Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
12/06/2013
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A Associação Animal acusa o cavaleiro
tauromáquico João Moura Jr. de ser responsável pela promoção de lutas
entre animais, ao colocar na sua página pessoal do Facebook a venda de
cães e imagens dos animais a atacarem um bovino.
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HOJE NO
" CORREIO DA MANHÃ"
Fotos de toureiro chocam associação
Agente de João Moura Jr. desmente que o cavaleiro promova lutas entre animais
"As
imagens não mentem e são bastante explícitas", garante a associação que
vai denunciar o caso às autoridades. "Estas pessoas ganham a vida
barbarizando bovinos e cavalos em touradas. Tudo faremos para que sejam
expostos e devidamente punidos por este horror", adianta Rita Silva,
presidente da Animal.
Contactado pelo CM, o agente do cavaleiro João Moura Jr. desmente a promoção de lutas de animais. "Os cães estão a ladrar para assustar a vaca. Não estão a morder porque se trata de gado manso que se assusta com o ladrar dos cães", explicou.
Contactado pelo CM, o agente do cavaleiro João Moura Jr. desmente a promoção de lutas de animais. "Os cães estão a ladrar para assustar a vaca. Não estão a morder porque se trata de gado manso que se assusta com o ladrar dos cães", explicou.
Segundo Abel Correia, o cavaleiro
recorreu à rede social para vender os cães que se encontram na herdade
de Vila Viçosa: "O João está a querer acabar com o gado na herdade e já
não precisa de cães pastores e há quem queira adquiri-los. Não queremos
polémica, mas não é o que a associação está a dizer."
* Os cães estão a ladrar??? E como é que mordem???
Parece o circo romano, bárbaro.
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* Sem papas na língua!
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HOJE NO
"O PRIMEIRO DE JANEIRO"
Diretor do Instituto de Saúde Pública do Porto defende
“Racionalizar recursos e respostas”
O diretor do Instituto de Saúde Pública do Porto defende que não é com a “pauperização” dos profissionais de saúde nem com restrições “acéfalas” que se melhora o sistema, mas reconhece a necessidade de “racionalizar recursos e respostas”.
“É possível gerir sempre melhor, aliás o caminho é esse. Agora há uma coisa que é inequívoca, não é com a pauperização das pessoas que trabalham na saúde, não é com a restrição acéfala, que as coisas melhoram”, afirmou Henrique Barros.
O diretor do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP) falava no âmbito do seminário “Health Systems Methods and Current Research” a decorrer, até amanhã, no Porto com a participação de especialistas internacionais.
Henriques Barros defendeu que é necessário racionalizar os recursos e as respostas, mas considerou “totalmente falacioso dizer que se pode fazer melhor com menos” na área da saúde.
As políticas nacionais de saúde, os desafios colocados aos sistemas de prestação de cuidados e o papel da investigação científica na descoberta de novas soluções de sustentabilidade dos sistemas nacionais de saúde são alguns dos temas em análise.
O seminário junta especialistas europeus, americanos e asiáticos com “um conjunto de participantes que vem de várias partes do mundo desde a Nova Zelândia até à Europa do Norte. Juntam-se aqui para discutir os problemas dos serviços de saúde e como organizar a resposta destes serviços numa perspetiva da globalização”, explicou Henrique Barros.
“Na Europa falamos desta questão pensando sobretudo na lógica do mercado comum, da ideia que se podemos ir à França, à Alemanha ou à Suécia fazer compras, também podemos ir lá buscar, por exemplo, cuidados de saúde”, disse.
Esta ideia, que tem sido descrita como turismo de saúde é, para Henrique Barros, “uma ideia perigosa, nomeadamente, porque faz pensar que a saúde, em vez de ser um direito humano, universal e algo que é precioso e que não é transacionável, se transforme, como outros bens de consumo, em coisas que usamos de forma supérflua, simplesmente porque é mais barato”.
“Há como que uma deslocação dos problemas e nesse sentido é que as respostas também se tornam globais.
A organização dessa resposta global tem de ser vista não só como uma resposta à doença, mas também como organização das formas de prevenção. Alguns exemplos que vão aqui ser discutidos têm a ver com situações como a saúde dos emigrantes, com a mobilidade das populações que partilham as doenças infeciosas, mas que partilham também estilos de vida e a própria genética”, acrescentou.
