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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
07/09/2015
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HOJE NO
Liikanen sugeriu que, enquanto se
tentam encontrar soluções, os cidadãos também devem envolver-se da forma
que considerarem possível para ajudar os refugiados que chegam à
Finlândia em fuga das guerras e em busca de asilo, e apontou como
exemplo o primeiro-ministro finlandês, Juha Sipila.
* Pode não ser utopia...
Proposta:
Países podem pagar para receber
menos refugiados
* Solidariedade conta????
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"OBSERVADOR"
CRISE DOS REFUGIADOS
Governador do Banco da Finlândia doa
um mês de salário para ajudar refugiados
um mês de salário para ajudar refugiados
O governador do Banco da Finlândia, Erkki Liikanen, anunciou que vai
doar o seu salário de um mês (cerca de 10 mil euros) à Cruz Vermelha
finlandesa para ajudar os refugiados que se dirigem para o país.
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“Sei que este dinheiro
vai chegar a quem mais necessita. Cada um faz o que sente que deve
fazer dentro das suas possibilidades”, escreveu Liikanen, na sua página
do Facebook, citado pelos media locais.
Liikanen, que foi presidente da Cruz Vermelha finlandesa entre
2008 e 2014, afirmou que a crise no Médio Oriente provocou “um êxodo de
refugiados sem precedentes” nas últimas décadas e considerou que as
grandes potências, em particular, deveriam responder com soluções
políticas.
“A tensão nas relações internacionais dificulta
encontrar soluções, mas não devemos render-nos. Necessitamos da
contribuição dos Estados Unidos, Rússia, dos países do Médio Oriente e
da União Europeia”, sublinhou.
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SIPILA |
No sábado,
Sipila anunciou que vai oferecer a sua própria casa a partir de janeiro
para albergar refugiados que cheguem ao país nórdico para solicitar
asilo, um gesto que suscitou em simultâneo elogios e críticas.
* Imaginemos o sr. Carlos Costa num acto tão sublime...
** Foi Passos Coelho que deu a ideia a Sipila.
** Foi Passos Coelho que deu a ideia a Sipila.
ONU pede aos milionários italianos
para doarem 15 mil euros cada
para doarem 15 mil euros cada
O Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR) pediu aos
milionários italianos para doarem 15 mil euros cada um para ajudar os
migrantes sírios na Jordânia, estimando que com essa ajuda 10 famílias
poderiam viver com dignidade durante um ano.
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Num anúncio publicado no principal jornal italiano e em mais dois especializados em economia, o ACNUR escreveu: “Na Itália, 219 mil pessoas têm rendimentos superiores a 1 milhão. Se você ler isto e fizer parte deste grupo, saiba que com 15 mil euros podemos fornecer a dez famílias de refugiados sírios na Jordânia os meios suficientes para viverem durante um ano sem resvalarem para a pobreza extrema e perder toda a esperança para o futuro dos seus filhos”.
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Num anúncio publicado no principal jornal italiano e em mais dois especializados em economia, o ACNUR escreveu: “Na Itália, 219 mil pessoas têm rendimentos superiores a 1 milhão. Se você ler isto e fizer parte deste grupo, saiba que com 15 mil euros podemos fornecer a dez famílias de refugiados sírios na Jordânia os meios suficientes para viverem durante um ano sem resvalarem para a pobreza extrema e perder toda a esperança para o futuro dos seus filhos”.
O texto continua explicando que “se apenas 1% dos milionários italianos derem 15 mil euros, seria possível angariar dinheiro suficiente para ajudar cerca de 22 mil famílias sírias, reduzindo o risco de acabarem nas mãos dos traficantes”.
A
publicação deste apelo surge na mesma altura em que foi noticiado que
outra agência da ONU, o Programa Alimentar Mundial, suspendeu o programa
de ajuda em Amã por falta de fundos, e no meio de uma onda
internacional de generosidade impulsionada pela fotografia de uma
criança síria morta nas águas da Turquia, na semana passada.
* Pode não ser utopia...
Proposta:
Países podem pagar para receber
menos refugiados
Os países que não queiram receber refugiados na proporção que lhes é
atribuída pelos planos de quotas da Comissão Europeia, ou seja, que
querem receber menos, poderão consegui-lo através de um pagamento para um fundo
de ajuda aos refugiados.
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Este é, pelo menos, um plano que está a ser discutido na Comissão Europeia e que pretende responder às posições intransigentes de alguns países, como a Hungria e a Polónia, que têm criticado as quotas obrigatórias.
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Este é, pelo menos, um plano que está a ser discutido na Comissão Europeia e que pretende responder às posições intransigentes de alguns países, como a Hungria e a Polónia, que têm criticado as quotas obrigatórias.
Numa antecipação do que poderá ser o plano de Juncker para os refugiados, a apresentar quarta-feira, o Financial Times diz
que este plano poderá ser parte da solução para criar um consenso na
Europa sobre esta questão controversa. Países como a Hungria e a Polónia
têm defendido que as quotas obrigatórias
não fazem sentido e que os países devem definir quotas voluntárias,
para assegurar que o processo é gerido de forma eficaz e que as pessoas
que entram nos países podem ser acolhidas da melhor forma.
