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 O QUE NÓS


  "APRENDEMOS"!

3 - O QUE É COACHING
POR RICARDO MELO


ÚLTIMO EPISÓDIO



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 ERRO TÉCNICO

















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O PECADO MORA

AO SÁBADO















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HISTORY DRINK
4-ROBIN HOOD E
CONFÚNCIO


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Alessandra Orofino


É a nossa cidade

Vamos consertá-la



Com frequência as pessoas se sentem excluídas da política, até mesmo no nível de suas próprias cidades. 
Mas a ativista urbana Alessandra Orofino acredita que isso possa mudar, utilizando uma mistura de tecnologia e antiquadas conexões humanas. 
Compartilhando exemplos de sua cidade natal, o Rio de Janeiro, ela diz: "Cabe a nós decidir se queremos escolas ou estacionamentos, projetos de reciclagem ou canteiros de obras, carros ou ônibus, solidão ou solidariedade."

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INÊS CARDOSO

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O poder 
nas mãos da tecnologia

Dos rendimentos às compras efetuadas, das passagens em Via Verde aos levantamentos bancários, todos os passos que damos deixam, hoje, um rasto fácil de seguir. Já para não falar de localizações exatas fornecidas por determinadas aplicações, da informação que fornecemos através de gestos simples, como uma pesquisa na Internet, ou da exposição a que nos submetemos ao decidirmos estar presentes numa rede social.

Num mundo em que a facilidade de acesso a informação reservada e sigilosa aumenta, não surpreende a tentação de espreitar pela fechadura, como terão feito funcionários do Fisco com a vida de dirigentes políticos à distância de um clique. E é exatamente porque a tecnologia permite uma manipulação de dados nunca antes vista que aumenta a exigência de regras claras e de pronta fiscalização a situações abusivas.

Mais do que os riscos de violação da privacidade e o direito à proteção de dados pessoais, amplamente debatidos, o poder da tecnologia levanta questões que exigem uma séria reflexão - na qual os jornalistas devem ter um papel particularmente ativo. Emily Bell, diretora do Centro de Jornalismo Digital de Columbia, sintetizou de forma brilhante os problemas levantados pelo poder da tecnologia numa recente intervenção no Instituto Reuters.

Lembrando que os algoritmos das plataformas e redes sociais e a forma como são previamente selecionados os conteúdos que chegam a cada utilizador tornam gigantes como o Facebook ou a Google "novos editores" de informação, Emily Bell sustenta que os jornalistas devem escrutinar estes poderes com a mesma acutilância com que no passado vigiaram o espaço público. Tecnologia é, de facto, muito mais que o lançamento de um novo iPhone ou de uma nova aplicação. Tecnologia é poder. Estar preparado para o descodificar e vigiar é um desafio central nos novos tempos.

IN "JORNAL DE NOTÍCIAS"
12/12/14

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362.UNIÃO


EUROPEIA






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 7 Bilhões de
 Outros

 RAPARIGAS NA ESCOLA





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3-HISTÓRIA
ESSENCIAL
DE PORTUGAL
VOLUME III

O professor José Hermano Saraiva, foi toda a vida uma personalidade polémica. Ministro de Salazar, hostilizado a seguir ao 25 de Abril, viu as portas da televisão pública abrirem-se para "contar" à sua maneira a "HISTÓRIA DE PORTUGAL", a 3ª República acolhia o filho pródigo. Os críticos censuraram-no por falta de rigor, o povo, que maioritariamente não percebia patavina da história do seu país, encantou-se na sua narrativa, um sucesso. Recuperamos uma excelente produção da RTP.