Importa, por isso, “perceber os bons exemplos, as boas práticas, como é que em contextos diferentes se atacam problemas semelhantes e conhecer a solução que os resolve melhor”.
O Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto desenvolve a sua atuação na prossecução de três objetivos fundamentais: estimular a investigação científica de excelência na suas áreas de estudo (só em 2012, o ISPUP ultrapassou a marca das 200 publicações, entre artigos e teses), criar e divulgar conhecimento através dos seus programas de formação e, também, promover o desenvolvimento da Saúde Pública a nível nacional e internacional.
* Sem papas na língua!
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HOJE NO
" DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
ACP defende fiscalização
ao ensino da condução
O presidente do Automóvel Clube de Portugal (ACP) defendeu hoje que o
Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres (IMT) tem que
realizar fiscalizações às escolas de condução para se avaliar a
qualidade do ensino.
"Tem que haver uma
fiscalização às escolas de condução para se perceber o que ensinam e
quantos alunos têm", disse à agência Lusa o presidente do ACP, Carlos
Barbosa, a propósito do novo regime jurídico do ensino da condução, hoje
debatido na generalidade no parlamento.
Carlos Barbosa
manifestou-se "completamente de acordo" com as alterações, mas defendeu a
realização de inspeções junto das escolas de condução, uma vez que
muitos dos alunos realizam os exames práticos sem saber guiar.
"Tem
que haver uma fiscalização rigorosíssima às escolas de condução. É
impossível tirar uma carta de condução por 300 euros. Isto não existe. É
dumping. As pessoas não vão preparadas para os exames, não dão as aulas
que deviam dar, não apreendem o que deviam apreender", sustentou.
Carlos
Barbosa sublinhou que o IMT apenas faz vistorias às escolas de condução
apenas à parte burocrática e documental, devendo fazer "uma inspeção
rigorosíssima ao que se está ensinar e como se está ensinar".
O
presidente do ACP acrescentou que "todas as escolas de condução que não
tiverem condições para ensinar corretamente os alunos devem
imediatamente ser encerradas".
O novo regime jurídico do ensino da
condução prevê, entre outras mudanças, um aumento do tempo efetivo das
lições de condução e introduz a figura da condução acompanhada por
tutor, com o objetivo de proporcionar mais experiência de condução em
situações de trânsito diversificadas.
Segundo a proposta do
Governo, este tutor tem de ter um seguro, um registo de multas quase
limpo, carta há mais de 10 anos e passar por aulas de segurança
rodoviária.
Carlos Barbosa referiu que a figura do tutor existe em
vários países da Europa, sendo uma forma de ajudar o aluno a
preparar-se melhor para o exame de condução.
"Concordo
completamente com as alterações porque é necessário de uma vez por todas
mudar o ensino da condução em Portugal, porque as pessoas não sabem
guiar", disse.
* Concordamos em absoluto.
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EVA GASPAR
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*Redactora Principal
IN "JORNAL DE NEGÓCIOS"
06/06/13
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Mensagens e mensageiros
François Hollande não inovou. Em abono da verdade,
foi obediente à melhor tradição gaulesa quando, na primeira ocasião que
se lhe apresentou, mandou a Comissão Europeia às urtigas.
Depois de apelar a um "verdadeiro
governo económico", a uma "agenda europeia para o crescimento", até
mesmo a um "New Deal" para a Europa combater o desemprego entre os
jovens, o presidente francês disse alto e em bom som que não cabe à
Comissão "ditar" à França o que tem de fazer para reformar a sua
economia e equilibrar as contas públicas. Ou seja, que as regras votadas
(também) pela França para dar a Bruxelas poderes reforçados na
coordenação das políticas económicas continuarão a não valer quando em
Paris se pressentir que beliscam a sua soberania. Hollande lembrou isso à
Comissão, na véspera de entrar em vigor mais um pacote legislativo (o "Two Pack") precisamente
destinado a fornecer a Bruxelas uma capacidade de intervenção mais
robusta e precoce na elaboração dos Orçamentos dos países do euro.
