HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
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Surgem dez novos casos
de cancro do pulmão por dia
de cancro do pulmão por dia
Cerca de 3.600 novos doentes com cancro do pulmão são diagnosticados anualmente em Portugal, ou seja 10 casos por dia, 85% dos quais não sobrevivem ao fim de cinco anos, disse esta quarta-feira à agência Lusa Fernando Barata, presidente do Grupo de Estudo do Cancro do Pulmão.
"A taxa de sobrevivência de todos os doentes não
ultrapassa os 15%, o que quer dizer que, em cada 100, só 15 estão vivos
ao fim de cinco anos", frisou, a propósito do 5.º Congresso Português do
Cancro do Pulmão, que decorre de quinta-feira a sábado em Albufeira,
Algarve.
Como causas da taxa de
mortalidade da doença, o pneumologista apontou a manifestação tardia dos
sintomas, o que ocorre em mais de 60% dos casos.
"Na
maioria das vezes, quando há sinais e sintomas, a situação já está
muito avançada, numa fase disseminada da doença", referiu, observando
que essa disseminação se materializa em vários tipos de intrusão, como
gânglios e metástases, que surgem numa fase já tardia para a cura.
Actualmente,
o cancro do pulmão é a primeira causa de morte oncológica em Portugal,
embora seja o quarto tipo de cancro mais frequente, depois dos cancros
da mama, próstata e cólon.
Cerca de 80%
dos cancros do pulmão são atribuídos ao consumo de tabaco e a maioria
dos novos casos continua a registar-se em homens, porque há mais
fumadores entre a população masculina, afirmou Fernando Barata.
Ressalvou que se regista uma estabilização do número de homens afectados e um lento crescimento de casos entre as mulheres.
Apesar
da alta taxa de 10 novos casos por dia, o especialista sublinhou que
essa taxa tem vindo a estabilizar, o que atribui à diminuição do número
de fumadores, devido às políticas antitabágicas em curso desde há alguns
anos.
Sobre a eficácia na prevenção da
doença do abandono do tabaco por actuais fumadores, o especialista
sublinhou que, desse ponto de vista, "vale sempre a pena deixar de
fumar", pois os factores de risco diminuem drasticamente.
"Quantos
mais anos se tem de ex-fumador, melhor, em termos de não ser
diagnosticado o cancro do pulmão. Enquanto quem fuma um maço por dia tem
um risco 10 vezes maior de contrair a doença do que um não fumador, num
indivíduo que deixou de fumar há cinco anos esse risco diminui
drasticamente, passando de um factor de risco 10 para um factor de risco
de dois ou três", exemplificou.
Por
outro lado, o clínico alertou que "não há meio termo" entre fumadores e
não fumadores, pelo que não é substancial a diferença no risco entre
quem fuma muito e quem fuma menos cigarros por dia.
"Entre
10 e 20 cigarros por dia, a diferença é praticamente nula", enunciou,
observando contudo que, nos casos de agressão tabágica grave, com vários
maços por dia, o risco aumenta significativamente.
‘Ganhos
de Saúde em Oncologia’, ‘Prevenção e Rastreio no Cancro do Pulmão’ e
‘Avanços no Cancro do Pulmão em 2011 – Cirurgia e Radioterapia’ são
alguns dos temas que vão estar em discussão no 5.º Congresso Português
do Cancro do Pulmão.
* Só um ignorante compra uma embalagem que avisa ser o conteúdo, um produto mortífero.
.
Bem, poderá não comprar se acreditar. Há outras alternativas. Pode muito bem dizer-se que só um ignorante se atreve a nascer pois sabe que está condenado à morte. Nem os pais devem gerar... estão a criar um condenado.
ResponderEliminarApreciamos o seu comentário embora radical porque ninguém antes de nascer sabe que vai morrer ou saberá?
EliminarCom o tabaco é outra coisa... já fui fumador e paguei uma factura bem alta por o ter sido mas, acredite, não sou anti-tabagista primário.
Só que quando os Estados são obrigados a pôr nas embalagens que o produto no seu interior mata, dá que pensar.