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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
22/12/2014
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HOJE NO
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Sapadores Bombeiros de Lisboa deixam de estar no aeroporto a partir de hoje
O RSB marcou uma greve, entre as 20:00 de terça-feira e as 08:00 de sexta-feira, que abrangia também o destacamento do aeroporto
O
Regimento de Sapadores Bombeiros (RSB) de Lisboa deixa de estar no
aeroporto a partir das 20:00 de hoje, e não a 30 de dezembro, como
estava previsto, anunciou a Associação Nacional dos Bombeiros
Profissionais (ANBP).
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“O Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa deixa de fazer serviço
hoje, dia 22, a partir das 20:00, no destacamento do aeroporto de
Lisboa. Esta situação estava prevista para o dia 30 de dezembro, mas foi
antecipada”, refere um comunicado da ANBP.
A Lusa tentou perceber o motivo desta antecipação e contactou o RSB,
que remeteu esclarecimentos para a Câmara de Lisboa. Contudo, até ao
momento não foi possível obter explicações do gabinete do vereador da
Protecção Civil, Carlos Castro.
O RSB marcou uma greve, entre as 20:00 de terça-feira e as 08:00 de
sexta-feira, que abrangia também o destacamento do aeroporto.
Na nota hoje divulgada, a ANBP recorda que “o sindicato não chegou a
acordo para os serviços mínimos no aeroporto e que os mesmos foram
definidos pelo Tribunal Arbitral, que reconheceu o direito à greve no
aeroporto e definiu serviços mínimos para os mesmos”.
“Com esta antecipação da saída do destacamento do RSB do aeroporto de
Lisboa, deixa de ser necessário fazer greve no aeroporto”, acrescenta.
Citando “fontes ligadas ao aeroporto”, a ANBP diz que a antecipação
da saída do RSB “trouxe vários problemas, um deles a falta de
equipamentos de proteção individual para os novos bombeiros que vão
prestar serviço contratados pela ANA e que vão ficar com os equipamentos
que os sapadores de Lisboa estão a utilizar”.
“Outra situação prende-se com o facto de ainda durante o dia de hoje
existirem bombeiros da nova equipa a fazer a formação mínima exigida
para exercer essa função”, refere.
O contrato de prestação de serviço do RSB no aeroporto termina no
final do ano e a autarquia decidiu não concorrer a um concurso público
aberto pela ANA - Aeroportos de Portugal.
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, afirmou em
Novembro que a autarquia não entrou no concurso público lançado pela
ANA porque “não é uma empresa”.
O destacamento do RSB, que presta serviço no aeroporto da capital há
“mais de duas décadas”, segundo a ANBP, ao abrigo de um contrato entre a
ANA e o município, vai ser substituído a partir de Janeiro de 2015 por
uma empresa privada que venceu um concurso público, válido para os
próximos oito anos.
* Assim este governo privatiza uma empresa estratégica portuguesa, a ANA. Oito dias depois as taxas de aeroporto quase duplicaram e agora o RSB é substituído por uma empresa que tem ligações aos actuais proprietários da ANA. Temos um governo colonizado e inútil.
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HOJE NO
"A BOLA"
"A BOLA"
Leões anunciam «blackout»
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O Sporting
emitiu, na noite desta segunda-feira, um comunicado a anunciar que não
vai prestar declarações à Imprensa, com exceção das plataformas de
comunicação próprias do clube e as intervenções impostas pelos
regulamentos, nomeadamente as «flash interviews» após os jogos do
campeonato.
«Em virtude dos injustificados e repetidos ataques por parte de diversos órgãos de comunicação social ao Sporting Clube de Portugal e da constante manipulação da informação sobre o Clube, vem a administração comunicar que, com efeitos a partir da presente data, nenhum órgão social, dirigente, funcionário, colaborador, treinador, atleta ou outras pessoas que representem o Sporting, prestará qualquer tipo de declarações aos órgãos de comunicação social, com excepção das plataformas de comunicação próprias do Clube (Sporting TV, Jornal Sporting, site e redes sociais) e, ainda, com excepção das intervenções que sejam obrigatórias nos termos regulamentares e contratuais, como por exemplo nas `flash interviews`.»
