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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
08/12/2013
JOÃO MARCELINO
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IN "DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
07/12/13
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Enquadrar a história
1- A
propósito da morte de Nelson Mandela, o espaço comunicacional
inflamou-se, a reboque das redes sociais, contra o homem que em 1987
desempenhava o cargo de primeiro-ministro de Portugal e votou contra, ao
lado dos Estados Unidos de Reagan e da Inglaterra de Thatcher, uma
resolução da ONU que defendia a libertação do então dirigente do ANC, o
movimento que pegara em armas contra o detestável apartheid.
Esse
primeiro-ministro era Cavaco Silva e já veio explicar que o sentido de
voto traduzia as reservas portuguesas pelo facto de considerar que esse
texto continha um "incentivo à violência" ao apelar à resistência armada
contra o regime no poder na África do Sul. No entanto, lembra agora o
Presidente da República, Portugal fez uma declaração de voto condenando o
apartheid e votou uma outra resolução pedindo a libertação
imediata de Mandela, descolando aí da posição dos seus dois velhos
aliados, que continuaram a votar contra.
2- Creio
ser insuspeito de simpatias políticas pelo atual Presidente da
Republica. O incrível silêncio que tem mantido ao longo de sete anos
sobre o roubo ocorrido no BPN, no qual participaram figuras destacadas
da sua família política, é algo que deveria chocar qualquer cidadão. É
incompreensível como Cavaco Silva se deixou aprisionar no episódio das
ações da SNL e renunciou a pronunciar-se sobre o maior roubo perpetrado
em democracia. Esta é uma nódoa que a história há de relevar.
Mas
essa mesma história deve ser chamada a compreender o sentido de voto de
Portugal em 1987, numa dessas resoluções, a 42/23. Esse voto que hoje, à
luz da evolução do mundo, parece de todo absurdo só o é em parte -
naquela em que ficaram três países contra 129 (e 22 abstenções). De
resto, havia algumas razões para estarmos ao lado dos nossos aliados
tradicionais.
3- Em 1987, dois anos antes da
queda do Muro de Berlim, vivia-se ainda a Guerra Fria e um dos palcos
era precisamente a África Austral. Ali combatia-se e morria-se. Cuba
estava em Angola, ao lado do MPLA contra a UNITA. O marxismo
instalara-se em Moçambique. A África do Sul vivia governada por um
regime incrível, de apartheid, mas era um aliado estratégico dos
Estados Unidos e da Inglaterra e ali viviam cerca de 500 mil portugueses
que, saídos das nossas ex-colónias, tinham refeito as suas vidas.
O puzzle era muito mais complexo do que parece, visto 25 anos depois.
Acresce
que Mandela era o líder de um movimento que pegara em armas e cuja
libertação podia causar um descalabro regional e uma guerra fratricida.
Nada fazia prever que viesse a revelar-se naquele extraordinário ser
humano que salvou o seu País de um banho de sangue e inspirou biliões de
admiradores em todo o mundo. O revoltado jovem barbudo que pegara em
armas sairia da prisão, 27 anos depois, com o rosto de um homem em paz
consigo mesmo e capaz de perdoar. Um milagre de humanidade e amor ao seu
país, como o tempo haveria de explicar.
E para se ver como o
mundo é falho de lógica, basta recordar que um contemporâneo de Mandela,
visto como muito mais esperançoso para a causa da paz, Roberto Mugabe,
se transformaria num miserável ditador que guiou a então próspera
Rodésia ao miserável Zimbabwe de hoje, onde os homens voltaram a ser
perseguidos pela cor da pele.
4- Serve isto para
explicar que, descontado o habitual seguidismo nacional em relação aos
seus velhos aliados, visível ainda há poucos anos na cimeira das Lajes,
que selou a invasão do Iraque, a posição de Cavaco Silva enquanto
primeiro-ministro de Portugal teve naquele ano de 1987 uma lógica
compreensível vista à luz dos interesses e da política de alianças
portuguesas. O Nelson Mandela que Cavaco receberia em 1993 (convém
também lembrar isso), e que Clinton visitou com respeito e admiração, é
uma revelação posterior.
Se pesarmos todos os argumentos e
colocarmos as coisas numa perspetiva temporal, não temos senão de
compreender as posições do Governo de Cavaco Silva em 1987 e de dar o
devido valor às recentes palavras de Adriano Moreira em entrevista ao
DN. Dizia ele que todos os ocidentais devem desculpa aos países
africanos e que a diplomacia portuguesa é tão boa como a do Vaticano mas
sem a ajuda do Espírito Santo... É mesmo isso.
Cavaco
Silva só não explica completamente as balizas da sua posição porque quer
ser politicamente correto à luz de 2013. Tão politicamente correto
quanto todos aqueles que agora gritam sem saberem do que estão a falar e
que não percebem a lição que deixa Mandela: o seu exemplo é demasiado
grande para ser utilizado contra quem quer que seja.
IN "DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
07/12/13
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ESTA SEMANA NA
"VISÃO"
Brasileiras lutam pela
legalização do topless
Sem utilizar megafones, as organizadoras pretendem, apenas,
que quem participe tire a parte de cima do biquíni. "Será uma coisa de
micro política. No primeiro dia, as pessoas vão achar estranho, mas a
ideia é que se vá tornando natural.
Prefiro que seja uma decisão de cada
um. Um ato coletivo, mas individualmente realizado", explica Ana Rios
ao site brasileiro G1.
