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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
14/10/2014
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS/
/DINHEIRO VIVO"
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS/
/DINHEIRO VIVO"
Ryanair:
"A Vinci não está a deixar Lisboa crescer"
Michael O'Leary considera que Portugal é um dos países com maior
potencial de crescimento na rede da companhia de baixo custo irlandesa
Ryanair. Porém, o CEO acusa a Vinci - concessionária dos aeroportos
portugueses - de "impedir o crescimento de Lisboa, propositadamente,
para que não tenha de investir num segundo aeroporto, mal atinja os 20
milhões de passageiros" de tráfego.
"Lisboa está com cerca
de metade do tráfego que devia ter. Se Dublin, que tem menos população,
tem 20 milhões de passageiros, Lisboa tem quase o dobro dos habitantes e
está com apenas, salvo erro, 12 milhões de passageiros", apontou
O'Leary.
A concessão dos aeroportos portugueses "apenas substituiu
o monopólio do Estado por um monopólio privado", acusa o CEO, que diz
querer investir mais em Portugal, se o deixarem.
"Estamos em
negociações para iniciar operação nos Açores, se possível no verão de
2015, visto que temos dois aviões que ainda não foram alocados e seriam
utilizados para esse destino", adiantou o gestor. A decisão depende "de
abrirem o monopólio existente, dos custos do aeroporto e dos custos de
handling, que ainda são muito elevados nos Açores".
Michael
O'Leary estima que, só com tráfego doméstico, ou seja, ligando os Açores
a Lisboa e Porto ("possivelmente, duas frequências para Lisboa e uma
para o Porto, para começar"), o novo destino pudesse significar 300 mil
passageiros domésticos no primeiro ano.
O CEO da Ryanair esteve
hoje no Porto, numa conferência de imprensa, para anunciar duas novas
rotas, para Berlim e Hamburgo, bem como os dois voos diário entre Lisboa
e Porto, que já tinham sido anunciados, a partir do próximo dia 26 de
outubro. Durante um período limitado, até quinta-feira à meia noite, há
bilhetes Lisboa-Porto a 9,99 euros.
* A acusação de Michael O'Leary faz sentido, mais uma argolada no que toca a privatizações efectuadas por este governo.
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HOJE NO
"RECORD"
"RECORD"
João Pereira:
«Sou capaz de muito mais»
Atleta terminou em 5.º no ranking mundial
João Pereira terminou a época do triatlo em quinto lugar do ranking
Mundial, um salto qualitativo que o faz acreditar ser "capaz de muito
mais".
"Foi um ano longo que acabou finalmente. Sou o quinto
melhor do Mundo e capaz de muito mais", disse o atleta de 26 anos,
citado no sítio oficial da Federação de Triatlo de Portugal, após
terminar a época com a desistência na Taça do Mundo de Cartagena das
Índias, na Colômbia.
Depois de ter sido 18.º em 2013, o
atleta do Benfica revela que tem "objetivos mais elevados" para 2015,
tendo já a época "planeada" com o seu treinador, Lino Barruncho,
igualmente técnico nacional.
"Estou ansioso por descansar e
começar o novo ano, que já está planeado com o meu treinador Lino
Barruncho, com objetivos mais elevados. A próxima época tem tudo para
correr bem e dar certo. Sinto-me forte e com muito mais para dar e
evoluir", vinca.
A atual época, para a qual estabeleceu como
meta entrar no "top 10", ficou marcada por dois pódios no Mundial, com o
segundo lugar em Chicago e o terceiro em Londres, tendo ficado nos 10
primeiros em quatro etapas. João Pereira podia aspirar a melhor
classificação, mas uma gastroenterite impediu-o de competir há duas
semanas no México e teve reflexos ainda na Colômbia.
"Destas
duas últimas semanas retiro muitas aprendizagens. Todos os cuidados são
poucos e é impossível conseguir controlar todas as variáveis. Ou estou
no meu topo de forma ou sinto-me como se fosse para a guerra com as
armas encravadas", concluiu.
* Rui Costa 4º no ranking, João Pereira 5º no ranking, atletas de excepção.
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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Tecnologia "made in" Braga transforma
. televisor em "mega tablet"
Uma empresa de Braga lança, na sexta-feira, uma tecnologia que vai tornar possível a existência de "touch" em grandes superfícies e que já despertou o interesse das grandes fabricantes mundiais de televisões.