 FONTE: SÉRGIO MOTA


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Andrea Bocelli


The Music of the Night


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ESTA SEMANA NO
"SOL"

Nuno Melo critica greves da TAP 
no Natal e recorda 'vítimas do 
terrorismo das FP-25'

O eurodeputado Nuno Melo criticou o “timing” das greves na TAP, por “não achar normal que num momento difícil em que Portugal atravessa, a precisar tanto de receitas, com 120 mil reservas de voos e com tantos portugueses que precisam de deslocar-se, o caso dos emigrantes e dos cidadãos dos Açores e da Madeira, se decidam tais greves” 
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“Nesta época natalícia doze sindicatos acharam que era normal fazer agora uma greve”, destacou Nuno Melo, criticando “a esquerda incluindo o Partido Socialista achar muito normal que há anos o sector público dos transportes acumule prejuízos e muitas vezes com pré-avisos de greves semanais e durante um ano, mas nós não achamos normal”.

Nuno Melo, que falava em Vila Verde no final de uma homenagem aos antigos autarcas do CDS/PP, salientou que “a decisão de privatizar ou não no todo ou em parte a TAP, é do Governo e não cabe a qualquer sindicato”.

Segundo o vice-presidente do CDS/PP, “a TAP não vive de ar e de vento, precisa de aviões e de investimento, mas não o consegue abrindo a torneira da Caixa Geral de Depósitos, já exaurida, senão daqui a pouco só faltava a Caixa ficar como o BPN, o BPP e o BES”.

“Ferro Rodrigues insurge-se contra uma privatização que começou num memorando de entendimento que o engenheiro Sócrates iniciou e está também em dois prospectos do último governo socialista”, referiu Nuno Melo, destacando que “no ano de 2002 quando Ferro Rodrigues era ministro o PS quis vender a TAP à Swissair”.

Nuno Melo criticou “uma forma de fazer a política com cinismo que todos devemos rejeitar” e referiu-se “ao facto de ficarem muito incomodadas com as recentes detenções as mesmas pessoas que se queixavam de não haver um combate efectivo à corrupção”.

“Violência doméstica e terrorismo das FP-25”
Nuno Melo criticou também o “contraste” da recente homenagem do Partido Socialista, “com uma conhecida actriz portuguesa a recordar o nome, uma a uma, de todas as vítimas da violência doméstica”, recordando “os 17 mortos pelo terrorismo das FP-25”.

“Exemplo dessa situação de cinismo e de ironia é que apesar da justeza da denúncia da violência doméstica, que ataca tantas famílias, fazer esse grande ‘número’ no congresso do Partido Socialista”, disse o eurodeputado.

“Recordei-me logo quando Paulo Portas há uns anos atrás leu, um a um, o nome de todas as vítimas dos terroristas das FP-25”, afirmou Nuno Melo.

“Foram 17 mortos, sessenta e muitos atentados e noventa e muitos assaltos a bancos”, acrescentou o dirigente centrista, salientando “terem sido 17 pessoas assassinadas por uma organização terrorista que eram as FP-25, mas cujos crimes foram amnistiados”.

“E isto num projecto de lei que tinha as assinaturas de Jorge Lacão e de José Magalhães, com um ministro dos Assuntos Parlamentares que se chamava António Costa, com um primeiro-ministro que era António Guterres e um Presidente da República chamado Mário Soares”, disse ainda Nuno Melo, no jantar que homenageou os antigos autarcas.

* Um verdadeiro demagogo, ou seja, um  terrorista da palavra. Suspeitamos que este governo já levou mais gente ao suicídio que o número de mortes provocadas pelas FP-25, apesar de sermos absolutamente contra qualquer tipo de violência.


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NÃO ESTOU A PERCEBER


A primeira vez que viu as gémaes
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ESTA SEMANA NO
"EXPRESSO"

Governo rejeita "Google tax" em Portugal 

Guerra dos direitos de autor mata Google News em Espanha. O motor de busca fechou o seu serviço de notícias espanhol por causa de uma lei que o obrigaria a pagar aos jornais, quer estes quisessem quer não. Em Portugal, esse caminho parece ainda longínquo.