A promotora acrescenta, ainda, que é um absurdo que no Brasil a
polícia intervenha sempre que veja alguém de biquíni - "A mulher é vista
como propriedade ou objeto a ser desejado. Temos muita dificuldade em
ser só pessoa. O topless é algo que já se estabeleceu no mundo. Menos no
Brasil. Aqui temos o culto ao corpo, mas não há aceitação dos corpos
como eles são".
No apelo feito no Facebook as organizadoras usaram frases como "Só
numa cidade machista e violenta como aquela em que vivemos o topless
pode ser caso de polícia!" e "Pelo fim da repressão policial e
governamental dos nossos corpos. Vamos tirar o biquíni!".
O evento foi criado na rede social, esta segunda-feira, dia 2, e
conta já com a adesão de 2.300 pessoas. De acordo com Ana Rios, os
homens vão com a parte de cima de biquíni para mostrar solidariedade.
* Naturalmente...
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ESTA SEMANA NO
"SOL"
China registou o maior aumento
de exportações desde 2009
A China registou, em Novembro, um superavit comercial na ordem dos
33.800 milhões de dólares (24.661 milhões de euros), o maior excedente
mensal registado no país desde Janeiro de 2009, indicam dados oficiais
hoje divulgados.
As exportações da China aumentaram 12,7% em Novembro,
face ao período homólogo do ano passado, para 202.210 milhões de
dólares (147.538 milhões de euros), enquanto as importações subiram
5,3%, em termos anuais, atingindo 168.400 milhões de dólares (122.869
milhões de euros), segundo dados da Administração-geral das Alfândegas
chinesas.
A China é a segunda economia do mundo, a seguir aos
Estados Unidos, e o maior exportador mundial, à frente da Alemanha e do
Japão.
O excedente comercial de Novembro além de superior ao de
Outubro -- que totalizou 31.100 milhões de dólares (22.691 milhões de
euros) -- superou largamente a média das estimativas de alguns
economistas, a qual apontava para 21.700 milhões de dólares (15.832
milhões de euros).
Em 2012, o excedente comercial da China atingiu 231.100 milhões de dólares (176.600 milhões de euros ao câmbio da altura).
No
cômputo dos primeiros 11 meses do ano, o comércio externo chinês
totalizou 3,8 biliões (2,7 biliões de euros), mais 7,7% comparativamente
a igual período do ano passado.
A economia chinesa registou um crescimento de 7,7 % em 2012, um valor que representa o seu maior abrandamento desde 1999.
* O cidadão chinês é bom trabalhador, aufere um salário miserável, a combinação perfeita para que o capitalismo monopolista de Estado do partido comunista chinês resulte.
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Ligações diretas à rede, puxadas da vizinhança,
contadores manipulados ou fraudes 'vendidas' por redes de crime
organizado: por dia a EDP deteta 56 novos furtos, 17 mil só até outubro.
E estão a aumentar.
"Temos verificado uma tendência de crescimento de ligações diretas à rede e manipulação de equipamentos de medição. 1% de energia roubada representa 60 milhões de euros que não são cobrados. Tínhamos de atacar este problema", explica António Martins da Costa, administrador executivo da EDP distribuição.
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ESTA SEMANA NO
"EXPRESSO"
Roubados 90 milhões
de euros em eletricidade
Desde o ano passado que não para de aumentar a lista e a
frequência de objetos estranhos encontrados pelos técnicos da EDP nos
contadores para abrandar a contagem ou ter energia sem pagar
absolutamente nada. E há também fios ligados diretamente à rede ou
'puxadas' desde as zonas comuns dos prédios até ao andar pretendido. A
cada dia são registados 56 novos furtos de eletricidade, 17 mil só este
ano. Desde 2012, as fraudes ascendem a 90 milhões de euros.
"Temos verificado uma tendência de crescimento de ligações diretas à rede e manipulação de equipamentos de medição. 1% de energia roubada representa 60 milhões de euros que não são cobrados. Tínhamos de atacar este problema", explica António Martins da Costa, administrador executivo da EDP distribuição.
O combate arrancou em janeiro, em todo o país, com a
mobilização no terreno de 40 brigadas especiais de dois elementos, cuja
única missão é detetar "situações potencialmente de maior risco" no
consumo doméstico e em pequenos negócios.
* Lusitana roubalheira.
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ESTE MÊS NA
"EXAME INFORMÁTICA"
Nova prótese consegue sentir
A nova tecnologia envia informação para o paciente, permitindo-lhe sentir o nível de pressão que está a efetuar quando, por exemplo, agarra numa peça de fruta.
A protésica tem avançado imenso nos últimos anos. Já é possível, por
exemplo, controlar uma mão artificial só por pensar nisso. Todavia,
ainda não havia feedback por parte da prótese, pelo que o paciente não
tinha como saber se estava a aplicar demasiada força. Isso poderá mudar
com a nova tecnologia desenvolvida no Cleveland Veterans Affairs Medical
Center e na Universidade Case Western Reserve.
O sistema que
está a ser desenvolvido consegue enviar dados sobre pressão a partir de
20 pontos distintos na mão para os nervos periféricos do membro, dando
ao paciente a sensação de toque.
Segundo o MIT Technology Review,
são implantados pequenos elétrodos nos braços dos paciente, que
estimulam apenas a mielina. Apesar de esta abordagem não ser tão precisa
quanto outras onde os elétrodos são implantados diretamente no nervo,
produzem menos pressão e podem ser usados durante longos períodos sem
que isso signifique uma degradação dos sinais enviados. Os testes feitos
nos últimos 18 meses com dois pacientes mostram que os implantes
continuam a funcionar sem problemas.
* Este é o mundo maravilhoso da investigação!
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