Hollande não terá chegado a prestar um mau serviço à
França. Um país em recessão, com uma taxa de desemprego de 11%, a
segunda maior carga fiscal da Europa, um défice orçamental e externo
ainda próximo de 4% e uma dívida pública a caminhar a passos largos para
os 100% do PIB tem de fazer reformas – e o presidente francês fez
questão de o dizer na mesma frase em que tentou tirar o tapete à
Comissão.
Mas não terá prestado um bom serviço à
Europa, e por essa via, a Portugal. Ao desmoralizar o "polícia",
Hollande não ajudou a credibilizar as novas regras do Pacto de
Estabilidade, e terá tornado ainda mais distante uma união orçamental e
um qualquer expediente de mutualização de dívida, sem o qual
dificilmente o euro sobreviverá no formato actual.
E forneceu seguramente argumentos redobrados aos que, em Berlim
- e não só -, suspeitam que jamais a França fará as reformas que os
franceses sabem indispensáveis apenas pela "pressão dos pares". Será
necessária também a pressão dos mercados, que continuam a oferecer
condições fantásticas de financiamento ao Estado e à economia francesa (as taxas de juro cobradas às empresas, em particular às PME, são em França as mais baixas da UE).
A França arrisca-se, assim, a perder a segunda oportunidade que
não foi dada aos pequenos países da periferia de se ajustar às
dinâmicas do envelhecimento e da globalização sem ter a corda ao
pescoço. E é pouco provável que o euro sobreviva a um segundo abalo, com
epicentro no centro.
A reacção de Hollande poderá, no entanto, ter sido condicionada não tanto pela mensagem - as recomendações da Comissão encaixam-se
perfeitamente nas orientações do Governo - mas pelos mensageiros. Boa
parte da imprensa não fugiu à tentação dos títulos provocatórios
("Comissão ordena Paris" para no dia seguinte noticiar que "Paris
encosta Bruxelas às cordas") e fez interpretações muito próprias do que é
recomendado pela Comissão e, mais ainda, do resultado da receita. O
correspondente do "El País", por exemplo, escrevia que Bruxelas tinha
prescrito à economia gaulesa "um programa neoliberal em toda a linha que
se for aplicado ao pormenor acabará com boa parte do Estado social em
apenas 18 meses"... Resta, por isso, a dúvida: terá Hollande mandado
Bruxelas às malvas ou também a quem lhe trouxe a mensagem?
*Redactora Principal
IN "JORNAL DE NEGÓCIOS"
06/06/13
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HOJE NO
" RECORD"
COP debateu temas atuais
na Assembleia da República
Uma representação do Comité Olímpico de Portugal (COP), liderada pelo
presidente José Manuel Constantino, apresentou esta
quarta-feira cumprimentos e debateu alguns temas atuais na Comissão da
Educação, Ciência e Cultura na Assembleia da República, em Lisboa.
O
encontro protocolar, que contou também com a presença dos
vice-presidentes do COP Hermínio Loureiro e Rosa Mota, teve por objetivo
a apresentação de cumprimentos após a eleição dos órgãos sociais do
COP, em março, e foi aproveitado para se debater alguns dos temas que
marcam a atualidade desportiva portuguesa.
Segundo uma nota do
COP, falou-se do modelo de gestão do programa de preparação olímpica,
do relacionamento entre as federações desportivas e a administração
pública, do regime jurídico das federações desportivas, do tribunal
arbitral do desporto, da dupla representatividade do movimento federado
[devido à coexistência com a Confederação do Desporto de Portugal] e da
língua portuguesa como eventual língua de trabalho do COI (Comité
Olímpico Internacional).
A nova direção do COP tem-se
manifestado nas últimas semanas descontente com a quebra no
financiamento público ao movimento associativo, queixando-se também do
excesso de burocratização e de carga administrativa nas relações entre o
organismo e o Estado.
* Vergonhosa a avareza com que o governo trata o desporto nacional.
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HOJE NO
" JORNAL DE NEGÓCIOS"
Crédito malparado volta a aumentar em Abril e já atinge 7% dos empréstimos
Por cada 100 euros financiados pela banca, 7,00
euros estão na lista de incumprimento. O crédito malparado volta a
crescer e a renovar máximos históricos, em Abril.