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Eis o comunicado:«Em virtude dos injustificados e repetidos ataques por parte de diversos órgãos de comunicação social ao Sporting Clube de Portugal e da constante manipulação da informação sobre o Clube, vem a administração comunicar que, com efeitos a partir da presente data, nenhum órgão social, dirigente, funcionário, colaborador, treinador, atleta ou outras pessoas que representem o Sporting, prestará qualquer tipo de declarações aos órgãos de comunicação social, com excepção das plataformas de comunicação próprias do Clube (Sporting TV, Jornal Sporting, site e redes sociais) e, ainda, com excepção das intervenções que sejam obrigatórias nos termos regulamentares e contratuais, como por exemplo nas `flash interviews`.»
* A arrogância é sempre um tiro na pata, em breve o felino miará.
Como sportinguistas só podemos dizer que esta direcção é decepcionante.
Como sportinguistas só podemos dizer que esta direcção é decepcionante.
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS
DA MADEIRA"
União dos Sindicatos da Madeira manifesta apoio à greve contra "escravidão" na hotelaria
A
União dos Sindicatos da Madeira (USAM) manifestou esta manhã, no
Funchal, o apoio à greve dos trabalhadores do sector da hotelaria,
marcada para os dias 30 e 31 de Dezembro e 1 de Janeiro. Segundo o
coordenador desta estrutura sindical, Álvaro Silva, a greve é o "último
recurso dos trabalhadores" e fazem-no porque se forem por avante as
medidas de "escravização" pretendidas pelas entidades patronais "deixará
de haver os serviços de qualidade".
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O
sindicalista referiu que, no âmbito das negociações do Contrato
Colectivo de Trabalho, a Associação Comercial e Industrial do Funchal
(ACIF) está a exigir: a possibilidade de transferir trabalhadores para
qualquer parte da Região, sendo as despesas de deslocação assumidas
pelos próprios; a alteração dos horários de trabalho e dos dias de
descanso; o trabalho em dia feriado pago como dia normal; a criação de
bancos de horas; a alteração do período de férias, que passarão a
ser marcadas de Janeiro a Dezembro (o Código do Trabalho diz que é de
Maio a Outubro); a redução do pagamento do trabalho suplementar e a
retenção de 10% da quotização sindical revertendo o montante para as
empresas. Da parte dos trabalhadores, representados pelo Sindicato da Hotelaria não são pedidos aumentos salariais mas apenas a manutenção das actuais cláusulas contratuais.
Face às exigências patronais, Álvaro Silva defendeu a intervenção do
Governo Regional nas negociações do Contrato Colectivo de Trabalho. "É
uma vergonha o que se está a passar e é uma vergonha ainda mais grave
que a Secretaria Regional da Educação e Recursos Humanos, que tutela
esta área, não tome qualquer medida contra as pretensões das entidades
patronais, que consistem na escravização do sector da hotelaria",
acrescenta o coordenador da USAM. "Não é assim que se tem um turismo de
qualidade. Com estas medidas vamos matar a galinha dos ovos de ouro",
declarou Álvaro Silva, exigindo a intervenção do executivo para "pôr
fim a esta pouca vergonha".
A ACIF já fez saber que pretende apenas
mudar alguns "aspectos obsoletos" do Contrato Colectivo de Trabalho,
mas o sindicalista respondeu que ao que os patrões pretendem os
trabalhadores chamam "escravidão".
Por fim, o coordenador da USAM criticou a RTP-Madeira por ter
realizado esta semana um programa onde o tema da greve foi abordado por
vários representantes das empresas do sector mas para o qual não foram
convidados os representantes dos trabalhadores, designadamente o
Sindicato da Hotelaria.
* Dizem as más línguas que a RTP-Madeira é o canal privativo de AJJ.
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LUCY PEPPER
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IN "OBSERVADOR"
14/12/14
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O que quero para o Natal
Além das coisas que posso comprar para mim ou aquelas coisas para
quais trabalho todos os dias (porque isso é a parte divertida), as
coisas que quero são sonhos impossíveis.