Em comunicado, a empresa com sede em Braga e criada a partir de uma equipa de alunos da Universidade do Minho, explica que tecnologia em questão, designada "Skin Ultra", permite uma performance idêntica à dos dispositivos móveis, pelo que, no fundo, possibilita a criação de "mega tablets".
Trata-se de uma tecnologia em película para ser colada por trás do vidro da televisão, para que esta passe a ser "touch".
"A
grande diferença deste produto em relação à tecnologia touchscreen que
já existia em grandes ecrãs está na resolução 3 vezes superior, no tipo
de material condutor, na arquitetura eletrónica e na componente de
software, ou seja, nos algoritmos que estão por trás de todo o
processo", acrescenta o comunicado.
Segundo o documento, o "Skin
Ultra" permite que se conjuguem 100 toques em simultâneo, a uma
velocidade de 5 milissegundos. Vai estar disponível em 5 tamanhos
diferentes - 40, 42, 47, 50 e 55 polegadas.
O lançamento mundial
vai acontecer na sexta-feira, em Braga, num evento em que deverão marcar
presença as grandes construtoras asiáticas de televisão, como a
Samsung, a LG, a NEC ou a Panasonic.
A partir de 5 de janeiro de
2015, o "Skin Ultra" vai estar em demonstração na Consumer Electronics
Shows (CES) Las Vegas, considerada a maior feira de tecnologia do mundo.
"O
produto que estamos a desenvolver é uma espécie de híbrido. À televisão
fomos buscar o tamanho e ao tablet o conceito touch", explicou Miguel
Fonseca, CEO da EDIGMA, citado no comunicado da empresa.
Com o
"Skin Ultra", qualquer superfície, independentemente da dimensão, pode
ser interativa, sendo que os primeiros modelos do produto vão ser
aplicados em televisões, fruto do interesse das grandes construtoras
mundiais em integrar aquela tecnologia nos seus LCD.
A empresa afirma estar a preparar-se para uma capacidade produtiva anual de centenas de milhares de unidades.
Com
aquela tecnologia, espera quadruplicar, já em 2015, o volume de
negócios atual. Até 2020, a empresa estima que a faturação ultrapasse os
100 milhões de euros.
* Todos os dias a inteligência portuguesa é notícia pelas melhores razões, dos políticos só mau hálito.
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RUI TAVARES
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Coordenador do partido Livre.
IN "PÚBLICO"
13/10/14
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Agora sem rodinhas
A troika, no fundo, ajudou o governo a aprender a governar. Agora que a troika saiu, é nada certo que o governo tenha aprendido.
A premissa de partida desta crónica é a seguinte: a relação entre a troika e o governo foi, nos últimos três anos, um pouco como a relação entre as rodinhas de apoio e as bicicletas das crianças.
A troika, no fundo, ajudou o governo a aprender a governar. Agora que a troika saiu,
é nada certo que o governo tenha aprendido — ou queira aprender. Sem
rodinhas de apoio, as guinadas são evidentes. Uma parte do governo quer
continuar como no tempo da troika, outra parte acha que já pode
fazer malabarismos, e alguns ministros já se estamparam. Fiel ao seu
estilo, o primeiro-ministro finge que não vê o problema e segue em
frente.
Isto tem implicações para duas coisas importantes no nosso
futuro próximo: quando vamos chegar a eleições, e em que estado
chegamos lá.
A primeira deveria ser resolvida pelo bom senso. Tudo
aconselha a que as eleições sejam antecipadas para antes do Verão de
2015. Por um lado, o esgotamento e desorientação do governo. Por outro
lado, o tempo de que precisamos elaborar um orçamento democraticamente
legitimado, a tempo para 2016. Por um terceiro lado, o facto de os
quatro anos deste governo se cumprirem em junho de 2015. Por outro lado
ainda, a necessidade de dar tempo à formação de um novo governo com um
renovado mandato democrático a tempo das negociações do "semestre
europeu", a partir de outubro/novembro de 2015. O argumentário a favor
de eleições antecipadas é um polígono.
Dois pontos adicionais apenas:
Como
pode este governo insistir no cumprimento das metas orçamentais e na
integração das políticas nacionais no quadro europeu, e depois deixar
que o próximo governo se apresente diminuído, com um orçamento preparado
por um governo de gestão, no momento de defender perante as instâncias
europeias políticas que provavelmente não são as suas? (Sabemos a
resposta: este governo até prefere que seja assim).
