Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
05/07/2014
.
3-PSAS
Síndrome de Excitação Sexual Persistente
Um documentário fascinante de uma doença rara.
As
mulheres do documentário sofrem de uma estranha e desconcertante
condição que os pesquisadores recentemente denominaram Síndrome de
Excitação Sexual Persistente conhecida pela sigla PSAS (abreviação do
inglês Persistent Sexual Arousal Syndrome), que nada tem a ver com
prazer.
Esta
patologia além de ser invulgar poucos ginecologistas conhecem, foi descoberta em 2001 sendo que apesar de rara, talvez alguns
milhares de mulheres sofram dela e tenham vergonha de expor as suas
angustias, veja o vídeo.
.
.
IV-VOZES CONTRA
2-UM MUNDO
IV-VOZES CONTRA
A GLOBALIZAÇÃO
2-UM MUNDO
DESIGUAL
A Série Vozes Contra a Globalização combina as filmagens em diferentes
lugares do mundo, com arquivos documentais, crônicas de informativos,
trabalhos cinematográficos de diretores como WinWin Wenders, Avi Lewis,
Pino Solanas, Jorge Drexler, poemas de Mário Benedetti e a atuação de
Loucas de Pedra, de Pernambuco/Brasil.
Outras das vozes da série
são os economistas Jeremy Rifikin (EEUU), ecologistas como o espanhol
Ramon Fernandez Duran, o relator das Nações Unidas para a Fome no Mundo,
Jean Ziegler, o ex-portavoz do Fórum Social de Gênova, Vitório
Agnolletto, o Prêmio Príncipe de Astúrias, de Ciências Sociais, Giovanni
Sartori, o especialista em Química Atmosférica, James Lovelock, o
Analista Social José Vidal Beneyto, entre outros.
Um mundo desigual
Enquanto
nos preocupamos com as incidências da selecção lusitana morrem por dia
de fome 100 mil pessoas em todo o mundo, que humanidade é esta?
NR:
Muito procurámos para tentar obter o visonamento desta série em língua
portuguesa, a voz off está em francês e as legendas em espanhol, foi o
que conseguimos.
.
CARLA HILÁRIO QUEVEDO
.
IN "SOL"
30/06/14
.
Dizer a coisa errada
Sabemos que o mundo se divide entre os que sabem dizer as palavras
certas em momentos difíceis e os que não têm jeito nenhum. Conhecemos os
intrometidos, os que dão conselhos, os que falam deles, os que passam
pior. Conhecemos os que insistem em dizer a verdade, os brutos e
insensíveis.
Mas se tivermos sorte, conhecemos também quem pergunta sinceramente
se é preciso alguma coisa e que está presente quando é. Não vale a pena
dizer a ninguém como pode ou deve passar por um momento de perda na sua
vida, porque realmente ninguém sabe como se faz, mesmo que tenha uma
vasta experiência no assunto. Não é possível evitar nem eliminar o
sofrimento, diria até que não é aconselhável, mas é possível tentar não
dizer disparates quando vemos que alguém está a sofrer. Se as palavras
custam, pergunte à pessoa que está de luto, por exemplo, se tem jantar.
Não lhe conte do seu tio que morreu há dias nem lhe diga que temos de
estar preparados para a morte.
Atracção pela arte
Na Universidade de Tübingen, na Alemanha, está exposta uma escultura
de mármore encarnado do escultor peruano Fernando de la Jana. Chama-se
Chacán-Pi. Desconheço o que significam estas palavras em quéchua. Em
inglês, dizem que se chama ‘Making Love’. A obra, que pesa 32 toneladas,
é um cubo com uma racha de curvaturas sugestivas no meio. Não é preciso
ser muito sofisticado para associar a fenda a uma vagina. Há dias, um
estudante meteu-se lá dentro e não conseguia sair. Foram precisos 20
bombeiros a fazer de parteiras para o rapaz não passar o resto da vida
dentro da dita cuja. O que terá passado pela cabeça deste estudante?
Imagino que terá sido uma brincadeira estúpida, uma tentativa de
impressionar os colegas com a façanha ou quem sabe se uma aposta. Mas
terá avaliado o valor simbólico da sua iniciativa? Penso que não. O que
me parece imperdoável é o rapaz não se ter apercebido da inflexibilidade
e da frieza do mármore. Que grande palerma.
