Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
14/02/2012
HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Meo lança serviço que permite poupar
até 40% de energia
O Meo, serviço de televisão paga da Portugal Telecom (PT), lançou hoje um serviço para optimização do consumo energético.
O novo produto consiste num dispositivo que faz a leitura do consumo de energia dos vários equipamentos, e dos lares no geral, convertendo em megawatts e euros e fazendo o comparativo com o tarifário em utilização e as alternativas de tarifário de electricidade (como a tarifa bi-horária, por exemplo).
Este novo serviço, ligado ao router Meo, permite optimizar o consumo, gerando poupanças entre 20% a 40%, segundo as estimativas da PT, com base em dados de utilizadores piloto. O Meo Energy tem um custo de 89 euros, a que acresce 25 euros para a instalação caso o cliente queira requisitar este serviço. A PT prevê, contudo, que o preço venha a baixar.
A gestão dos consumos, visualização das médias e comparação de tarifários pode ser feita através do Meo Interactivo, na televisão dos clientes. Lançado em parceria com a ISA, o serviço permite acompanhar , num registo diário, semanal, mensal e anual o que é já consumiu (em euros, KWh e CO2).
Pedro Leitão, administrador da PT, defendeu que o investimento no equipamento poderá ser compensado "em cerca de sete ou oito meses", tendo em conta a poupança conseguida.
O próximo passo, admitiu este responsável, será a monitorização dos consumos através das tomadas das casas, para um controlo mais aproximado dos gastos. Esta modernização deverá ser lançada dentro de um trimestre.
* A melhor "Banha da Cobra" primeiro paga 114 aéreos e depois vá-se lá ver se se poupa...é preciso lata.
.
Na madrugada do dia 26 de abril de 1986, um dos reatores da usina nuclear de Chernobyl explodiu. Um inferno de chamas coloridas alcançou quase 1000 metros de altura nos céus da Ucrânia.O documentário "O Desastre de Chernobyl" acompanha a luta contra o tempo que milhares de soviéticos jamais poderão esquecer. Durante os oito meses que se seguiram à explosão da central nuclear, 800 mil jovens soldados, mineiros, bombeiros e civis de todas as regiões da antiga União Soviética, trabalharam sem descanso na tentativa de diminuir os efeitos da radioatividade, e com isso tentar salvar o mundo de outra provável tragédia.Os efeitos dessa explosão haviam sido cem vezes superiores aos provocados pela bomba de Hiroshima e mais de 200 mil pessoas tiveram que ser evacuadas de seus locais de origem.O pior acidente nuclear da História, produziu uma chuva radioativa que pôde ser detectada desde a antiga União Soviética, passando pela Europa Oriental, Escandinávia, Inglaterra e atingindo até a costa leste dos Estados Unidos.
.
HOJE NO
"O PRIMEIRO DE JANEIRO"
Refeição gratuita
O Bloco de Esquerda apresentou no Parlamento uma iniciativa legislativa para garantir um pequeno-almoço gratuito nas escolas aos alunos que frequentam o pré-escolar e a escolaridade obrigatória, revelou ontem o líder da força política.
'Na escola pública, um pequeno-almoço custa 50 cêntimos e há dezenas de milhares de crianças, cujas famílias estão atingidas pela pobreza, que chegam à escola sem comer', alertou Francisco Louçã.
Por isso, a proposta do Bloco de Esquerda 'é generalizar um programa voluntário que permita às escolas oferecer aquele pão com manteiga e um sumo ou um leite', para permitir 'às crianças entrarem nas aulas com a barriga confortada', explicou.
O líder do BE falava aos jornalistas em Beja, após ter visitado a Escola Básica 2,3 de Santa Maria, inserida num território educativo de intervenção prioritária.
Naquela escola, 'oferecem-se refeições às crianças que o queiram', frisou Francisco Louçã, referindo tratar-se de 'um exemplo de como se utilizam os recursos da escola para garantir que as crianças têm um pequeno-almoço quando entram nas aulas',
'Queremos generalizar, garantir este processo em todo o sistema educativo de uma forma voluntária', disse.
* Será, que no entender do sr. Primeiro-ministro, esta iniciativa legislativa do BE é uma pieguice?
.
HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Portugal é o terceiro país
com mais desempregados
A taxa de desemprego em Portugal atingiu um novo máximo em dezembro e é já a terceira mais elevada entre os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), atingindo os 13,6 por cento.
Portugal ultrapassa assim a Eslováquia e sobe ao terceiro lugar dos países mais castigados pelo desemprego entre os 24 países da OCDE para os quais existem dados disponíveis (de um total de 34 países de todo o mundo).
De acordo com os dados hoje divulgados, a taxa de desemprego harmonizada de Portugal subiu de 13,2 para 13,6 por cento entre novembro e dezembro.
Pior que Portugal, segundo os cálculos da OCDE, está Espanha que lidera a lista dos países com o desemprego mais elevado, com uma taxa bem superior à dos restantes, de 22,9 por cento da população ativa (mas estável face a novembro).
Segue-se a Irlanda, com uma taxa de desemprego de 14,5 por cento (face aos 14,4 por cento observados nos últimos três meses).
Na Eslováquia, que durante vários meses ocupou o terceiro lugar da lista de países com mais desempregados, o desemprego recuou para os 13,4 por cento (de 13,5 por cento em novembro).
Em termos homólogos, Portugal sofreu assim em dezembro a segunda maior subida do desemprego entre os 24 países analisados pela OCDE (1,2 pontos percentuais), depois de Espanha (onde o desemprego aumentou 2,5 pontos percentuais).
De acordo com os dados hoje disponibilizados, a taxa de desemprego em dezembro manteve-se estável na média dos países da OCDE (nos 8,2 por cento) e no conjunto dos países da zona euro (10,4 por cento).
Em relação às sete maiores economias da organização (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido), a taxa de desemprego passou dos 7,6 por cento de novembro para os 7,5 por cento de dezembro.
De acordo com as estimativas da OCDE, em dezembro, havia 44,6 milhões de pessoas desempregadas na região, menos 1,0 milhões em comparação com o mesmo mês de 2010, mas superior em 13,5 milhões de pessoas face a dezembro de 2007.
* Uma desgraceira, ou uma pieguice???
.
ASSUNÇÃO CABRAL
Os perdigotos do chefe
O que posso fazer com um chefe que fala sempre demasiado em cima de mim, cuspindo milhões de perdigotos? - Sandra Pereira da Silva.
O ideal seria o seu chefe ler este género de crónicas. Mas vou sugerir-lhe outros truques para superar esse autêntico drama profissional.
Haveria sempre a solução de adverti-lo para não cuspir ou não perdigotar. Suponho que não vai resultar, por duas razões: primeiro, pelo que percebo, a leitora não tem ‘lata’ para o advertir; depois, porque, tratando-se de um tique enraizado, não passa assim às boas.
A si, leitora, só me resta aconselhar a desviar-se da proximidade do chefe – apesar de saber, por casos semelhantes, que quanto mais nos afastamos de um perdigoteiro, mais ele se aproxima, chegando ao ponto de nos agarrar! Mas marque quanto possível o seu terreno. Pode usar algum jogo de ombros, ou a defesa da cara por detrás do braço em cotovelo – o que, feito de forma enfática, sensibilizá-lo-á para a inconveniência.
Outra hipótese – mais ou menos amável, mais ou menos crítica – seria a leitora dar de presente ao seu chefe o Dicionário de Bons Costumes das princesas Alessandra Borghese e Gloria von Thurn und Taxis (ed. Estampa), marcado na pág. 93, na letra F (de ‘falar’), onde se especifica que as pessoas não devem falar com os outros «muito próximo, ou respirar-lhes em cima da cara». A elegância mínima, a falar, exige que não se atirem perdigotos para cima do interlocutor, nem se cuspa no chão. Claro que o que apetecia mesmo era devolver os ditos perdigotos. Mas seria deselegante e geraria um caos no trato.
Envie as suas dúvidas para: assuncao.cabral@sol.pt
IN "JORNAL SOL"
13/02/12
.