E como podemos
querer preparar o país para a renegociação do quadro financeiro
europeu, que decorrerá principalmente em 2016 e que terá de ser
preparada em 2015, sem um governo (de preferência novo) com uma
estratégia europeia (de preferência nova) que possa tirar o máximo
partido dos fundos europeus que vão determinar a maior parte do
investimento disponível até quase 2020? É absolutamente aconselhável que
o país possa, em eleições, escolher as grandes opções para esse novo
ciclo.
Precisamos definitivamente de largar as rodinhas e escolher o nosso caminho.
O
caos na justiça e na educação não é um bom prenúncio para o nosso
próximo ano. O país está exausto desta governação desgastada e não
encontra já justificação para o seu prolongamento. Pedro Passos Coelho
está acossado pelo caso Tecnoforma e espera que o prolongar da
governação lhe dê o tempo suficiente para recuperar com políticas
eleitoralistas.
A guinada nesse sentido eleitoralista invalida, ao
mesmo tempo, os argumentos de continuidade que o governo poderia
apresentar. Quando se torna claro que um governo já não está interessado
nos problemas do país mas apenas concentrado em resolver os seus
próprios problemas, só há uma decisão a tomar: marcar eleições.
Coordenador do partido Livre.
IN "PÚBLICO"
13/10/14
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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Mais de 85% da riqueza mundial
está nas mãos de 8% da população
Portugal encontra-se entre os países com uma
"desigualdade média": em que os 10% mais ricos detêm entre 50% a 60% da
riqueza total. Ao seu lado estão países como a Austrália, Canadá,
França, Itália, Holanda, Espanha e Reino Unido.
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A maioria da riqueza mundial é detida
por pouco mais de 8% da população global. São estes que estão no topo da
pirâmide, ao deterem riqueza acima de 100 mil dólares. Desta forma,
8,6% dos habitantes globais detêm 85,3% da riqueza em todo o mundo, o
que equivale a 224,5 biliões de dólares.
No topo do topo, estão os indivíduos que detêm mais de um milhão de dólares, são 35 milhões de pessoas no total (0,7% da população mundial). Nos seus cofres acumulam um total de 115,9 biliões de dólares (44% da riqueza global).
Na base da pirâmide encontra-se 91% da população com uma riqueza total estimada em 38,7 biliões de dólares (14,7% do total), segundo o estudo do Credit Suisse "Global Wealth Report 2014", divulgado esta terça-feira, 14 de Outubro.
Portugal encontra-se entre os países com uma "desigualdade média": em que os 10% mais ricos detêm entre 50% a 60% da riqueza total. Ao seu lado estão países como a Austrália, Canadá, França, Itália, Holanda, Espanha e Reino Unido.
Em Portugal, os 10% com mais dinheiro acumulam 58,3% da riqueza, valor abaixo dos 74,6% registados nos Estados Unidos, mas acima dos 47,2% registados na Bélgica.
A tendência para o crescimento da riqueza dos 10% mais ricos em Portugal conheceu várias tendências nos últimos anos. Entre 2000-2007, sofreu uma queda e entre 2007-2014 conheceu um aumento. Olhando para um período mais alargado, desde o início do século, a fortuna dos 10% mais ricos, permaneceu estável.
A Bélgica é, alías, um dos dois países com uma "desigualdade baixa" a par do Japão., onde os 10% mais ricos acumulam menos de 50% da riqueza.
Os Estados Unidos, Suíça, Brasil, Rússia ou Índia são alguns dos países com uma "desigualdade muto elevada", aponta o Credit Suisse. Ou seja, os 10% mais ricos acumulam mais de 70% da riqueza do país.
O estudo também analisa os países com mais milionários em todo o mundo, sendo nos Estados Unidos, Japão e China onde existem indivíduos com mais riqueza. Segue-se França, Alemanha, Itália e o Reino Unido.
"Apesar do ambiente económico global continuar com desafios pela frente, o total de riqueza glogal cresceu para um novo recorde, aumentando 20,1 biliões de dólares" entre 2013 e 2014, pode-se ler no estudo assinado por Hans-Ulrich Meister e Robert S. Shafir.
No espaço de um ano, a riqueza mundial aumentou 8,3% para um total de 263 biliões de dólares, isto é mais do dobro de 117 biliões registados no ano 2000. Os Estados Unidos é onde se encontra a maior parte da riqueza global (34% do total), seguindo-se a Europa (10,6%).