Quem consultar o sítio Google News a partir da próxima terça-feira não encontrará notícias de títulos como "El País", "El Mundo" ou "ABC". O grande motor de busca americano decidiu retirar do seu agregador de notícias todos os meios de comunicação espanhóis e fechar o Google News em Espanha a partir de 16 de dezembro, na sequência da aprovação da nova Lei de Propriedade Intelectual.
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 A legislação, que vigorará a partir de 1 de janeiro, obriga os agregadores de notícias a pagar uma "compensação equitativa" - ainda por quantificar - por cada conteúdo listado nos seus sítios. O montante em causa é "irrenunciável", o que distingue a lei espanhola da de países como a Alemanha ou a França, onde os meios de comunicação podem prescindir da taxa. Muitos fazem-no, aliás, por sentirem que beneficiam do tráfego gerado pelos agregadores de notícias.
O diploma, aprovado em outubro com os votos do Partido Popular (direita, no poder com maioria absoluta), especifica que até "fragmentos não significativos de conteúdos" estão sujeitos à nova taxa, popularmente conhecida como Google Tax. O seu caráter "irrenunciável" gerou críticas da autoridade da concorrência espanhola, para quem se está a limitar a liberdade das empresas. 
O diretor do Google News, Paul Gringras, explicou o fecho dizendo que, dado que o sítio "não faz dinheiro" (é gratuito e não tem publicidade), "a nova abordagem não é, simplesmente, sustentável". Criado em 2002, o serviço tem 70 edições internacionais em 35 idiomas, citando 50 mil fontes. A partir de terça-feira, serão 69, após o primeiro encerramento da história do Google News. Num comunicado, Gringras reivindicou as "tremendas oportunidades" que a Internet criou para os meios de comunicação distribuírem os seus conteúdos. Segundo a Google, o serviço - que tem um algoritmo diferente do do motor de busca geral da Google - gera 10 mil milhões de cliques por mês.

Governo português exclui Google Tax
Poderia o mesmo acontecer em Portugal, onde empresários dos media como Francisco Pinto Balsemão (chairman do grupo Impresa, proprietário do Expresso) têm defendido que os motores de busca paguem conteúdos? O gabinete do ministro-adjunto Poiares Maduro, que tutela o setor, "não tem prevista qualquer iniciativa legislativa", mas formou um grupo de trabalho com várias partes interessadas, incluindo o Google. O objetivo é conseguir um acordo no primeiro trimestre de 2015. O debate nunca será, em todo o caso, "entre a gratuitidade total e a criação de um 'imposto sobre a Google'".
Já Balsemão considera que a lei espanhola vai "no bom caminho". Ressalvando que não leu o documento na totalidade, defende a ideia de "obrigar os motores de busca, e especialmente o Google, a pagarem pela utilização de conteúdos produzidos por outros". A seu ver, o fecho do Google News em Espanha é a reação "típica de uma multinacional superpoderosa, que entende poder-se colocar ao nível dos Estados nas suas decisões".
Mais do que legislar como fez Madrid, todavia, o Governo português diz pretender melhorar a informação sobre o mercado de publicidade na Net, discutir a utilização de parte de conteúdos noticiosos em agregadores e resultados de pesquisas e reforçar a formação dos jornalistas, nomeadamente apostando nos MOOC (cursos abertos online).
O gabinete de Maduro promete privilegiar ações baseadas no "cumprimento voluntário de padrões de atuação económica" e em "soluções consensuais entre agentes do setor", no que se distancia da lei aprovada no país vizinho. Frisa que as soluções adotadas num país, se não tiverem correspondência nos demais, serão de "duvidosa eficácia", pelo que a discussão deveria realizar-se a nível europeu.

