14/10/2014

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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"

Governo brasileiro diz que Oi 
sofreu desfalque com caso Rioforte

Ministro das comunicações daquele país afirmou que o 'default' da Rioforte azedou as relações entre a PT e a Oi e que poderá ter sido por essa razão que a Oi ficou de fora do leilão de quarta geração móvel.
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O ministro das Comunicações brasileiro, Paulo Bernardo, afirmou hoje que a operadora Oi sofreu um "desfalque" no processo de fusão com a PT, devido ao 'default' de 900 milhões de euros em papel comercial da Rioforte e que esta situação pode ter levado a que a empresa ficasse de fora do leilão de quarta geração móvel lançado recentemente pelo governo brasileiro.

Bernardo afirmou, citado pela Reuters, que "deram um desfalque na empresa. Fizeram um empréstimo pouco antes da empresa quebrar".


O 'default' azedou a relação entre a PT e os brasileiros e ainda com Zeinal Bava, que na passada semana apresentou a renúncia às suas funções de presidente-executivo na Oi.

"Não podemos ignorar e talvez isso teve como consequência a não participação da Oi no leilão, o que acho negativo para a empresa", disse Bernardo durante debate na feira de telecomunicaçoes Futurecom.

Governo não vai ajudar Oi
Apesar de falar de "desfalque", Bernardo garantiu que o governo brasileiro não tem nenhum plano para ajudar a operadora de telecomunicações Oi, que está, alegadamente, em dificuldades financeiras.
Ainda assim afirmou que vai reunir com a direcção da operadora possivelmente ainda esta semana.
"O pessoal da Oi me ligou, querem falar comigo, e mandei marcar ( a audiência) e vou ouvi-los. Não sei do que se trata" afirmou.

Relativamente a um eventual pedido de ajuda financeira, Bernardo disse que "se a empresa quiser vai discutir isso lá no BNDES, que inclusive é accionista dela". O BNDES é o banco estatal brasileiro que é investidor na operadora que está em processo de fusão com a PT.

O ministro considerou ainda como naturais os movimentos de consolidação no Brasil, nomeadamente o facto da Oi ter mandatado o BTG Pactual para estudar a compra de 66,7% da Telecom Italia na TIM, que não faz parte das suas funções incentivas ou discutir esse tipo de transações mas que o movimento é natural em todos os sectores.

"Só se fala nisso. Mas se alguém achar que tem que se fundir, como a Telefónica que adquiriu a GVT, então nós vamos analisar um caso concreto. Agora, eu não sou corretor de telefónicas, não vou discutir se tem que comprar, se fundir. Eu acho que empresas comprarem umas às outras, ou se fundirem, é uma coisa inerente (ao negócio), acontece no mercado. Isso tem que ser feito de acordo com a legislação, tem que ser observada principalmente a lei da concorrência e preservar a competição no sector. Temos que examinar cada caso", afirmou.

Sobre a importância do leilão de quarta geração móvel, o ministro disse achar que "nos próximos quatro, no máximo cinco anos, a modalidade de serviço móvel que vai prevalecer será o 4G. Vejo claramente que nos grandes centros urbanos, e em muitas cidades do interior, o que vai predominar é o 4G. Ficar fora disso é péssimo. Eu acho que é um risco para a empresa ficar fora".

A Reuters avançou ainda, na semana passada, que o governo federal já começou a trabalhar no cenário de redução de quatro para três no número de grandes operadoras de telecomunicações no mercado brasileiro.

*  900 milhões de "granadeuros" é obra..


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