No total, os bancos têm em carteira
16,57 mil milhões de euros de cobranças duvidosas, o que corresponde a
7,01% do total dos empréstimos concedidos às empresas e famílias. Este é
um nível nunca antes visto e significa que por cada 100 euros que a
banca emprestou, 7,00 euros não foram pagos atempadamente, de acordo os
dados provisórios do Banco de Portugal divulgados esta quarta-feira.
Em 2007/2008, antes da crise financeira ter assolado a Europa e se
ter transformado numa crise económica e de dívida, o malparado da
economia portuguesa estava abaixo dos 2%.
O nível de malparado mais elevado foi verificado entre as empresas,
com o rácio a ascender a 10,92% do total dos financiamentos concedidos.
Este valor representa um aumento face aos 10,46% verificados no mês
anterior e compara com os 8,07% verificados em igual período do ano
passado.
Entre os particulares, o malparado mais elevado é verificado nos
empréstimos para outros fins, onde se inclui os empresários por conta
própria, a educação e a energia. Do total dos financiamentos concedidos
para este fim, 12,40% está em incumprimento, o que também corresponde a
um máximo histórico.
No crédito ao consumo o malparado encontra-se nos 11,97%, o que representa uma descida face aos valores de Março (12,26%).
Nos empréstimos à habitação, 2,11% do total do financiamento concedido está na lista de cobranças duvidosas.
* Alguém previa a diminuição do crédito mal parado, nem aquele senhor que não acerta uma previsão das que faz seria capaz de dizer que o crédito malparado iria diminuir!
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HOJE NO
"DESTAK"
Ex-ministra da Justiça francesa exige demissão de Durão Barroso
A ex-ministra da Justiça francesa, Rachida Dati, exigiu hoje a demissão do presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, acusando-o de "ineficácia" e de se "curvar" perante os Estados Unidos.
"O senhor Barroso deve ir-se embora, e depressa.
A sua falta de coragem e a sua ineficácia prejudicaram decididamente muito os europeus", afirmou em comunicado a deputada europeia do PPE (Partido Popular Europeu, centro-direita).
A ministra do executivo de Sarkozy condenou a intenção de Barroso de querer negociar, em prejuízo, na sua opinião, da defesa da exceção cultural europeia, um acordo de livre comércio com os Estados Unidos.
* A madame Dati perdeu uma oportunidade para estar calada, não é que Barroso preste para alguma coisa, mas ninguém nos últimos cinco anos se pôs tanto em bicos de pés para agradar a americanos e alemães do que o Nicolas.
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HOJE NO
"i"
Movimento Revolução Branca quer candidatar-se às próximas eleições
Movimento afirma já ter sido aliciado financeiramente por partidos políticos para apresentar providências cautelares contra candidaturas concorrentes
Após
ter suspendido as candidaturas de Fernando Seara a Lisboa e de Luís
Filipe Menezes ao Porto através de providências cautelares, o Movimento
Revolução Branca prepara-se para o próximo passo: lutar activamente para
permitir que os movimentos cívicos independentes se possam candidatar
às legislativas e se necessário, constituir uma alternativa de voto já
em 2015. Os seus dirigentes acusam os partidos políticos de se
aproveitarem "das estruturas do Estado para o bem de alguns" e revelam
já ter recebido propostas de financiamento de forças políticas para
apresentarem providências cautelares contra os seus adversários nas
autárquicas.
"Pelos vistos são formas normais de fazer política" diz Paulo Melo Romeira, presidente do Movimento Revolução Branca (MRB) ao i,
admitindo que houve reuniões com partidos políticos que pretendiam
"usar o movimento para atingir os concorrentes". O presidente preferiu
não apontar cores partidárias na conversa com o i, mas garante
que a estas propostas respondeu que o movimento tinha a sua própria
"agenda". "Uns têm uma forma de fazer política que é servir-se das
pessoas, outros nascem com a predisposição de poder servir os outros"
sublinha Paulo Romeira, que procura actualmente criar uma plataforma
cívica com outros movimentos para lutar activamente pela possibilidade
de candidatura de movimentos independentes à Assembleia da República já
nas próximas legislativas.
