29/10/2012

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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"

Empresários queixam-se mais da 
Justiça do que da falta de crédito 

Três mil empresas chumbam qualidade e rapidez do sistema judicial no primeiro inquérito sobre Justiça Económica. 

Os empresários portugueses garantem que a ineficiência da justiça prejudica mais o desenvolvimento dos seus negócios do que as dificuldades de acesso ao crédito. No inquérito promovido pela Associação de Comércio de Lisboa, em parceria com o INE e a Fundação Manuel dos Santos, liderada por António Barreto, mais de três mil empresas nacionais admitem que "a lentidão das decisões dos tribunais" é o segundo obstáculo ao crescimento da sua actividade, só ultrapassado pela crise económica.

Os dados ontem divulgados são ainda preliminares porque o estudo completo sobre Justiça Económica, que está a ser liderado por António Barreto e Luís Garoupa, só será conhecido em Dezembro. 

Mas, para já, os empresários portugueses são claros: a morosidade nas decisões são o segundo maior entrave ao desenvolvimento económico e empresarial. A dificuldades de acesso ao crédito, que tem sido apontada neste momento de crise como um problema, surge mais à frente nas preocupações, na quarta posição.

"Esta conclusão vem dar razão ao que há muito dizemos. É a primeira vez que se faz um estudo científico por entidade independente e ficou demostrando que a justiça económica tem que ser uma prioridade", reagiu ao Diário Económico o advogado José Miguel Júdice, vice-presidente da Associação Comercial de Lisboa, promotora da iniciativa. Júdice avisou que a reforma da justiça "tem que ter prioridade" perante outras e lembrou que a "justiça económica" é "crucial para o desenvolvimento do país" e que os tribunais têm que ser "muito rápidos" a decidir. 

* A "justiça económica" é uma léria dita por o dr. Júdice. Para haver justiça em Portugal é necessário que se desfaça o conluio entre o poder político e os grandes escritórios de advogados que são os que  redigem as leis do país para  conveniência própria  e das suas clientelas. Para haver justiça em Portugal é necessário modificar o sistema eleitoral que implantou nesta terra uma ditadura de partidos.

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