Só rir
Um artigo na New York Magazine revelou três conclusões de um estudo
sobre o riso. A primeira é a de que quando estamos sozinhos nos rimos 30
vezes menos do que quando estamos acompanhados. Não me surpreende. Os
produtores das sitcom dos anos 50 perceberam que conseguiam fazer rir os
espectadores com o som de risos enlatados. Em teatro, as famosas e
paleolíticas claques também aplaudiam os patrões e riam das suas piadas,
contagiando os ingénuos. Outro axioma: 46% das pessoas riem das suas
próprias graçolas. Aqui discordo. Há cada vez menos pessoas com
confiança suficiente para deixarem o ouvinte decidir se têm graça ou
não. Os humoristas de salão tentam dar uma ajudinha, mesmo que seja com
um desesperado ‘estava a brincar’. Por último, afirmam que as mulheres
se riem 126% mais que os homens. É uma percentagem decepcionante, tendo
em conta que as mulheres adoram homens que as façam rir. Só 26% de risos
a mais provam a pouca graça que eles têm.
Um perfil
No momento em que escrevo sei que é de um milagre que a selecção
portuguesa precisa para passar à próxima fase do Mundial. Pouco antes de
Portugal empatar com os Estados Unidos, li um perfil de Emily Shire no
Daily Beast sobre Cristiano Ronaldo que destacava uma qualidade
surpreendente. Quando Ronaldo se deixou fotografar nu com a namorada
para a capa da Vogue, permitiu que fosse ele o humano objectificado em
vez da mulher. Ronaldo é por vezes acusado de ser efeminado por causa
das campanhas publicitárias em que participa de roupa interior, mas
talvez fosse interessante descobrirmos que Ronaldo não é o troglodita
habitual. Parece-me evidente que um homem nu na capa de uma revista de
moda feminina não é comparável a uma mulher nua numa revista parecida,
mas acho que para variar não faz mal. Fiquei a pensar se Ronaldo gosta
mesmo de mulheres de um modo que não é comum um futebolista
heterossexual gostar. Daquele modo saudável e companheiro.
Bolinha
Já lá vai o tempo em que só os homens gostavam e sabiam de futebol. É
comum vermos os estádios com mulheres a assistir e é frequente ouvirmos
conversas entre mulheres sobre os jogos, as equipas, o modo como
jogaram, etc. De início estranhei esta curiosidade, mas agora gosto de
ouvir mulheres a falar de futebol, infelizmente apenas uma na televisão
portuguesa, Cláudia Lopes, e gosto de saber que jogam o jogo. Tudo o que
seja para agitar os clubes do Bolinha é bem-vindo. As mulheres gostam
de futebol, mas será que o futebol gosta delas?, pergunta Byrony Gordon,
no Telegraph. A conclusão a que chega é que nem por isso. O futebol
aceita supermodelos para apresentar galas da FIFA e coisas do género,
mas não está interessado na participação feminina quando se trata de
comentar e analisar os jogos, uma actividade reservada a pessoas com
certas características anatómicas. Como se o futebol fosse o último
reduto masculino. Ah, não! Ainda temos o râguebi.
IN "SOL"
30/06/14
.
.
.
HOJE NO
"RECORD"
"RECORD"
Duval descobre cancro mas joga Wimbledon até ao fim
disputou 4 encontros depois do diagonóstico
A jovem norte-americana Victoria Duval, de apenas 18 anos, anunciou
esta sexta-feira que se vai afastar do circuito para recuperar de um
cancro no sistema linfático, que lhe foi diagnosticado durante o torneio
de Wimbledon.
Duval, número 114 WTA, teve conhecimento da
doença após a primeira ronda da fase de qualificação e fez questão de
jogar o torneio até ao fim, só tendo mesmo sido eliminada quatro
encontros depois, na segunda ronda do quadro principal.
"Estou
com o coração apertado em saber que terei que me afastar por um pequeno
período. Tenho muita fé em Deus e sei que ele vai ajudar-me a mim e à
minha família em tudo o que precisarmos para alcançar a vitória",
afirmou a jogadora em comunicado.
* Coragem Victoria.
.
.
.
HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
Taxistas contra condutor privado
UberBLACK é uma aplicação para smartphones que angaria clientes para motoristas privados. Associação de taxistas diz que é concorrência desleal.