O plano em cima da mesa “cria uma oportunidade
para a tomada de decisões de forma voluntária”, disse um responsável
europeu, oriundo do leste europeu, ao Financial Times. “Se houver
penalizações [para quem não cumprir] isso será uma má ideia, mas se
houver um sistema em que se pode contribuir financeira, para ajudar de
outra forma a resolver o problema, isso terá muito maior probabilidade
de ser aceite”, conclui.
Terá, contudo, de haver “razões
objetivas” para justificar a intenção de receber menos refugiados. Por
exemplo, no caso da Polónia, o país poderá alegar que tem de ter planos
de contingência para receber refugiados provenientes da Ucrânia caso a
situação se agrave nesse país. Nesse cenário, seria injusto receber
refugiados do Médio Oriente na mesma proporção dos outros países,
defendem os polacos.
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A ser aceite, este plano poderá ser uma forma
de acabar com a controvérsia criada nas últimas semanas. “Estamos
prontos para partilhar o fardo e assumir as responsabilidades, mas
apenas se mantivermos algum controlo sobre esta questão”, afirmou um
membro do governo polaco, Rafal Trzaskowski, citado pelo Financial
Times. O mesmo responsável garantiu que existe “solidariedade com a
Europa, mas de forma responsável”.
* O dinheiro compra desumanidades
Refugiados na Hungria:
De um lado a comida, do outro a
liberdade de ir para onde se quer
De um lado a comida, do outro a
liberdade de ir para onde se quer
Neste ponto da fronteira chegaram, na madrugada de domingo e até às 8
da manhã, mais de 890 refugiados. Um grupo sentou-se à porta do centro
de registo e resiste a dar as impressões digitais. Serão duas dúzias e
os polícias dizem-me que há ordens para não se falar com eles. Perto do
novo campo vê-se muito lixo, papéis rasgados escritos em grego e, para
meu espanto, um pedaço cortado à tesoura de um documento de
identificação de Portugal. O nome do país é claro, mas trata-se de um
cartão falso, bastante rústico, na cor, na imprecisão das letras. Atrás,
pode ler-se parte da filiação do nosso cidadão: Santo Raoul VLEF… Que
estará este pedaço de plástico a fazer aqui, no meio de uma crise de
refugiados sem precedentes na União Europeia?
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O novo campo de
registo de Roszke, na fronteira húngara com a Sérvia, tem arame farpado
no topo da vedação (o anterior não tinha). A entrada é mais estreita e
falta o grande pavilhão azul onde dormiam as crianças. Foi acabado à
pressa esta noite, após um motim de refugiados que preferiram dormir ao
relento e à chuva. As tendas militares do novo campo estão organizadas
em filas ordeiras, mas o local parece mal terminado. Tem uma entrada
estreita e foi construído para maximizar a segurança, com logística mais
difícil. Um grupo de refugiados sentou-se à porta, os diferentes grupos
nacionais já separados de forma espontânea; todos recusam dar a
impressão digital e estão desconfiados dos polícias húngaros, que não
falam inglês; um dos recém-chegados diz-me que este é o momento mais
difícil da sua longa jornada.
Um dos jovens sírios com quem consegui falar disse chamar-se Ahmed
Assaf. Era farmacêutico em Damasco, tem 23 anos e fala num inglês
articulado. A conversa foi interrompida por uma simpática agente da
autoridade, que consegui convencer, no meu húngaro infantil, da
importância da entrevista. Ahmed disse ter partido há quatro semanas de
um campo de refugiados na Turquia e contou que fez amizade com outros
dois refugiados, que estão a seu lado, Abdullah e Noor, também de
Damasco. Viajaram para a Grécia em barcos perigosos, enfrentaram as
multidões compactas na Macedónia. Na Sérvia, preferiram não entrar em
confortáveis autocarros controlados por homens armados e que lhes pediam
1500 euros por cabeça.
Muitos perigos, portanto, numa história
semelhante à de outros refugiados, que se referem aos horrores da guerra
e aos perigos da viagem. À porta do centro de registos, Ahmed e os seus
amigos hesitam, mas o coração balança: lá dentro está a comida e o
abrigo, mas com o risco de os fazer tomar um rumo inesperado. Foi pelo
menos o que lhes disseram. O farmacêutico deseja ir para a Holanda, mas
leu algures que se der a impressão digital aos polícias húngaros não
poderá ir para onde quer, mas irá para a Alemanha. Estes rumores são
espalhados pelos traficantes, que beneficiam da confusão, pois podem
assim cobrar mais dinheiro. É caro salvar a vida nestes dias: 4 mil
euros, para passar dos campos de refugiados na Turquia até à fronteira
da UE. E se o barco afunda no mar Egeu, os traficantes já receberam e
não se importam.
Um membro da protecção civil húngara, Karoly
Simon, explica que, no centro de registos onde os refugiados ficam,
procede-se apenas à identificação das pessoas, que recebem papéis de
trânsito e uma pulseira que facilita o controlo policial. Em princípio,
estes migrantes devem ser levados rapidamente para centros de refugiados
na Hungria, mas a pressão dos números mudou a estratégia e os
procedimentos vão ser acelerados. Uma coisa é certa: a partir de Roszke,
não devia haver mais traficantes a explorar os refugiados, mas não é
bem assim. Este tráfico humano é complexo e envolve muito dinheiro.