Todos os anos, nesta altura, a minha mãe pergunta-me o que quero para o
Natal. Além do creme anti-rugas que ela ia me comprar antes de ler o
que escrevi aqui na semana passada sobre cremes para o rosto, não me
consigo lembrar de nada. As únicas coisas que quero são absurdas…
Quero paz no mundo, como é óbvio. Paz no mundo deve estar no topo da
lista de toda a gente que deseja pelo menos parecer simpática, ou ganhar
um concurso de beleza. O problema é que a única maneira de conseguir
paz no mundo seria a aniquilação brutal de todos os adultos com cérebro
de adolescente que adoram brigas e guerras. Mas a aniquilação brutal
desses adultos implicaria alguma violência brutal, negando assim o
sentido da paz. É um paradoxo impossível. De qualquer maneira, não vai
acontecer.
Quero que desapareça o tecto de vidro que deixa as mulheres verem os
lugares cimeiros mas que as exclui de lá chegarem. Quero que o tecto de
vidro rebente em cima dos homens que o mantém, aqueles tipos que gostam
do status quo, que dão pouco valor às mulheres, excepto nos casos em que
é do interesse deles, claro. Eles ficariam tão ocupados a tirar os
cacos de vidro espetados nos fatos, agora mais brilhantes, que não
teriam tempo de ignorar as mulheres, que agora poderiam subir até onde
merecem estar, com as suas ideias, ética e batom (ou sem batom, a
escolha é delas). Mas isso não vai acontecer.
Quero que todas as artes sejam mais importantes do que os
bisbilhotices e sobre-análises da política. Mas sabemos que isso não vai
acontecer.
Quero as ruas de Lisboa livres de bosta de cão, de tuk-tuks, de
buracos gigantes, de graffiti. A merda de cão esmagada nas pedras da
calçada obriga-nos a olhar para o chão em vez de olhar para cima, e ver a
cidade. Os tuk-tuks dão a Lisboa, esta antiga e graciosa cidade
europeia, o aspecto e ruído de Bombaim. Os buracos na estrada não são
buracos, mas fissuras glaciais que aparecem e ficam nas ruas mais
importantes da cidade e ameaçam partir os eixos dos carros e o nosso
espírito. Os graffiti destroem qualquer vista, incluindo os graffiti
supostamente aceitáveis que os autores receberam autorização para pintar
em grandes edifícios, cartoons feios e na moda, incontornavelmente
gigantescos e invasivos, e que dão um aspecto afavelado à cidade, uma
cidade que está longe, mas muito longe de ser uma favela. E não vai
acontecer.
IN "OBSERVADOR"
14/12/14
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Demorou cinco anos a
entrar no mercado norte-americano, mas hoje já tem vendedores nos 53
estados dos EUA. O mercado norte-americano já representa 10 milhões de
vendas anuais da Fly London. Acaba de inaugurar uma loja própria em Nova
Iorque e, em breve, vai abrir mais duas. Portugal já vende os 2º
produtos mais caros do mundo na indústria do calçado.
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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Sapatos sexy e tecidos
que resistem ao fogo
A indústria do têxtil e calçado apostou no design e
tecnologia para vencer a concorrência da China e da Índia. Hoje as
empresas portuguesas estão a desenvolver tecidos inteligentes que
resistem ao fogo e lavam-se sozinhos e sapatos que são considerados os
mais sexy da UE.
A empresa que abastece a Dior e a Zara Home
A empresa tece roupa de bebé para as colecções
da Dior, Ralph Lauren e Kenzo que vestem muitos filhos de famosos em
todo o mundo. Fundada em 1980 a A.ferreira&filhos (AFF) também
produz as célebres mantas suaves vendida na Zara Home e muitos dos
produtos de têxtil - Lar no exigente catálogo "The White Company".
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Com
4 milhões de "turnover" exportam 97% da sua produção. Reino Unido,
Austrália, japão são os principais mercados. Apenas 6% das vendas seguem
para os EUA, país para onde gostavam de vender mais. "O grande
obstáculo em exportar para o mercado norte-americano "são as tarifas e a
burocracia", diz Noel Ferreira, um dos três irmãos que dirige a fábrica
. "É muito diferente quando há que pagar 15% de tarifas para entrar no
mercado dos EUA", acrescenta. .
Eliminar as tarifas para os produtos
portuguesas, resultaria em "mais vendas o que significaria mais
empregos". As empresas sentem que o mercado norte-americano já reconhece
a qualidade dos produtos "made in Portugal". Por isso "o mercado dos
EUA" agora é a nossa prioridade".