* Vivam os ricos que os palermas dos pobres sustentam!
No topo do topo, estão os indivíduos que detêm mais de um milhão de dólares, são 35 milhões de pessoas no total (0,7% da população mundial). Nos seus cofres acumulam um total de 115,9 biliões de dólares (44% da riqueza global).
Na base da pirâmide encontra-se 91% da população com uma riqueza total estimada em 38,7 biliões de dólares (14,7% do total), segundo o estudo do Credit Suisse "Global Wealth Report 2014", divulgado esta terça-feira, 14 de Outubro.
Portugal encontra-se entre os países com uma "desigualdade média": em que os 10% mais ricos detêm entre 50% a 60% da riqueza total. Ao seu lado estão países como a Austrália, Canadá, França, Itália, Holanda, Espanha e Reino Unido.
Em Portugal, os 10% com mais dinheiro acumulam 58,3% da riqueza, valor abaixo dos 74,6% registados nos Estados Unidos, mas acima dos 47,2% registados na Bélgica.
A tendência para o crescimento da riqueza dos 10% mais ricos em Portugal conheceu várias tendências nos últimos anos. Entre 2000-2007, sofreu uma queda e entre 2007-2014 conheceu um aumento. Olhando para um período mais alargado, desde o início do século, a fortuna dos 10% mais ricos, permaneceu estável.
A Bélgica é, alías, um dos dois países com uma "desigualdade baixa" a par do Japão., onde os 10% mais ricos acumulam menos de 50% da riqueza.
Os Estados Unidos, Suíça, Brasil, Rússia ou Índia são alguns dos países com uma "desigualdade muto elevada", aponta o Credit Suisse. Ou seja, os 10% mais ricos acumulam mais de 70% da riqueza do país.
O estudo também analisa os países com mais milionários em todo o mundo, sendo nos Estados Unidos, Japão e China onde existem indivíduos com mais riqueza. Segue-se França, Alemanha, Itália e o Reino Unido.
"Apesar do ambiente económico global continuar com desafios pela frente, o total de riqueza glogal cresceu para um novo recorde, aumentando 20,1 biliões de dólares" entre 2013 e 2014, pode-se ler no estudo assinado por Hans-Ulrich Meister e Robert S. Shafir.
No espaço de um ano, a riqueza mundial aumentou 8,3% para um total de 263 biliões de dólares, isto é mais do dobro de 117 biliões registados no ano 2000. Os Estados Unidos é onde se encontra a maior parte da riqueza global (34% do total), seguindo-se a Europa (10,6%).
* Vivam os ricos que os palermas dos pobres sustentam!
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HOJE NO
"DESTAK"
"DESTAK"
Citius operacional em todas as
comarcas até à meia-noite - IGFEJ
O responsável informático do Instituto de Gestão Financeira e dos Equipamentos da Justiça, Carlos Brito, garantiu hoje que a plataforma Citius ficará, até à meia-noite de hoje, operacional em todas as comarcas da nova organização judiciária.
"Antes da meia-noite o Citius fica operacional em Faro. Nas outras comarcas já está", disse Carlos Brito à agência Lusa, observando que com o levantamento do sistema informático na comarca de Faro [a última a ser intervencionada] o Citius é restabelecido a nível nacional e no novo figurino do mapa judiciário.
O membro da direção do IGFEJ reconheceu que, apesar de a plataforma informática ficar operacional nas 23 comarcas a partir das 24:00 de hoje, haverá "pequenos ajustes a fazer", porque os tribunais "estão sempre a mexer". Será necessário "ajustar o Citius à dinâmica de cada comarca", precisou.
* Como é possível esta aldrabice?
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HOJE NO
"i"
"i"
Kobane.
As mulheres no combate
ao Estado islâmico
Dilar Gencxemis, que deu a vida para matar dezenas de militantes do EI, e Mayssa Abdo, que está a liderar as YPG na fronteira sírio-turca, são duas das cerca de 10 mil mulheres que lutam contra o radicalismo islâmico na linha da frente
A
cidade curda de Kobane, na fronteira da Síria com a Turquia, está
largada ao esquecimento. Até agora mera suspeita, depois de semanas de
confrontos entre os cerca de 9 mil militantes do Estado Islâmico (EI) e 2
mil curdos das YPG (Unidades de Protecção do Povo) iniciados a 16 de
Setembro, isso ficou claro há quatro dias, quando um alto cargo da
administração Obama, Tony Blinkin, declarou em Londres: "Kobane não é
uma prioridade, o Iraque é que é."