As tendas não vão servir para o inverno
Na sexta-feira, numa estrutura a duzentos metros do actual campo,
agora uma ruína repleta de lixo e abandono, estava uma multidão. O
proprietário do pavilhão foi ganancioso e as autoridades mudaram o campo
para outro terreno, mas houve razões de segurança. Na sexta, assisti
aqui a um momento de motim, que a polícia resolveu com dificuldade. Os
refugiados estavam impacientes e queriam seguir caminho; alguns fizeram
isso mesmo, invadindo a auto-estrada, ao mesmo tempo que em Budapeste,
160 quilómetros a norte, milhares de indocumentados criavam a maior
confusão, perturbando fortemente os transportes ferroviários, as
estradas e a fronteira com a Áustria.
A situação acalmou com a
saída para a Alemanha de milhares de refugiados que deambulavam em
Budapeste. Aqui, no sul da Hungria, ponto de entrada na fronteira de um
espaço com livre circulação, é feita a identificação dos migrantes. A
alternativa seria a imigração a salto, mas este novo centro tem os seus
defeitos e será provisório: Simon não esconde a sua preocupação, pois as
tendas não aguentam temperaturas abaixo dos dez graus, ou seja, durarão
talvez duas ou três semanas.
O problema principal da crise, pelo
menos do ponto de vista húngaro, está nos números: só este ano, entraram
na Hungria 167 mil pessoas (dados oficiais de sábado). Muitos passaram
sem controlo, antes de existir a controversa barreira definida como
muro, mas que é na realidade uma vedação em arame farpado.
Nenhum
refugiado está a ser rejeitado na fronteira; todos passam, mas esta é
também a fronteira internacional de um espaço de livre circulação com 26
países, que tem as suas regras e onde se inclui Portugal. Os
refugiados, que no fim-de-semana se puseram a caminho em Budapeste,
foram entretanto colocados em autocarros e levados à fronteira
austríaca, onde foram devidamente registados. Em coordenação com a
Áustria e Alemanha, a Hungria tenta retirar a pressão da panela e as
várias rebeliões estão a ser dominadas sem violência, como vi na estrada
entre Roszke e Szeged, onde na sexta-feira a polícia apanhava pequenos
grupos de viajantes, depois recolhidos por um autocarro.
A recente
conclusão da vedação de arame farpado na fronteira com a Sérvia permite
à polícia húngara controlar o fluxo de refugiados, uma torrente que
engrossa, desaguando aqui através de vias mais fáceis de vigiar. Em
Roszke, por exemplo, em vez de fazerem corta-mato por todo o lado,
caminham por uma linha férrea onde na sexta-feira, em hora e meia, vi
chegar mais de 100 pessoas. Ahmed e os dois amigos estavam então algures
na Sérvia, um pouco atrás dos que vi nesse dia. Mas atrás destes todos
vêm outras multidões. Não se sabe o seu número, ninguém imagina.
* Solidariedade conta????
Grupo de Visegrado rejeita
quotas obrigatórias da UE
República Checa, Eslováquia, Hungria e Polónia recusaram,
sexta-feira passada e por unanimidade, as quotas obrigatórias de divisão dos
refugiados chegados à União Europeia (UE). Os países que integram o
designado Grupo de Visegrado defenderam o “controlo efetivo” das
fronteiras da UE, diz a Lusa.
“Concordámos que as medidas
solidárias sejam voluntárias”, resumiu, durante uma conferência de
imprensa, o chefe do governo checo. Bohuslav Sobotka referia-se à
proposta da Comissão Europeia, impulsionada pela França e pela Alemanha,
de estabelecer quotas obrigatórias face ao número de refugiados com
direito a asilo na UE.
* Sedimentos nazis
* Sedimentos nazis
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Nova Zelândia proíbe venda de
romance premiado para adolescentes
O
livro conta a história de um rapaz maori que vence uma bolsa para um
colégio exclusivo de Auckland mas enfrenta problemas de racismo e de
droga. É o primeiro livro retirado das prateleiras desde 1993.
A
Nova Zelândia proibiu a venda de um romance premiado para adolescentes,
que inclui descrições de cenas de sexo e de consumo de droga, o
primeiro livro retirado das prateleiras em mais de duas décadas.
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O autor de Auckland, Ted Dawe, disse hoje ter sido "apanhado de surpresa" ao saber que o seu livro "Into the River", que venceu o prémio New Zealand Post para livro infantil do ano em 2013, tinha sido banido.
"É extraordinário. Já recebi vários e-mails de pessoas que partilham a minha indignação", disse Dawe ao jornal New Zealand Herald. "Vivemos num país onde livros são banidos? Para a próxima sou queimado", acrescentou.
O livro conta a história de um rapaz maori que vence uma bolsa para um colégio exclusivo de Auckland mas enfrenta problemas de racismo e de droga.
Após numerosas batalhas com os 'censores', a sua venda pode agora resultar em multas que chegam aos 3000 dólares neozelandeses (cerca de 1700 euros) para indivíduos e 10 000 dólares neozelandeses (cerca de 5600 euros) para empresas.