Bruxelas quer proteger direitos de autor
Em Bruxelas o assunto não passa despercebido. O comissário europeu responsável pela Economia e Sociedade Digital , o alemão Günther Oettinger, quer rever as leis comunitárias sobre direitos de autor no próximo ano. Admite a instauração de pagamentos ao estilo Google Tax (que, em rigor, não são taxas, pois revertem a favor das empresas de media e não do Estado). "Se a Google pega em propriedade intelectual da UE e trabalha com isso, então a UE pode proteger essa propriedade e exigir à Google que pague por isso", disse ao jornal alemão "Handelsblatt". 
O argumento dos editores é que o Google e os restantes agregadores lucram reproduzindo conteúdos que não produziram, e que custam a produzir. No caso do Google News, a tarefa é feita sem intervenção humana e atualiza-se a cada quarto de hora. A empresa disponibiliza aos editores manuais sobre como conseguir que as suas notícias apareçam bem posicionadas ou, pelo contrário, como impedir que surjam no sítio. "A grande maioria escolhe ser incluída, e por bons motivos. O Google News cria valor real para essas publicações, levando as pessoas aos seus sítios, o que gera receitas publicitárias", sustenta Gringras. 
Os defensores das novas leis consideram sustentável um modelo em que os agregadores deem um contributo e sublinham a importância da independência da comunicação social, que não se consegue sem meios económicos. Se a Google argumenta que o serviço News não tem publicidade, Francisco Pinto Balsemão replica que a empresa está a ignorar "a utilização de conteúdos dos media clássicos, que são reproduzidos em snippets (fragmentos de 5, 6 linhas) e utilizados, com inserção de publicidade, na resposta a iniciativas de busca por parte dos utilizadores".
Os críticos das leis que têm vindo a ser adotadas na Europa acusam os media de quererem sair da crise em que se encontram à custa dos motores de busca e fazem notar que órgãos de comunicação mais pequenos e recentes tendem a optar por ser incluídos nos serviços de busca e agregação, ao contrário dos "velhos media". Balsemão recorda que "os principais jornais brasileiros (154 jornais, que representam 90% da circulação) já decidiram, há muito tempo, não autorizar a publicação dos seus conteúdos no Google News". Foi uma decisão da Associação Nacional de Jornais do Brasil que, afirma o também ex-primeiro-ministro, "não motivou uma descida de tráfego".
O certo é que as possibilidades de êxito de meios de comunicação na Net dependem muito da língua em que estão escritos: inglês, espanhol ou mesmo português têm um público potencial muito mais vasto do que alemão ou suaíli.
Outro aspeto que inquieta as instituições europeias é o risco de criação de monopólio num mercado - o dos motores de busca - em que a Google tem uma quota de 90% (contra 68% nos Estados Unidos). No final de novembro o Parlamento Europeu aprovou mesmo uma moção recomendando à Comissão Europeia a divisão da Google, separando o motor de busca dos demais serviços. Dados os escassos poderes do PE, a medida foi apenas simbólica, mas gerou reações de políticos e jornais americanos. "The New York Times" falou em "ressentimento europeu". Já os partidos Democrata e Republicano, que raramente chegam a acordo em assuntos internos, uniram-se numa carta crítica para com o PE. Subscrita por deputados e senadores de ambas as fações, afirma que "esta proposta e outras semelhantes erguem muros em vez de pontes" e alerta para os prejuízos potenciais para as relações comerciais transatlânticas.

* Quem ganha dinheiro com os miolos dos outros tem de pagar!


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EXTRAVAGÂNCIAS


SOBRE RODAS


Monty Python’s Black Knight

Darth Vader

Tyron Lannister
Tron Legacy

Wall-E

Han Solo

Ariel

Mario Kart

Skeletor

Metal Slug Tank
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ESTA SEMANA NA
"PC GUIA"

Surface Pro 3
O tablet que substitui o seu portátil

No mundo da tecnologia atual, onde a evolução muitas vezes é sinónimo de complexidade, a Microsoft criou o Surface Pro 3, um equipamento versátil que acrescenta simplicidade ao seu dia-a-dia em vez de apenas mais um “ecrã”.

A performance de um portátil e a conveniência de um tablet
Equipado com um ecrã de 12” e com apenas 800 gramas, o Surface Pro 3 tem um design fino e a leveza de um tablet, mas vem equipado com um poderoso processador equivalente ao de qualquer portátil de última geração. A par disto, corre o mais recente Windows 8.1 e dá acesso à versão completa do Office, tudo à distância de um toque. Não há razão para fazer cedências quando pode ter o melhor de dois mundos.

