19/01/2016

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"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Portugal é um dos 11 países com
 menor taxa de nados-mortos em 2015

Portugal está ao nível da Noruega

Portugal é um dos 11 países, de um total de 186, com uma menor taxa de nados-mortos em 2015, revela um estudo publicado esta semana na revista científica britânica The Lancet.

De acordo com o estudo, a taxa estimada para Portugal, em 2015, é de 2,2 nados-mortos por mil nascimentos, tal como a da Noruega. São considerados nados-mortos os bebés que nasceram sem vida após 28 semanas de gestação. Mortes antes das 28 semanas são consideradas abortos.
LINDO
O estudo salienta que, em 2015, cerca de 2,6 milhões de bebés, nos países analisados, eram nados-mortos, uma média de 7.200 por dia.

Para os editores da revista, Richard Horton e Udani Samarasekera, "o dado verdadeiramente horrível" é o que mostra que no ano passado 1,3 milhões de bebés morreram durante o parto. "A ideia de uma criança estar viva no início do parto e morrer por razões completamente evitáveis em algumas horas devia ser um escândalo de saúde de proporções internacionais", afirmaram os editores num comunicado, segundo a AFP. "Mas não é".

Entre os 11 países com taxas de nados-mortos mais baixas figuram ainda Islândia (que lidera com 1,3 nados-mortos por mil nascimentos), Dinamarca (1,7), Finlândia e Holanda (1,8), Croácia (2,0), Japão e Coreia do Sul (2,1), Nova Zelândia e Polónia (2,3).

Portugal surge à frente de países como Suécia e Suíça (2,8 nados-mortos por mil nascimentos), Reino Unido (2,9) e Estados Unidos (3,0).

No 'top 10' dos países com taxas de nados-mortos mais altas incluem-se Paquistão (que lidera com 43,1 nados-mortos por mil nascimentos), Nigéria (42,9), Chade (39,9), Níger (36,7), Guiné-Bissau (36,7), Somália (35,5), Djibuti (34,6), República Centro-Africana (34,4), Togo (34,2) e Mali (32,5).

98% dos casos de nascimento de bebés sem vida acontecerem em países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, mas o estudo demonstra que a diferença entre ricos e pobres também se faz sentir em países desenvolvidos.

Num país desenvolvido, uma mulher pobre tem o dobro da probabilidade de dar à luz a um nado-morto do que uma mulher rica, segundo o estudo. E mulheres de origem africana ou do sul da Ásia, que vivam na Europa ou na Austrália, têm duas a três vezes mais probabilidades de dar à luz a nados-mortos do que mulheres brancas.

O mesmo estudo assinala que os três países que conseguiram mais reduzir, em média, por ano, a taxa de nados-mortos, entre 2000 e 2015, foram Holanda (6,8%), China (4,6%) e Polónia (4,5%). Portugal ocupa, neste parâmetro, a décima posição (3,5%), entre 159 países.

Para o cálculo da taxa de redução anual de nados-mortos, os autores do trabalho publicado na The Lancet tiveram em conta 159 países, e não os 186 iniciais, uma vez que foram excluídos os países com menos de dez mil nascimentos por ano.

Segundo os autores, a diminuição da taxa de nados-mortos não acompanha, porém, o ritmo da queda da mortalidade materna e infantil.

O trabalho foi conduzido por especialistas de mais de uma centena de organizações em 43 países.

* E VIVA o Serviço Nacional de Saúde porque este sucesso é obra do sistema de saúde pública.

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