O design dos padrões da roupa de cama é feita por Cláudia
Garrido. Uma designer de moda formada na ESADE que tem também uma
colecção para homem que já desfilou
na London Fashion Week
A indústria mais sexy da UE quer voar para os EUA
A
Fly London é uma das marcas portuguesas que contribuiu para afirmar o
calçado português como "a indústria mais sexy da Europa". Fortunato
Frederico que começou a trabalhar com 12 anos numa fábrica de sapatos em
Guimarães lidera hoje uma marca que gera 55 milhões de euros por ano,
emprega 600 pessoas e exportas 85% da sua produção.
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Este é o resultado
de uma estratégia de aposta na qualidade e não no baixo preço, que se
revelou a opção certa. Porque é impossível competir com a China no
factor preço. Um sapato chinês custa, em média, três euros à saída da
fábrica, e o português 25 euros.
Com cerca de 1100 empresas que exportam 98% da sua produção em
153 países dos cinco continentes, o calçado português quer agora ganhar a
corrida no mercado norte-americano.
Se o acordo de comérico livre foir assinado as exportações de sapatos pode crescer 540% nos anos seguintes.
Fatos que protejam a vida dos bombeiros
Desenvolver
tecidos inteligentes que protejam do fogo e enviem informação sobre os
sinais vitais dos bombeiros que combatem incêndios é o principal
objectivo da parceria entre a Microsoft, o Centro Tecnológico das
Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal (Citeve) e o Centro de
Nanotecnologia e Materiais Inteligentes (CeNTI).
O Centi deverá
desenvolver as fibras necessárias para resistir ao fogo e ter sensores
biométricos que detectem as informações sobre o estado do bombeiro. A
Microsoft vai trabalhar no software que processa essa informação,
analisando os dados na nuvem e transmitindo-as para os serviços médicos,
quando os sinais vitais estiverem em risco, explicou Pedro Duarte,
responsável pelas relações institucionais da Microsoft Portugal durante a
cerimónia."Níveis de dióxido de carbono, temperatura do corpo" são
alguns dos indicadores que poderão ser medidos por este tecido
inteligente explica Ana Ribeiro, responsável pelo desenvolvimento de
Negócios do CeNTI.
Tecidos com fibras que se limpam sozinhos quando são expostos ao sol,
tecidos de bancos de automóveis que aquecem e fatos que registem a
temperaturas de 63 graus negativos são algumas das tecnologias que estão
a ser desenvolvidas pelo Cinte e Citeve.
* Inteligência portuguesa!
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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
Empresa de cogumelos tem
falta de mão-de-obra
O principal grupo ibérico de cogumelos, Sousacamp, queixa-se da dificuldade em encontrar mão-de-obra para a empresa-mãe, sediada na aldeia de Benlhevai, Vila Flor, no distrito de Bragança.
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O grupo que controla 90% do mercado português de cogumelos e é líder na Península Ibérica, tem unidades em Paredes, Vila Real e Espanha, mas nasceu e mantém a sede e a principal fábrica nesta aldeia transmontana.
É nesta unidade, com cerca de 170 postos de trabalho, que tem a maior dificuldade em recrutar trabalhadores e onde continua a precisar de mão-de-obra, segundo afirmou à Lusa Amável Teixeira, diretor do departamento de produção do grupo. "Muita gente fala de desemprego, mas nós continuamos a ter problemas quando queremos empregar pessoas", apontou.
O responsável reconhece que tanto neste concelho, com menos de 6.500 habitantes, como em todo o Nordeste Transmontano, os recursos humanos são cada vez menos, devido ao despovoamento e ao envelhecimento da população.
* Esta situação é um problema nacional grave, os sucessivos governos de Portugal menosprezaram sempre o interior português. Apesar de muitos governantes terem nascido nessa região, longe de pensarem no repovoamento, acenaram às gentes daquelas terras com o folclore do litoral que conduziu muitos a bairros de lata ou a subúrbios de gaiolas de betão e também para a precaridade no trabalho.
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A única vez que Portugal, Lisboa e a Portela são mencionados neste
relatório é na página 9, a par da Venezuela e Indonesia, como países
susceptíveis de efectuarem um segundo escrutínio do passageiro, para
além do tradicional tratamento do passaporte e respectivo visto à
chegada, quando existem indícios de possibilidade de emigração ilegal e,
sobretudo, quando a origem é dos países designados como “antigas
colónias”. Portanto, o título utilizado para esta notícia parece-me
“demasiado” sugestivo e induz os leitores, como eu, em erro, antes de
lerem a notícia pois fica-se com a ideia de que a CIA dá indicações para
que a entrada na UE seja feita preferencialmente em países “fracos”
numa perspectiva de segurança nacional, como Portugal.