Trabalhe em qualquer lugar
O escritório, a esplanada, a sala de estar, o lounge de um aeroporto. Quantos destes sítios podem ser o seu local de trabalho? Com o Surface Pro 3 a resposta correta é: todos! Tem um design e construção que favorecem a mobilidade, acompanhados pelo suporte Kickstand que permite adotar múltiplas posições e pela possibilidade de encaixar o teclado opcional. Isto sem esquecer a bateria com até 9 horas de autonomia, para que nunca deixe nenhuma tarefa a meio. É a ferramenta de trabalho ideal para encarar qualquer desafio.

Veja, crie e capture a sua imaginação
O ecrã de alta resolução vai fazer com que visualizar qualquer conteúdo seja uma experiência única. E se ficar inspirado e com vontade de passar as suas ideias para o papel, ponha de lado este último e comprove o quão fácil e intuitivo é tirar notas ou desenhar com o Surface Pro 3. Um clique na Caneta Surface é o suficiente para abrir uma nova página do One Note e dar largas à sua imaginação.

* Para quem pode, um bom presente de Natal


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TÁSSE TÃO BEM..!!



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ESTA SEMANA NO
"DINHEIRO VIVO"

CMVM analisa financiamento da
 OPA de Isabel dos Santos

A forma como Isabel dos Santos vai financiar a oferta pública de aquisição de 1,21 mil milhões de euros à PT SGPS está a ser analisada na Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), apurou o Dinheiro Vivo. Um elemento fundamental para aceitar o registo da OPA.

A PT SGPS, presidida por João de Mello Franco, levantou a questão da falta de informação sobre o financiamento quando se pronunciou sobre a oferta. "Se atendermos ao facto de que grande parte da base de investidores da PT é internacional, seria desejável e justificável que, para melhor esclarecimento dos acionistas, tivesse sido facultada mais informação sobre os interesses empresariais e capacidade económica da acionista controladora da oferente", pode ler-se no relatório ao projeto do prospecto de oferta.
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O projeto de prospecto de oferta da Terra Peregrin sobre a PT SGPS não é público, mas segundo fontes ouvidas pelo Dinheiro Vivo, na documentação enviada ao regulador e à empresa portuguesa não é detalhada a forma como irá ser assegurada o financiamento da OPA. Ou seja, se há um sindicato bancário formado, quem são as instituições que vão garantir o pagamento aos acionistas.

Fonte próxima da empresária angolana garante que, na informação do projeto de prospecto, "não há dúvidas sobre o modo de pagamento e a contrapartida". Mais, frisa, esta oferta cumpriu os mesmos procedimentos de outras operações já realizadas por Isabel dos Santos em Portugal. "Aquando do registo da OPA será apresentada uma garantia do financiamento da oferta", adianta fonte próxima da empresária. "Penso que o regulador já está esclarecido mas só o saberemos oficialmente quando for dado OK para o registo". Quanto ao financiamento da OPA, este "será efetivado em parte com capitais próprios e em parte através de recurso à banca, com exclusão do sistema financeiro português, como tem ocorrido nos últimos investimentos de Isabel dos Santos em empresas portuguesas", precisou fonte próxima da empresária angolana, embora sem adiantar quais os bancos envolvidos.

Até ontem ainda não tinha sido feito o registo da OPA pela CMVM. O regulador liderado por Carlos Tavares continua a analisar a oferta. Além do financiamento, outro dos temas é o pedido de derrogação de OPA obrigatória, uma das condições para que a oferta de Isabel dos Santos chegue ao mercado. Mas a CMVM já alertou que o preço oferecido (1,35 euros/por ação) não cumpre com os requisitos legais. O preço tem de ser calculado com base na média de cotação dos últimos seis meses, o que é não é o caso. Tudo irá depender da análise da justificação de preço apresentada.

