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HOJE NO
"O PRIMEIRO DE JANEIRO"
Produtores da Região dos Vinhos Verdes
queixam-se à União Europeia
"Rotulagem do alvarinho" em causa
Produtores, engarrafadores e adegas cooperativas da Região dos Vinhos Verdes escreveram à União Europeia (UE) a declarar que estão a ser discriminados por não poderem usar a "rotulagem vinho verde alvarinho" fora de Monção e de Melgaço.
Na carta dirigida à Direção-Geral da Agricultura da UE, alegam estar a ser vítimas de uma "norma que discrimina os produtores meramente em função da sua localização geográfica".
A carta resultou de uma reunião de 23 produtores, engarrafadores, viticultores e adegas cooperativas da Região dos Vinhos Verde, que decorreu quarta-feira na Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes.
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"Não há motivo para que seja possível fazer Alvarinho DOC (Denominação de Origem Controlada) em todo o país, exceto em 90 por cento da região dos vinhos verdes", sustentam, há algum tempo, produtores que defendem que a denominação Alvarinho deve ser alargada e não ser um exclusivo da sub-região de Monção e de Melgaço.
Os produtores dessa sub-região têm-se oposto a tal pretensão. No mês passado, aliás, produtores, viticultores e munícipes locais anunciaram até um abaixo-assinado pela manutenção da exclusividade da designação vinho verde Alvarinho em Monção e em Melgaço.
Já este mês, representantes das duas partes estiveram reunidos na CVRVV em busca de uma saída para o diferendo. A Comissão entregou-lhes um documento contendo "uma "proposta de abertura gradual" num prazo de seis anos, disse o presidente, Manuel Pinheiro.
Ficou também marcada uma nova reunião para o dia 10 de dezembro.
Na carta enviada à UE, os produtores que estão contra o exclusivo detido por Monção Melgaço realçam que há regiões vinícolas portuguesas onde o "plantio e a rotulagem de vinhos com a catas alvarinho é livre". O Douro e o Alentejo são as regiões mencionadas.
Estranham, por outro lado, "que a União Europeia esteja a financiar tão fortemente a promoção da DO nos mercados de exportação, nomeadamente nos EUA", sem que eles possam também beneficiar disso, a menos que aceitem omitir a designação da casta ou optem pela fórmula "Regional Minho" em vez de "Vinho Verde".
Luís Cameira, um desses produtores, referiu que a designação Regional Minho "é uma desclassificação", que tem reflexos negativos no preço final.
O produtor considera que "isto é mera rotulagem", acrescentando que a questão "não tem nada a ver com política". "O alargamento da produção ia confundir o consumidor e destruir um valor construído por nós e que distribui riqueza na região".
Nesta questão, a palavra final é da secretaria de Estado da Agricultura, à frente da qual está Diogo Albuquerque.
No final de uma reunião com o secretário de Estado da Agricultura, Diogo Albuquerque em 10 de outubro, o presidente da Associação de Produtores de Alvarinho, Miguel Queimado disse ter sido informado que "a exclusividade da produção de Alvarinho é para manter em Monção e Melgaço". "O alargamento da produção ia confundir o consumidor e destruir um valor construído por nós e que distribui riqueza na região", concluiu.
* O vinho Alvarinho é maioritáriamente produzido nos concelhos de Monção e Melgaço, é produzido com rigor o que se traduz em qualidade superior, também o espumante de Alvarinho é soberbo. O que a notícia refere é um clima de desconfiança face a produtores de outros concelhos, não nos pronunciamos sobre a idoneidade de quem não conhecemos. Agora do governo desconfiamos de certeza.
** Cozido à portuguesa à minhota, regado com Alvarinho é uma experiência sublime.
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