06/10/2014

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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"


Estradas e ferrovias perderam entre 
20% e 30% dos passageiros

Quebra de procura registou-se apesar de o País ter investido cerca de 1,1 mil milhões de euros anuais nestas duas redes desde 2003, dois terços em rodovias.

 As redes rodoviária e ferroviária nacionais perderam entre 20% e 30% dos respectivos passageiros nos últimos cinco anos. De acordo com uma análise efectuada pela comissão de acompanhamento do processo de fusão da Estradas de Portugal (EP)/Refer, a que o Diário Económico teve acesso, entre 2009 e o final do ano passado registou-se uma perda de clientes nos dois sistemas das redes de transportes: cerca de 20% na rodovia, medidos em tráfego médio diário anual (TMDA) e cerca de 30% na ferrovia, medidos em passageiros/quilómetro. 

A mesma análise da comissão presidida por António Ramalho sublinha que estas quebras de procura nas redes rodoviária e ferroviária nacionais ocorreram apesar de ter ocorrido um forte investimento nos dois sistemas de transportes. "Nos últimos onze anos, entre 2003 e 2013, o investimento nas redes rodoviárias e ferroviárias geridas pela Refer/EP atingiu um montante superior a 12 mil milhões de euros, o equivalente a 1,1 mil milhões por ano", explica uma nota da comissão de acompanhamento do processo de fusão das duas empresas. Nestes valores não estão incluídos os montantes dos investimentos efectuados na rede de infra-estruturas dos metros e nas redes rodoviárias municipais.

Dos investimentos efectuados nas redes da EP e da Refer, a grande maioria, cerca de dois terços - cerca de nove mil milhões de euros - foi destinada às estradas. O restante terço, cerca de 3,1 mil milhões de euros, foi aplicado em investimentos no caminho-de-ferro. "Os maiores investimentos líquidos registaram-se em 2008 na rodovia, com 978 milhões de euros, e em 2004 na ferrovia, num montante de 428 milhões de euros", avança a mesma análise.

O organismo liderado por António Ramalho destaca que este volume de investimento, justifica em parte a dívida das duas empresas, que se situava em cerca de dez mil milhões de euros no final de 2013, concluindo que "são números como estes que merecem reflexão". A sustentabilidade e a análise custo-benefício dos investimentos são dois objectivos do processo de fusão em curso EP/Refer.

* Isto acontece por tanto a Estradas de Portugal como a Refer terem administradores de excelência.

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