Chegou a Lisboa uma empresa norte-americana detentora de uma aplicação informática que permite, mediante o recurso a um smartphone, o acesso a um carro com condutor privado. A UberBLACK é, contudo, alvo de contestação por parte dos motoristas de táxi.
O presidente da Associação Nacional dos Transportes Rodoviários em Automóveis Ligeiros, Florêncio Almeida, entende que a empresa angariadora de serviços fomenta a concorrência desleal ao "aceitar motoristas particulares que não possuem alvará, licença para as viaturas ou certificado profissional".
Ontem, na apresentação da Uber, o seu responsável máximo para a Europa Ocidental, Alexander Droulers, sublinhou que a empresa admite a inscrição de particulares através do seu endereço na internet, mas que "terão de ser motoristas profissionais", ou seja, credenciados pelo Instituto da Mobilidade e Transportes.
São também necessários seguros próprios para o transporte de terceiros e a posse de equipamento que permita a única forma de pagamento possível, cartão de crédito. A Uber "adotou o serviço de aluguer privado de gama alta", considerando Alexander Droulers que "este tipo de veículos não são concorrentes do táxi".
"O preço cobrado é de dois euros, mais 30 cêntimos por minuto e 1,1 € por quilómetros. Sobre o valor da fatura a Uber cobra uma comissão de 20%". Numa comparação de preços, Florêncio Almeida explica que "o custo de chamar o táxi em Lisboa é de 3,25 euros e depois é cobrado 0,47 €/ quilómetro".
* Não consideramos este serviço essencial, duvidamos da adesão ao negócio, a não ser para quem queira armar ao fino e pagar mais, até de um taxi descaracterizado.
.
.
.
HOJE NO
"i"
"i"
Ministro do ambiente quer alocar
500 milhões de euros para
a reabilitação urbana
Segundo
o ministro, “nos fundos europeus [para] Portugal 2020 estão previstas
verbas para actividades de eficiência energética na habitação (…) que
poderão totalizar cerca de 500 milhões de euros”
.
O
ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, defendeu
hoje que a reabilitação urbana deve ser “uma das prioridades”, com
mais-valias no emprego e atividade económica, pretendendo alocar 500
milhões de euros de fundos europeus para o efeito.
“Se há área em que temos a oportunidade de, no curto prazo, gerar
emprego e atividade económica com benefícios na energia, no ambiente e
na qualidade de vida das cidades é a área da reabilitação urbana”,
afirmou hoje Moreira da Silva, numa conferência sobre o presente e
futuro da reabilitação urbana que decorreu hoje no Porto.
Segundo o ministro, “nos fundos europeus [para] Portugal 2020 estão
previstas verbas para atividades de eficiência energética na habitação
(…) que poderão totalizar cerca de 500 milhões de euros”.
“Pretendemos que esses 500 milhões de euros de melhoria e de aposta
nas condições energéticas de habitação, e dessa forma de reabilitação
urbana, possam ser desenvolvidos como um instrumento financeiro que
permita alavancar e atrair outras fontes de financiamento”, explicou.
Para Moreira da Silva a reabilitação urbana “deve ser assumida como
uma das prioridades a nível nacional” o que trará vantagens ao nível do
ordenamento do território, aumento de população nas cidades, melhoria
das condições de habitabilidade e maior eficiência energética.
O governante destacou quatro “pilares estruturantes” para a
reabilitação urbana em Portugal, nomeadamente a reforma do ordenamento
do território, os ajustes à lei do arrendamento, o regime excecional de
reabilitação urbana e, por fim, o financiamento “que deve ser promovido
com algum apoio público”.
Dentro da reforma do ordenamento do território assinalou a
“necessidade de encontrar uma solução estruturante” e lembrou os vários
diplomas a serem aprovados nas próximas semanas, que levarão à
erradicação de solos urbanizáveis, ao novo regime económico-financeiro
sobre solos rústicos, à apropriação individual de mais-valias, à
concentração nos Planos Diretores Municipais (PDM) de todos os as
regras, à promoção da cooperação intermunicipal e à gestão programática
dos PDM.
“Este é o primeiro pilar para a reabilitação urbana, o segundo é a
lei do arrendamento” que “em breve” verá aprovados ajustamentos com
vista a melhores opções de emprego e proatividade económica.
