16/11/2016

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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"

Imigrantes ilegais explorados
 só comiam massa, batatas e arroz

Um patrão de estufas português e dois cidadãos estrangeiros foram acusados pelo Ministério Publico do crime de tráfico de seres humanos, na sequência de uma investigação do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.

A investigação do SEF conduziu à libertação de 23 imigrantes ilegais que eram explorados e obrigados a viver em condições miseráveis.
O caso ocorreu na zona de Almeirim, distrito de Santarém, numa exploração agrícola.
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Dois cidadãos estrangeiros, de 29 e 32 anos de idade, que se encontram em prisão preventiva, angariaram os trabalhadores e colocaram-nos na exploração agrícola. O proprietário da exploração, um português de 40 anos, orientava os trabalhadores e mantinha-os alojados numa instalação insalubre, sem condições mínimas de habitabilidade e sem alimentação suficiente. Os imigrantes só comiam massa, batata, cebola e arroz, segundo comunicado do SEF chegado ao JN.

Os imigrantes pernoitavam na exploração agrícola, mas também em condições sub-humanas, alojados em camaratas em terra batida, os imigrantes dormiam em beliches e a única casa de banho para 23 pessoas não tinha água canalizada.

Os ilegais tinham assinado um contrato de trabalho escrito em português quando não conheciam a língua portuguesa e tinham sido levados a aceitar as condições a troco de serem legalizados.

Tal contrapartida não correspondia, no entanto, à realidade, segundo destaca o SEF. No entanto, após as detenções do patrão português e dos dois estrangeiros, o SEF recolheu os imigrantes, procedendo agora à sua legalização, tendo em conta a "sua condição de vitimas".

Os arguidos, dois dos quais estão em preventiva, estão acusados de auxílio à imigração ilegal e angariação de mão de obra ilegal.

* Portugal é mais xenófobo do que se  pensa, por  isso foram escassas as manifestações de protesto contra a entrada da Guiné Equatorial na CPLP, por isso os srs. Aníbal Silva e Pedro Coelho foram tão complacentes com o ditador obiang.
Estamos interessados em saber se o agricultor esclavagista é sócio da CAP ou outra associação de agricultores e em caso afirmativo se haverá alguma punição a este negreiro.

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