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ONTEM NO
"OBSERVADOR"
"OBSERVADOR"
Divulgado manual da CIA que
ensinava aos espiões como se
infiltrarem no aeroporto de Lisboa
Wikileaks revelou guias da CIA que explicam aos espiões como podem evitar serem descobertos quando se infiltram em países da União Europeia. Aeroporto da Portela, em Lisboa, na lista com detalhes.
A Wikileaks divulgou este domingo mais documentos classificados como
secretos pela CIA, neste caso guias práticos para os agentes secretos
norte-americanos manterem o seu disfarce quanto se tentam infiltrar em
países da União Europeia e do espaço Schengen, passando as verificações
de segurança dos aeroportos.
“A CIA realizou uma série de sequestros de cidadãos oriundos de
países da União Europeia, incluindo da Itália e da Suécia, durante a
Administração de Bush. Estes manuais provam que, sob a Administração de
Obama, a CIA continua com intenções de se infiltrar nas fronteiras da
União Europeia e conduzir operações clandestinas em Estados-membros da
UE”, garantiu o líder da Wikileaks, Julian Assange.
Num dos manuais divulgados – intitulado “Sobreviver ao Segundo
Interrogatório” – a CIA explica aos agentes secretos como devem
ultrapassar os desafios causados pelas perguntas das autoridades que
controlam as fronteiras e como manterem o seu disfarce. O essencial,
escreveu a CIA a 21 de setembro de 2011, é ter ” um
disfarce consistente, muito bem ensaiado e plausível”, pode ler-se no
guia, que contém, ainda, vários detalhes sobre os métodos utilizados nos
diferentes aeroportos dos países-membros.
“Os viajantes devem-se assegurar, também, que, antes de viajarem,
tudo o que trazem com eles deve ser consistente com o disfarce -
os passaportes, a história da viagem, a bagagem, os aparelhos
eletrónicos, o lixo que têm nos bolsos, as reservas de hotel, o registo
nas redes sociais“, sob o risco de os funcionários do aeroporto os considerarem suspeitos, avisa a agência de inteligência norte-americana.
CIA ensina espiões como se infiltrar em Portugal
O aeroporto da Portela, em Lisboa, figura naturalmente na lista: os
agentes secretos que se pretendem infiltrar em Portugal devem saber que o
segundo interrogatório é um procedimento comum quando a origem dos
passageiros é Angola, Brasil, Guiné-Bissau, Moçambique e países do
ocidente africano. Por isso, e caso o falso perfil do agente
faça referência a estes países, os agentes da CIA são treinados para
responderem corretamente às perguntas das autoridades portuguesas.
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A CIA fez, também, uma lista de comportamentos suspeitos que podem
valer aos espiões – ou como a CIA os designa no documento, “viajantes
dos Estados Unidos não-identificados” – um segundo interrogatório. Os
agentes são instruídos a não permitirem que exista uma “pausa
significativa” entre o momento em que foi feita a questão e o momento da
resposta, a não usarem sons que atrasam a resposta, como ‘ah’ ou ‘hum’,
e a não apresentarem sinais evidentes de nervosismo – como engolir em
seco, morder o lábio, transpirar, respirar profundamente ou ajustar a
roupa frequentemente.
O segundo documento, um guia para os espiões norte-americanos que
procuram entrar em países do espaço Schengen, explica os vários sistemas
eletrónicos de identificação de passageiros utilizados pelos diferentes
aeroportos e os riscos que representam para os disfarces dos agentes
secretos.
O Sistema Europeu de Informação sobre Vistos (VIS) – uma base de
dados criada para permitir uma troca rápida dos dados relativos aos
vistos de curta duração entre os países Schengen e que contém
informações e dados biométricos dos passageiros (incluindo as impressões
digitais) – é uma das maiores preocupações da agência de inteligência
norte-americana, que teme que os seus agentes fiquem demasiado expostos –
é que o novo sistema tecnológico põe em risco as identidades falsas
criadas pelos espiões.