A Film and Literature Board of Review disse que a proibição é temporária, mas vai vigorar pelo menos até à revisão da decisão, no próximo mês.
Um porta-voz confirmou que nenhum outro livro foi sujeito a tal medida desde que a atual legislação foi introduzida em 1993.
A decisão de banir o livro foi tomada depois de pedidos do grupo conservador Family First New Zealand, que se opôs às descrições detalhadas de atos sexuais, linguagem grosseira e cenas onde personagens consomem drogas.
* Os "fachos" do Family First New Zealand têm razão, onde já se viu um maori comer uma branca ou drogar-se com brancos! O que importa ser um livro premiado?
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O autor de Auckland, Ted Dawe, disse hoje ter sido "apanhado de surpresa" ao saber que o seu livro "Into the River", que venceu o prémio New Zealand Post para livro infantil do ano em 2013, tinha sido banido.
"É extraordinário. Já recebi vários e-mails de pessoas que partilham a minha indignação", disse Dawe ao jornal New Zealand Herald. "Vivemos num país onde livros são banidos? Para a próxima sou queimado", acrescentou.
O livro conta a história de um rapaz maori que vence uma bolsa para um colégio exclusivo de Auckland mas enfrenta problemas de racismo e de droga.
Após numerosas batalhas com os 'censores', a sua venda pode agora resultar em multas que chegam aos 3000 dólares neozelandeses (cerca de 1700 euros) para indivíduos e 10 000 dólares neozelandeses (cerca de 5600 euros) para empresas.
A Film and Literature Board of Review disse que a proibição é temporária, mas vai vigorar pelo menos até à revisão da decisão, no próximo mês.
Um porta-voz confirmou que nenhum outro livro foi sujeito a tal medida desde que a atual legislação foi introduzida em 1993.
A decisão de banir o livro foi tomada depois de pedidos do grupo conservador Family First New Zealand, que se opôs às descrições detalhadas de atos sexuais, linguagem grosseira e cenas onde personagens consomem drogas.
* Os "fachos" do Family First New Zealand têm razão, onde já se viu um maori comer uma branca ou drogar-se com brancos! O que importa ser um livro premiado?
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HOJE NO
"RECORD"
"RECORD"
Anunciar a Champions com um vídeo...
de bolinha vermelha?
A fase de grupos da Liga dos Campeões arranca já na próxima semana e os
anúncios às transmissões dos jogos multiplicam-se.
Este talvez seja dos
vídeos mais divertidos e "provocantes": revivendo uma mítica cena
protagonizada no Grande Ecrã por Demi Moore e Patrick Swayze, a paixão
pelo "caneco" é levada a outro ponto...
* Sem palavras
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RUI TAVARES
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Historiador, drigente do Livre
IN "PÚBLICO"
02/09/15
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Defeitos com qualidades
Sem ideia do que iria encontrar, os contos de Oliver Sacks sobre os seus pacientes neurológicos foram uma descoberta.
Não me lembro de que idade tinha. Sei que era o último dia da Feira
do Livro de Lisboa e que já tinha esgotado o meu dinheiro. Em geral só
podia pagar livros dos fundos de edição que os editores punham nos
escaparates laterais das suas bancas. Mas havia um livro novo em
destaque na banca da Relógio d’Água, com o título O Homem que Confundiu a Mulher com um Chapéu e um autor que eu desconhecia: Oliver Sacks.
Passei e
voltei a passar diante da banca até desistir da compra. Regressei a casa
convencido, mas não vencido. Quando já era de noite, não resisti a
persuadir os meus pais a darem-me uma ajuda de última hora. Uma viagem
de autocarro depois, e o meu primeiro livro de Oliver Sacks — autor que
morreu este passado domingo — foi adquirido quando as bancas da feira já
estavam a fechar.
Não me lembro de nenhum outro livro dessa temporada, mas — e por isso conto esta história — de O Homem que Confundiu a Mulher com um Chapéu
nunca me esqueci. Sem ideia do que iria encontrar, os contos de Oliver
Sacks sobre os seus pacientes neurológicos foram uma descoberta. O que
era aquilo? Literatura, medicina, reportagem, ficção, não-ficção,
ensaio? A escrita de Oliver Sacks era um género à parte (mas que
reinventava uma tradição esquecida, a do “conto médico” cultivado pelo
neurologista soviético A.R. Luria).
O que para alguns pode ser
apenas uma questão de forma é aqui também uma questão de conteúdo. A
escrita de Oliver Sacks está na encruzilhada entre a ciência e as
humanidades. A medicina está nessa mesma encruzilhada, e reconhecê-lo
enriquece o nosso olhar. Uma das coisas que surpreendia em Sacks, por
exemplo, era a conclusão de que muitas vezes os pacientes vivem melhor
se encontrarem um ponto de entendimento com a sua doença. Havia o homem
que tinha tiques e dizia palavrões em momentos inconvenientes (sofria de
Síndroma de Tourette): medicá-lo permitia eliminar os sintomas, mas
também lhe diminuía a criatividade quando tocava bateria (era, se não me
engano, músico de jazz) ou o impedia de se divertir quando jogava
ping-pong. Se fosse mais obcecado pela doença do que pelo paciente,
Sacks não teria sequer identificado esse dilema, e não teria podido
ajudar o paciente a ajudar-se.
