14/11/2012

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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"

Maioria dos bebés sem sequelas graves 

Noventa e quatro por cento dos bebés prematuros nascidos com muito baixo peso "não ficam com sequelas graves", sendo a paralisia o problema mais comum dos restantes seis por cento, revela um estudo do Centro Hospitalar do Alto Ave (CHAA). O estudo abrangeu os 265 bebés prematuros com muito baixo peso tratados naquele centro hospitalar entre 2002 e 2008. 

Segundo o estudo, 11 bebés ficaram com paralisia cerebral, um com cegueira e outro com surdez.
"Os restantes ficaram sem sequelas graves, podendo apresentar problemas de menor gravidade, que, no entanto, lhes permitem fazer uma vida perfeitamente normal", disse à Lusa o responsável pelo Serviço de Pediatria Neonatologia do CHAA.

 José Luís Fonseca sublinhou que os prematuros são "crianças muito especiais", que precisam de estimulação precoce, de apoio de fisioterapia, oftalmologia, rastreios auditivos e mesmo de apoio psicológico aos pais.
Nesse sentido, o CHAA acompanha os prematuros de muito baixo peso em consulta externa, até aos sete anos de idade da criança.
Nos primeiros dois anos, o prematuro é visto de três em três meses, sendo que a partir dessa idade a consulta passa a anual.
A consulta é multidisciplinar, tendo como centro o neonatologista, mas envolvendo também psicólogos, pediatras, assistentes sociais, cirurgiões, entre outros profissionais de saúde.
"Somos das poucas unidades do país que assegura este acompanhamento até aos sete anos", garantiu José Luís Fonseca.
Disse ainda que o Serviço de Neonatologia do CHAA permite que as mães dos prematuros possam ficar 24 horas com os filhos, com um espaço para elas descansarem e pernoitarem.
São considerados prematuros com muito baixo peso os bebés que nascem com menos de 1.500 gramas.
Quem nascer com menos de um quilo é considerado prematuro com extremo baixo peso.
A 19 de Novembro assinala-se o Dia Mundial da Prematuridade.

* É também uma vitória da ciência mas sobretudo  da competência e da qualidade humana de quem intervém.

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