Estes manuais agora divulgados são apenas a ponta do icebergue: a
Wikileaks vai continuar a disponibilizar documentos secretos da agência
de inteligência norte-americana ao longo do próximo ano, pelo que se
esperam novas revelações sobre os métodos utilizados pela CIA.
* Comentários de dois leitores muito atentos do OBSERVADOR e que reproduzimos .
JOSÉ ESTEVES PEREIRA
“Infiltrar” é uma palavra totalmente inadequada. Quem ler os dois
manuais não encontra quaisquer instruções para “infiltração”. Os dois
documentos são monografias — talvez bem informadas — dos sistemas de
controlo de fronteira implementados na UE, tal como o eram em 2011.
PEDRO PESTANA
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Joe Cocker morreu depois
de uma luta contra o cancro
O músico britânico
ficou célebre pela sua versão dos Beatles de With A Little Help From My
Friends (que chegou ao n.º 1 do top britânico em 1968) e segundo a
edição online da ITV News, o cantor lutava contra um cancro no pulmão.
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No entanto, segundo a BBC, o seu agente, Barrie Marshall, confirmou a morte de Joe Cocker mas
não referiu qual a doença. No ano passado o músico chegou a dar vários
concertos por palcos europeus, inclusivamente no célebre Montreux Jazz Festival.
Nascido em
Sheffield, a 20 de maio de 1944, Joe Cocker deu voz ainda a outros
sucessos como You Are So Beautiful ou Up Where We Belong (com o qual foi
distinguido com um Grammy em 1983).
Há sete anos o cantor foi consagrado membro da Ordem do Império Britânico.
Desde
finais dos anos 1960 que Joe Cocker lançou mais de duas dezenas de
álbuns de estúdio, o último dos quais foi lançado há dois anos,
intitulado Fire It Up.
Em setembro deste ano, durante um concerto no Madison Square Garden, em Nova Iorque, o músico Billy Joel referiu-se ao estado de saúde frágil de Joe Cocker, tendo apelado a que o cantor fosse incluído no Rock and Roll Hall of Fame.
Morreu o ator António Montez
O ator António Montez, de 73 anos, que participou, entre outras, na
primeira telenovela portuguesa, "Vila Faia", em 1982, morreu esta segunda-feira em
Lisboa.
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António Montez encontrava-se doente, e morreu numa unidade hospitalar, em Lisboa, disse à Lusa o ator Heitor Lourenço.
Natural do Cartaxo, no distrito de Santarém, António Montez recordou numa conversa naquela vila ribatejana, que começou a carreira aos 23 anos, no Teatro Experimental do Porto, depois de ter deixado a licenciatura de Medicina.
Tornou-se conhecido do grande público, ainda na década de 1970, com a participação em encenações de teatro televisivo, nomeadamente de Artur Ramos, na RTP e, mais tarde, com a participação em telenovelas como Vila Faia, Chuva na Areia e Olhos nos Olhos, entre outras.
* Ficam os palcos mais pobres.
Natural do Cartaxo, no distrito de Santarém, António Montez recordou numa conversa naquela vila ribatejana, que começou a carreira aos 23 anos, no Teatro Experimental do Porto, depois de ter deixado a licenciatura de Medicina.
Tornou-se conhecido do grande público, ainda na década de 1970, com a participação em encenações de teatro televisivo, nomeadamente de Artur Ramos, na RTP e, mais tarde, com a participação em telenovelas como Vila Faia, Chuva na Areia e Olhos nos Olhos, entre outras.
* Ficam os palcos mais pobres.
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HOJE NO
"RECORD"
"RECORD"
Joseph Blatter quer restaurar
a credibilidade do futebol
O presidente da FIFA, Joseph Blatter, defendeu na mensagem de fim de
ano difundida esta segunda-feira pelo organismo que dirige a importância
de "restaurar a credibilidade do futebol", que, na sua opinião, é o
melhor desporto do mundo.
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"A opinião pública é importante",
adiantou o suíço, que se mostrou orgulhoso de ter convencido os membros
do seu executivo a divulgar publicamente todo o processo de investigação
às eleições para Mundiais de 2018 e 2022, cuja organização foi
atribuída a Rússia e Qatar, respetivamente.
Joseph Blatter
abordou ainda a questão das reformas em curso na FIFA, que levam sempre
algum tempo, e o sentido da palavra ética, "algo que algumas federações
não entendem o que significa".
