Quando levar
o seu filho ao psicólogo
Tomar a decisão de levar um filho ao psicólogo pode
ser difícil, por várias razões: uma delas é que, como sabemos, todas as
crianças passam por “fases” mais ou menos passageiras em que apresentam
comportamentos preocupantes, mas que fazem parte do seu desenvolvimento.
Outras vezes podem estar a reagir emocionalmente a algum evento
stressante tal como a morte de um familiar, a separação dos pais, a
mudança de escola ou outros. Muitos comportamentos são normais ou até
esperados em determinadas situações, outros não. Por vezes os pais não
notam nada de preocupante, mas o médico ou o professor alertam para algo
que parece não estar bem.
Como saber se o seu filho precisa de ajuda? Primeiro é importante
reflectir se o comportamento em questão está a prejudicar a sua vida
pessoal, familiar, escolar, social ou a sua saúde.
Alguns sinais de alerta a ter em atenção nas crianças são: redução
significativa no rendimento ou interesse escolar, desinteresse repentino
por actividades que antes gostava, isolamento de amigos e/ou
familiares, problemas de comportamento (hiperactividade, irritabilidade,
agressividade, oposição, passividade), tristeza e desânimo persistente,
alterações no sono ou na alimentação, regressão para comportamentos
mais infantis que já haviam sido ultrapassados, problemas de
concentração, atraso no desenvolvimento, baixa auto-estima, alterações
de humor repentinas e frequentes, preocupações, medos e ansiedades
excessivas, queixas físicas frequentes sem causa médica ou pensamento
suicida.
O psicólogo, por ser alguém neutro, especializado, com técnicas
adequadas e não envolvido emocionalmente no problema, consegue ter uma
visão diferente, clara e imparcial. Muitas vezes quando os problemas são
detectados e tratados precocemente evitam quadros mais graves na
adolescência ou idade adulta, pois nessa altura já se tornaram mais
enraizados e estruturados, logo, mais difíceis de resolver.
Psicóloga clínica
IN "DIÁRIO DE NOTÍCIAS DA MADEIRA"
26/05/15
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