14/10/2014

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Ryanair: 
"A Vinci não está a deixar Lisboa crescer"

Michael O'Leary considera que Portugal é um dos países com maior potencial de crescimento na rede da companhia de baixo custo irlandesa Ryanair. Porém, o CEO acusa a Vinci - concessionária dos aeroportos portugueses - de "impedir o crescimento de Lisboa, propositadamente, para que não tenha de investir num segundo aeroporto, mal atinja os 20 milhões de passageiros" de tráfego.

"Lisboa está com cerca de metade do tráfego que devia ter. Se Dublin, que tem menos população, tem 20 milhões de passageiros, Lisboa tem quase o dobro dos habitantes e está com apenas, salvo erro, 12 milhões de passageiros", apontou O'Leary.

A concessão dos aeroportos portugueses "apenas substituiu o monopólio do Estado por um monopólio privado", acusa o CEO, que diz querer investir mais em Portugal, se o deixarem.
"Estamos em negociações para iniciar operação nos Açores, se possível no verão de 2015, visto que temos dois aviões que ainda não foram alocados e seriam utilizados para esse destino", adiantou o gestor. A decisão depende "de abrirem o monopólio existente, dos custos do aeroporto e dos custos de handling, que ainda são muito elevados nos Açores".

Michael O'Leary estima que, só com tráfego doméstico, ou seja, ligando os Açores a Lisboa e Porto ("possivelmente, duas frequências para Lisboa e uma para o Porto, para começar"), o novo destino pudesse significar 300 mil passageiros domésticos no primeiro ano.

O CEO da Ryanair esteve hoje no Porto, numa conferência de imprensa, para anunciar duas novas rotas, para Berlim e Hamburgo, bem como os dois voos diário entre Lisboa e Porto, que já tinham sido anunciados, a partir do próximo dia 26 de outubro. Durante um período limitado, até quinta-feira à meia noite, há bilhetes Lisboa-Porto a 9,99 euros.

* A acusação de Michael O'Leary faz sentido, mais uma argolada no que toca a privatizações efectuadas por este governo.


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