O FRIO ESTÁ A APERTAR
ATÉ SÁBADO 18/02
mínimas de -4 e -5 graus
DIAS "GELADOS"
ATÉ SÁBADO 18/02
mínimas de -4 e -5 graus
DIAS "GELADOS"
NÃO ESQUEÇA
- Use luvas, gorro, meias quentes e cachecol
- Use várias camadas de roupa em vez de apenas uma muito grossa
- Reduza o intervalo das refeições, faça refeições mais pequenas e numerosas
- Prefira sopas e bebidas quentes
- Evite roupa demasiado justa ou transpirada
- Pratique exercício em casa
- Mantenha a temperatura em casa acima dos 18º até aos 24º
- Se utilizar aquecimento com material de queima tenha atenção ao arejamento
- Se viajar evite fazê-lo sózinho e leve mantas, bebidas quentes, comida e uma lanterna
- Em caso de aflição ligue 112
.
HOJE NO
"RECORD"
Domingos desmente contactos
com dirigentes portistas
Fonte próxima de Domingos Paciência assegurou à SIC que Domingos Paciência não teve qualquer contacto com dirigentes portistas.
A Lusa avançou segunda-feira à noite que a decisão de afastar Domingos Paciência do comando técnico do Sporting se terá ficado a dever ao conhecimento de encontros entre o treinador e dirigentes do FC Porto.
Ainda de acordo com fonte próxima de Domingos, o técnico está desiludido com a decisão do Sporting.
* Achamos estranha a insinuação dos dirigentes leoninos, aguardemos os próximos dias.
.
HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Namorar na era das redes sociais
O namoro, hoje, é mais fácil na aparência, na exibição do que é sentido. As redes sociais fazem-no parecer mais aberto: o contacto permanente, uma maior proximidade, um "gosto" à vista de todos, músicas e fotos partilhadas, mensagens cifradas para todos lerem, mas só para alguns perceberem. Mas, no fundo, é vivido da mesma forma fechada de sempre, a dois.
O namoro entre os jovens de hoje parece mais sofisticado, mas não é. Porque, na essência, ama-se, sofre-se e vivem-se as relações segundo as mesmas normas e aspirações de tantos namoros adolescentes ao longo dos tempos. "Quem viveu antes não sabe o que é viver hoje", avisa a psicóloga Gabriela Moita.
"Os jovens, hoje, guardam os mesmos medos e inseguranças, desejam a mesma exclusividade, ser únicos no pensamento do outro", por muito que pareçam "cool" e liberais nas manifestações públicas. "Desejam o mesmo, o bom continua a ser bom e quando corre mal vive-se igualmente mal".
Apesar dos "likes", das sms e dos murais apaixonados que fazem o namoro tecnológico, as emoções vêm do tempo de Gutenberg. "Os jovens vivem o namoro, hoje, segundo o discurso sobre o que são as relações e o que devem ser, de acordo com visões estereotipadas que apontam uma forma melhor que outra", explica Gabriela Moita.
Amor testado pela ciência
Amor, prazer, tristeza, raiva, desespero, pena, alegria são os sentimentos associados ao namoro, enformados segundo silogismos seculares, do tipo do "se se gosta, é para sempre" ou "não é possível apaixonarmo-nos por duas pessoas ao mesmo tempo" ou "se me amas fazes isto" ou "se me amas dizes aquilo".
"O pior e o melhor dos namoros não mudaram, começar e acabar uma relação são sentidos da mesma forma", conta a psicóloga. "Os fins das relações são mal vividos porque os jovens não são educados para esse fim", considera. "Se gostas de mim é para sempre" é o que vão ouvindo e acreditando até ao final do primeiro "para sempre" que ouviram.
As crises de ansiedade e as pernas a tremer, por muito que pareçam cena de filme romântico, são reacções fisiológicas do amor, atestadas pela ciência. O que acontece na mente e no corpo quando uma pessoa se apaixona motivou uma ampla investigação científica, que tem vindo desvendar a importância de uma série de hormonas produzidas por gente apaixonada.
Taquicardia, pernas a tremer, estômago embrulhado, falta de sono e de apetite; tudo sintomas das maleitas de amor, que remetem para um imaginário romântico, dos livros ou dos filmes, mas que a ciência vai desbravando e comprovando.
* O Dia dos Namorados cientificamente...
.
.
OS 50 MELHORES DE 2011
(PARA A ROLLING STONE)
38 – MASTODON
THE HUNTER
CURL OF THE BURL
LISTAGEM DE FAIXAS
All songs written and composed by Mastodon.
