20/09/2013

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HOJE NO

" JORNAL DE NEGÓCIOS"

António Capucho classifica direcção
 e distrital do PSD de “seita”

Em declarações ao Negócios, o candidato à Assembleia Municipal de Sintra critica Passos Coelho e Moreira da Silva pela escolha de Pedro Pinto para a Câmara de Sintra. Considera que o “não apoio do PSD a Marco Almeida é uma retaliação política”. 

O antigo presidente da Câmara de Cascais e actual candidato à Assembleia Municipal de Sintra pelo movimento de Marco Almeida disse ao Negócios que considera que a “distrital e a direcção do PSD são uma seita”.

Em visita a uma escola na freguesia de Rio de Mouro, inserida numa acção de campanha do candidato à Câmara de Sintra, Marco Almeida, as palavras proferidas por António Capucho representam um afastamento cada vez mais irreversível em relação a Passos Coelho e ao PSD.

Depois de em 2011 António Capucho ter pedido “maioria, se possível absoluta” para Passos Coelho, actual primeiro-ministro, no último ano e meio tem revelado uma incompatibilização crescente em relação à direcção do partido. Se a política de Miguel Relvas, ex-ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares, lhe mereceu inúmeras críticas, entretanto Capucho já falou na necessidade de “auto-regeneração do PSD” e classificou o partido de “massa amorfa”.

Desta feita, embalado pela crítica à “escolha imperceptível” de Pedro Pinto para a Câmara de Sintra, candidato “sem nenhum conhecimento sobre uma autarquia”, o ex-dirigente do PSD considerou que a não escolha de Marco Almeida foi uma “retaliação política da distrital, com a corroboração de Moreira da Silva e do líder do PSD”. No entender de Capucho, esta “retaliação” acontece somente porque Marco Almeida “não é apoiante interno de Passos Coelho”.

Quanto à eventual expulsão do PSD, por apoiar um movimento que se candidata contra este partido, António Capucho garante “não estar preocupado”.

* Apesar de sermos crítico de António Capucho enquanto autarca em Cascais, a escolha de Pedro Pinto é uma manobra típica de caciquismo partidário.

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