Outros livros de Oliver Sacks, como Um Antropólogo em Marte ou A Ilha sem Cor,
expandiam a sua visão do universo hospitalar e do enfoque individual
para a cultura e a sociedade. O segundo destes livros é uma extensa
descrição de uma ilha onde grande parte da população vê as coisas a
preto-e-branco, por causa de uma doença chamada «acromatopsia» que ao
mesmo tempo retira as cores mas acrescenta uma sensibilidade às texturas
e às sombras.
Pelo meio, Oliver Sacks tornou-se um autor ainda
mais famoso, com filmes baseados nos seus livros representados por
estrelas de Hollywood. Não li os seus últimos livros, mas encontrei
recentemente um seu artigo sobre as pessoas que (como eu) têm
dificuldade em lembrar-se de rostos (a “prosopagnosia”), e onde de novo
sobressaía a grande qualidade de Oliver Sacks: a sua capacidade de
encontrar enriquecimento nas nossas imperfeições, e encher de humanidade
o humano. Que muitos leitores o descubram.
Historiador, drigente do Livre
IN "PÚBLICO"
02/09/15
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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Cegos trocaram as bengalas
pelas tesouras da vindima
Cegos e amblíopes foram ao Douro à vindima: pousaram as bengalas, pegaram nos baldes e tesouras e tatearam as videiras para cortaram uvas, uma experiência única para alguns destes novos vindimadores.
Fernando Gabriel, 74 anos, toca a videira,
desvia as folhas e procura os cachos das uvas. Segue à risca as
instruções dadas pelo monitor da Quinta da Avessada, no planalto de
Favaios, concelho de Alijó.
"Temos
que procurar os cachos. Explicaram para se por a mão por baixo, para
cortar em cima e deitar no balde", afirmou à agência Lusa.
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Fernando
é cego desde os 18 anos, trabalhou como telefonista, está reformado e
fez questão de vir com o grupo da delegação do Porto da Associação dos
Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO) à procura de uma nova experiência.
Com
a ajuda da mulher, Teresa Gonçalves, avança para uma outra videira. Às
vezes encontra os cachos emaranhados e é "mais trabalhoso" encontrar o
pé da uva, onde coloca a tesoura, mesmo encostada ao dedo, e corta.
"Uma das recomendações que nos fizeram foi de chegarmos com os 10 dedos ao final", gracejou.
Esta
foi também a primeira vez que Maria do Céu Francisco, 57 anos,
vindimou. "Correu bem. Consegui apanhar um balde dos grandes de uvas,
não é aquele pequenino, dos outros grandes", frisou.
Ficou cega aos três anos e foi muito protegida pela mãe, que nunca a deixou trabalhar.
"Mexer
nas folhas, pegar o cacho na mão, ser eu a cortar, saber que esse cacho
vai dar vinho para outras pessoas beber, é uma coisa muito importante.
Eu achava o vinho muito caro, mas agora, vendo o trabalho que ele dá,
acho que o preço está muito justo", sublinhou.
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O casal Francisco,
48 anos, e Alexandra Figueiredo, 41 anos, aventurou-se nesta vindima com
a ajuda da filha que ia saltitando entre os dois para ajudar e dar
algumas instruções.
"Está a ser muito interessante. Estou a gostar muito", sublinhou Francisco.
Para
além da visão reduzida, Susana Monteiro, de 34 anos, tem uma
deficiência motora no braço direito que a obriga a sentir e cortar
apenas com a mão esquerda.
"Correu bem. Eu parto para as coisas
sempre com um pensamento positivo, tentando não bloquear e não complicar
as coisas só por complicar", frisou.
Susana faz parte da direção
da ACAPO e referiu que, quando sentiu perda de visão, deixou de sair de
casa sozinha. Hoje já o faz outra vez e disse que é feliz, como qualquer
outra pessoa.
"Recusamo-nos a ficar isolados, a ficar em casa.
Nós não somos os cegos e os coitadinhos. Somos pessoas que temos
mobilidade reduzida e há coisas que nós não fazemos, mas lutamos para
que sejamos autónomos e fazemos muitas atividades", afirmou Paula Costa,
de 48 anos e presidente da delegação do Porto da ACAPO.
Este grupo já experimentou conduzir jipe e, depois da vindima, segue-se o caiaque.
Paula
perdeu 95% da visão há 10 anos. "Quando vamos para as vinhas, para uma
aldeia, para o monte, vemos a paisagem. Quando perdemos a visão não
vemos a paisagem mas, se calhar, sentimos o resto que as pessoas com
visão não sentem, que é o barulho dos pássaros, os ruídos, os cheiros",
explicou.
Nesta experiência na vinha, destacou o barulho das tesouras, o toque das folhas, o sabor das uvas.
A
Quinta da Avessada recebe milhares de turistas durante o ano. No
período de vindima o número de visitantes praticamente duplica nesta
unidade que possui uma enoteca, onde se conta a história do Douro e se
desvendam os segredos da produção de vinho e do moscatel de Favaios.