No. Title Lead vocals Length
1. "Black Tongue" Sanders 3:27
2. "Curl of the Burl" Hinds, Sanders 3:40
3. "Blasteroid" Sanders, Hinds 2:35
4. "Stargasm" Sanders, Hinds 4:39
5. "Octopus Has No Friends" Dailor, Sanders 3:48
6. "All the Heavy Lifting" Sanders 4:31
7. "The Hunter" Hinds, Sanders 5:17
8. "Dry Bone Valley" Dailor, Sanders 3:59
9. "Thickening" Hinds, Sanders 4:30
10. "Creature Lives" Dailor 4:41
11. "Spectrelight" (feat. Scott Kelly[28]) Sanders, Kelly 3:09
12. "Bedazzled Fingernails" Sanders 3:08
13. "The Sparrow" Mastodon 5:30
Total length: 53:01
iTunes Bonus Tracks
No. Title Lead vocals Length
14. "The Ruiner" Sanders 3:11
15. "Deathbound" Kelliher 2:48
Total length: 58:53
INTÉRPRETES
Mastodon
Troy Sanders – lead vocals, bass
Brent Hinds – lead vocals, guitars
Brann Dailor – lead vocals, drums, percussion
Bill Kelliher – guitars, backing vocals
Other
Mike Elizondo – production, mixing
Scott Kelly – lead vocals/additional lyrics on "Spectrelight"
Rich Morris - Synths and Keyboards on "Stargasm" and "Bedazzled Fingernails"
Will Raines - Synths and Keyboards on "The Sparrow" and "The Hunter"
.
HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Parlamento irá pedir auditoria
do Tribunal de Contas ao BPN
A maioria PSD-CDS deverá aprovar o requerimento apresentado na semana passada pelo PCP, adianta esta terça-feira o Diário de Notícias .
O Parlamento irá pedir uma auditoria do Tribunal de Contas (TC) ao BPN e ao custo que a sua nacionalização já teve para o Estado, na sequência de um requerimento apresentado pelo PCP, que deverá contar com o aval da maioria governamental PSD-CDS, de acordo com o “Diário de Notícias”.
Os deputados do PSD e do CDS pretendem apenas que a UTAO (Unidade Técnica de Apoio Orçamental) ajude na redacção do pedido, de forma a que não contenha falhas técnicas. A proposta do PCP abrange ainda uma auditoria às consequências financeiras para o erário público do processo de insolvência do BPP.
No requerimento entregue na semana passada, o PCP pretende que o TC realize uma auditoria em que sejam avaliados “os recursos financeiros públicos realizados e a realizar pelo Estado português nos dois casos” e determinadas “as responsabilidades assumidas ou a assumir pela prestação de empréstimos, garantias ou avales concedidos pelo Estado português, ou pela Caixa Geral de Depósitos” – também em ambos os casos.
O PCP fala numa “clara demonstração do erro inaceitável – quase criminoso do ponto de vista do desperdício de recursos públicos – que envolve a operação de privatização do BPN”, assinalando que este banco terá consumido “750 milhões de euros de recursos públicos” desde o ano passado, já incluindo os 600 milhões de euros já prometidos para a recapitalização do BPN.
Segundo o “Diário de Notícias”, também o Bloco de Esquerda apresenta hoje um projecto visando a constituição de uma comissão de inquérito.
Números oficiais relativos ao BPN dizem que o Estado já deu garantias na ordem dos 3500 milhões de euros. Mais 750 milhões em ajudas directas.
* Os portugueses querem saber o que levou os empreendedores Socrates/Teixeira dos Santos a nacionalizar este banco, quando o prevísivel era abrir falência sem nenhum encargo para o Estado. Quem foram os beneficiados com a nacionalização?
.
HOJE NO
"DESTAK"
Gestores de empresas a privatizar ou extinguir podem manter salário actual
Os gestores de empresas em processo de privatização ou extinção podem manter o salário atual, desde que seja autorizado pelas Finanças e ministérios da tutela, segundo uma resolução do Conselho de Ministros hoje publicada no Diário da República.
O Governo justifica a manutenção da atual remuneração dos gestores destas empresas com "a estabilidade dos processos" de privatização ou de extinção que estão em curso.
Entre as empresas a privatizar contam-se a CP Carga e Águas de Portugal, mas são muitas mais as que o Governo quer extinguir.