Antes da interposição das 13
providências cautelares contra autarcas do PCP, PS e PSD com três ou
mais mandatos que se querem candidatar a outro concelho, o Movimento
Revolução Branca - que nasceu e se constituiu como associação - há cerca
de um ano, não recebia tanta atenção. Assim, nem nos "wildest dreams"
dos dirigentes do Revolução Branca o seu movimento seria escolhido para
integrar a lista das figuras portuguesas mais influentes do semanário
"Expresso". Atribuem o seu sucesso ao planeamento cuidadoso, à rapidez
de acção, à não-violência, à criatividade e à ironia. "A classe política
está preparada para lidar com as massas com canhões de água, com
cacetada, com polícia. Isso interessa-lhes porque afasta as pessoas e as
famílias das manifestações. Nós trabalhamos a criatividade em todo o
seu esplendor" diz Paulo Romeira.
Juntar vontades
"A classe política é um impedimento para o desenvolvimento do país" foi
a conclusão a que chegou Paulo Melo Romeira, gestor de profissão.
Primeiro até pensou escrever um livro, mas em conversa com um dos
melhores amigos, o advogado Pedro Pereira Pinto, resolveu passar à acção
e juntos começaram a angariar pessoas, que tal como eles, quisessem
mudar o sistema político português. "Não nos movem governos ou
políticas, o problema é a estrutura. Portugal como Estado está
aprisionado pelos partidos políticos" assegura Pedro Pereira Pinto, que
sugeriu então criar um movimento diferente, que "pudesse lutar contra o
sistema com as armas do Estado de Direito".
Com esse intuito, o
grupo começa a juntar-se no Palácio do Freixo no Porto (os cinco membros
da direcção são do Norte do país) para dar corpo ao movimento.
"Sabíamos que devíamos ter acções de intervenção cívica e que isso
passaria por acções legais" aponta Pedro Pinto, que apesar de ter
pertencido a uma juventude partidária aos vinte anos, alega, tal como os
outros membros da direcção, não ter experiência "verdadeira" ("nunca
paguei quotas") de movimentos ou partidos políticos.
Passar à acção
A primeira acção em nome do MRB foi mesmo jurídica, com uma
participação crime contra os detentores de cargos políticos por crime de
traição à Pátria, que serviria para apurar responsabilidades na
bancarrota do país, que foi arquivada pouco tempo depois. Sem apontar
directamente culpados para a actual situação que o país vive, Paulo
Romeira espanta-se por o Ministério Público abrir "um inquérito por
causa da palavra palhaço e ser incapaz de abrir um inquérito para
descobrir o que é que nos trouxe até aqui".
Sem resposta da
justiça, o movimento pôs-se literalmente a caminho da capital com o lema
"Refundar Portugal", numa marcha que começou no dia 5 de Outubro no
Porto e terminou 11 dias depois em Lisboa, onde entregaram o seu
manifesto e pediram apoio à Assembleia da República para reabrir a
participação-crime. Mais silêncio e desta vez Paulo Romeira levou a
desfeita a peito, já que dias mais tarde Pedro Passos Coelho anunciaria
ao país que pretendia «uma refundação do memorando de entendimento» e o
aprofundamento da reforma do Estado. "Achamos curioso, que o termo da
caminhada fosse refundar Portugal e pouco tempo depois o
primeiro-ministro tenha utilizado a expressão refundar e nem nos tenha
respondido" sublinha Paulo Romeira.
Aí, o presidente do MRB deu um
ultimato aos órgãos de soberania portugueses: ou se pronunciavam até 18
de Dezembro de 2012 ou viria a Lisboa fazer greve de fome. O silêncio
instalou-se e Paulo Romeira cumpriu. "Estive três dias e meio dentro do
carro à frente da Assembleia da República a pedir respostas e ninguém me
ligava nenhuma. Eu podia morrer ali na rua que as coisas iam continuar
como antes" descreve o presidente do MRB que aproveitou o tempo de
espera para ler, já que não foi recebido por nenhum partido com assento
parlamentar.
Caça aos dinossauros
Foi Pedro Pinto que começou por partilhar com o restante movimento a
preocupação pelo anúncio de candidaturas autárquicas por pessoas que, no
seu entender, infringiam a lei de limitação de mandatos - que determina
que um candidato com três ou mais mandatos não se pode recandidatar.