Já no âmbito do regime excecional de reabilitação urbana, Moreira da
Silva recordou que o mesmo irá permitir a dispensa de algumas normas
durante sete anos “que vão permitir reduzir o custo da reabilitação em
30 a 40%”
Também presente, o secretário de estado do Ordenamento do Território e
da Conservação da Natureza focou a questão demográfica ao afirmar que,
no processo de reabilitação urbana, se deve ter em conta o excedente
habitacional que o país vive a par de uma quase estagnação do
crescimento da população portuguesa.
Miguel de Castro Neto lembrou que a ação do governo na reabilitação
urbana se tem dividido em duas partes: a revisão legislativa e a procura
de novas fontes de financiamento, afirmando, tal como o ministro
Moreira da Silva, que vai ser dado “especial destaque” à reabilitação
urbana no Portugal 2020, com o objetivo de alcançar os 500 milhões de
euros de verbas disponíveis.
* 500 milhões de euros para reabilitação urbana não é uma verba por aí além mas é dinheiro.
Há vigarices em Portugal que envolvem cada muito mais que 500 milhões de prejuízo para o Estado e continuam impunes.
.
.
Wagner Ribeiro, empresário de Neymar, diz que o infortúnio do internacional brasileiro deixou a família do jogador profundamente abalada e sem vontade de continuar a acompanhar o Mundial.
«A Copa acabou para nós. Estamos todos muito tristes. Eu, Neymar pai, a Rafaela [irmã de Neymar] e a Bruna [Marquezine, namorada do jogador]. Para nós a Copa acabou», afirmou Wagner Ribeiro, citado pelo jornal Folha de São Paulo.
«A Copa era o sonho de Neymar. Ele não parava de falar na Copa, passou os últimos anos a pensar nisso. É muito frustrante», desabafou o agente.
O jogo de terça-feira com a Alemanha, em Belo Horizonte, não deverá contar com clã Neymar entre a assistência.
«Tinha tudo acertado para ir a Belo Horizonte. Agora não faz sentido. Não sei o que vamos fazer», referiu o pai do jogador.
HOJE NO
"A BOLA"
Mundial terminou para família de Neymar
Wagner Ribeiro, empresário de Neymar, diz que o infortúnio do internacional brasileiro deixou a família do jogador profundamente abalada e sem vontade de continuar a acompanhar o Mundial.
«A Copa acabou para nós. Estamos todos muito tristes. Eu, Neymar pai, a Rafaela [irmã de Neymar] e a Bruna [Marquezine, namorada do jogador]. Para nós a Copa acabou», afirmou Wagner Ribeiro, citado pelo jornal Folha de São Paulo.
«A Copa era o sonho de Neymar. Ele não parava de falar na Copa, passou os últimos anos a pensar nisso. É muito frustrante», desabafou o agente.
O jogo de terça-feira com a Alemanha, em Belo Horizonte, não deverá contar com clã Neymar entre a assistência.
«Tinha tudo acertado para ir a Belo Horizonte. Agora não faz sentido. Não sei o que vamos fazer», referiu o pai do jogador.
* Uma infelicidade mas parece que não há intenção maldosa do jogador adversário que é, aliás, dos jogadores menos faltosos do mundial.
.
.
.
HOJE NO
"OBSERVADOR"
"OBSERVADOR"
Em Espanha, troca-se sexo oral
por bebidas grátis
Magaluf, em Maiorca, está no centro da polémica devido a competições de índole sexual. Instituto da Mulher pediu ao Ministério Público que investigue uma prática já batizada de "mamading".
O Instituto da Mulher
de Espanha pediu ao Ministério Público para investigar uma prática que
estará a tornar-se comum em Maiorca. Consiste em oferecer bebidas grátis
a mulheres em troca de sexo oral e foi detetada em alguns locais de
entretenimento em Magaluf, Maiorca. Segundo El País,
o instituto considera a situação “humilhante” e pede que aquilo que
considera ser um ato de discriminação seja rejeitado, tanto pelas
pessoas em geral como pela indústria do entretenimento.
De acordo com o El País, que cita relatos da imprensa local, alguns
residentes de Magaluf são responsáveis por organizar competições de
índole sexual: as mulheres têm de praticar sexo oral a um determinado
número de homens, presentes num mesmo local, o mais depressa possível. A
“vencedora” ganha bar aberto. A técnica terá sido batizada de
“mamading”.