* A verdade é outra, estes gestores "orbitam" junto do poder PSD ou PS, ou ainda estão matriculados nestes partidos, na maçonaria,na Opus Dei, há que garantir-lhes o salário mesmo que tenham sido maus gestores ou não façam peva, o contribuinte paga.
.
HOJE NO
"i"
Contribuintes que perdem subsídio
de férias e de Natal vão descontar
menos IRS mensalmente
Os contribuintes que ficaram sem subsídio de férias e de Natal vão descontar menos IRS mensalmente durante 2012, segundo as tabelas de retenção na fonte publicadas hoje pelo Ministério das Finanças.
Foram "aprovadas tabelas específicas para os trabalhadores dependentes abrangidos pela suspensão do pagamento de subsídio de férias e de Natal (...) garantindo, assim, a aplicação aos rendimentos auferidos por estes trabalhadores das taxas de retenção que correspondem ao respetivo rendimento médio mensal", lê-se na Circular emitida hoje pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT).
Com esta medida, as Finanças impedem que os contribuintes que este ano apenas vão receber 12 salários sejam novamente penalizados ao nível do IRS, tal como já aconteceu com os salários do mês de janeiro.
Caso não houvesse tabelas diferentes, estes contribuintes seriam alvo de um desconto ao salário mensal igual ao de um outro contribuinte com o mesmo rendimento mensal, mas que receba 14 salários.
Depois, só em 2013, quando os contribuintes entregassem as respetivas declarações de rendimentos e fosse feito o acerto de contas com o fisco é que seriam ressarcidos do imposto cobrado em excesso ao longo de 2012.
Segundo as tabelas agora publicadas e que já serão utilizadas no pagamento do salário de fevereiro é possível verificar as diferenças que resultam para o salário que cada contribuinte levará para casa.
Um trabalhador solteiro e sem filhos, por exemplo, que só receba 12 salários em 2012 e que tenha um salário bruto de 1.000 euros, vai ter uma taxa de retenção na fonte de 7,5 por cento. Ou seja, ser-lhe-ão descontados 75 euros a título de IRS. Já um contribuinte nas mesmas condições a quem não tenha sido cortado o subsídio de férias e de Natal, a taxa de retenção na fonte a aplicar será de 10 por cento, ou seja, 100 euros. Verificando-se, assim uma diferença de 25 euros no salário líquido a receber entre os dois.
Seguindo a mesma lógica e analisando a situação de um casal em que ambos trabalham, têm dois filhos e o salário de cada cônjuge é de 1500 euros, as diferenças ainda são mais significativas.
No caso do contribuinte que apenas recebe 12 salários, a taxa de retenção será de 13 por cento, ou seja, terá de descontar 195 euros. Já no caso de o contribuinte manter os 14 salários, o desconto será de 15 por cento, ou seja, terá de descontar 225 euros. Mais trinta euros que o outro contribuinte.
A suspensão do subsídio de férias e de Natal a todos os funcionários do Estado, empresas públicas e pensionistas é uma das medidas de austeridade do Orçamento do Estado para 2012 e aplica-se de forma gradual a quem receba mais de 600 euros.
* Mas que grande treta, até parece que o governo lhes faz um favor ao reduzir o valor da retenção na fonte, vão ou não vão ganhar menos no final do ano?
.
HOJE NO
"A BOLA"
«Federação está rica porque tem a matéria-prima de graça» - Pinto da Costa
Pinto da Costa tece duras críticas ao ‘modus operandi’ da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), organismo que, acusa, gera receitas às custas dos jogadores que recebe dos clubes sem qualquer encargo.
«Estamos inseridos num futebol especial, com uma filosofia muito portuguesa. Os clubes em grandes dificuldades, alguns reconhecidamente tecnicamente falidos, levam o nome de Portugal aos cantos do Mundo, e temos uma Federação rica porque tem uma indústria fantástica e a matéria-prima de graça», acusa o presidente portista em declarações ao Porto Canal, exemplificando: «No fim deste mês a Seleção Nacional vai inaugurar um Estádio à Polónia e vai receber um grande cachet. Os clubes ficam sem os seus jogadores e os cofres da Federação continuam a aumentar».