"Achei que que não tinha de ficar impávido e sereno a ouvir outras
pessoas a dizerem que vão desrespeitar a lei", afirma. Por isso o
movimento avançou com acções populares em forma de procedimento cautelar
contra os candidatos autárquicos que consideravam irregulares.
Até
agora, das 13 providências cautelares interpostas, só as duas maiores
comarcas do país é que se pronunciaram sobre esta lei (as restantes
indicaram que era prematuro analisar candidaturas), entendendo - tal
como o movimento - que a limitação é do exercício do cargo e não
geográfica, suspendendo para já as candidaturas de Fernando Seara e Luís
Filipe Menezes, ex-líder do PSD. Duas decisões chave para o maior
partido do governo e que por isso mesmo já foram alvo de recurso - o
caso de Menezes está no Tribunal Constitucional e a decisão sobre Seara
será proferida pela Relação de Lisboa no próximo dia 20 de Junho.
Quem paga a factura
Todos
os processos judiciais têm custas inerentes, mas segundo Pedro Pinto as
providências cautelares levadas a cabo pelo movimento consistem em
acções populares e por isso estão isentas de qualquer pagamento. A não
ser que o movimento venha a ser condenado a arcar com as custas dos
processos - cada processo pode ascender a 400 euros. Sem pagamento de
quotas por parte dos membros são, segundo Paulo Romeira e Pedro Pinto,
os dirigentes que pagam as despesas do seu bolso. "É como se fosse um
PPR para os meus filhos, estou a investir no futuro dos meus filhos"
garante Paulo Romeira.
Nos últimos meses o movimento destacou-se e
cresceu para mais de seis mil membros (não formais porque não pagam
quotas) em todo o país, ao mesmo tempo que os donativos de Março a Junho
deste ano subiram de 55 euros para mais de 800 euros. "Ainda agora
estava num almoço e veio um senhor falar comigo porque queria
contribuir" relata Paulo Melo Romeira.
Mais do que quem queira
ajudar, as queixas que chegam diariamente ao movimento são tantas que os
seus dirigentes vieram pedir publicamente voluntários para dar resposta
às solicitações. "As pessoas recorrem a nós como se fossemos o padre,
desde a junta de freguesia que não fez alguma coisa, denúncias de
concursos públicos dentro das câmaras municipais até situações no
ministério dos Negócios Estrangeiros" descreve Pedro Pinto.
* Partidarizar este movimento será talvez o seu fim.
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Dois pontos são a conta que Portugal faz na corrida ao Campeonato da Europa, um palco que não pisa desde 2006. E se nunca a Seleção Nacional esteve tão perto deste regresso, também é verdade que o obstáculo desta noite, a Espanha, é o mais poderoso de todos e pisa Guimarães com título de campeão do Mundo como cartão de apresentação.
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HOJE NO
"A BOLA"
Portugal a dois pontos do Europeu
Dois pontos são a conta que Portugal faz na corrida ao Campeonato da Europa, um palco que não pisa desde 2006. E se nunca a Seleção Nacional esteve tão perto deste regresso, também é verdade que o obstáculo desta noite, a Espanha, é o mais poderoso de todos e pisa Guimarães com título de campeão do Mundo como cartão de apresentação.
Nada que tire o sono aos
lusos, com tudo pronto para a penúltima jornada da qualificação, que
poderá acompanhar em direto n’ A BOLA TV, a partir das 21.30 horas.
«Haveria sempre pormenores a ajustar, já que a Seleção não é uma equipa
de clube, onde estamos praticamente todo o ano com os jogadores.
Teríamos sempre vontade de fazer mais alguma coisa mas penso que o
essencial está bem feito. Não penso que tenhamos deixado pontas soltas e
repassámos aquilo que era interessante e importante para estes dois
jogos», explicou Rolando Freitas, o selecionador nacional, contente com o
grupo de trabalho que recebeu, apesar do cansaço do final de época.
«Foi excelente a forma como os jogadores se entregaram. Tivemos um bloco inicial com maior acumulação de carga, que os jogadores suportaram e aguentaram bem em função da motivação que têm para estar aqui, trabalhando por um objetivo.» Um objetivo que não deixa ninguém indiferente e, na cidade vimaranense, vive-se com expectativa a partida desta noite. «São alguns dos melhores jogadores do Mundo, quem sabe a melhor equipa da atualidade. Mas há que encontrar algum buraco por onde entrar para tentar surpreendê-los. É preciso ter paciência, respeito, saber encontrar e perceber os pontos fortes e as fraquezas de uns e de outros, porque as há sempre. Não é fácil, vai ser preciso cavar muito», assumiu o técnico.