Dilar Gencxemis |
Kobane está imersa em batalhas campais há um mês, a escassos 92
metros da Turquia, numa fronteira apenas dividida por uma linha de
caminhos-de-ferro. A cidade está hoje totalmente cercada pelos
militantes sunitas extremistas que, em Junho, declararam a instalação de
um califado na Síria e no Iraque e que entraram no enclave com
artilharia pesada e tanques roubados às forças iraquianas. No plano de
conquistas territoriais do EI, a cidade tem uma importância extrema: a
sua tomada, refere o "Washington Post", "dar-lhe-ia controlo de uma
faixa de terreno importante na fronteira sírio-turca que permite
expandir as suas rotas de abastecimento".
Kobane parece ser a versão actual da Varsóvia de 1944: nesse ano os
nacionalistas polacos esperaram em vão pelo Exército Vermelho para os
proteger dos nazis e os pedidos de ajuda aérea foram ignorados por uns
Estados Unidos que tinham acabado de confirmar o seu apoio ao ditador
soviético, Estaline, como aliado da Realpolitik na Segunda
Guerra Mundial. Setenta anos depois, os EUA dizem que Kobane - para onde
milhares de cristãos e árabes fugiram à tomada de partes da Síria pelo
EI nos últimos meses - não é suficientemente importante para integrar a
lista de alvos dos bombardeamentos aéreos, e a Turquia, que se opõe
tanto ao EI como aos curdos, continua a prometer enviar apoio que tarda
em chegar.
"Não nos enviem comida, não precisamos de comida", dizia um homem
prostrado aos pés de um membro da Fundação de Caridade Brazani, uma ONG
com base no Curdistão do Iraque que entrou em Kobane há alguns dias.
"Comeremos lama se for preciso. Enviem-nos armas e peshmergas
[combatentes curdos do Iraque]", pediu, beijando os pés de Musa Ahmed,
vice-director da fundação. Ao seu lado, um outro curdo assistia à cena
com lágrimas a escorrer-lhe pelas faces.
Narin Afrin |
Entregues a si próprios, os habitantes da cidade estão a tentar
resistir aos avanços do EI como podem, recorrendo às AK47 e outras armas
menores, quando postas ao lado da artilharia pesada dos militantes
sunitas. São as YPG que estão a fazer a maior parte do trabalho e,
dentro delas, as mulheres são rainhas.
Enquanto os Estados Unidos se preparam para autorizar soldados do
sexo feminino a combater no terreno a partir de 2016, algo inédito na
história do país, nas comunidades curdas as mulheres sempre lutaram ao
lado dos homens. E, dada a situação em Kobane, são elas quem angaria
grande parte das atenções mediáticas nos combates ao EI.
Nos últimos dias, os jornais internacionais repetiram a história de
Dilar Gencxemis, nome de guerra Arin Mirkan, mãe de dois filhos e
comandante das YPG que se fez explodir em pleno combate com militantes
do EI, firmando a morte de dezenas de inimigos. Neste momento, um terço
dos membros dessas unidades, ligadas ao Partido dos Trabalhadores do
Curdistão (PKK), que a Turquia e o Ocidente classificam como grupo
terrorista, são mulheres. Mayssa Abdo, de 40 anos, nome de guerra Narin
Afrin, está no comando da milícia curda síria, braço armado do Partido
Democrático Curdo (PYD), correspondente ao turco PKK na Síria. Avesta,
combatente curda de 24 anos a quem a "Foreign Policy" dedicou várias
páginas há um mês, comanda 13 soldados, oito dos quais mulheres.
Numa nova edição da "Dabiq", a revista do EI, publicada no domingo,
um artigo justifica a prática de vender mulheres e raparigas, na sua
maioria Yazidis (comunidade étnico-religiosa curda), e de as violar
diariamente para forçar a sua conversão ao islão. Mas é delas que os
militantes fogem em plena batalha.
Ao contrário dos parceiros de guerrilha masculinos, as mulheres das
YPG são temidas pelos membros do EI, que acreditam que vão directos para
o Inferno se morrerem às mãos de uma mulher. "Não é um mito, é real.