Para Pinto da Costa, a FPF é «das poucas empresas em Portugal que se dará ao luxo de ter depósitos a prazo» quando «os clubes estão, como toda a gente sabe, numa situação tremendamente difícil e sem qualquer compreensão».
«Ainda hoje [segunda-feira] ouvi um presidente de um clube dizer que foi ameaçado se não pagar uma coisa que nem sabe se está correta, como se o futebol fosse um grupo de empresas fora de Lei», critica, realçando: «Tomara o Estado português ter muitas empresas a pagar como o FC Porto paga, sempre pontualmente, e chegar ao fim do ano e cobrar 17 milhões de euros».
De resto, o presidente do FC Porto diz ainda nada ter visto por parte da Direção presidida por Fernando Gomes.
«Ainda não vi nada. Tomou posse há pouco tempo e ainda não terá tido tempo, ainda estamos na fase de cumprimentos. Estão no aquecimento, na definição dos lugares. O futebol está tremendamente deficitário e temos uma Federação rica», observa, colocando também a 'mira' na Liga Portuguesa de Futebol Profissional presidida por Mário Figueiredo.
«Há uma grande confusão no futebol: um presidente na Liga eleito e passadas 24 horas a ser contestado, porque a eleição terá sido garantida, segundo dizem alguns clubes, com a promessa de que não desceria ninguém, o que seria impossível e ilegal. Nasceu tudo de uma grande confusão, mas como felizmente o FC Porto não se envolveu nessas lutas e nem sequer faz parte da Assembleia da Federação, não tem qualquer responsabilidade», destaca, frisando que o clube «tem apenas a responsabilidade de representar o País nas provas em que está inserido e ao mesmo tempo a responsabilidade de arranjar dinheiro para pagar 17 milhões de euros de impostos por ano».
* Pode não se gostar deste homem, mas ele sabe o que diz.
.
ONTEM NO
"PÚBLICO"
Pedidos de ajuda de famílias em dificuldades quase duplicaram em Janeiro
Deco recebeu 2272 casos de sobreendividamento no primeiro mês de 2012, um aumento de mais de 90% face a Janeiro de 2011.
Manuela (nome fictício) é funcionária pública. Separada e mãe de dois filhos menores, sobrevive, desde 2011, ao corte salarial imposto pelo Governo, que lhe retirou 300 euros ao orçamento mensal. Na carta que enviou à Deco, diz que quer honrar os compromissos financeiros, mas já não sabe como. Este é apenas mais um caso que bateu à porta da associação este ano, contribuindo para um aumento sem precedentes nos pedidos de ajuda por sobreendividamento.
Em Janeiro, 2272 famílias em dificuldades contactaram a Deco, pedindo auxílio para lidar com os problemas financeiros postos a descoberto pela crise que o país atravessa. Trata-se de um aumento de 91,2% face ao primeiro mês de 2011 - período em que a associação recebeu 1188 contactos deste tipo. Até aqui, as subidas não tinham ultrapassado os 60%.
As cartas que chegam, todos os dias, ao Gabinete de Apoio ao Sobreendividado (GAS) não escondem a angústia. "Rogo-vos que tenham em atenção as minhas dificuldades e a vontade que tenho em poder honrar os meus compromissos", escreveu Maria, a funcionária pública. Além do empréstimo da casa, já está em falta com um crédito pessoal. O corte salarial, imposto a toda a função pública em 2011 e mantido este ano, pôs um travão aos planos da família, que também culpa "a subida extra do IVA" pela situação em que se encontra.
Natália Nunes, coordenadora do GAS, considera que esta é uma das justificações para a subida de 91,2% nos pedidos de ajuda à associação. "O ano começou com um forte aumento do custo de vida, da revisão da taxa do IVA à energia e aos transportes. Estas medidas contribuíram para agravar a condição financeira das famílias", disse ao PÚBLICO. Não é, porém, a única causa. O imposto extraordinário sobre o subsídio de Natal "retirou a possibilidade a muitas pessoas de equilibrarem totalmente as contas no final do ano", acrescentou.
O cenário será ainda mais dramático em 2012 e 2013 para os funcionários do Estado, que vão ficar sem os subsídios de férias e de Natal. E há ainda que contar com a subida da taxa de desemprego, que já chegou a 13,6% em Dezembro. É por todos estes factores que a coordenadora do GAS acredita que este ano "vai ser ainda pior do que 2011". "Olhamos para os dados macroeconómicos e, analisados os casos que nos chegam, tudo parece indicar esse caminho de agravamento das actuais dificuldades", anteviu Natália Nunes.