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"É
a primeira vez que estamos a ter cegos a cortar uvas. Cortaram 20
bombos de uvas em 45 minutos, ninguém cortou os dedos e ficaram todos
muito satisfeitos", salientou o proprietário, Luís Barros.
A
equipa da quinta preparou-se para um cuidado extra com este grupo mas,
segundo o responsável, "não foi preciso". "Eles conseguem-se orientar
muito bem e cortaram muito melhor do que algum pessoal do campo",
brincou.
A vindima foi acompanhada pelos sons do acordeão e do bombo e ainda houve tempo para um baile improvisado.
* Uma maravilhosa jornada na Quinta da Avessada.
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Custos a ritmo descontrolado
Rodeado de comissões por todos os lados
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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Cartões de débito:
Cerco montado à carteira
As anuidades dos cartões de débito subiram a ponto
de, muitas vezes, se revelarem mais caras do que as cobradas pelos de
crédito.
O Multibanco é a última fronteira, um
oásis para a realização de operações bancárias sem custos, protegido que
está por uma lei que impede as instituições de cobrarem pela
utilização. Transferências, pagamentos, levantamentos, entre outros,
estão livres de encargos se realizados com o cartão de débito, numa das
caixas que nos habituámos a ver em cada esquina do País.
Mas, se o
Multibanco facilita a vida dos portugueses, o raciocínio também se
aplica aos bancos, que têm acumulado lucros consideráveis pelo menor
recurso aos balcões. Apesar disso, sempre tentaram pressionar para que
também as operações no Multibanco fossem cobradas, ensejos que têm
ciclicamente esbarrado na parede da lei.
Nada disto deteve as
instituições. Se não podem aplicar custos às operações, descobriram mais
uma forma de contornar a legislação e passaram a onerar o próprio
cartão. Talvez ainda não tenha dado conta, mas o seu "cartão Multibanco"
está muito mais caro. Analisámos a evolução dos custos desde 2009 e
concluímos que pesam cada vez mais na carteira dos portugueses. Em
média, o aumento é de 10% ao ano, o que implica que as anuidades tenham
praticamente duplicado nos últimos seis anos. O incremento é de tal
ordem que, por vezes, esta anuidade chega a ser mais elevada do que a
aplicada aos cartões de crédito, um produto que não é indispensável.
E
assim vamos nós, perante a passividade inaceitável do Banco de
Portugal, que assiste sem pestanejar a mais uma situação lesiva dos
interesses dos consumidores.
Custos a ritmo descontrolado
Em
finais de 1985, foram introduzidas as primeiras máquinas Multibanco no
País e emitidos os primeiros cartões de débito. De início, eram
gratuitos para incentivar a utilização. Mas rapidamente os bancos
começaram a cobrar uma comissão, alegando custos de produção. Este
encargo era aplicado na emissão e renovação, a última acontecendo a cada
dois ou três anos. Mais tarde, os bancos deixaram de relacionar os
custos imputados ao cliente com a emissão ou a renovação e passaram a
cobrar uma anuidade, que foi crescendo exponencialmente ao longo dos
anos, com especial incidência a partir de 2011.
Com o nosso estudo, concluímos que, para movimentar a conta bancária por
esta via, há que pagar, em média, quase 1 euro por mês, mais
concretamente, 11,62 euros por ano. Das 18 instituições que analisámos,
apenas o ActivoBank continua a disponibilizar o cartão de forma
gratuita. Os restantes cobram anuidades que chegam aos 15,60 euros no
caso do Banco BPI,
da Caixa Geral de Depósitos e do Millennium bcp. Apenas cinco
instituições não vão além da barreira dos 10 euros: BiG, Caja Duero,
Crédito Agrícola, Montepio e Abanca.
Como podemos ver no gráfico
ao lado, em 2009, um cartão de débito custava, em média, 6,83 euros
anuais. Dois anos mais tarde, o valor chegava aos 7,50 euros. Desde
então, o custo disparou verdadeiramente. Só entre 2014 e 2015, subiu em
média 9,8%, ou seja, 1,04 euros. Se pensarmos nos últimos quatro anos, o
acréscimo foi de quase 55 por cento. A manter-se esta evolução, dentro
de uns 15 anos, pagaremos bem mais do que 50 euros a título de anuidade.
No intervalo de 2009 a 2015, cinco instituições de crédito mais do que duplicaram o valor aplicado: o Banco BIC, o Banco BPI, o Banif, o Millennium bcp e o Santander
Totta. Nos dois primeiros, a variação chegou aos 150%, passando de 5,20
para 13 euros e de 6,24 para 15,60 euros, respetivamente. Aliás, estes
cinco bancos cobram uma média muito superior (15,27 contra 11,62 euros) e
têm feito subir os custos de forma mais acentuada do que a
concorrência.
Outras três instituições evidenciaram aumentos
superiores a 90% no mesmo período: o Best Bank, o Novo Banco e a Caixa
Geral de Depósitos. Apenas o BiG e a Caja Duero mantiveram os valores
cobrados e o Montepio registou um incremento a rondar os 10 por cento.