Conheci militantes do EI e sei que eles acreditam que não vão para o
Paraíso se forem mortos por uma mulher. É por isso que fogem quando
avistam uma mulher, vi isso a acontecer na frente de Celega", explicou
uma combatente curda ao "International Business Times". "Nós
monitorizamos as chamadas via rádio e quando eles ouvem a voz de uma
mulher ficam histéricos."
Há quem diga que o destaque que as mulheres têm tido nestas lutas é
uma manobra de propaganda dos líderes curdos, que, aproveitando-se das
atitudes opressivas e primitivas do EI, que se revelam também na forma
como tratam e olham o sexo feminino, estarão a tentar limpar a sua
imagem. No passado, o PKK usou mulheres-bombistas em alguns ataques na
Turquia, numa guerra de 30 anos que foi suspensa há dois com a abertura
de um diálogo de paz entre o governo e os curdos. Isso sempre alimentou o
ódio da generalidade dos turcos em relação à minoria que pretende
instalar o seu próprio estado do Curdistão.
Agora que as cerca de 10 mil curdas das fileiras de combatentes na
Síria estão a ganhar destaque e importância, dentro e fora de Kobane, a
forma como os curdos são vistos pela população turca também está a
mudar: a repetição até à exaustão da hashtag #ArinMirkan no Twitter e os
elogios na internet às YPG e aos curdos de Kobane por utilizadores
turcos são provas disso. "Não podemos separar Kobane da Turquia", dizia
há uns dias ao "DailySabah" Kurd Mehmet, turco de 26 anos. "A Arin
sacrificou a sua vida por todos. Os atentados suicidas vão espalhar-se
pela Turquia se [o EI] tomar Kobane, porque os que estão no lado de lá
da fronteira são nossos irmãos."
Apesar de Kobane não ser uma prioridade, os EUA lançaram anteontem
alguns ataques aéreos aos arredores da cidade, dando algum fôlego aos
combatentes no terreno. Pelo contrário, a Turquia continua alegadamente a
impedir a entrada no país de curdos em fuga, detendo curdos sírios na
fronteira, e há rumores de que está a tentar aliar o planeado envio de
tropas para a Síria e o Iraque (ainda por aplicar) à vontade de derrubar
tanto o regime de Bashar al-Assad como os cantões que o PYD tem
estabelecido na fronteira.
Cronologia
2004
Abu Musab al-Zarqawi estabelece a Al-Qaeda no Iraque (AQI)
2006
Sob a liderança de al-Zarqawi AQI inicia guerra sectária
contra comunidade xiita, maioritária no país. Em Junho, o líder é morto
num ataque aéreo dos EUA; em Outubro, o novo líder do AQI, Abu Ayyub
al-Masri, anuncia a criação do Estado Islâmico do Iraque (ISI) e escolhe
Abu Omar al-Baghdadi como líder
2010
Abu Bakr al-Baghdadi assume liderança do ISI após Abu Omar
al-Baghdadi e Al-Masri serem mortos numa operação conjunta dos EUA com
as forças iraquianas
2013
OISI anuncia a absorção da Frente al-Nusra, grupo de
militância da Al-Qaeda que combate o regime sírio; Al-Baghdadi declara
que grupo passa a chamar-se Estado Islâmico do Iraque e do Levante
(ISIS). Dias depois,
o líder da Al-Nusra, Abu Mohammed al-Jawlani, rejeita anúncio de Baghdadi
Fevereiro 2014
Al-Qaeda renuncia todos os laços com o ISIS após meses de lutas sangrentas entre o grupo e a Al-Nusra
Junho 2014
ISIS toma o aeroporto, estações de televisão e
gabinete do governador de Mossul, segunda maior cidade do Iraque, e
liberta mil prisioneiros do país. Dias depois assume controlo de Tikrit,
de Al-Qaim (na fronteira com a Síria) e de outras três cidades
iraquianas. OCurdistão fecha as fronteiras para a região quando o número
de refugiados aumenta. A 29 de Junho, o ISIS anuncia a criação do
califado (Estado Islâmico) na região e Baghdadi declara-se líder dos
cerca de 1,5 mil milhões de muçulmanos de todo o mundo
* Heroínas trituradas pelos donos da indústria de armamento.
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Rui Costa terminou a época velocipédica às portas do pódio do `ranking´do circuito mundial de ciclismo. O corredor da Lampre-Merida somou um total de 461 pontos, aparecendo assim em 4.º lugar, sendo esta a melhor classificação de sempre de um português.