Há pessoas que chegam à associação já no limite, quando não há como dar a volta à teia de dívidas que criaram em seu redor, acumulando créditos atrás de créditos, sem rendimentos para lhes dar resposta. Estes casos, apesar de contarem como pedidos de ajuda de Janeiro, não são depois acompanhados pelos técnicos. É feito um filtro que os exclui, assim como às situações em que as dificuldades financeiras foram criadas pelas próprias famílias e não por factores que lhes são alheios ou em que já chegaram a tribunal, com acções de insolvência (ver texto secundário).
Por isso, dos 2272 contactos recebidos pela Deco no primeiro mês do ano, resultou a abertura de 451 processos, o que representou uma escalada-recorde de 79,7% face a 2010. Comparando com os números de 2008, o aumento chega a quase a 250%. Os motivos que levaram estas famílias até aqui têm-se mantido ao longo dos anos: o desemprego pesa 33,9% nas razões do sobreendividamento, seguindo-se a deterioração das condições laborais (25,7%) e a doença (13,2%).
"A instabilidade do mercado de trabalho tem sido sempre apontada como a principal justificação para as dificuldades financeiras, seja pela perda do posto de trabalho ou de direitos que a ele estavam associados. Há casos em que o vencimento deixou de ser pago, completa ou integralmente, ou em que desapareceram as comissões ou as horas extraordinárias", explicou a coordenadora do GAS. Mesmo a doença, a terceira causa com maior peso, tem alguma ligação à deterioração das condições laborais e à consequente fragilidade financeira. "Muitos dos casos estão relacionados com depressões, por exemplo", esclareceu Natália Nunes.
Sílvia (nome fictício) está a passar por um momento desses. Uma situação que descreve como "delicada" porque, além de desempregada, está "sobreendividada", assume na carta que fez chegar à Deco. Trabalhava numa multinacional, mas foi despedida e o subsídio acaba já em Março. "Restam apenas dois meses (...) e depois fico sem qualquer rendimento", escreveu. Mesmo agora, é-lhe difícil dar conta do recado, porque a prestação da Segurança Social é de 645,30 euros e as despesas mensais podem chegar a 800 euros, por causa da renda e de três créditos pessoais.
As famílias em dificuldades chegam de vários pontos do país, com maior incidência em Lisboa, que representou 44,3% dos processos abertos em Janeiro, seguida de perto pela Região Norte (30,2%). No ano passado, os casos de sobreendividamento eram protagonizados, sobretudo, por funcionários públicos, fruto dos cortes impostos nos salários do Estado. Mas, em 2012, estão a crescer os contactos de trabalhadores do sector privado. Estas famílias também foram afectadas pelo imposto extraordinário sobre o subsídio de Natal. E, além disso, estão a sentir na pele a instabilidade económica do país por via "da redução de rendimentos adicionais que iam conseguindo gerar", explicou Natália Nunes. Há casos de profissionais do privado que perderam o segundo emprego que lhes dava uma almofada extra para enfrentar a crise, por exemplo.
Insolvências de singulares disparam
As insolvências de particulares, que em 2005 representavam apenas 30,3% das falências judiciais em Portugal, ultrapassaram os processos relativos a empresas, no ano passado. Esta passagem de testemunho foi ganhando força face ao maior conhecimento que existe hoje sobre a possibilidade de recorrer aos tribunais e à deterioração das condições financeiras das famílias.
À medida que as próprias insolvências foram aumentando, tendo disparado 289% entre 2005 e 2011, os casos que afectam os devedores singulares acompanharam a subida. No ano passado, representaram 56,2% das falências judiciais, ultrapassando os processos de empresas. A viragem aconteceu em 2011, depois de, no ano anterior, os particulares terem registado um peso de apenas 36,3%.
Estes processos, que são regulamentados por uma lei que está em revisão (o código já foi aprovado no Parlamento, na generalidade), têm vindo a disparar, tendo chegado a praticamente 11 mil no ano passado - mais 17,1%. Trata-se de acções judiciais que, na maioria dos casos, estabelecem um prazo (no máximo, de cinco anos) para os particulares endividados pagarem as dívidas, sendo-lhes retirada, para tal, uma parte do salário.