O presidente da FIFA considerou
ainda o Mundial'2014, organizado no Brasil, como o número um, e que a
Alemanha foi uma justa vencedora, "porque desde o primeiro jogo até ao
último jogou ao ataque".
* Para Blatter ser capaz de dar credibilidade ao futebol só tem de se demitir.
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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
CDS recorre à cantora Ruth Marlene
para caraterizar o PS como um
partido "pisca pisca"
O PS considerou, esta sexta-feira, que o debate da dívida permitiu um "reencontro histórico" PSD/PCP contra os socialistas, num debate em que o CDS recorreu à cantora Ruth Marlene para caraterizar o PS como um partido "pisca pisca".
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Falando no encerramento do debate sobre
a sustentabilidade da dívida de Portugal, na Assembleia da República, o
ex-ministro socialista Vieira da Silva pronunciou-se em tom crítico
sobre um episódio registado momentos antes no hemiciclo, quando a
bancada do PSD aplaudiu a intervenção do deputado do PCP Paulo Sá, que
se referira ao "nim" do PS perante as soluções para o peso do
envidamento do país.
"Mais uma vez assistimos aqui, no
parlamento, a um reencontro histórico com o PSD a bater palmas ao PCP.
Tanto PSD, como o PCP, têm interesse em sustentar que só há duas
posições possíveis para a dívida, mas é mentira. Não há apenas a
denúncia unilateral que empurraria o país para fora da zona euro, nem
apenas a posição de subserviência da maioria PSD/CDS face aos poderes
fáticos da União Europeia e de recusa de resposta aos interesses
nacionais", declarou o vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS.
Na
reação a estas palavras, o líder parlamentar do PCP, João Oliveira,
afirmou que Vieira da Silva se "enganou no alvo", porque "o problema não
são os aplausos circunstanciais do PSD" a intervenções provenientes da
bancada comunista.
"O problema reside nos votos contra do PS face a
posições a favor da renegociação da dívida. Esses votos contra do PS
são contrários a uma efetiva política de esquerda em Portugal",
respondeu João Oliveira.
Além do PCP, o posicionamento do PS no
debate sobre a sustentabilidade da dívida foi ainda criticado pela
maioria PSD/CDS e pelo Bloco de Esquerda.
Pela parte do CDS, a
deputada Cecília Meireles recorreu a um êxito musical de Ruth Marlene e
acusou o PS de ser o partido "do pisca pisca", procurando agradar
simultaneamente aos "radicais de esquerda que defendem o não pagamento
da dívida e aos setores mais responsáveis do país".
"Mas os senhores julgam que enganam os portugueses?", perguntou Cecília Meireles dirigindo-se à bancada do PS.
No
mesmo sentido, o secretário-geral do PSD, Matos Rosa, disse que o
debate sobre a dívida permitiu recordar o "ano negro de 2011, quando um
Governo do PS chamou as instituições internacionais num momento em que o
país se encontrava à beira da bancarrota".
"O PS quer ou não que
Portugal pague o dinheiro que pediu emprestado? Não sabemos. O PS espera
agora um perdão internacional caído do céu? Também não sabemos",
concluiu José Matos Rosa.
Embora com argumentos diferentes da
maioria PSD/CDS, a deputada do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua
considerou que a posição do PS sobre a dívida representa em última
análise "um pedido de esmola" à União Europeia.
Mas Mariana Mortágua também questionou o conceito de desorçamentação da ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque.
"Diz
que a capitalização do Banfif não conta para o défice, mas já conta
para o défice os investimentos públicos fundamentais e os subsídios de
desemprego", apontou, sustentando depois a tese de que a dívida aumentou
em Portugal por via da "especulação financeira e dos desagravamentos de
impostos a favor do capital" e não por via do peso dos serviços
públicos.
A deputada do Partido Ecologista "Os Verdes" Heloísa
Apolónia defendeu a renegociação da dívida, frisando que este ano
Portugal pagará mais de sete mil milhões de euros em juros, verba que
sobe para 8,2 mil milhões em 2015.
* Apesar de nem simpatizantes do PS sermos não engeitamos uma ajudinha, há imensas canções do Quim Barreiros perfeitamente adaptáveis ao comportamento político do CDS, é só procurar.
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