O Instituto da Mulher remeteu o caso para o Ministério Público para
perceber se os promotores destes “concursos” estão ou não a incorrer num
crime, como incitação à prostituição. De acordo com as informações
recolhidas pelo mesmo organismo, estas atividades acontecem em vários
locais e já se tornaram populares nas redes sociais.
Magaluf recebe um grande número de turistas no verão, sobretudo
jovens britânicos que, diz o El País, “gostam de passar as suas férias
com muito álcool”.
* Uma competição practicada num país europeu, membro da UE, civilizado e profundamente católico. Se isto acontecesse no Burkina Fasso ou no Djibouti seria coisa própria de selvagens.
.
.
.
HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
"Situação dramática" na classe médica
O sindicato que convocou a greve de médicos para terça e quarta-feira
denuncia um clima de medo e perseguição, mas garante que isso não o
impedirá de lutar contra "a destruição" do setor, ponderando novos
protestos.
Em entrevista à agência Lusa, Mário Jorge Neves,
dirigente da Federação Nacional dos Médicos (FNAM) disse que a classe
está hoje confrontada com "uma situação dramática de ameaça da própria
subsistência do Serviço Nacional de Saúde (SNS)" e garantiu que nada
faria a FNAM voltar atrás no protesto.
"A política que tem vindo a ser desenvolvida de forma até encoberta, dissimulada, é uma política que visa desarticular e destruir os serviços públicos" de saúde.
Mário Jorge Neves denuncia que "os médicos sofrem hoje múltiplas restrições no seu desempenho profissional, estão confrontados com limitações ao exercício pleno das suas funções profissionais e sentem que cada dia que passa a qualidade assistencial se vai degradando e a capacidade de resposta dos serviços vai diminuindo".
O sindicalista disse conhecer relatos "dramáticos" de escassez de material e, conta que, recentemente, esteve num hospital em Lisboa onde são os médicos que compram papel higiénico.
"Esta é uma situação que, em 40 anos de democracia, nunca tinha sido vivida desta forma dramática".
Para a FNAM, além dos efeitos da austeridade, o setor debate-se com iniciativas governamentais que se "traduzem na criação de problemas extremamente graves, como a famigerada portaria da chamada categorização dos hospitais que, se for aplicada, representa o encerramento de 27 maternidades, vários serviços em múltiplos hospitais, o desaparecimento da rede pública de vários hospitais e até de duas especialidades médicas" (estomatologia e a endocrinologia).
Também a chamada "lei da rolha" motiva protestos da FNAM, à qual atribui parte do "clima de medo" que os médicos hoje vivem.
"Esta postura do Ministério da Saúde de criminalização da denúncia do mau funcionamento dos serviços e do impacto que isso tem na segurança da prestação de cuidados para os utentes é mais um buraco negro no nosso sistema democrático", aponta.
Segundo o sindicalista, "perante uma situação geral destas, que inevitavelmente arrasta problemas sócio profissionais delicados, e porque o Ministério da Saúde não tem primado por um diálogo e por uma negociação séria, sentimos que, estando bloqueada a situação, e aumentando sistematicamente as ameaças ao próprio futuro do SNS, não tínhamos alternativa senão enveredar por formas de luta".
Dois anos após a greve de médicos que juntou os dois sindicatos - FNAM e Sindicato Independente dos Médicos (SIM), o último agora fora deste protesto - e reuniu milhares de clínicos frente ao Ministério da Saúde, as batas brancas voltam ao mesmo local, com o apoio da Ordem dos Médicos.
Para a concentração no primeiro dia do protesto, a FNAM apela ao apoio da população: "A maior prova de solidariedade seria a participação da população junto das batas brancas", disse Mário Jorge Neves.
A propósito deste apelo, o dirigente sindical garantiu que "os cidadãos podem contar com os médicos como seus principais aliados para voltarem a ter um serviço público de saúde de qualidade".
"Não é agora, a dias da greve, que terá qualquer credibilidade uma iniciativa tendente a desbloquear esta forma de luta. Não vamos correr riscos com pessoas que sabemos, à partida, que não cumpriram durante dois anos com a sua palavra nem com os documentos assinados".
