31/10/2016

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HOJE  NO 
 "OBSERVADOR"

CIP apresenta propostas para colmatar falta de 
ambição no estímulo ao investimento no 
Orçamento de Estado para 2017

O presidente da Confederação Empresarial de Portugal afirmou que o Orçamento do Estado para 2017 "tem aspetos positivos", mas "falta-lhe ambição de estímulo ao investimento".

O presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) afirmou esta segunda-feira que o Orçamento do Estado para 2017 “tem aspetos positivos”, mas “falta-lhe ambição de estímulo ao investimento” e que, por isso, vai apresentar propostas de alteração.
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António Saraiva falava aos jornalistas no final de uma reunião com a líder do CDS-PP, Assunção Cristas, a propósito do Orçamento do Estado para 2017 (OE2017), encontro no qual teve a oportunidade de apresentar as propostas de alteração que vão entregar aos restantes grupos parlamentares, com o objetivo de “melhorar a competitividade das empresas em particular“.
Reconhecemos que o orçamento tem aspetos positivos, como a remuneração convencional do capital social, o investimento por parte de privados para micro e pequenas empresas, a questão de concentração de empresas no interior, mas falta-lhe alguma ambição de estímulo ao investimento”, declarou.
A CIP propõe assim três alterações ao Orçamento de Estado para 2017, a primeira das quais visa precisamente a melhoria da remuneração convencional do capital social, já que, apesar de “louvar a iniciativa que o orçamento aponta”, sente que “há margem de progressão” e, por isso, apostam numa proposta que melhora essa vertente.
Temos uma outra proposta que especifica e melhora a interpretação do novo imposto sobre o património e, finalmente, uma terceira proposta que faremos sobre o imposto das bebidas açucaradas, que, no nosso entender, é igualmente perverso aquilo que está definido em sede de orçamento e que na nossa proposta tentaremos melhorar”, descreveu.
António Saraiva foi ainda questionado sobre o salário mínimo nacional, assegurando que “a CIP está como sempre esteve a respeitar o acordo que está em vigor e, respeitando esse acordo, a CIP tem um valor que apresentou ao Governo e que vai discuti-lo” em sede de Concertação Social.

“Esperamos que o Governo, esse sim, é que tenha a flexibilidade de abandonar um acordo político e venha à realidade da economia, tenha essa flexibilidade de ter um valor diferente”, apelou.

Segundo o presidente da confederação, “a proposta da CIP é a aplicação do que está negociado e como foi revelado por um dos parceiros anda na ordem dos 540 euros“.

* O tecido empresarial português, salvo reduzidíssimas  excepções viveu sempre a mamar na teta do Estado, aquilo a que o sr. António Saraiva chama de estímulos não passa de um disfarce para mendigar subsídios e isenções.

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