomos
abordados por uma empresa de comics americana para uma possível
parceria”.
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“As peças apelam pela sua estranheza. Pela
ilusão de roupa pixelizada no corpo”, considera. O que apela a um
público que cresceu, tal como Sebastião e Cesária, ambos com 35 anos,
com os videojogos. “Nunca se jogou tantos videojogos como hoje. E há
muitas raparigas que jogam. Este tipo de roupa apela a esse público”,
defende. E a partir do verão deverão ter mais opções. No Salon
Internacional de La Lingerie, em Paris, foi apresentada a nova coleção
da Maison Pixel. A DIR tem peças como T-shirts, linha de banho, casacos e
sapatos feitos à mão. “Estávam loucos pelos sapatos, porque de facto
têm muita qualidade.”
É essa coleção que Sebastião e Cesária vão
também mostrar no roadshow pelo Oriente. A primeira reunião em Hong-Kong
é, de resto, com dois potenciais compradores que conheceram em Paris. A
expectativa é que consigam encomendas que garantam um volume mínimo
para arrancar com vendas mais alargadas junto ao target que já compra as
Pixel Panties: jovens dos 16 a mais de 30 anos. E não são apenas
mulheres que compram as cuecas pixelizadas. No Dia dos Namorados, 80%
das encomendas foi feita por homens.
São as mulheres, no entanto, que partilham na conta de Instagram, com os
41,3 mil seguidores da marca na rede social, fotografias vestindo as
suas Pixel Panties. Isto, num ambiente onde os trolls digitais não são
bem-vindos.
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A marca quer passar uma mensagem de força feminina, mas também tem uma preocupação social e ecológica na sua origem. Trabalham com fábricas onde não há trabalho infantil e há preocupações com o meio ambiente. Mais. Por cada venda feita online, um euro reverte a favor de uma ONG que apoia crianças em África. “Só com as vendas online no último trimestre conseguimos ajudar 150 miúdas a ter um ano de escola”, revela Sebastião Teixeira. Apoio que querem manter. “É assim hoje e para sempre. Incluímos logo esse valor no preço do produto”, explica.
* A inteligência lusitana em grande "pixelada"!
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A marca quer passar uma mensagem de força feminina, mas também tem uma preocupação social e ecológica na sua origem. Trabalham com fábricas onde não há trabalho infantil e há preocupações com o meio ambiente. Mais. Por cada venda feita online, um euro reverte a favor de uma ONG que apoia crianças em África. “Só com as vendas online no último trimestre conseguimos ajudar 150 miúdas a ter um ano de escola”, revela Sebastião Teixeira. Apoio que querem manter. “É assim hoje e para sempre. Incluímos logo esse valor no preço do produto”, explica.
* A inteligência lusitana em grande "pixelada"!
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ESTA SEMANA NO
"GERINGONÇA"
Quanto tempo resistirá Passos a Marcelo?
Será esta a pergunta que muitos se colocarão dentro do PSD. Passos não queria
Marcelo e contudo viu-se confrontado com a inevitabilidade de ter de o
apoiar para “vencer” as presidenciais. Mas começa a ser cada vez mais
claro que arrisca perder o partido.
Apesar de historicamente pertencer à ala liberal
do PPD/PSD, Marcelo ensaiou nos últimos anos um reposicionamento a
pensar nas presidenciais. Na campanha eleitoral chegou mesmo a expressar
ser a “esquerda da direita”.
CALDO ENTORNADO PARA
O CONGRESSO DA CALDEIRADA
Aproveitando o paradoxo de Passos se afirmar na campanha interna com o
slogan “Social Democracia, sempre!” e depois dizer que o Estado não tem
que se meter na vida das empresas, Marcelo parece aproveitar para sinalizar publicamente a discordância com Passos.
Fazê-lo publicamente, devidamente amplificado por Marques Mendes,
parece indiciar que Marcelo pretende incentivar um congresso do PSD em
que algumas vozes se levantem contra o excessivo liberalismo de Passos.
Rui Rio, por exemplo, já o fez antes até do Congresso.
Aguardemos os episódios que se seguirão com a quase-certeza de haver
um derrotado à partida: Passos. Marcelo por certo não esquecerá a
insinuação de catavento, como se pode comprovar neste vídeo ao som de
Slim Shady e Ludacris.
* Em primeiro lugar saudamos alegremente o nascimento da "GERINGONÇA" jornal digital que passaremos a consultar com a maior atenção, sigam em frente e felizes.
Pelo que já assistimos do congresso o mesmo é "poucachinho", salva-se a intervenção de José Eduardo Martins e constatamos que todo o PSD está endividado ao "zedu" de Angola, não há uma voz dissonante quanto ao julgamento dos jovens presos políticos, honra seja feita ao nosso ministro dos Negócios Estrangeiros que diplomaticamente pegou de cernelha a "in"justiça angolana. PSD, CDS e PCP praticaram um acto nojento na A.R., ficará para a história.
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