Débito mais caro do que crédito
Um
cartão de débito é hoje uma ferramenta quase obrigatória para
movimentar a conta bancária. O mesmo não se pode dizer de um cartão de
crédito. Apesar de útil, pois disponibiliza um financiamento para
qualquer eventualidade, não é indispensável. Além disso, os elevados
custos, sobretudo ao nível dos juros, impõem cautelas na utilização.
Se
compararmos apenas as anuidades de ambos os tipos de cartões,
verificamos que já não existem grandes diferenças e que, em muitos
bancos, o de crédito sai até mais barato. É o caso do Abanca, do BiG, do
Novo Banco e do Barclays, que possuem um cartão de crédito sem custos,
mas cobram pelos de débito. No Millennium bcp e na Caixa Geral de
Depósitos, o cartão de débito também é mais caro do que o de crédito
"classic".
Assim, se o seu cartão de crédito tiver também função
de débito e permitir aceder à rede Multibanco, como acontece com alguns
do Novo Banco, do Millennium bcp e da Caixa Geral de Depósitos, pode
abdicar do cartão de débito e poupar até 14,56 euros por ano. Isto se
pagar sempre as despesas a 100 por cento.
Rodeado de comissões por todos os lados
Após
terem empurrado os clientes para fora das agências, os bancos não
aumentaram apenas os custos dos cartões de débito. Como verificámos
através do nosso último estudo a contas à ordem, publicado na edição de
maio, são cada vez mais as instituições que cobram por outros meios de
movimentação, como o homebanking. Ainda que as operações tenham custos
bastante mais reduzidos via internet do que ao balcão, no início, eram
gratuitas. Há inclusive bancos, como o Barclays, a Caja Duero e o
Crédito Agrícola, que não concedem descontos aos clientes por optarem pela Net.
E
as contas à ordem são penalizadas por outras vias: é o caso das
comissões de manutenção - contra as quais nos posicionamos e que
constituem um fardo sobretudo para os clientes com rendimentos mais
reduzidos - e dos chamados custos de processamento das prestações dos
créditos.
Resumindo, conscientes de que os cidadãos dificilmente
vivem sem conta à ordem, e confrontados com a impossibilidade de cobrar
no Multibanco, os bancos montaram o cerco para aplicar comissões a tudo o
que mexe, sem que o Banco de Portugal se digne mover o mindinho para
impor limites a estas estratégias.
- Desde 2009 que as anuidades dos cartões de débito têm vindo a aumentar, em média, mais de 10% ao ano, valor muito superior ao da inflação neste período. No mesmo banco, chegam a existir cartões de débito mais caros do que versões que concedem crédito. Trata-se de uma subida injustificada, pois os bancos já obtêm lucros avultados com a menor utilização dos balcões. É caso para dizer que a atividade principal das instituições está a deixar de ser a realização de operações financeiras para passar a ser a aplicação de comissões.
- Tal como em tantas outras áreas, o Banco de Portugal optou por uma atitude passiva, não protegendo os interesses dos consumidores. Será necessário que as anuidades dos cartões de débito atinjam valores exorbitantes para o regulador intervir, como aconteceu, por exemplo, no crédito? Face à inércia do Banco de Portugal, daremos conta dos resultados do nosso estudo à Assembleia da República e ao Ministério das Finanças. E, em breve, publicaremos os resultados.
* Uma importantíssima informação da "Associação para a Defesa do Consumidor"
** PORREIRO PÁ, continuem a votar nos partidos do "COVIL DA GOVERNAÇÃO"
Limites para a subida da anuidade
- Movimentar uma conta está cada vez mais caro.
Após incentivarem os consumidores a evitar os balcões para realizarem as
suas operações, os bancos passaram a cobrar a quem utiliza esses mesmos
meios de movimentação à distância, como o homebanking e os cartões de
débito. - Desde 2009 que as anuidades dos cartões de débito têm vindo a aumentar, em média, mais de 10% ao ano, valor muito superior ao da inflação neste período. No mesmo banco, chegam a existir cartões de débito mais caros do que versões que concedem crédito. Trata-se de uma subida injustificada, pois os bancos já obtêm lucros avultados com a menor utilização dos balcões. É caso para dizer que a atividade principal das instituições está a deixar de ser a realização de operações financeiras para passar a ser a aplicação de comissões.
- Tal como em tantas outras áreas, o Banco de Portugal optou por uma atitude passiva, não protegendo os interesses dos consumidores. Será necessário que as anuidades dos cartões de débito atinjam valores exorbitantes para o regulador intervir, como aconteceu, por exemplo, no crédito? Face à inércia do Banco de Portugal, daremos conta dos resultados do nosso estudo à Assembleia da República e ao Ministério das Finanças. E, em breve, publicaremos os resultados.
* Uma importantíssima informação da "Associação para a Defesa do Consumidor"
** PORREIRO PÁ, continuem a votar nos partidos do "COVIL DA GOVERNAÇÃO"
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HOJE NO
"DESTAK"
"DESTAK"
Termas da Felgueira, em Nelas, recebem
. cada vez mais crianças para tratamentos
. cada vez mais crianças para tratamentos
O responsável das Termas da Felgueira, Adriano Ramos, disse hoje que há cada vez mais crianças a fazerem tratamentos para as vias respiratórias em termas, registando-se uma maior prevalência entre os 4 e 12 anos.