Este ano, a liderança do WorldTour foi para o espanhol Alejandro Valverde (Movistar) com 686 pontos, mais 66 do que o compatriota Alberto Contador (Tinkoff-Saxo). Em terceiro ficou o australiano Simon Gerrans (Orica GreenEdge), com 478 pontos.
No que respeita à lista por países, Portugal ficou na 11.ª posição, com 463 pontos. Já a liderança foi, uma vez mais, para Espanha, com 1834 pontos.
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HOJE NO
"A BOLA"
"A BOLA"
Rui Costa consegue a melhor
. classificação lusa no `ranking´mundial
Rui Costa terminou a época velocipédica às portas do pódio do `ranking´do circuito mundial de ciclismo. O corredor da Lampre-Merida somou um total de 461 pontos, aparecendo assim em 4.º lugar, sendo esta a melhor classificação de sempre de um português.
Desta forma, o ciclista natural da
Póvoa de Varzim melhorou em cinco posições a pontuação obtida no final
de 2013. Também André Cardoso (Garmin Sharp) conseguiu pontuar no
`ranking` WorldTour, acabando no 205.º lugar, com dois pontos.
Este ano, a liderança do WorldTour foi para o espanhol Alejandro Valverde (Movistar) com 686 pontos, mais 66 do que o compatriota Alberto Contador (Tinkoff-Saxo). Em terceiro ficou o australiano Simon Gerrans (Orica GreenEdge), com 478 pontos.
No que respeita à lista por países, Portugal ficou na 11.ª posição, com 463 pontos. Já a liderança foi, uma vez mais, para Espanha, com 1834 pontos.
* Um atleta exemplar, terá ainda muito sucesso pela frente!
** A Espanha é, nos últimos dez anos, um fenómeno desportivo.
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HOJE NO
"AÇORIANO ORIENTAL"
"AÇORIANO ORIENTAL"
Nível do mar registou nos últimos
100 anos aumento sem
precedentes em milénios
O nível do mar aumentou 20 centímetros nos últimos 100 anos, um
fenómeno sem precedentes em milénios, revela um estudo divulgado na
Austrália.
A investigação, publicada no "Proceedings of the National Academy of
Sciences", analisa as flutuações do nível do mar nos últimos 35 mil anos
com base nas mudanças no volume de gelo na terra.
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"Nos últimos seis mil anos, antes de começar a aumentar o nível da água na modernidade, o nível do mar foi bastante estável", disse um dos coautores do estudo, Kurt Lambeck, investigador da Universidade Nacional Australiana, citado pela cadeia de televisão ABC.
Lambeck explicou que, durante esses milénios, não se encontraram provas de oscilações de 25 a 30 centímetros em períodos de cem anos, mas que essa tendência mudou a partir do processo de industrialização com um aumento que classificou como "inusual".
"Nos últimos 150 anos assistimos a um aumento do nível da água à velocidade de vários milímetros por ano e nos nossos registos mais antigos não registamos um comportamento similar", indicou o cientista, vinculando este fenómeno ao aumento da temperatura do planeta.
A investigação concluiu ainda que, mesmo assim, as flutuações naturais nos níveis do mar nos últimos seis mil anos foram menores do que sugeriam estudos anteriores.
"Este ponto foi bastante polémico porque muita gente assegurava que o nível do mar tinha oscilado em grandes quantidades, vários metros em centenas de anos, e não encontramos provas que o demonstrem", acrescentou Lambeck.
O estudo aborda também a complexa relação entre o degelo e o aumento do nível dos oceanos, no qual intervêm fatores como a atracão gravitacional entre o gelo e a água, e que provoca aumento no nível do mar numas zonas e descida noutras.
* Preocupante, há pequenos países insulares que podem desaparecer.
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O FUTURO? |
"Nos últimos seis mil anos, antes de começar a aumentar o nível da água na modernidade, o nível do mar foi bastante estável", disse um dos coautores do estudo, Kurt Lambeck, investigador da Universidade Nacional Australiana, citado pela cadeia de televisão ABC.
Lambeck explicou que, durante esses milénios, não se encontraram provas de oscilações de 25 a 30 centímetros em períodos de cem anos, mas que essa tendência mudou a partir do processo de industrialização com um aumento que classificou como "inusual".