Se a Suíça conseguir vencer a Macedónia (19 h), Portugal entrará no Multiúsos já qualificado para o Campeonato da Europa. Se a Seleção vencer também carimba automaticamente a vaga e o terceiro cenário que pode resolver tudo hoje é um empate em Guimarães e outro na Suíça. Caso contrário, a capital da Macedónia será o palco de todas as contas, no domingo.
«Foi excelente a forma como os jogadores se entregaram. Tivemos um bloco inicial com maior acumulação de carga, que os jogadores suportaram e aguentaram bem em função da motivação que têm para estar aqui, trabalhando por um objetivo.» Um objetivo que não deixa ninguém indiferente e, na cidade vimaranense, vive-se com expectativa a partida desta noite. «São alguns dos melhores jogadores do Mundo, quem sabe a melhor equipa da atualidade. Mas há que encontrar algum buraco por onde entrar para tentar surpreendê-los. É preciso ter paciência, respeito, saber encontrar e perceber os pontos fortes e as fraquezas de uns e de outros, porque as há sempre. Não é fácil, vai ser preciso cavar muito», assumiu o técnico.
Se a Suíça conseguir vencer a Macedónia (19 h), Portugal entrará no Multiúsos já qualificado para o Campeonato da Europa. Se a Seleção vencer também carimba automaticamente a vaga e o terceiro cenário que pode resolver tudo hoje é um empate em Guimarães e outro na Suíça. Caso contrário, a capital da Macedónia será o palco de todas as contas, no domingo.
* Vamos lá trabalhar para ganhar!
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HOJE NO
"PÚBLICO"
Ministério convoca todos os
professores para estarem nas escolas
no dia da greve aos exames
O Júri Nacional de Exames indicou nesta quarta-feira às escolas que
os directores devem convocar para o serviço de vigilância ao exame da
próxima segunda-feira, dia de greve dos professores, todos os docentes
de todos os níveis de ensino pertencentes aos respectivos agrupamentos.
Numa
mensagem escrita a que o PÚBLICO teve acesso, o JNE adianta que esta
orientação visa assegurar “o normal funcionamento do processo de
realização das provas e exames que se inicia no dia 17 de Junho”. O JNE,
um organismo que depende do Ministério da Educação, também indica às
escolas alguns dos procedimentos que devem adoptar na sequência das
greves às reuniões de avaliações que se iniciaram no passado dia 7.
Com
a mensagem que na tarde desta quarta-feira chegou às escolas, o JNE
responde aos apelos dos directores, que têm lamentado a falta de
orientações, nomeadamente em relação às medidas a tomar quando a greve
às avaliações não permite que os alunos saibam as notas internas antes
dos exames.
Em reacção ao anúncio de que alguns directores estavam a convocar todos os professores para segunda-feira,
antecipando o que foi agora ordenado pelo ministério, o presidente da
Associação Nacional de Dirigentes Escolares, Manuel Pereira, afirmou ao
PÚBLICO que a direcção daquela associação considera que convocar mais do
que o número de professores estritamente necessários para a vigilância
de exames, na segunda-feira, seria atentar contra o direito à greve. “A
não ser que haja orientações superiores e expressas em sentido
contrário, os directores não deverão fazer mais do que o que é habitual,
em dias de exame”, disse.
O
JNE reafirma que, se devido à greve às reuniões de avaliação não for
possível a atribuição das avaliações internas, os alunos podem realizar
as suas provas e exames de forma condicional.
Esta
possibilidade é agora alargada aos alunos do 11º ano que frequentaram
disciplinas bienais da componente de formação específica (como Física
Química, Biologia e Geologia, Economia ou História B, por exemplo), ou
da componente de formação geral (Filosofia). Estes, caso não tenham
conhecimento das avaliações do final do 3º período, define o JNE, podem
inscrever-se, até sexta-feira, dia 14, para realizar, a título
condicional, os respectivos exames nacionais na 1ª fase.