* Para o sr. Primeiro-ministro estas famílias devem deixar-se de pieguices...
.
HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
Maioria dos portugueses
toma medidas erradas num enfarte
A maior parte dos doentes que sofre um enfarte agudo do miocárdio não sabe tomar as medidas adequadas, e muitos nem sequer identificam os sintomas, acabando por perder muito tempo até receber ajuda, aumentando o risco de mortalidade.
As conclusões resultam de um inquérito realizado no âmbito de um projeto europeu denominado Stent For Life, em Portugal há um ano, e cujo balanço é esta terça-feira apresentado.
De acordo com o presidente da Associação Portuguesa de Cardiologia de Intervenção, responsável pela introdução do projecto no país, o Stent For Life, visa melhorar a prestação de cuidados médicos ao doente com enfarte e o acesso àquela que é considerada actualmente a melhor terapêutica para este tipo de enfarte, a angioplastia primária, explicou à Lusa o presidente daquela associação.
Segundo Hélder Pereira, os principais problemas a resolver para alcançar essa melhoria é ensinar ao doente quais os sinais de alerta para um enfarte e o que deve fazer nessa circunstância: "o doente deve sempre, mas sempre, chamar o INEM e nunca dirigir-se sozinho para o hospital ou adiar a resposta aos sintomas que apresenta".
"O INEM está equipado com aparelhos que permitem diagnosticar o enfarte e sabe encaminhar o doente para o hospital mais próximo que faz cardiologia de intervenção, contacta-o e quando o doente chega aos centros já está a logística preparada", explicou.
Além disso, se no caminho o doente tem uma arritmia - principal causa de morte pré-hospitalar - é socorrido imediatamente pelos profissionais do INEM, que reduzem a arritmia com fármacos, afirmou, acrescentando que a sobrevivência nestes casos é de cem por cento.
De acordo com um inquérito realizado, no âmbito do Stent For Life, durante um mês a 185 doentes, apenas 29% ligaram para o INEM, os restantes não tomaram a decisão correcta e dirigiram-se pelos próprios meios para o hospital.
O resultado é que chegaram tardiamente ao hospital e em 56% dos casos recorreram inicialmente a outras unidades de saúde que não as mais indicadas.
"A consequência é que o doente tem que ser transferido para um hospital com angioplastia primária, o que é feito com transporte inter-hospitalar, perdendo-se ainda mais tempo, numa mediana de 120 minutos. Mais de metade dos doentes espera mais de duas horas", afirmou.
De acordo com Hélder Pereira, por cada 15 minutos ganhos, no socorro ao doente, são seis vidas que se salvam.
Em suma, as principais barreiras a ultrapassar, reveladas por este primeiro ano de experiência do programa, são o reduzido número de doentes que contacta o 112, o elevado número de doentes que passa por unidades de saúde sem cardiologia de intervenção e o longo tempo perdido na realização do transporte secundário para os centros de intervenção", sintetiza Hélder Pereira.
Há um outro aspecto a melhorar que é a sensibilização da população para os sinais e sintomas de enfarte, já que muitas vezes os doentes não os identificam e acabam por não ser tratados porque chegam tarde ao hospital, por vezes mais de 12 horas após o início do enfarte.
Os objectivos a alcançar no final dos três anos previstos para o projecto são aumentar o número de doentes intervencionados para 70%, alcançando os 600 por milhão (actualmente nos 303 por milhão), e ter a rede a trabalhar 24 horas por dia, todos os dias do ano, adiantou o médico.
Quanto aos aspectos positivos encontrados no final do primeiro ano, Hélder Pereira destaca a melhoria do serviço do INEM, e a "performance dos centros de intervenção, que é muito boa".
"As guidelines europeias preconizam que desde o primeiro contacto do doente com médico até a artéria ser aberta decorram 90 minutos e nós estamos com uma mediana de 64 minutos, o que é excelente", afirmou.
O "Stent for Life" é uma iniciativa conjunta da Associação Europeia de Intervenção Cardiovascular Percutânea e um núcleo da Sociedade Europeia de Cardiologia.
* Os portugueses precisam de campanhas de sensibilização, não nascem ensinados.
.