"Nos últimos 150 anos assistimos a um aumento do nível da água à velocidade de vários milímetros por ano e nos nossos registos mais antigos não registamos um comportamento similar", indicou o cientista, vinculando este fenómeno ao aumento da temperatura do planeta.
A investigação concluiu ainda que, mesmo assim, as flutuações naturais nos níveis do mar nos últimos seis mil anos foram menores do que sugeriam estudos anteriores.
"Este ponto foi bastante polémico porque muita gente assegurava que o nível do mar tinha oscilado em grandes quantidades, vários metros em centenas de anos, e não encontramos provas que o demonstrem", acrescentou Lambeck.
O estudo aborda também a complexa relação entre o degelo e o aumento do nível dos oceanos, no qual intervêm fatores como a atracão gravitacional entre o gelo e a água, e que provoca aumento no nível do mar numas zonas e descida noutras.
* Preocupante, há pequenos países insulares que podem desaparecer.
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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Governo brasileiro diz que Oi
sofreu desfalque com caso Rioforte
Ministro das comunicações daquele país afirmou que o
'default' da Rioforte azedou as relações entre a PT e a Oi e que poderá
ter sido por essa razão que a Oi ficou de fora do leilão de quarta
geração móvel.
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O ministro das Comunicações brasileiro, Paulo Bernardo,
afirmou hoje que a operadora Oi sofreu um "desfalque" no processo de
fusão com a PT, devido ao 'default' de 900 milhões de euros em papel
comercial da Rioforte e que esta situação pode ter levado a que a
empresa ficasse de fora do leilão de quarta geração móvel lançado
recentemente pelo governo brasileiro.
Bernardo afirmou, citado pela Reuters, que "deram um desfalque na
empresa. Fizeram um empréstimo pouco antes da empresa quebrar".
O 'default' azedou a relação entre a PT e os brasileiros e ainda com
Zeinal Bava, que na passada semana apresentou a renúncia às suas funções
de presidente-executivo na Oi.
"Não podemos ignorar e talvez isso teve como consequência a não
participação da Oi no leilão, o que acho negativo para a empresa", disse
Bernardo durante debate na feira de telecomunicaçoes Futurecom.
Governo não vai ajudar Oi
Apesar de falar de "desfalque", Bernardo garantiu que o governo
brasileiro não tem nenhum plano para ajudar a operadora de
telecomunicações Oi, que está, alegadamente, em dificuldades
financeiras.
Ainda assim afirmou que vai reunir com a direcção da operadora possivelmente ainda esta semana.
"O pessoal da Oi me ligou, querem falar comigo, e mandei marcar ( a audiência) e vou ouvi-los. Não sei do que se trata" afirmou.
Relativamente a um eventual pedido de ajuda financeira, Bernardo
disse que "se a empresa quiser vai discutir isso lá no BNDES, que
inclusive é accionista dela". O BNDES é o banco estatal brasileiro que é
investidor na operadora que está em processo de fusão com a PT.
O ministro considerou ainda como naturais os movimentos de
consolidação no Brasil, nomeadamente o facto da Oi ter mandatado o BTG
Pactual para estudar a compra de 66,7% da Telecom Italia na TIM, que não
faz parte das suas funções incentivas ou discutir esse tipo de
transações mas que o movimento é natural em todos os sectores.
"Só se fala nisso. Mas se alguém achar que tem que se fundir, como a
Telefónica que adquiriu a GVT, então nós vamos analisar um caso
concreto. Agora, eu não sou corretor de telefónicas, não vou discutir se
tem que comprar, se fundir. Eu acho que empresas comprarem umas às
outras, ou se fundirem, é uma coisa inerente (ao negócio), acontece no
mercado. Isso tem que ser feito de acordo com a legislação, tem que ser
observada principalmente a lei da concorrência e preservar a competição
no sector. Temos que examinar cada caso", afirmou.
Sobre a importância do leilão de quarta geração móvel, o ministro
disse achar que "nos próximos quatro, no máximo cinco anos, a modalidade
de serviço móvel que vai prevalecer será o 4G. Vejo claramente que nos
grandes centros urbanos, e em muitas cidades do interior, o que vai
predominar é o 4G. Ficar fora disso é péssimo. Eu acho que é um risco
para a empresa ficar fora".
A Reuters avançou ainda, na semana passada, que o governo federal já
começou a trabalhar no cenário de redução de quatro para três no número
de grandes operadoras de telecomunicações no mercado brasileiro.
* 900 milhões de "granadeuros" é obra..
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