A OPA tem contra si o tempo. A 12 de janeiro, a PT SGPS vai decidir sobre a venda da PT Portugal à Altice em assembleia geral. A haver venda da dona do Meo, a Terra Peregrin já admitiu que pode retirar a oferta.

* Se nós fossemos reguladores do mercado mobiliário português jamais permitiríamos que investidores, cuja principal fonte de receita é o sangue dum povo, pudessem negociar na bolsa portuguesa, faríamos o mesmo para empresas estatais oriundas de ditaduras.

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ESTA SEMANA NA
"SÁBADO"

Traficantes de chifres de rinoceronte
. assaltam em Portugal

Passavam poucos minutos das 10h de dia5 de Abril de 2011. Três homens tinham-se instalado à porta da galeria de zoologia do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra. O mais velho, com cerca de 50 anos, cabelo ruivo, maçãs do rosto avermelhadas e pronúncia irlandesa perguntava a quem passava como podiam ver "os troféus de caça". Quando soube disso, uma funcionária decidiu explicar-lhes que o museu só podia ser acedido com marcação mas que, como estava agendada uma visita para essa manhã, poderiam acompanhá-la. Eles esperaram.
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No entanto, a visita foi cancelada. "A colega da recepção disse-me que adecisão era minha.Decidi mostrar-lhes a exposição na mesma", conta à SÁBADO a funcionária, que pediu para não ser identificada por receio de represálias. O Museu de História Natural é composto por sete salas seguidas, cada uma com a sua própria colecção. Para acender as luzes de cada divisão, é preciso primeiro atravessar a anterior. "Ia avançando para acender as luzes, mas o único dos três que falava vinha sempre junto a mim enquanto os outros ficavam para trás. Achei que estavam a fotografar os exemplares, mas não pareciam muito interessados", recorda a mesma funcionária. Foi assim até chegarem à última sala.

A divisão, com chão em azulejo e pesadas cortinas bordeaux, reúne o núcleo da colecção Domingos Vandelli, o primeiro director do museu de História Natural e do Laboratório Químico da Universidade, que no século XIX, vendeu o seu espólio à instituição. Aí, vários exemplares de taxidermia – um urso, araras, tucanos, urubus e tartarugas – partilhavam o espaço com peças em marfim: um dente de narval, outro de hipopótamo, um de elefante e dois chifres de rinoceronte.

Os três homens demoraram-se mais nesta divisão. Tiraram fotografias, fizeram perguntas e saíram. Ao todo, a visita demorou 10 minutos. "No regresso achei estranho ele querer saber se emprestávamos coisas para o fim-de-semana. Quando quis saber se tinham gostado, ele disse que sim e que ia voltar coma família", conta a funcionária. Quinze dias depois, a 20 de Abril, na semana da Páscoa, uma bolseira reparou que a porta do museu estava aberta. Estranhou. Quando se aproximou viu que a fechadura tinha sido forçada e telefonou ao director adjunto do museu. "Foi falando comigo enquanto percorria as salas", recorda Pedro Casaleiro à SÁBADO. Parecia não faltar nada. Até chegar à última divisão. Os chifres de rinoceronte tinham desaparecido.

A ligação irlandesa
O responsável ligou imediatamente à Polícia Judiciária (PJ) de Coimbra. Quando foram analisar as imagens de videovigilância da véspera, viram dois homens, com bonés que lhes tapavam as caras, a percorrer as divisões do museu na penumbra. Dirigiram-se à última sala, forçaram a porta da vitrina e tiraram os dois chifres. Como eles não cabiam nas mochilas, despiram os casacos, enrolaram-
nos e continuaram. Depois de verem se o caminho estava livre, encostaram a porta, desceram três lances de 14 degraus, um de 12 e
saírampara a rua.