Sobre o que acontecerá após a greve, o sindicalista disse que "se o Ministério persistir nesta postura, continuaremos a trabalhar para manter o processo reivindicativo que terá tendência a uma radicalização crescente. Até onde, não sabemos".
Outras formas de protesto podem passar por demissões em bloco, como as ocorridas no Hospital de São João, no Porto, ou a continuação da denúncia de situações graves no setor, exemplificou.
"Naturalmente que não ficaremos por aqui, porque estamos a lidar com uma situação que é na sua essência dramática e que, para muitos cidadãos, pode ter a ver, não só com aspetos de qualidade de vida, mas também com a diferença entre a vida e a morte".
* Os portugueses não estão muito atentos a esta situação de conflito entre médicos e ministério, mas é muito grave.
"A política que tem vindo a ser desenvolvida de forma até encoberta, dissimulada, é uma política que visa desarticular e destruir os serviços públicos" de saúde.
Mário Jorge Neves denuncia que "os médicos sofrem hoje múltiplas restrições no seu desempenho profissional, estão confrontados com limitações ao exercício pleno das suas funções profissionais e sentem que cada dia que passa a qualidade assistencial se vai degradando e a capacidade de resposta dos serviços vai diminuindo".
O sindicalista disse conhecer relatos "dramáticos" de escassez de material e, conta que, recentemente, esteve num hospital em Lisboa onde são os médicos que compram papel higiénico.
"Esta é uma situação que, em 40 anos de democracia, nunca tinha sido vivida desta forma dramática".
Para a FNAM, além dos efeitos da austeridade, o setor debate-se com iniciativas governamentais que se "traduzem na criação de problemas extremamente graves, como a famigerada portaria da chamada categorização dos hospitais que, se for aplicada, representa o encerramento de 27 maternidades, vários serviços em múltiplos hospitais, o desaparecimento da rede pública de vários hospitais e até de duas especialidades médicas" (estomatologia e a endocrinologia).
Também a chamada "lei da rolha" motiva protestos da FNAM, à qual atribui parte do "clima de medo" que os médicos hoje vivem.
"Esta postura do Ministério da Saúde de criminalização da denúncia do mau funcionamento dos serviços e do impacto que isso tem na segurança da prestação de cuidados para os utentes é mais um buraco negro no nosso sistema democrático", aponta.
Segundo o sindicalista, "perante uma situação geral destas, que inevitavelmente arrasta problemas sócio profissionais delicados, e porque o Ministério da Saúde não tem primado por um diálogo e por uma negociação séria, sentimos que, estando bloqueada a situação, e aumentando sistematicamente as ameaças ao próprio futuro do SNS, não tínhamos alternativa senão enveredar por formas de luta".
Dois anos após a greve de médicos que juntou os dois sindicatos - FNAM e Sindicato Independente dos Médicos (SIM), o último agora fora deste protesto - e reuniu milhares de clínicos frente ao Ministério da Saúde, as batas brancas voltam ao mesmo local, com o apoio da Ordem dos Médicos.
Para a concentração no primeiro dia do protesto, a FNAM apela ao apoio da população: "A maior prova de solidariedade seria a participação da população junto das batas brancas", disse Mário Jorge Neves.
A propósito deste apelo, o dirigente sindical garantiu que "os cidadãos podem contar com os médicos como seus principais aliados para voltarem a ter um serviço público de saúde de qualidade".
"Não é agora, a dias da greve, que terá qualquer credibilidade uma iniciativa tendente a desbloquear esta forma de luta. Não vamos correr riscos com pessoas que sabemos, à partida, que não cumpriram durante dois anos com a sua palavra nem com os documentos assinados".
Sobre o que acontecerá após a greve, o sindicalista disse que "se o Ministério persistir nesta postura, continuaremos a trabalhar para manter o processo reivindicativo que terá tendência a uma radicalização crescente. Até onde, não sabemos".
Outras formas de protesto podem passar por demissões em bloco, como as ocorridas no Hospital de São João, no Porto, ou a continuação da denúncia de situações graves no setor, exemplificou.
"Naturalmente que não ficaremos por aqui, porque estamos a lidar com uma situação que é na sua essência dramática e que, para muitos cidadãos, pode ter a ver, não só com aspetos de qualidade de vida, mas também com a diferença entre a vida e a morte".
* Os portugueses não estão muito atentos a esta situação de conflito entre médicos e ministério, mas é muito grave.
.