Por fim, o
JNE aconselha as escolas a reajustar o calendário de realização das
provas de equivalência à frequência, para que os alunos que reprovem na
frequência interna, e cujas notas forem lançadas com atraso, as possam
realizar.
O JNE deixa sem resposta os directores que consideram
que não está garantida a equidade quando, dentro da mesma escola, alguns
alunos conhecem a avaliação do 3º período e outros não têm essa
informação, devido à greve em curso. Por outro lado, envolve-se, tomando
parte, na controvérsia que ao longo do dia desta quarta-feira tem
crescido entre os directores, sobre a legitimidade de convocar todos os
professores das escolas para a vigilância de exames na próxima
segunda-feira.
A Federação Nacional de Educação (FNE) reagiu à
orientação, já confirmada pelo ministro Nuno Crato em declarações à
Lusa, renovando o apelo à greve. “Os professores não se podem esquecer
que podem fazer greve, ou seja, que ainda que sejam convocados
expressamente para fazer vigilância aos exames são livres de não
comparecer, sem qualquer sanção, já que não foram fixados serviços
mínimos”, insistiu Lucinda Dâmaso, dirigente desta federação.
Entretanto,
anunciou, a FNE vai pedir a abertura da negociação suplementar, “numa
última tentativa de chegar a acordo” com o Governo em relação às
questões contestadas pelos professores: o aumento do horário de trabalho
e a mobilidade especial.
* Nuno Crato no ensaio geral para se armar em vítima, já não convence ninguém!
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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Noronha Nascimento cede presidência do Supremo Tribunal a Henriques Gaspar
O juiz Noronha Nascimento cede hoje a presidência do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) ao vice-presidente Henriques Gaspar, em funções até à conclusão do ato eleitoral que começa de imediato e poderá estender-se por um mês.
Por iniciativa própria, Noronha Nascimento antecipou em seis meses a
jubilação antes de atingir o limite de idade (70 anos) e, de acordo com o
regulamentado, será rendido por Henriques Gaspar, o primeiro de dois
vice-presidentes do STJ, o que foi eleito há mais tempo do que o juiz
conselheiro Pereira da Silva.
Henriques Gaspar e Orlando Afonso deverão ser os candidatos à
sucessão de Noronha Nascimento na presidência daquele órgão de
soberania.
O novo presidente terá de obter maioria absoluta na votação secreta
de 65 juízes (62 juízes em funções no STJ, mais o vice-presidente do
Conselho Superior de Magistratura e os dois magistrados do Supremo no
Tribunal Constitucional).
Caso um dos candidatos a presidente do STJ não atinja uma maioria
absoluta na votação, procede-se a uma segunda volta, nesse mesmo dia,
concorrendo os dois candidatos mais votados.
Na presidência do Conselho Superior da Magistratura (CSM), que
Noronha Nascimento acumulava por inerência, assume o cargo o juiz
conselheiro do STJ António Piçarra.
Presidente do STJ desde Setembro de 2006, Noronha Nascimento teve um
mandato marcado pelo episódio das escutas que envolveram o
primeiro-ministro José Sócrates, em 2009.
Em Dezembro desse ano, Noronha Nascimento referiu que as 11 escutas
envolvendo José Sócrates que apreciou não apresentavam qualquer "ilícito
penal" e criticou o juiz de instrução do tribunal de Aveiro por as ter
"valorado".
No terceiro e último despacho, em Janeiro de 2010, o presidente do
STJ confirmou que os registos deviam ser destruídos por "afectarem
direitos e liberdades das pessoas envolvidas".
Mais recentemente, Noronha Nascimento voltou a ser confrontado com
escutas envolvendo outro chefe do Governo, Pedro Passos Coelho, e o
presidente do BES Investimento, José Maria Ricciardi.
A decisão do presidente do STJ foi validar as escutas, por entender
serem importantes em termos de investigação que ainda decorre no
processo "Monte Branco", rede de branqueamento de capitais e fraude
fiscal.
* O Presidente do Supremo Tribunal de Justiça é a quarta figura da hierarquia do Estado, sendo precedido pelo Primeiro-ministro, Presidente da Assembleia da República e Presidente da República.
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