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"Tem havido um grande aumento de crianças a fazer tratamentos em termas, talvez pela maior incidência de um certo tipo de patologias como as alergias e as asmas brônquicas. Sentimos que há cada vez mais crianças a procurar estas terapias porque não têm contraindicações", explicou.
Em declarações à agência Lusa, o responsável pela estância termal do concelho de Nelas, no distrito de Viseu, sublinhou que os efeitos dos tratamentos com água mineral são seguros: não provocam sono e não agridem outro órgão.
* Diz um pensinista deste blogue que as CALDAS DA FELGUEIRA são notáveis desde o início dos séculos, afirma que se está vivo é porque andou por lá três anos consecutivos nos idos de 50.
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HOJE NO
"i"
Resistência aos antibióticos pode custar 10 milhões de vidas e 100 biliões de dólares*
O custo da inação nesta matéria pode representar uma queda de entre 2 e 3,5% do PIB mundial.
A resistência aos antibióticos pode custar 10 milhões
de vidas e 100 biliões de dólares até 2050 se não forem tomadas medidas
urgentes para responder a uma das maiores ameaças ao combate às doenças
infeciosas, segundo a OMS.
Os dados foram compilados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) que
se mostra cada vez mais preocupada com o crescente problema dos
'supermicróbios' e do seu impacto nos sistemas de saúde.
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"O custo da inação nesta matéria pode representar uma queda de entre 2
e 3,5% do PIB mundial", disse Swarup Sarkar, diretor do Departamento de
Doenças Contagiosas do escritório regional do Sudeste Asiático da
Organização Mundial de Saúde (OMS), num encontro com jornalistas em
Díli.
"Estamos perante a maior ameaça nos esforços de combate às doenças
contagiosas", explicou, referindo que até 2050 a resistência aos
antibióticos pode matar mais pessoas que o cancro: 4,15 milhões em
África, 4,73 milhões na Ásia e cerca de 400 mil nos Estados Unidos e
Europa.
E os dados são "muito preocupantes" com, por exemplo, uma criança a
morrer em cada cinco minutos na India, Paquistão, Afeganistão, Nepal e
Bangladesh devido a septicemia.
O tema da Resistência Anti microbial (AMR, na sua sigla em inglês)
faz parte da agenda de debate da 68ª sessão do Comité Regional do
Sudeste Asiático da OMS, que decorre entre hoje e sexta-feira em Díli
com delegações de 11 países.
Depois de nos anos 50 do século XX se ter chegado a antecipar o fim
das doenças contagiosas, o uso indiscriminado e inadequado de
antibióticos e a capacidade de sobrevivência dos micróbios alterou a
situação.
Hoje, explicou Swarup Sarkar, a proliferação dos 'supermicróbios'
está a aumentar com alguns a resistirem a praticamente todos os
antibióticos disponíveis.
Só na União Europeia, destaca, a estimativa é que o custo anual seja
de 1,5 mil milhões de dólares por ano, com mais de 25 mil mortes.
"Quando há resistência o impacto na saúde pública é imenso.
Tratamentos mais longos, mais hospitalizações, maior mortalidade. Tratar
um paciente com tuberculose resistente, por exemplo, custa o mesmo que
tratar 100 pacientes com tuberculose não resistente", explica.
No caso da febre tifoide, por exemplo, a mortalidade antes dos
antibióticos era de 12 a 13% e agora, porque antibióticos como a
penicilina já não são suficientes, em alguns regiões a mortalidade já
ultrapassa os 10%.
Na Tailândia 69% de algumas das formas da pneumonia já resistem à
penicilina e em vários pontos do planeta mais de metade dos pacientes
infetados com variantes mais resistentes de dois dos supermicróbios
hospitalares (Staphylococcus aureus e Acinetobater baumannii) morrem.
"Pessoas que são admitidas para cirurgias ou outras intervenções
médicas, que não têm doenças infeciosas e que acabam por morrer, vitimas
de bactérias endémicas e resistentes nos hospitais", explicou Sarkar.
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O problema é "complexo", devendo-se a questões biológicas e técnicas,
mas particularmente a questões comportamentais, como o excessivo
consumo de antibióticos, o seu uso inadequado (automedicação e dosagem
desadequada) ou até o seu uso no setor veterinário, na carne para
consumo humano.
Produzir novos antibióticos, recordou, é um processo complexo, com
custos elevados e resultados demorados: "a última classe de antibióticos
descoberta data de 1987".
"Daí que é necessário alterar o comportamento. Temos que promover um
uso racional de antibióticos que são um recurso precioso que todos temos
que preservar", afirmou Sarkar.
"Mas também temos que reduzir a pressão das doenças melhorando as
condições que as causam. Estamos fascinados sobre novos avanços e menos
sobre as coisas mais simples, como saneamento, melhoria básica das
condições de vida", afirmou.
* 100 biliões de dólares são 100 mil milhões de dolares em expressão europeia. Ficamos estarrecidos como milhões de pessoas brincam com a toma de antibióticos criando no organismo resistências inultrapassáveis e incluem os filhos na brincadeira.
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