Ao todo, estiveram nas instalações sete minutos. Teria sido quase impossível identificá-los se não tivessem cometido um erro: "No caminho para a saída, um agarrou num telemóvel", diz Pedro Casaleiro. Foi o suficiente para a PJ. Depois de pedirem às
operadoras os dados das chamadas feitas naquele minuto, naquela zona, identificaram um número que participou numa chamada
internacional para a Irlanda. "Fizemos logo a relação com os visitantes anteriores", conta Pedro Casaleiro.

Um dos primeiros passos dos investigadores foi pedir informações a congéneres europeias. A Europol já estava a acompanhar o fenómeno. Meses depois, a 7 de Julho, emitiu um comunicado em que dizia ter identificado um "grupo de crime organizado que comercializava ilegalmente chifres de rinoceronte", composto por irlandeses conhecidos por "usar intimidação e violência" e que tinha como alvos "antiquários, leiloeiras, galerias de arte, museus, colecções privadas e zoos". Apesar de activo em todo o mundo, o grupo tinha uma base: a localidade de Rathkeale, na Irlanda.

Um negócio milionário
A ligação ao assalto de Coimbra era óbvia. "Trata-se de um grupo de criminosos itinerantes que descobriu um nicho que dava pouco trabalho e grandes lucros", explica à SÁBADO Fernando Ramos, o coordenador da secção de obras de arte e incêndios da PJ de Coimbra. De acordo com a Europol, um chifre de rinoceronte pode valer entre 25 mil euros e 200 mil euros. Depende, sobretudo, do peso. "No mercado negro chegam a atingir 50 mil euros o quilo. Mais do que a cocaína", diz Fernando Ramos. O seu destino será o mercado asiático, onde se acredita, erradamente, que têm propriedades afrodisíacas e medicinais. "Na verdade equivale a roermos as nossas as unhas", diz à SÁBADO o porta-voz da Europol, Søren Pedersen.

Além do número de telemóvel utilizado no assalto, os inspectores da PJ recorreram aos contactos privilegiados entre antiquários. Foi assim que souberam que, na época, tinham começado a aparecer na Rua de São Bento, em Lisboa, conhecida pelas lojas de antiguidades, grupos de irlandeses interessados em chifres de rinoceronte.

A maioria dos antiquários contactados pela SÁBADO não quis falar sobre essas visitas. O único que aceitou fazê-lo pediu o anonimato
por receio de represálias. "Chegavam em grupos de cinco ou seis. Estacionavam os carros, dividiam-se e percorriam as lojas todas",
conta. "Começavam por perguntar se tínhamos coisas em marfim, tartaruga e no fim de rinoceronte – para não mostrar demasiado interesse. Eram insistentes e deixavam cartões, com o telefone", recorda. "Diziam que pagavam bem, julgo que uns 12mil euros o quilo", diz.

Apreensão no aeroporto
Graças às informações recolhidas, a 3 de Setembro desse ano, os inspectores da PJ detiveram, no aeroporto de Lisboa, dois australianos, pai e filho, que se preparavam para embarcar num voo para Dublin com oito chifres de rinoceronte na mala. "Trata-se de intermediários, com lojas de antiguidades na China", recorda Fernando Ramos. "Tinham com eles vários certificados internacionais que não tinham relação com os chifres", adianta o inspector-chefe Óscar Pinto, coordenador da brigada de obras de arte da PJ de Lisboa.

Estes oito chifres foram levados para Coimbra – onde ainda se encontram, guardados no cofre da PJ. "Fomos chamados para os identificar. Infelizmente não eram os nossos", lamenta Pedro Casaleiro. Ao que a SÁBADO apurou, o processo, que decorre no Departamento Central de Investigação e Acção Penal, aguarda o cumprimento de cartas rogatórias para ser deduzida acusação. Além dos australianos, em Março de 2013 foi extraditado para Portugal um irlandês detido na Alemanha e constituídos arguidos vários negociantes de arte.

