31/03/2014

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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"

Ministro das Finanças alemão compara
. Crimeia a Hitler, mas depois recua

O ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble, juntou a sua voz a quem compara o que se está a passar na Crimeia com a invasão à Checoslováquia, em 1938, pelas forças nazis. Angela Merkel, no entanto, travou estas comparações, dizendo que o caso da Crimeia é único.

 Para uma assembleia de estudantes, o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, não teve dúvidas em falar do caso da Crimeia.

“Sabemos tudo pela história”, declarou, referindo-se aos argumentos que o presidente russo, Vladimir Putin, utilizou para anexar a Crimeia à Rússia.

E concretizou: “esses eram os métodos que Hitler utilizou para assumir a região dos Sudetas [região na Boémia, onde residiam alemães e que na década de 30 fazia parte da Checoslováquia]”, disse, citado pela Reuters.

Já Putin justificou a anexação da Crimeia dizendo que queria proteger os russos que residem na Península que estava nas mãos da Ucrânia. Hitler utilizou o argumento de protecção dos alemães para invadir a Checoslováquia.

Face às declarações, que tiveram impacto na Alemanha, Angela Merkel travou-as, não só distanciando-se delas, como declarando que vê o caso da anexação da Crimeia “como um caso isolado” e uma violação das leis internacionais.

Depois desta tomada de posição de Merkel, o gabinete de Schäuble desmentiu que o ministro alemão tenha comparado a Rússia ao Terceiro Reich.

O porta-voz emitiu um comunicado, citado pela Reuters,em que declarou: “o ministro Schäuble evidenciou, num encontro com estudos, que as acções da Rússia na Ucrânia violam as leis internacionais e alertou para as consequências. Claramente rejeitou qualquer comparação entre a Rússia e o Terceiro Reich”.

As declarações de Schäeuble relembraram a afirmação que Hillary Clinton, ex-secretária de Estado norte-americana, fez no início do mês de que a situação na Ucrânia fazia lembrar o que Hitler fez nos anos 30. Também Clinton desmentiu, no dia seguinte, que estivesse a fazer uma comparação.

* É estranho que algumas individualidades da cena política internacional deêm o dito por não dito, no mínimo são ridículas, no meio termo são cobardes, no topo obedecem ao dinheiro.


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