No entanto, este não foi o único caso registado em Portugal. A 15 de Maio de 2012, dois homens dirigiram-se ao Mosteiro de Singeverga, em Roriz, Santo Tirso, para visitar o Museu de Etnografia e Zoologia de Angola. "Ligaram para marcar uma visita de 20 e tal estudantes universitários de Lisboa", recorda à SÁBADO o padre Agostinho Machado que, na época, era o prior-administrador do mosteiro. "No entanto, só apareceram dois", diz.

A responsabilidade pela visita foi entregue ao padre Adriano. Os três percorreram o corredor que dá para o museu mas, antes que o clérigo pudesse abrir a porta, um dos jovens agarrou-o pelo pescoço. "O que estava livre entrou, foi directo ao sítio onde estava o chifre, tirou-o da parede e fugiram", lembra Agostinho Machado. O clérigo, já idoso, ficou no chão. Quando recuperou e pediu ajuda era tarde demais. Os dois assaltantes – ambos negros – tinham desaparecido.

Perdidos para sempre
O inquérito foi arquivado. "Vimos tudo", recorda à SÁBADO fonte judicial. A ausência de testemunhas e a inexistência de câmaras de vigilância no edifício e nas redondezas dificultaram o trabalho dos investigadores. O objecto roubado estava avaliado em cerca de 20 mil euros. Nunca mais foi recuperado.

Nessa época, há dois anos, os furtos de chifres de rinoceronte na Europa estavam no auge. "Após o assalto de Coimbra, a maioria dos museus que tinham estes objectos retiraram-nos de exposição", recorda à SÁBADO o inspector-chefe Óscar Pinto. Só quando se sentiram seguros é que voltaram a expô-los. Foi o caso do Museu de Caça, da Fundação da Casa de Bragança, em Vila Viçosa.

O museu fica no castelo, ao qual apenas se acede por uma ponte levadiça, seguida de uma praça e de um túnel por onde não passam carros à noite. As portas de madeira maciça, o alarme e o sistema de videovigilância pareciam uma garantia de segurança total. Nada mais enganador. Na madrugada de 7 de Janeiro de 2013, dois homens com luvas, chapéus e uma marreta arrombaram a porta principal do edifício, deitaram abaixo uma porta intermédia e, por último, abriram a que dá acesso à sala do primeiro andar onde estão expostos diversos exemplares de caça. Numa das paredes estavam 12 chifres. Os homens retiraram dois pares e arrancaram um exemplar de outro par. Depois fugiram. Tudo enquanto o alarme alertava a Guarda Nacional Republicana local.

"Não estiveram lá mais do que alguns minutos", recorda o inspector-chefe Óscar Pinto. "Foi um trabalho profissional. Fizemos tudo para os descobrir. Infelizmente, não conseguimos", lamenta. Ao que a SÁBADO apurou, a Judiciária tem em curso mais duas investigações.

Uma pelo roubo de 13 chifres de uma moradia, emMafra, e outra pelo uso de notas falsas para comprar exemplares de um particular. As autoridades terão ainda conhecimento de mais duas situações em que privados foram atraídos a locais públicos para vender os objectos e acabarampor ser assaltados. No entanto, os casos não estarão a ser investigados por não ter sido apresentada queixa, já que os chifres em causa não estariam legalizados.

Esta tem sido uma das preocupações das autoridades: alertar a população para o valor destes objectos e para os perigos de vendas a desconhecidos. "Depois de várias visitas, estes grupos acabaram por encontrar intermediários de confiança que os levaram a todo o País", explica o inspector-chefe Fernando Ramos. "Têm contactos entre os antiquários e quando aparece alguém interessado em vender marcam um encontro. Em alguns casos chegaram a colocar anúncios nos jornais a dizer que compravam chifres. Depois, ou pagam um valor baixo porque as pessoas não têm noção do valordas peças ou acabam por assaltá-las", continua. Algo que faz de Portugal um país muito atractivo para estes grupos. "Devido ao passado colonial, podemos ser o país da Europa com mais chifres de rinoceronte em casas particulares", frisa Óscar Pinto.

*  Em Portugal pode roubar-se tudo, até cornos.


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